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Chuva de Setembro favorece trigo gaúcho em fase reprodutiva

A ocorrência de chuvas de intensidade variável já registradas no Rio Grande do Sul beneficiou as lavouras de trigo nas diferentes etapas do ciclo. A precipitação restaurou os níveis de umidade do solo, favorecendo igualmente o crescimento e a formação de espigas e grãos. Antes das chuvas, foram identificados sintomas iniciais de deficiência hídrica em algumas regiões, mas sem comprometer significativamente o desenvolvimento das lavouras.

A nebulosidade, causada pela dispersão de fumaça das queimadas no Norte e Centro-Oeste do Brasil, reduziu a incidência de luz solar nas lavouras do Estado, atenuando o efeito positivo da insolação no desenvolvimento das plantas.

Maior parte do trigo está em desenvolvimento vegetativo

A maior parte das lavouras de trigo encontra-se em fase reprodutiva (38% em floração e 19% em enchimento de grãos), e 43% das lavouras ainda estão em desenvolvimento vegetativo.

A expectativa de rendimento estadual permanece inalterada. A área cultivada, é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista está em 3.100 kg/ha, de acordo com a Emater/Ascar-RS.

Leia também: Seca e alta temperatura impactam produtividade do trigo no PR

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Centro-Sul atinge 45 milhões de toneladas de cana moídas na última quinzena de agosto

As unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 45,07 milhões de toneladas ante a 46,58 milhões da safra 2023/2024, na segunda quinzena de agosto. Uma queda de 3,25%. Os dados fazem parte do levantamento da União da Indústria de Cana de Açúcar e Bionergia (ÚNICA).

No acumulado desde o início da safra 2024/2025 até 1º de setembro, a moagem atingiu 422,61 milhões de toneladas, ante 406,64 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2023/2024 – um avanço de 3,93%.

Ao término da segunda metade de agosto, 258 unidades estavam em operação no Centro-Sul, sendo 239 unidades com processamento de cana-de-açúcar, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e dez usinas flex.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na segunda quinzena de agosto atingiu 155,34 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 153,92 kg por tonelada na safra 2023/2024 – variação positiva de 0,92%. No acumulado da safra, o indicador marca 137,27 kg de ATR, ligeiro aumento de 0,02% em relação ao mesmo período do último ciclo.

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na segunda quinzena de agosto totalizou 3,26 milhões de toneladas, registrando queda de 6,02% na comparação com a quantidade observada em igual período na safra 2023/2024 (3,47 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da safra até 1º de setembro, a fabricação do adoçante totalizou 27,17 milhões de toneladas, contra 26,15 milhões de toneladas do ciclo anterior (+3,90%).

O diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, esclarece que a proporção de cana-de-açúcar direcionada para a fabricação do adoçante também apresentou retração na segunda metade de agosto, alcançando 48,85% da matéria-prima utilizada na produção de açúcar neste ano, ante 50,75% registrada na mesma quinzena da safra anterior. 

Nesse contexto, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul na segunda metade de agosto atingiu 2,45 bilhões de litros, sendo 1,56 bilhão de litros (+10,27%) de etanol hidratado e 888,93 milhões de litros (-0,14%) de etanol anidro. No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de setembro, a fabricação do biocombustível totalizou 20,46 bilhões de litros (+7,14%), sendo 13,0 bilhões de etanol hidratado (+16,34%) e 7,46 bilhões de anidro (-5,84%).

“Os dados de produção da segunda quinzena de agosto ainda não retratam de forma efetiva o impacto das queimadas nas lavouras do Centro-Sul, especialmente em São Paulo, onde os incêndios ocorreram de forma mais intensa a partir do dia 22 de agosto”, acrescenta Rodrigues.

Prejuízos com os incêndios são diversos

Levantamento parcial realizado pela UNICA junto a empresas responsáveis por cerca de 75% da produção do estado de São Paulo indicou que pelo menos 231,83 mil hectares de cana-de-açúcar foram atingidos pelos incêndios em território paulista na segunda metade de agosto. Desse total, 132,04 mil hectares foram em lavouras que ainda seriam colhidas e a área restante – 99,79 mil hectares – em locais onde a cana-de-açúcar já havia sido colhida ou lavoura de cana-planta.

