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Entenda os efeitos de um El Niño clássico no BR

Para o Sul do Brasil, apesar do histórico de El Niños estar relacionado a episódios de enchentes e muitos transtornos especialmente no Rio Grande do Sul, depois de três verões de fortes impactos negativos do La Niña, os produtores gaúchos relatam que somente o retorno do El Niño será suficiente para reverter o período prolongado de estiagem e ajudará a encher os reservatórios do estado.

 

De acordo com a meteorologista da Climatempo, Nadiara Pereira, um evento clássico de El Niño está relacionado à forte potencial para tempestades e excesso de umidade, que também podem ser prejudiciais para o desenvolvimento dos cultivos de verão e a colheita dos cultivos de inverno. 

 

“Se a mudança de sinal se confirmar para o segundo semestre de 2023, os padrões de precipitação para a próxima safra podem ser bem diferentes em relação aos três últimos anos, que foram impactados pela La Niña”, alerta Pereira.

 

 

El Niño aumenta o risco de seca no MATOPIBA

 

Por outro lado, depois das últimas safras produtivas sobre o MATOPIBA, a possível instalação de um El Niño preocupa os produtores, pois o fenômeno está associado ao risco de estiagem que pode prejudicar a  instalação e o desenvolvimento dos cultivos de verão.

 

“A preocupação com o risco de estiagem aumenta também para os produtores de café do Espírito Santo, que costumam ter safras mais impactadas por irregularidade das chuvas em episódios de El Niño”, alerta a meteorologista.

 

 

Qual o comportamento do El Niño no Sudeste e Centro-Oeste?

 

Na maior parte do Sudeste e do Centro-Oeste, os efeitos do fenômeno não são tão marcados, mas o El Niño proporciona uma atmosfera mais quente e as chuvas durante o verão costumam ocorrer preferencialmente na forma de pancadas (tempestades mais intensas e rápidas) e em contrapartida os episódios de ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) são menos frequentes.

 

 

El Niño na segunda safra de milho

 

Diferente do La Niñ,a que normalmente provoca um encurtamento do período chuvoso, o El Niño diminui o risco para o atraso do retorno das chuvas sobre o interior do Brasil no início da primavera, o que beneficia o plantio de grãos no período ideal e reduz o risco de corte das chuvas mais cedo no outono seguinte, beneficiando também a segunda safra do milho.

 

Figura 5 – Impactos mais comuns de um fenômeno El Niño clássico sobre a distribuição das chuvas e temperaturas no Brasil

 

Os fenômenos climáticos El Niño e La Niña não são os únicos fatores que influenciam o clima no Brasil. Outros fatores, como a temperatura das águas do Oceano Atlântico e oscilações de menor escala também podem contribuir para anomalias nas condições do clima do país. Por isso, a recomendação é estar atento ao monitoramento e as informações meteorológicas para a tomada de decisão no campo.

 

Veja também: Depois do La Niña, um El Niño. Será possível?

Neutralidade climática deve predominar durante o Outono

 

 

O que é El Niño?

 

De acordo com a meteorologista Nadiara Pereira, o El Niño, que é caracterizado pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, tem os efeitos opostos ao La Niña e normalmente intensifica os sistemas meteorológicos sobre o Sul do Brasil, ocasionando mais chuvas nesta Região. Já nas Regiões Norte e Nordeste, aumenta o risco de estiagem.

 

 

Radar Meteorológico: chuva

 

O radar meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

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Depois do La Niña, um El Niño. Será possível?

Quando se fala em El Niño e La Niña na cadeia do Agronegócio o ponto de atenção é o monitoramento da previsão climática. Isso acontece por causa dos impactos destes fenômenos que são bem significativos dependendo da região brasileira e da época do ano, pois estão associados a padrões mais chuvosos, secos e quentes ou mais frios não apenas no Brasil, mas em grande parte do globo.

 

Atualmente, estamos passando por um período prolongado sob efeito do fenômeno La Niña, que é caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial (figura 1) e em sua configuração clássica que normalmente está associado ao risco de estiagem no Sul do Brasil e aumento das chuvas sobre o Norte e o Nordeste.

 

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Figura 1 – Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 08/01/2023 e 04/02/2023. Fonte https://www.esrl.noaa.gov

 

O fenômeno é um dos responsáveis pela estiagem prolongada que afeta o Rio Grande do Sul e tem provocado quebras de produtividade na Argentina nas últimas safras. Mas, por outro lado também tem favorecido chuvas mais regulares e uma boa produtividade de grãos na fronteira agrícola do Matopiba nos últimos anos.

