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Fator climático trouxe quebra na safra de maça catarinense

Primeiro semestre de 2024 está sendo marcado por flutuações nos preços e na comercialização do fruto

O fator climático ocasionou um impacto na produção de maça no estado de Santa Catarina, especialmente na região serrana de São Joaquim. Apesar da maça Fuji no estado de Santa Catarina, safra 23/24 apresentar um aumento na área plantada de 5,71%, a produtividade média caiu 26,01% e houve uma diminuição na quantidade produzida de 21,79%.

A área plantada da maça tipo Gala safra 23/24 foi de 6.990 hectares, aumento de 1,07, se comparada a safra anterior. Porém, a produtividade média que na safra 22/23 chegou a 38,447 kg/ha caiu na safra 23/24 para 27.986 kg/ha, ou seja uma diminuição de 27,21%. A quantidade produzida nos campos também foi menor 26,43%.

Todos esses fatores estão associados ao clima durante o desenvolvimento do fruto. Rafael Grillo, presidente da Associação dos produtores de Maça e Pera de Santa Catarina (AMAPSC), conta que o excesso de chuvas durante a florada da macieira trouxe inúmeros problemas.

“Com as chuvas, também ocorreu pouca incidência solar, ou seja muitos dias nublados e poucos dias de sol e a maça precisa de 700 horas frio durante o Inverno quando entra em dormência. Além disso precisa de sol nas gemas produtivas onde forma a flor e consequentemente o fruto. A chuvarada nesta safra 23/24 que foi finalizada em Abril também prejudicou o trabalho de polinização das abelhas e surgiu algumas doenças nos pomares que forma difíceis de controlar por causa da umidade bastante elevada”, revela Grillo.

Flutuações de preço e comercialização

De acordo com o Boletim Agropecuário de agosto/2024, elaborado pela Epagri/Cepa, o mercado da maçã em Santa Catarina e no Brasil, no primeiro semestre de 2024, apresentou uma série de flutuações de preços e volume comercializado, impactados por fatores como a oferta limitada da safra atual, condições climáticas adversas e a dinâmica do mercado interno e externo. Entre junho e julho de 2024, o preço médio das maçãs no atacado de Santa Catarina teve uma leve desvalorização. Mas comparado a julho de 2023, houve valorização significativa dos preços devido à redução na oferta, principalmente por causa da menor produção na safra 2023/24. As importações também aumentaram para suprir a demanda, destacando o Chile como o principal fornecedor para o mercado brasileiro.

Na Ceasa/SC, entre junho e julho de 2024, houve desvalorização de 4,9% no preço médio das maçãs, mas com valorização de 26,8% em relação a julho do ano anterior. A maçã Gala contribuiu com desvalorização de 0,2% nas cotações, entre junho e julho do ano corrente e com valorização de 41,5% em comparação a julho de 2023. A maçã Fuji participou com desvalorização de 10,1% entre junho e julho, e com valorização de 12,3% em relação a julho do ano passado. Em julho de 2024, as cotações da categoria 1 apresentaram desvalorização de 4,8% em relação ao mês anterior; já os preços das categorias 2 e 3 apresentaram desvalorização de 4,2% e 5,8%, respectivamente.

Na região de São Joaquim/SC, em julho as cotações da maçã Gala apresentaram desvalorização de 4,6% em relação ao mês anterior, mas com expectativa de valorização com aumento na demanda pela variedade regional. O preço da maçã Fuji desvalorizou 6,5% entre junho e julho com tendência de valorização com a comercialização em agosto.

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