“Os prejuízos associados à queima são diversos. Nas áreas em que a cana já havia sido colhida, o fogo pode exigir a necessidade de nova condução de tratos culturais, com suplementação de fertilizantes, pulverização foliar e aplicação de herbicidas, além do risco de não rebrota e o consequente replantio de parte da lavoura. Nas áreas onde a cana ainda seria colhida, o impacto dos incêndios pode incorporar a perda de qualidade da matéria-prima, a alteração do cronograma de colheita das usinas e a impossibilidade de processamento nos locais onde a colheita não pode ser realizada em tempo hábil para evitar maior degradação da cana-de-açúcar queimada”, explica Rodrigues.

Esse cenário deve ampliar a dificuldade para a fabricação de açúcar e intensificar a queda de rendimento agrícola da lavoura, concluiu o executivo.

Etanol

Do total de etanol obtido na segunda quinzena de agosto, 14% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 348,63 milhões de litros neste ano, contra 236,53 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2023/2024 – aumento de 47,39%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 3,13 bilhões de litros – avanço de 26,92% na comparação com igual período do ano passado.

Leia também: Brusone do trigo, típico de zonas tropicais, se expande para regiões de clima frio e seco

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Brusone do trigo, típico de zonas tropicais, se expande para regiões de clima frio e seco

Com potencial para afetar 13,5 milhões de hectares e risco de reduzir em 13% a produção mundial de trigo, o fungo causador da brusone, doença que causa impactos importantes na produção do cereal está sendo favorecido pelas mudanças climáticas. As estimativas fazem parte de um estudo: Vulnerabilidade da produção de trigo à brusone sob mudanças do clima, publicado na Nature Climate Change.

A brusone é considerada a doença de importância econômica que ataca folhas e espigas, com danos que podem comprometer até 100% do rendimento no trigo. O desenvolvimento do fungo causador da brusone é favorecido por altas temperaturas e umidade, condições presentes em países de clima tropical e subtropical. “O que tem chamado a atenção é a incidência da doença também em condições de clima frio ou mesmo com baixa umidade”, explica o pesquisador da Embrapa Trigo (RS) José Maurício Fernandes.

As temperaturas mais elevadas no inverno gaúcho também resultaram em surtos localizados de brusone na safra de trigo 2023 no Rio Grande do Sul, principalmente na região noroeste do estado, onde as temperaturas mínimas estiveram acima de 15 ºC ao longo da safra. “Num cenário de mudanças climáticas globais, com aumento de temperaturas e variação do regime de chuvas, o fungo vai encontrar novos ambientes para se instalar”, prevê o pesquisador, lembrando que a dispersão dos esporos do fungo pode ser pelo vento ou pelo comércio internacional por meio de grãos e sementes contaminadas.

Nos últimos anos, lavouras com brusone têm sido observadas ao norte de Bangladesh, onde o fungo sobrevive ao clima seco e às baixas temperaturas durante a safra de trigo, especialmente em função de as temperaturas mínimas terem subido nos últimos anos.

A partir dos cenários do futuro do clima, projetados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), pesquisadores das áreas agronômicas e da ciência da computação utilizaram técnicas de modelagem e simulação para estimar os possíveis impactos da disseminação da brusone nos diversos continentes onde o trigo é cultivado, considerando um ambiente de mudanças climáticas que favorece a doença.

Os pesquisadores utilizaram o modelo DSSAT Nwheat, desenvolvido na Universidade da Flórida com atualização colaborativa por diversos centros de pesquisa no mundo, analisando variáveis como aumento das temperaturas, umidade relativa do ar e elevação do CO2 na atmosfera. Para estimar cenários, foram utilizados registros históricos de dados entre 1980 e 2010, projetando mudanças climáticas para o período de 2040 a 2070.

Brusone pode chegar a todos os continentes

Com exceção da Antártida, a brusone do trigo pode se favorecer com as mudanças climáticas e chegar a todos os continentes.

Nos países da América do Sul onde o problema já ocorre, as áreas de trigo vulneráveis à doença passariam de 13% para 30%. As projeções indicam o risco de a doença chegar às lavouras de trigo dos Estados Unidos, México e Uruguai (América); Itália, Espanha e França (Europa); Japão e sul da China (Ásia); Etiópia, Quênia e Congo (África); Nova Zelândia e oeste da Austrália (Oceania).

“Apesar de as condições ambientais do Hemisfério Norte ainda não se mostrarem favoráveis à brusone, em um cenário de aumento das temperaturas e da umidade é provável a incidência da doença nas lavouras de trigo, especialmente em regiões próximas ao mar Mediterrâneo. Da mesma forma, no sul da China, onde o cultivo do trigo tem crescido nos últimos anos”, explica o professor da Universidade da Flórida Willingthon Pavan.

