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Tempo seco e alta temperatura: áreas de cana estão em atenção para o risco de incêndio

Primeira quinzena de Agosto registra moagem de 44 milhões de toneladas de cana

A massa de ar de origem polar, que atua sobre o centro-sul do Brasil e que gerou temperaturas muito baixas entre o Paraná e sul de São Paulo na madrugada da terça-feira (27/08) perde força a partir desta quarta-feira (28/08). A tendência é que a temperatura comece a subir.

Nas demais áreas do pais, o tempo seco predomina garantindo condições favoráveis para as atividades de colheita da cana de açúcar. No Centro-Oeste, no meio oeste de São Paulo e nas áreas mais oeste de Minas Gerais, a combinação de tempo seco e altas temperaturas aumentam cada vez mais o risco para a ocorrência de incêndios, que pode comprometeras as operações e os maquinários.

Foto: arquivo istock

44 milhões de toneladas de cana foram moídas na 1ª quinzena de agosto

Na primeira quinzena de agosto, as usinas do Centro-Sul processaram 43,83 milhões de toneladas, comparado às 47,94 milhões de toneladas na safra 2023/2024, representando uma redução de 8,57%. No acumulado da safra 2024/2025 até 16 de agosto, a moagem totalizou 377,44 milhões de toneladas, em contraste com as 360,06 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ciclo anterior.

Ao final da quinzena, 258 unidades no Centro-Sul continuavam em operação, sendo 239 focadas no processamento de cana-de-açúcar, nove dedicadas à produção de etanol a partir do milho e dez usinas flex.

De acordo com o levantamento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) para o mês de julho a expectativa média é de um rendimento agrícola de 86,6 toneladas por hectare colhido, nas lavouras do Centro-Sul. Esse valor representa uma retração de 12,2% em relação ao índice registrado em mesmo período da safra 2023/2024. No acumulado de abril a julho, o índice apresenta queda de 5,6%, passando de 94,0 toneladas por hectare colhido para 88,7 toneladas por hectare.

Qualidade da matéria prima

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de agosto atingiu 151,09 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 149,22 kg por tonelada na safra 2023/2024 – variação positiva de 1,25%. No acumulado da safra, o indicador marca 135,15 kg de ATR por tonelada, índice muito próximo ao do último ciclo na mesma posição.

“A retratação de moagem observada na primeira metade de agosto não tem relação com os incêndios, que impactaram parte das lavouras após o fechamento da quinzena”, esclarece Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da UNICA. 

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