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Etanol de milho impactará nas exportações já nesta segunda safra

Terceiro maior produtor de milho, o Brasil deve aumentar a produção em 2023, mas avançará também no consumo interno, proporcionalmente. Parte desse avanço do consumo se deve à produção de etanol de milho, que se torna realidade em estados, como Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso. As informações são da Abramilho – Associação Brasileira dos Produtores de Milho, que lançou o plantio nacional do milho segunda safra na última quarta-feira (15), em Campo Grande (MS).

 

Segundo a Associação, o Brasil atingiu em 2022 a marca de 5,5 bilhões de litros de etanol de milho, um aumento de 800% nos últimos 5 anos. A expectativa para 2030 é de 10 bilhões de litros do combustível.

 

“O Brasil se tornará líder nas exportações nesta safra 2022/23, ainda que produza apenas 10% de todo milho do mundo. Mas internamente acontecerá uma revolução no consumo do cereal, com previsão de valorização, muito devido ao etanol de milho, que deve abrir oportunidades para os produtores rurais. Assim como aconteceu em Mato Grosso, outros estados devem aproveitar dessa oportunidade. E pela necessidade de maior volume desse cereal, o Brasil deverá avançar na produção nos próximos anos, para seguir atendendo as exportações”, explica Glauber Silveira, presidente da Abramilho.

 

Segundo o secretário Semadesc – Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, o etanol traz a possibilidade de valorização do milho.

 

Foto: agro agência assessoria

 

“A demanda da suinocultura e avicultura, junto à destinação do milho para produção de etanol, poderá virar uma chave. Isso aconteceu em Mato Grosso, onde se pagava o preço mínimo do milho e depois do DDG, foi visível a valorização. Aqui em MS as duas usinas juntas demandarão 30% da safra do estado”, aponta Verruck.

 

A partir dessa necessidade de maior volume de produção, em um cenário sustentável, especialistas defendem maior produtividade, sem aberturas de novas áreas. E segundo ele, isso passa pela escolha de híbridos ideais, já testados em suas regiões.

 

“Área a ser plantada, a tecnologia que envolve a semente, fertilidade do solo, adução a ser utilizada no sistema e como este material se comporta ao complexo de molicutes (cigarrinha), esses são alguns dos pontos que o produtor rural precisa se atentar, a fim de estimular sua produtividade”, explica o engenheiro agrônomo, Juliano Ribeiro.

 

“O mercado do Mato Grosso, que hoje é o maior produtor de etanol de milho, consome mais de 20% de sua produção estadual, em Mato Grosso do Sul as usinas devem demandar 30%, nesse ritmo, precisaremos evoluir nossas produtividades, para seguir atendendo as exportações”, finaliza o agrônomo.

 

Tendência do Clima

 

Uma frente fria e um ciclone que esta se formando no oceano, próximo a costa da região Sul, espalham muitas instabilidades sobre o centro-sul do Brasil e devem intensificar as chuvas sobre áreas produtoras do interior do Brasil nos próximos dias.

 

A partir do final de semana (18 e 19/02) a frente fria avança em direção a costa do Sudeste e estão previstas chuvas persistentes e volumosas até a próxima semana entre o Paraná, São Paulo, sul e Triângulo Mineiro, grande parte do Centro-Oeste e Norte do Brasil. Nestas áreas há risco para invernada, que deve paralisar momentaneamente as atividades no campo e deve diminuir os períodos de luminosidade até a próxima semana.

 

Por outro lado, na maior parte do interior da região Sul, o final de semana será marcado por tempo seco e temperaturas baixas, devido a atuação de uma massa de ar frio, que pode provocar temperaturas abaixo de 10°C em algumas cidades produtoras entre Santa Catarina e Paraná.

 

No início da próximo semana novas áreas de instabilidade voltam a provocar chuvas sobre áreas produtoras entre o norte gaúcho e do Paraná. No Matopiba as chuvas voltam a se espalhar e aumentar gradualmente, inclusive na Bahia, no decorrer desta segunda quinzena de fevereiro.

 

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