 

Além disso, a La Niña deixa a atmosfera mais fria e aumenta o risco de ondas de frio tardias na primavera sobre o centro-sul do Brasil. Você deve lembrar no último ano uma forte e atípica onda de frio no início de novembro de 2022, que provocou geada na região Sul e até um episódio de neve na serra catarinense. Foi considerado o evento mais tardio já registrado no Brasil.

 

Possível El Niño para o segundo semestre de 2023?

 

A maioria dos modelos internacionais indica um ligeiro aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial durante o outono e até mesmo um aumento da probabilidade para ocorrência de El Niño a partir do inverno de 2023.

 

Observe abaixo a figura 3: trata-se de um comparativo realizado pelo Bureau de Meteorologia da Austrália entre a previsão, para o mês de junho, de diversos modelos para o índice NINO 3.4, que é medido na área central do Oceano Pacífico Equatorial e é o principal índice estudado para a classificação dos fenômenos El Niño, La Niña ou Neutralidade Climática.

 

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Figura 3- Valor médio previsto para o índice NINO3,4 para cada modelo internacional para o mês de maio. (se as barras cinzas no gráfico estiverem se aproximando ou ultrapassando a linha tracejada azul, há uma tendência de La Niña. Se as barras no gráfico estiverem se aproximando ou ultrapassando a linha tracejada vermelha, há uma chance maior de El Niño). Atualizado em 28/01/2023.  Fonte: http://www.bom.gov.au/

 

A previsão Australiana (BOM) é a mais otimista quanto ao aquecimento do Oceano Pacífico, indicando um índice positivo mais próximo do limiar de El Niño, enquanto outras previsões são mais conservadoras, especialmente a previsão Americana da NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos).

 

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Figura 4. Anomalia da TSM registrada(entre agosto e dezembro de 2022) e prevista( de fevereiro a julho de 2023) pelo Bureau de Meteorologia da Austrália  para a região do Niño 3.4. 

 

Leia: Neutralidade climática deve predominar durante o Outono e o início do Inverno 2023

 

O que muda com um possível El Niño?

 

De acordo com a meteorologista Nadiara Pereira, o El Niño, que é caracterizado pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, tem os efeitos opostos a La Niña e normalmente intensifica os sistemas meteorológicos sobre o Sul do Brasil, ocasionando mais chuvas nesta região. Já entre as regiões Norte e Nordeste, aumenta o risco de estiagem.

 

“Se a mudança de sinal se confirmar para o segundo semestre de 2023, os padrões de precipitação para a próxima safra podem ser bem diferentes em relação aos três últimos anos, que foram impactados pela La Niña”, alerta Pereira.

 

Veja abaixo os possíveis impactos:

 

– Diminui o risco de um inverno tão rigoroso e de frio tardio na primavera sobre o centro-sul do país;

– Diminui o risco de atraso no retorno das chuvas para a área central do Brasil na primavera;

– Aumento das chuvas e do calor entre a primavera e o verão sobre a Região Sul e áreas mais ao sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul;

– Reduz as chuvas,  aumenta o risco para estiagem entre o Norte e o Nordeste e consequentemente é alto o risco para queimadas nessas regiões.

 

Legenda: diferença das observações médias da temperatura da superfície do mar de 23 de janeiro a 29 de janeiro – Bureau de Meteorologia da Austrália (BoM)

 

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

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Neutralidade climática deve predominar durante o Outono

O fenômeno La Niña, que está em vigência desde o segundo semestre de 2020 e influencia o clima pelo terceiro verão consecutivo, já está em fase de enfraquecimento. O atual fenômeno ficou mais estabelecido durante a última primavera e atingiu moderada intensidade especialmente no mês de novembro de 2022, quando seus efeitos foram mais efetivos na distribuição de chuvas sobre  o Brasil (choveu acima da média entre o Norte e o Nordeste e abaixo da média sobre o centro-sul do país). No entanto, a partir de dezembro os índices, que caracterizam este fenômeno e indicam as anomalias de TSM no Oceano Pacífico, começaram a enfraquecer semana a semana como mostra a tabela abaixo.

 

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Figura 2. Desvios da Temperatura da Superfície do Mar por regiões de Estudo na área central do Oceano Pacífico. Comparativos entre os índices medidos em 05/11/22, em 03/12/22, 07/01/2023 e em 06/02/2023.  Fonte https://www.esrl.noaa.gov

 

Neutralidade climática deve predominar durante o Outono e o início do Inverno 2023

 

As previsões oceânicas indicam que esses índices vão continuar se afastando dos limiares de La Niña e até o final do verão ocorrerá uma transição para neutralidade climática.

