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O que o Brasil compra e vende da França e Argentina?

O Brasil já se despediu da Copa do Mundo da FIFA no Catar, mas suas relações comerciais com os países favoritos ao título continuam em alta. Com a grande final definida para o próximo domingo, 18/12, o mundo se prepara para conhecer o novo vencedor do torneio.

 

Dados do comércio entre o Brasil, a Argentina e a França mostram que nos últimos 20 anos há um indicativo de crescimento nas relações comerciais, sobretudo, com a Argentina. O mapeamento foi realizado pela Vixtra, uma fintech de comércio exterior. 

 

Com a Argentina, seu principal parceiro comercial na América do Sul, as relações cresceram 308% em 20 anos. Em 2002, a Argentina já era um dos maiores parceiros do Brasil, sendo que as importações e exportações para aquele país eram de US$ 395 e US$ 194 milhões mensais, respectivamente. Atualmente, o comércio internacional entre os países alcança US$ 1 bilhão em importações e US$ 1,3 bilhão em exportações, movimentando aproximadamente US$ 29 bilhões anualmente. 

 

“As transações comerciais entre ambos os países cresceram bastante ao longo dos anos, mas os produtos comercializados não mudaram muito. Atualmente, o Brasil exporta produtos como acessórios automotivos, veículos de passageiro e minério de ferro para os argentinos e importa outros, tais quais, veículos de transporte, trigo e centeio”, explica Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra. 

 

Se a rivalidade entre os dois países ainda é forte nos campos de futebol, no comércio a realidade é outra.

 

“Hoje a Argentina é o quarto maior parceiro comercial do Brasil, e nós somos o maior parceiro deles. Então, as economias se complementam e estão cada vez mais fortes”,  comenta Baltieri.

 

 

Foto: Getty images

França

 

Já com a França, nossas relações comerciais mais que dobraram. Em 2002, as importações e exportações entre ambos os países eram de US$ 146 e US$ 126 milhões, respectivamente. Duas décadas depois, a primeira registrou US$ 413 e a segunda US$ 273 milhões.

 

“Ainda é um valor pequeno se comparado a outros países, mas há espaço para crescimento, sobretudo com a abertura de mercado de ambos os países para outros produtos”, afirma Leonardo Baltieri. 

 

“É importante destacar que um dos setores que mais exportam no Brasil, o agronegócio, enfrenta uma forte concorrência do mercado local francês, o que ajuda a explicar o porquê de o comércio entre ambos ter crescido menos que o argentino”, prossegue.

 

Quanto aos produtos, os mais importados pelo Brasil são motores e máquinas, compostos químicos e acessórios automotivos, enquanto nós exportamos, principalmente, farelo de soja, minério de ferro e petróleo bruto para os franceses. 

 

O executivo destaca, ainda, que apesar da Argentina ser o principal parceiro comercial do Brasil na América do Sul, é provável que os europeus ganhem também mais destaque nos próximos anos com a aprovação do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.

 

“Tivemos avanços significativos nos últimos anos. Por isso, é possível que esse acordo seja ratificado entre as partes envolvidas no médio ou longo prazo”, afirma. 

 

“Se acontecer, sem dúvidas, será um excelente avanço comercial nas relações bilaterais entre dois dos principais blocos econômicos do planeta. A abertura de mercados proporcionará maiores investimentos em diversos setores da economia”, conclui.

 

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