Nas condições atuais, a brusone já representa ameaça a 6,4 milhões de hectares de trigo no mundo. Em um cenário de mudanças climáticas, por volta de 2050, a doença poderia afetar 13,5 milhões de hectares, resultando em redução de 13% na produção mundial de trigo, com perdas que podem chegar a 69 milhões de toneladas de trigo por ano.

“Existem diversas iniciativas no mundo tentando conter a doença, desde o melhoramento de plantas, biotecnologia, estratégias de controle químico e manejo da cultura, mas ainda não conseguimos sucesso total capaz de erradicar o problema da brusone das lavouras de trigo. A resiliência às mudanças climáticas exige o preparo com base em projeções capazes de orientar a tomada de decisão para minimizar as perdas por brusone no trigo e garantir a segurança alimentar do planeta”, conclui Fernandes.

Leia também: Métodos de plantio influenciam a sustentabilidade das pastagens

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Do Brasil para o mundo: Vinho gaúcho é destaque em voos internacionais

Os viticultores brasileiros são a verdadeira força por trás do crescimento da vinicultura no país. Com garra, determinação e uma profunda paixão pela terra, esses profissionais enfrentam desafios climáticos e econômicos com coragem e perseverança. Cada safra é fruto de um trabalho árduo, que envolve não apenas conhecimento técnico, mas também um compromisso inabalável com a qualidade.

Em um setor tradicionalmente dominado por outras regiões do mundo, os viticultores brasileiros têm conquistado seu espaço, mostrando que é possível produzir vinhos de excelência. Com uma força e vontade incansável de superar obstáculos, Ana Cristina Crespani viu que é possível transformar desafios em oportunidades e fazer do vinho brasileiro um símbolo de qualidade e paixão, inclusive nas alturas voando pelo mundo. Conheça essa história no podcast desta semana:

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Seca e alta temperatura impactam produtividade do trigo no PR

O tempo seco tem favorecido a maturação das plantas do trigo e a entrada das máquinas no campo no Paraná. Com isso, os trabalhos de colheita no estado tem sido beneficiada.

A produtividade está abaixo do esperado devido à sequência de estiagens e altas temperaturas. As avaliações de perdas por geada são dificultadas em função da baixa pluviometria, só devendo ser apuradas na colheita.

De acordo com o relatório do Deral – Departamento de Economia Rural a colheita do cereal já alcançou 18% da área projetada na última semana. Nas demais áreas da Região Sul, a colheita não foi iniciada.

No Brasil, a colheita do trigo já atinge 17,7% da área projetada, segundo levantamento da Datagro Grãos.

A colheita está mais adiantada na região central do Brasil. Em Minas Gerais, Goiás/DF e Mato Grosso do Sul, alcançou 97,0%, 95,0% e 90,0%, respectivamente.

Tendência da previsão do tempo para o Paraná nos próximos dias

Nesta quarta-feira (11/09), o tempo segue firme no Paraná com muito calor, principalmente no interior e sem chuva. Alerta para umidade relativa do ar abaixo de 30%, no sul, centro-leste e leste do estado. No oeste e nordeste, os índices devem ficar abaixo de 20%.

A situação é mais delicada em áreas do extremo norte e noroeste do PR, onde a umidade deve atingir níveis emergenciais, registrando índices abaixo de 12% durante as horas mais quentes. Há condições para rajadas de vento moderadas variando de 40 a 50 km/h ao longo do dia e circulação de fumaça em todo o estado.

Na quinta-feira (12/09), o tempo não muda, Será um dia de sol, calor e umidade baixa em todas as áreas do Paraná. A tendência é que seja o dia mais quente da semana.

Na sexta-feira (13/09), instabilidades associadas ao deslocamento de uma nova frente fria avançam sobre o oeste, sudoeste e sul do PR, com condições para chuva variando de intensidade ao longo do dia. Destaque para temporais e chuva mais volumosa na região de Foz do Iguaçu/PR e Francisco Beltrão/PR, podendo vir seguida por eventuais rajadas de vento e descargas elétricas. Nas demais regiões do estado, segue a condição de tempo estável, com temperaturas em elevação gradativa e índices de umidade do ar sofrendo queda acentuada durante as horas mais quentes.