 

Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), o sistema acoplado oceano atmosfera continuou refletindo a atuação da La Niña durante o último mês, mas as anomalias negativas da temperatura da superfície do mar (TSM) diminuíram e o mês foi marcado pela atuação de um fenômeno mais fraco.

 

A previsão consenso entre os institutos norte Americanos IRI (Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade da Columbia) e CPC/NOAA (Centro de Previsões e Clima da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), atualizada nesta quinta, 09 de fevereiro, indica uma transição de La Niña para neutralidade nos próximos meses e as condições neutras devem predominar durante o outono e início do inverno no Hemisfério Sul. 

 

As previsões mais estendidas indicam que a partir do trimestre junho-julho-agosto o El Niño se torna a categoria dominante, com probabilidades entre 53 a 57%. Apesar da probabilidade crescente para a instalação de um El Niño nas previsões de longo prazo, os institutos norte americanos chamam a atenção que ainda há muitas incertezas, devido a maior volatilidade das previsões durante o outono. 

 

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Figura 4 – Previsão probabilística de desenvolvimento de fenômenos El Niño ou La Niña ou neutralidade climática para os próximos trimestres, atualizada em 09 de fevereiro de 2023. Fonte: Consenso CPC/NOAA e IRI/Universidade de Colúmbia

 

Leia também: Depois do La Niña, um El Niño. Será possível?

 

AgroTalk: Impacto da chuva na produção de FLV

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

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Foto: Getty Images

 

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MS tem 46 mil hectares de soja colhidos

A terceira semana da operação de colheita de soja finalizou com uma área de 46 mil hectares, em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Boletim da Agricultura da Casa Rural, produzido pela Aprosoja/MS.

 

A região sul do estado está com a colheita mais avançada, com média de 1,5%, enquanto o centro está com 0,7% e o norte com 0,66% de média. Até a ultima sexta-feira (3/02), o total colhido representa 1,2% da área plantada e a operação está 7,6 pontos percentuais abaixo que o mesmo período da safra anterior.

 

Conforme apuração do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio de Mato Grosso do Sul (SIGA-MS), todas as regiões do estado estão em pleno desenvolvimento fenológico vegetativo e reprodutivo, variando de R1 à R8 e apresentam boas condições em 93% das áreas.

 

Tendência do clima nos próximos dias

 

Nesta quinta-feira (09/02), o ar quente e úmido irá favorecer a ocorrência de fortes pancadas de chuva e temporais ao longo do dia para quase toda a Região Centro-Oeste. Porém, no Distrito Federal e no nordeste de Goiás, a chuva será muito isolada e passageira. Já no sul de Goiás e entre o oeste, sul e o norte de Mato Grosso e na metade norte do Mato Grosso do Sul, há alto risco de temporais, rajadas de vento e queda de granizo.

 

Na sexta-feira (10/02), além de Mato Grosso e Goiás, o Mato Grosso do Sul, também fica com o tempo mais carregado, sujeito a chuva forte. Para o fim de semana e na segunda-feira (13/02), as condições são para pancadas de chuva em toda a Região. 

 

Foto: Getty Images

 

O presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi reforça que, neste momento, a revisão e manutenção das máquinas é primordial para evitar perdas na colheita.

 

“É fundamental que o agricultor preze por uma manutenção preventiva, a fim de evitar falhas operacionais e interrupções das atividades em suas lavouras. Vale lembrar que, maquinários desregulados perdem a eficiência e estão sujeitos a pausas inesperadas, colocando em risco a qualidade dos grãos que estão em ponto de colheita”, explicou. 

 

Com base no potencial produtivo das últimas cinco safras do estado, a estimativa é de uma produtividade de 53,44 sc/ha e produção de 12,3 milhões de toneladas de grãos.

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

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Exportações de carne de frango crescem 20,6% em janeiro

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 420,9 mil toneladas no mês de janeiro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é recorde para o mês e supera em 20,6% o total exportado no primeiro mês de 2022, com 349,1 mil toneladas.

 

O resultado em dólares das exportações do mês chegou a US$ 856,6 milhões, número 38,9% superior ao alcançado no mesmo período do ano passado, com US$ 616,9 milhões.

 

Foto: Getty Images

 

Principal destino das exportações da carne de frango do Brasil, a China importou 60,2 mil toneladas em janeiro, número 24,7% maior do que o registrado no mesmo período de 2022, com 48,3 mil toneladas. Outros destaques foram o Japão, com 37,7 mil toneladas (+23,1%), Arábia Saudita, com 32,4 mil toneladas (+111,3%), África do Sul, com 29,5 mil toneladas (+15,7%) e União Europeia, com 21,8 mil toneladas (+20,4%). 

