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Soja apresenta redução de produção no Rio Grande do Sul

Levantamento aponta os efeitos desiguais da estiagem nas diversas regiões do estado

A área cultivada de soja no Rio Grande do Sul é de 6.513.891 hectares. A nova estimativa de produtividade finalizada em 29/04, é de 1.923 kg/ha, representando redução de 38,58% em relação à inicial. Com isso, a produção da oleaginosa, na safra 2022/2023, deverá resultar em 12.525.882 toneladas, ou seja, redução de 39,09% na produção inicialmente estimada, que era de 20.563.989 toneladas.

Estiagem desigual nas regiões

Além de indicar nova redução da safra, o levantamento aponta os efeitos desiguais da estiagem nas diversas regiões do estado. A safra se aproxima mais da normalidade a leste do estado gaúcho, onde as perdas de produtividade foram inferiores a 5% na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul. Já a oeste do estado, como na de Santa Rosa, onde os danos foram mais graves, as perdas estimadas atingem 67%.

Colheita

A colheita evoluiu para 80% e está próxima da finalização em algumas regiões. As lavouras em maturação somam 17%, e ainda restam 3% em enchimento de grãos. Após a colheita, os produtores realizam o manejo das lavouras de onde a soja foi retirada, especialmente a correção da acidez do solo e a semeadura de plantas de cobertura.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, é cultivada a maior área do Estado, com 1.048.091 hectares. A estimativa inicial era de 2.546 kg/ha. Foi revista em março para 1.663 kg/ha e, no momento, está em 1.556 kg/ha, sendo 38,88% menor do que a produtividade inicial. Os danos são mais concentrados na Fronteira Oeste, onde parte das lavouras não apresentaram viabilidade econômica para a realização da colheita. Na região, 70% das lavouras foram colhidas, mas o ápice é em Uruguaiana, com 90%.

Na de Caxias do Sul, a estimativa inicial era de 3.535 kg/ha. Na primeira revisão, passou para 3.399 kg/ha e, no momento, para 3.365 kg/ha, significando um decréscimo de 4,81% em relação à estimativa da época do plantio. A safra está muito próxima da normalidade, sem maiores prejuízos, apesar de algumas lavouras terem sido mais afetadas e apresentarem baixa produtividade, decorrentes da má distribuição de precipitações. A colheita avançou significativamente e já supera 70% da área cultivada na região.

Tendência do Clima

A partir da quarta-feira (10/05), uma frente fria avança pela costa do Sudeste provocando chuvas apenas sobre a faixa leste da região. No interior do Sudeste e do Centro-Oeste há previsão para aumento da umidade, das nuvens, mas não tem previsão para chuva significativa. Entre a sexta-feira e o final de semana a chuva deve aumentar entre o Espírito Santo, norte de Minas Gerais e interior da Bahia.

A tendência é que na segunda metade da semana a chuva fique concentrada sobre a metade Norte do Brasil, enquanto o ar seco e frio vai ganhar força sobre o centro-sul. As chuvas devem se intensificar e são esperados volumes acima de 100 mm em áreas do interior do Matopiba e do interior do Norte do país.

Já no centro-sul a previsão é para declínio acentuado das temperaturas na segunda metade da semana. Tanto as mínimas, quanto as máximas devem ficar mais baixas sobre os três estados do Sul do país e grande parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Porém, o frio deve ser mais intenso entre o interior do Rio Grande do Sul e no sul do Paraná onde são esperadas mínimas abaixo de 10°C em diversas localidades. Porém, o risco para frio extremo, com potencial para geadas ficará restrito as regiões de serra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, especialmente na madrugada da quinta-feira, que promete ser a mais gelada da semana. Em áreas de milho segunda safra não há previsão para extremos de temperatura mínima.

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