No sábado (14/09), temos o retorno da condição de tempo instável em todo PR. O deslocamento da frente fria deve conduzir o avanço das instabilidades em direção ao estado. Em áreas do oeste e sudoeste, o tempo permanece chuvoso, com condições para chuva mais persistente ao longo das horas e que podem variar de intensidade em alguns intervalos. Nas demais regiões, a chuva deve incidir entre a tarde e noite.

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Estudo mostra que fenômenos La Niña e El Niño impactam abate dos bovinos

O cenário da pecuária vem se transformando apoiado as tecnologia e a sustentabilidade. Esse é um dos temas principais abordados no 4º Fórum Pecuária Brasil 2024, organizado pela Datagro, em São Paulo.

O setor tem evoluído graças à pesquisa e inovação, além dos investimentos dos produtores, com foco em áreas como sanidade, genética, nutrição e manejo de pastagens.

Esta adoção intensa de tecnologia na bovinocultura de corte vem encurtando o ciclo de abate, aumentando a produtividade, beneficiando a receita do pecuarista e elevando a qualidade da carne no mercado doméstico e internacional em uma jornada em acordo com o meio ambiente, ou seja, de forma sustentável.

A modernização da pecuária é um exemplo para o mundo. “Temos uma produção anual de carne bovina próxima a dez milhões de toneladas e embarques na casa de três milhões, o que nos dá larga margem para o segundo maior exportador, que é a Austrália”, disse Plinio Nastari, presidente da Datagro.

O clima e o abate de bovinos

O abate de bovinos deve atingir 38,525 milhões de cabeças este ano, alta de 13% na comparação com 2023. As projeções indicam também que em 2025 esse número será de 36 milhões, uma queda de 4,2% no volume abatido.

O analista da DATAGRO, Guilherme Jank, ressaltou que o mercado do boi gordo passa por uma conjuntura de cotações em alta, sustentadas pela demanda elevada, mesmo com um quadro de ampla oferta e os problemas relacionados ao clima. “Os problemas relacionados as queimadas, falta de chuva e o estresse hídrico estão no radar do pecuarista porque reflete no abate”, diz Jank.

A equipe econômica da Datagro disse que uma mudança de ciclo, sobretudo em relação à oferta, começa a se desenhar. “O volume disponível está alto devido ao abate de matrizes, mas isso já está em desaceleração”, frisou o analista Lucas Moller.

Próximos passos

A equipe está focada nos próximos passos para escalar de forma exponencial a modernização da pecuária brasileira, entre eles a constante atualização tecnológica, metodológica e de segurança de dados e a inclusão de Tocantins e Bahia no Indicador Boi na Estrada 2025.

Leia também: Métodos de plantio influenciam a sustentabilidade das pastagens

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Biossoluções ajudam a mitigar os efeitos da falta de chuva

A distribuição inadequada de água e a escassez de chuvas provocam o estresse hídrico nas plantas. Esse estresse leva à redução da produtividade das culturas. Durante uma viagem até Lucas do Rio Verde, a equipe Agroclima foi conhecer de perto, uma fábrica de biossoluções para plantas que ajudam a mitigar os impactos da falta de chuva. Acompanhe a matéria:

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Clima impacta safra de algodão do Paquistão e da Índia

A colheita do algodão está próxima de sua finalização. De acordo com o último levantamento da (Abrapa), Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, já foram colhidos no Brasil, um total de 95,53%.

No estado da Bahia (89,86%), GO (90,93%), MA (93%), MG (89%), MS (100%), MT (97%), PI (83,8%), PR (100%) e SP (99%).

Os números do beneficiamento do algodão

Na safra 23/24, foram beneficiados no estado da BA (60%), GO (54,56%), MA (40%), MG (66%), MS (54%), MT (34%), PI (29,68%), PR (100%) e SP (98%). Total Brasil: 40,30%.

Algodão pelo mundo

O USDA atualizou os números da safra indiana prevendo 11,8 mil ha de área plantada no ciclo 2024/25. A produção foi projetada em 5,2 milhões tons, com importações de 260 mil tons e exportações de 440 mil tons. As fortes chuvas, entretanto, podem mudar esse cenário. Regiões produtoras (como Gujarat e Maharashtra) registram perdas de até 70%, e já se fala em uma queda de 10% a 15% na safra 2024/25.

No Paquistão, a passagem do ciclone Asna levou chuvas fortes para regiões produtoras. Muitos campos ficaram alagados e houve infestação de pragas. Com a colheita e o beneficiamento interrompidos devido ao clima, algodoeiras fecharam ou reduziram a escala de produção.