 

“Houve incremento das vendas em praticamente todos os grandes destinos das exportações avícolas do Brasil. O contexto internacional, com oferta pressionada, entre outros motivos, pelas consequências geradas pela Influenza Aviária em diversos territórios, aumentaram a demanda pelo produto brasileiro.  Apesar da elevação da receita em dólares, há ainda forte pressão dos custos de produção sobre os produtos, o que poderá influenciar o comportamento das vendas em dólares nos próximos meses”, destaca o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua, lembrando que o Brasil nunca registrou e segue livre de Influenza Aviária em seu território.

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

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História: o primeiro voo agrícola feminino no Brasil

O dia 7 de fevereiro marcou os 75 anos do primeiro voo agrícola feminino no Brasil, ocorrido no interior paulista em 1948, na região de Marília (SP). A protagonista foi ninguém menos que a aviadora Ada Rogato, provavelmente a maior heroína da história da aviação brasileira (celebrada mundialmente pelos seus voos solitários pelas três Américas, nos anos 1950 em um pequeno avião, além de ter sido a primeira piloto (homem ou mulher) a ter atravessado a Amazônia. 

 

Foto: Ada Rogato e o avião Brasileirinho – o Paulistinha CAP-4 com o qual ela fez o voo pela América do Sul e atravessou os andes nos anos 1950 (antes de seu voo pelas três Américas, com o Cessna 140A Brasileirinho) – Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag)

 

Primeiro voo agrícola

 

Lembrando ainda que o primeiro voo de uma mulher no trato de lavoura no Brasil veio menos de seis meses depois do próprio nascimento da aviação agrícola brasileira, este ocorrido em uma operação contra uma invasão maciça de gafanhotos no Rio Grande do Sul. Para celebrar a data de uma maneira carinhosa com a sua personagem principal, este ano o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) propuseram-se a missão de deixar mensagens à heroína em dois lugares: em seu jazigo no cemitério Chora Menino, no bairro paulista de Santana, e no avião mais icônico de sua carreira, no acervo do antigo Museu da TAM (fechado desde 2016).

 

“Nossa homenagem à aviadora e pioneira Ada Rogato pelos 75 anos do primeiro voo agrícola feminino no Brasil, em 7 de fevereiro de 1948. Quem tão alto e tão longe voou para agigantar o nome do Brasil para o resto do mundo também marcou a construção de uma das melhores e a segunda maior aviação agrícola do planeta.”

 

Abaixo você confere um vídeo contanto a trajetória desta heroína com direito a um comentário da aviadora uruguaia Mirta Vani, hoje com 98 anos e que foi a primeira mulher piloto agrícola do planeta.

 

 

Brasil: frota aeroagrícola

 

O Brasil tem hoje uma das melhores e a segunda maior frota aeroagrícola do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos e à frente de potências como Canadá, Nova Zelândia, Austrália, México e Argentina. São cerca de 2,5 mil aeronaves que realizam também operações de semeadura e aplicações de fertilizantes, além de produtos biológicos. E, para completar, cada vez mais operando também em combate a incêndios florestais.

 

Entre as 23 unidades da federação que contam com aviões agrícolas, as três maiores frotas são do Mato Grosso (600 aeronaves), Rio Grande do Sul (419) e São Paulo (322). Além disso, o setor mobiliza também um grande mercado de tecnologias embarcadas, que já é fornecedor inclusive para outras nações.

 

Veja também: AgroTalk: Impacto da chuva na produção de FLV

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AgroTalk: Impacto da chuva na produção de FLV

A International Fresh Produce Association (IFPA), entidade mundial que representa o setor de flores, frutas, legumes e verduras, divulgou um documento com análises e impactos das fortes chuvas na produção de frutas, legumes e verduras (FLV).

 

De acordo com relatório da IFPA, até mesmo a produção em estufas vem sendo afetada pela baixa luminosidade e umidade altas. A maior incidência de chuvas acarretará uma redução de oferta de tomates e hortaliças em geral. 

 

O convidado desta semana no episódio do AgroTalk, é Junior Lucato, presidente do conselho da IFPA Brasil, que traz mais detalhes. Veja abaixo:

 

 

 

Onde ouvir o podcast AgroTalk

 

Todos os conteúdos do podcast AgroTalk também estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Podcasts Connect da Apple. Ao acessar as plataformas é só procurar por AgroTalk. Acompanhe aqui lista de todos os episódios do podcast AgroTalk.

