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Quais são os impactos de não monitorar ações ESG ?

Um estudo inédito sobre o impacto do monitoramento de ações ESG dos produtores rurais e como as instituições financeiras podem tomar decisões mais embasadas na hora de conceder crédito forma divulgadas recentemente  em um estudo inédito realizado pela Serasa Experian.

A partir de uma amostra de 163.600 produtores rurais, que contrataram ou tentaram contratar crédito e/ou no ano passado, foi constatado que 99% deles estão em conformidade com as ações ESG e atendem à legislação. Entretanto, 1% apresenta infrações gravíssimas e pode ser considerado detrator do agronegócio.

Para tal análise, foi utilizado o Serasa Score ESG Agro, plataforma que utiliza a inteligência artificial para cruzar dados em larga escala relacionados aos aspectos ESG e que classifica o indivíduo em menor ou maior risco ESG, em uma pontuação que vai de 0 a 1000. Os scores ESG Agro com baixo risco são os acima de 600, o de médio risco, entre 400 a 600, e os de alto risco, abaixo de 400. Os scores de baixo risco ESG podem conter, no máximo, alguns processos judiciários, os de risco intermediário, infrações ambientais, processos e dívidas. Já os de maior risco, embargos, infrações ambientais, processos e trabalho escravo.

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“Apesar de os 99% estarem em conformidade socioambiental, existe aquele 1% com o Serasa Score ESG Agro que apresenta problemas potencialmente graves. Esse 1% concentra 100% de infrações gravíssimas (trabalho escravo e embargos), 35% de todas as infrações ambientais e 14,5% de todos os processos”, explica o head de Agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.

Se todas essas infrações fossem autuadas, as instituições financeiras e seguradoras poderiam ter um prejuízo de até R$90 bilhões, pois as empresas concedentes podem ser consideradas responsáveis solidárias, sem contar o risco de reputação e de imagem, que são imensuráveis.

Entre esses indivíduos de alto risco ESG, a maioria é do sexo masculino e com idade média acima 60 anos.

Foto: Getty Images

Quando o assunto é crédito

Embora esse 1% represente alto risco ESG do ponto de vista de crédito, eles apresentam risco baixo e continuam movimentando o mercado de crédito. Ao analisar este recorte, a mediana do Agro Score por CPF é de 808, de baixo risco devinadimplência, e a mediana dos contratos é de R$62.309.

“Quando o assunto é ESG, não basta só olhar para o crédito. É importante avaliar os dois aspectos (Agro Score e Score ESG Agro) para apoiar tanto quem financia quanto quem compra do agronegócio. A tecnologia pode contribuir para dar mais transparência, segurança e vantagem competitiva ao produtor rural brasileiro, além de desvincular a sua imagem do desmatamento ilegal, gerando um benefício reputacional. Por exemplo, um importador europeu, pode utilizar a ferramenta para analisar toda sua cadeia de valor, até a origem do produto no campo”, afirma Pimenta.

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