Nos EUA, cerca de 45% das lavouras de algodão foram classificadas com condições boas a excelentes.

Este cenário ocasionado por condições climáticas adversas gera maior demanda por importação. De uma forma geral, a demanda em toda a cadeia continua fraca em grande parte do globo, sendo essa certamente a maior preocupação da cadeia em todo o mundo. No relatório de vendas do USDA do dia 06/09, de novo foi notada a ausência da China, que tem freado suas compras (do Brasil também) até agora. A cota de 200 mil tons anunciada em julho ainda não foi liberada para as indústrias.

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Métodos de plantio influenciam a sustentabilidade das pastagens

A escolha do método de plantio é uma decisão estratégica que pode definir o sucesso na formação das pastagens. Métodos como: plantio a lanço ou plantio em linha de forma direta, oferecem diferentes benefícios e desafios, influenciando desde a germinação das sementes até a sustentabilidade a longo prazo das áreas cultivadas.

Direto X Convencional

No plantio direto, como o próprio nome diz, as sementes são colocadas diretamente no solo sem o revolvimento prévio, o que ajuda a conservar a estrutura do solo e a reduzir a erosão. Este método é particularmente eficaz em regiões do Brasil onde o solo seja agricultável, onde a conservação da umidade é essencial para o estabelecimento das plantas.

De acordo com Alessandro Passamai Júnior, assistente técnico de sementes, da Sementes Oeste Paulista (Soesp), o plantio direto oferece melhor retenção de umidade e redução dos custos operacionais, mas pode exigir maior controle de plantas daninhas para garantir a distribuição adequada das sementes. “A manutenção do resíduo vegetal remanescente na superfície do solo contribui para a preservação da matéria orgânica e para a promoção da biodiversidade no solo, aspectos essenciais para a sustentabilidade a longo prazo”, detalha.

Por outro lado, o plantio convencional, que envolve o preparo do solo com aração e gradagem, é frequentemente utilizado em áreas onde o controle inicial de plantas daninhas é uma prioridade. “Embora essa técnica permita uma preparação mais rigorosa do solo, ela pode levar à perda de matéria orgânica, resultando em um solo menos fértil e mais suscetível à erosão”, diz o especialista.

Foto: arquivo istock

Linha X Lanço

A escolha entre plantio em linha e a lanço também tem implicações significativas. Em linha, as sementes são colocadas em sulcos a uma profundidade ideal, protegendo-as da radiação solar direta e de ataques de pragas. “Isso resulta em uma germinação mais rápida e em um estabelecimento mais eficaz das plantas, promovendo uma pastagem mais densa e uniforme.”

“A lanço, as sementes são distribuídas superficialmente, fica menos uniforme com relação ao arranjo de plantas na área e exposta a erros na incorporação, podendo deixar as sementes mais profundas do que o recomendado, afetando a qualidade da pastagem”, detalha Passamai Júnior.

Antes da semeadura

Práticas como a correção da acidez do solo, a aplicação de fertilizantes e o controle de daninhas e pragas no local, criam um ambiente favorável para o desenvolvimento das sementes. “Um solo bem preparado garante uma base uniforme para a germinação, o que é essencial para a formação de uma pastagem saudável e produtiva”, ressalta Alessandro.

Fatores ambientais e inovações tecnológicas

Também deve-se levar em conta os fatores ambientais, como o clima e a topografia da área. Em regiões mais secas, o plantio direto é preferível devido à sua capacidade de conservar a umidade do solo. “Em áreas onde a disponibilidade de água é limitada, o plantio direto se torna uma opção estratégica para garantir o sucesso da pastagem”, afirma Passamai Júnior.

Já em áreas com topografia acidentada, essa técnica ajuda a minimizar a erosão, mas pode ser limitada pela dificuldade de acesso de maquinários em terrenos muito inclinados. Em locais de climas mais úmidos, o plantio convencional pode ser viável, mas exige cuidados redobrados com a erosão e a compactação do solo.

Além dos métodos tradicionais, tecnologias modernas, como a agricultura de precisão, têm permitido otimizar o uso de insumos e melhorar a eficiência do plantio, contribuindo para uma produção mais sustentável. Ferramentas como sensores e mapeamento georreferenciado possibilitam uma aplicação mais eficiente, melhoram a eficácia do plantio e reduzem o desperdício.

