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Agroeconomia é tema do Congresso da Andav

Brasil tem o desafio de alimentar o mundo com sustentabilidade

O 13º Congresso da Andav que reúne os distribuidores agrícolas e veterinários começou na cidade de São Paulo com uma expectativa de público de 13.500 pessoas para os três dias de evento.

São 250 expositores, 187 stands, sendo 60 marcas novas espalhadas em 24 mil metros de área, um crescimento de 20% se comparado ao ano anterior, informa Vivian Lima, CEO da Zest Eventos.

O tema central do Congresso nesta ano Agroeconomia Brasileira em Primeiro Lugar: Como assegurar o nosso propósito de alimentar o mundo, reforça a liderança do agro brasileiro em produção, com sustentabilidade, e sua importância na vida das pessoas. “Nosso setor busca compartilhar perspectivas e visões, encontrando soluções inteligentes e ideias inovadoras, para aproveitar as oportunidades para uma economia resiliente e fortalecida”, avalia Paulo Tiburcio, presidente executivo da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários (Andav).

O executivo acrescenta que nos últimos quatro anos, o setor tem vivenciado cenários desafiadores, mas ao mesmo tempo tem visto um vasto campo de oportunidades e soluções. “Os distribuidores têm em sua essência essa capacidade de transformar desafios em oportunidades, por isso, a Andav mais do que duplicou a quantidade de associados, o que reforça como somos um segmento unido, que busca de forma coletiva fortalecer o agro”, explica Tibúrcio.

Foto: FD Fotografia

Estratégia integrada para segurança alimentar e energética

O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse, nesta terça-feira (6), no Congresso Andav 2024, que falta ao Brasil uma estratégia integrada, que contemple diversas frentes, para que, de fato, o país assuma o papel de ser o guardião mundial da segurança alimentar e energética.

Em sua exposição, Rodrigues citou dados da FAO e OCDE, os quais apontam que a oferta mundial de alimentos precisa aumentar em cerca de 20% nos próximos dez anos, e que, diante deste cenário, o Brasil foi instado a contribuir com 40% deste crescimento.

Segundo o ex-ministro, este desafio foi posto naturalmente ao Brasil exatamente pelo fato de que o modelo de agricultura tropical desenvolvido em nosso país é o único capaz de elevar a produção, por meio de ganhos de rendimento e em acordo com a proteção ambiental e as mudanças climáticas. “Outras regiões agrícolas tropicais do mundo – África subsaariana e sudoeste asiático – também podem contribuir, mas o Brasil é o protagonista”.

Entretanto, de acordo com Rodrigues, questões relacionadas à infraestrutura logística – que melhorou, mas ainda é deficitária -; política agrícola, em particular o seguro rural; busca por acordos comerciais de maior peso – Mercosul e União Europeia, por exemplo -; segurança jurídica, garantia de recursos para pesquisa e maior comunicação e interconexão entre campo e cidades precisam ser endereçadas.

Veja também: Brasil pode liderar agenda climática

Foto: FD Fotografia

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