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Cadeia produtiva é destaque na maior feira de alimentos e bebidas das Américas

Do campo a mesa. O que foi destaque na Apas Show 2023

Água de coco, sucos, frutas frescas, mel, blends de chás, café, especiarias, linha de açaí e melão direto do produtor para a mesa do consumidor brasileiro.

Milhares de pessoas de todas as regiões do Brasil, bem como de diferentes países, passaram pela 37ª edição da APAS Show 2023, que terminou nesta última quinta-feira (18/05), em São Paulo. Na maior feira de alimentos e bebidas das Américas presenciei a diversidade, o sabor e a qualidade de produtos das mais variadas linhas com diferentes formulações e sabores. Ao todo cerca de 850 expositores sendo mais de 200 internacionais, estavam distribuídos em 5 pavilhões.

Sai um pouco do comum dos estandes populosos de grandes marcas e fui em direção da cadeia produtiva e seu processo de transformação: matéria prima que sai das mãos do produtor rural no campo, passa pela indústria e por fim chega as prateleiras nas mãos do consumidor final. Tudo empacotado com uma qualidade saborosa, inovadora e tecnológica.

Vale lembrar que as cadeias produtivas são o motor da produção de um país. Isso tem um peso enorme no desenvolvimento econômico e no avanço do Produto Interno Bruto (PIB). No Brasil, as cadeias produtivas do agronegócio são uma das principais fontes de renda do país com o poder de movimentar a economia nacional, uma vez que geram empregos e garantem o abastecimento.

Hábito muda: Não é da boa pra fora. É da boca pra dentro

O hábito do brasileiro vem mudando e o crescimento do consumo de alimentos frescos e saudáveis durante a pandemia aqueceu o mercado. A pesquisa de preferência de hábitos do consumidor, divulgada na feira confirma a mudança nos hábitos alimentares dos brasileiros: 53% da população procura manter uma alimentação saudável em boa parte das refeições e 15% optam por alimentos naturais, orgânicos e pouco industrializados. Esse número representa um sólido crescimento de 6% em relação ao registrado em 2022. Atento a esta mudança, o setor supermercadista tem ampliado a oferta de produtos chamados FLV (frutas, verduras e legumes) e fui conhecer as marcas que preservam a origem do alimento no Pavilhão Amarelo, um novo espaço exclusivo e dedicado ao FFLV (flores, frutas, legumes e verduras).

Por lá, eu vi como a ciência, tecnologia e o apoio da Embrapa aos empreendedores agregando a experiência brasileira da agricultura é essencial para entregar alimentos saudáveis produzidos em um ambiente controlado (luz artificial, ar, temperatura e umidade) chamado de fazendas verticais onde o tempo de produção comparado com o campo é reduzido em alguns casos pela metade.

De acordo com a Revista Científica do Instituto Gastronômico de São Paulo, a temperatura média mensal mais indicada para o bom desenvolvimento e boa produção de alface em jardim vertical, varia de 15 a 18°C, com máximo de 21 a 24°C e mínimo de 7°C. O controle da temperatura é fundamental porque isso tem relação com o nível de oxigênio disponível. Quanto mais fria, melhor a oxigenação, porém a água muito fria acaba sendo prejudicial.

A quantidade de nutrientes específica para cada tipo de cultura também precisa ser levado em consideração. Portanto, sim, já é possível encontrar alface, mix de folhas, temperos, brotos para serem consumidos desta nova forma inovadora com direito a uma tag com histórico de rastreabilidade que contém informações de data, local, momento da colheita até a sua distribuição.

Outro destaque da feira que chamou a atenção foi o bites de frutas argentino. Imagine aquelas frutas frescas produzidas no campo: framboesas, mirtilo, cereja, um mix de frutas vermelhas cobertas com um delicioso chocolate. Sim, é uma explosão de sabor. A boa notícia é que o pacote de bites de frutas pode ir ao freezer sem perder seu sabor e originalidade. Uma tendência.

Pesquisa de preferência de hábitos do consumidor

Uma pesquisa inédita encomendada pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) e divulgada durante a 37ª edição da APAS SHOW, mostrou que o consumidor está mais atento às marcas e escolhendo aquelas que investem em sustentabilidade. De acordo com o estudo, 95% dos brasileiros dão prioridade para produtos e serviços de empresas que investem em práticas sustentáveis e 64% já deixaram de consumir uma marca ou frequentar um estabelecimento ao saber que a empresa ou seus funcionários não tiveram um comportamento ético. “Além de oferecer produtos que atendam suas necessidades, os consumidores têm optado por marcas que investem em programas de preservação ambiental e responsabilidade social e que a sustentabilidade não está apenas no discurso”, afirma Carlos Corrêa, diretor-geral da APAS SHOW.

Entre as motivações para escolher um supermercado, 68% dos consumidores consideram o respeito e o reconhecimento da importância do cliente como os principais critérios. Na sequência, aparecem investimentos e ações inclusivas para funcionários, sustentabilidade ambiental e programas de valorização de fornecedores e parceiros. “Do fornecedor ao colaborador, todos são importantes e recebem um olhar atento do consumidor”, enfatiza o executivo.

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