Sustentação da produtividade

O manejo pós-plantio, incluindo a irrigação adequada e a rotação de pastagens, também desempenha um papel importante na maximização dos resultados. “A irrigação garante a disponibilidade de água necessária para o crescimento inicial, enquanto a rotação de pastagens ajuda a evitar o esgotamento do solo e a reduzir a pressão de pragas e doenças. Essas práticas, quando integradas ao método de plantio escolhido, asseguram a longevidade e a produtividade do pasto”, ressalta o técnico da Soesp.

A formação de pastagens de alta qualidade e sustentabilidade depende de uma série de fatores interligados, sendo o método utilizado um dos mais determinantes. A escolha entre direto, convencional ou outras técnicas deve ser feita com base em uma análise cuidadosa das características do solo, das condições climáticas e das necessidades específicas da área. “Com a aplicação adequada e o uso de novas tecnologias, é possível garantir pastagens produtivas e sustentáveis a longo prazo, contribuindo para a eficiência e a sustentabilidade do agronegócio”, completa Passamai Júnior.

Qualidade da semente

Independentemente do método de plantio escolhido, é fundamental que o produtor tenha atenção em relação à qualidade das sementes que irá utilizar. De acordo com o especiliasta, o insumo precisa estar livre de doenças.

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Estiagem e incêndio: Nova estimativa de cana aponta redução

O aumento sem precedentes de casos de incêndio, na região Centro-Sul do Brasil despertou maiores preocupações sobre as condições dos canaviais, já bastante impactados pela prolongada estiagem, a serem colhidos durante o último terço da safra 24/25.

Ainda que os impactos dos incêndios estejam sendo mensurados, a extensão da área afetada já sinaliza o ambiente desafiador para as operações de colheita, sobretudo diante da necessidade das usinas moerem a cana queimada dentro de um intervalo de até 48 horas para evitar perda significativa de qualidade, sem esquecer das áreas cuja cana ainda não atingiu o seu ponto ideal de corte.

Uma revisão do balanço de safra 24/25 da região Centro-Sul do Brasil foi divulgada pela DATAGRO.

De acordo com a consultoria, houve uma redução de 602,0 para 593,0 milhões de toneladas de cana de açúcar (654,43 milhões de toneladas em 23/24). Para a produção de açúcar também houve redução de 40,025 para 39,30 milhões de toneladas (42,43 milhões de toneladas em 23/24).

Produção de etanol total: redução de 0,44 bilhões de litros por conta dos efeitos na safra de cana (na safra 23/24 foram produzidos 33,59 bilhões de litros) e mix de produção para açúcar: mantido em 49,6%, contra 48,9% na safra 23/24. O rendimento industrial também apresentou redução de 140,60 para 140,20 kg de ATR por tonelada de cana (139,22 kg ATR/tc em 23/24).

O acompanhamento do impacto dos incêndios e a condição geral do canavial na safra 24/25 e as perspectivas para 25/26 continuam a ser monitorados, e eventuais refinamentos de estimativa poderão ser realizados à frente.

Como fica o clima no início da semeadura da safra 24/25

De acordo com a revisão da consultoria, mais do que em relação à moagem, há maior preocupação sobre o poder de cristalização das usinas do Centro-Sul, com muitos agentes do mercado já desconfiados da possibilidade de que o mix para a produção de açúcar em 24/25 fique próximo ao de 23/24, a depender dos danos nos canaviais provocados pelos incêndios e da velocidade pela qual as usinas conseguiram colher estas áreas em tempo hábil – além dos impactos sobre a planta, o forte ritmo de moagem tende a limitar a flexibilidade das usinas para maximizar a produção de açúcar.

Milho

Segundo os técnicos da consultoria DATAGRO é importante ressaltar que para a revisão sobre a produção de etanol de milho, de 7,7 para 8,0 bilhões de litros em 24/25, correspondendo, portanto, a 24,6% da oferta total de etanol na região para a atual temporada, contra 18,7% em 23/24, ajuda a compensar a queda da produção de etanol de cana. A nova estimativa de produção de etanol total na safra 24/25 na região Centro-Sul passa de 32,66 para 32,52 bilhões de litros.

Os incêndios também provocaram preocupações sobre as áreas a serem colhidas na próxima safra de 25/26, tendo em vista os danos já observados nas áreas de rebrota, o que deve encorajar os produtores a retardar o início das operações de moagem na próxima temporada.

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