 

Acesse a lista de matérias e vídeos do podcast AgroTalk. Se preferir veja também na playlist do Youtube  

 

Leia também: Temporais podem paralisar atividades no campo no Sudeste

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Temporais podem paralisar atividades no campo no Sudeste

As atenções estão voltadas para as condições do clima nas principais praças produtoras de grãos do Brasil. Os produtores estão com a máquina no campo entre o Sudeste e Centro-Oeste e algumas áreas já avançam com a colheita da soja.

 

No Rio Grande do Sul, a preocupação é grande com relação a temperatura alta e a baixa umidade que pode impactar a fase reprodutiva do arroz. Em Mato Grosso do Sul, o algodão está em fase de florescimento em algumas propriedades. 

 

Foto: Getty Images

 

No centro- sul de Minas Gerais, o cafeicultor está preocupado com as fortes chuvas e a possibilidade de queda de granizo sobre os cafezais.   

 

Veja o vídeo explicativo com a tendência do clima para os próximos dias com a meteorologista Nadiara Pereira:

 

  

 

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Temperatura alta e baixa umidade podem impactar arroz no RS

No Rio Grande do Sul, a situação de déficit hídrico se agravou. A Campanha e a Fronteira Oeste apresentam a maior restrição e a maioria das barragens com volumes 50% abaixo do ideal para o manejo da cultura do arroz. O plantio está concluído e 50% das lavouras estão em fase reprodutiva.

 

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De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), aproximadamente 48% das lavouras estão entre as fases de emissão das panículas e floração, e há preocupação com o possível impacto da combinação de temperaturas próximas de 40ºC e com a baixa umidade relativa do ar. Picos de temperaturas acima de 35ºC podem causar a esterilização de espiguetas. A faixa de temperatura ótima para as lavouras em florescimento varia de 30ºC a 33ºC e, para a maturação, entre 20ºC a 25ºC. Temperaturas abaixo de 15ºC durante o florescimento também podem causar esterilização de espiguetas.

 

Entre as regiões de maior produção, a expectativa de produtividade ainda é mantida na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre. Há perspectiva de redução entre 2% e 4% nas de Lajeado, Santa Maria e Soledade. Os maiores danos ocorrem nas de Bagé e Pelotas, com perspectiva de redução de 7% e 8%.

 

Foto: Getty Images

 

Em Santa Catarina, a colheita teve início, especialmente no litoral norte, mas devido ao prolongado período de frio, o ciclo da cultura atrasou. Em Goiás, o plantio foi finalizado. Em São Miguel do Araguaia, a área semeada ficou abaixo do previsto devido ao excesso de chuvas. As lavouras estão em boas condições sanitárias.

 

No Tocantins, as lavouras de arroz estão em boas condições de desenvolvimento, com 45% em enchimento de grãos e 20% em maturação. No Maranhão, a colheita das lavouras de arroz irrigado foi finalizada, enquanto que as lavouras de sequeiro permanecem sendo semeadas. Em Mato Grosso, o desenvolvimento está sendo favorecido pelo bom volume de chuva.

 

Tendência do Clima

 

Nesta quarta-feira (08/02), as condições de chuva aumentam nas regiões das Missões, Fronteira Oeste, sul, na serra e noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Dia de sol, temperaturas extremamente altas – principalmente no interior, e pancadas isoladas (com intensidade de moderada a forte) entre tarde e noite, principalmente na serra, Campanha e região sul. Atenção para as rajadas de vento durante a chuva forte, que chegam aos 60km/h, como é esperado ventos constantes e entre 40 a 60km/h na metade sul e leste do estado, inclusive em Porto Alegre. Do centro ao norte gaúcho, o tempo ainda será seco e quente, com umidade do ar ficando novamente abaixo dos 30%.

 

Na quinta-feira (09/02), a chuva aumenta no estado e vem em forma de pancadas pontualmente fortes, concentradas durante a tarde e acompanhadas por trovoadas, chove em todas as áreas. O calor permanece e as temperaturas são altas. 

 

Na sexta-feira (10/02), o tempo volta a ficar firme entre o norte, região central, oeste e Campanha, o ar fica mais seco e, novamente, os índices de umidade voltam a ficar em estado crítico. Ainda há condições de chuva no litoral, região metropolitana de Porto Alegre e na serra.  

 

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Semeadura do algodão entra na reta final

A semeadura 2022/23 do algodão no Brasil está na reta final. Dados da Associação Brasileira dos produtores do Algodão (ABRAPA), mostram que até o dia 02/02 apenas Piauí e Paraná já tinham concluído os trabalhos: BA (97%); GO (87%); MA (82%), MG (90%), MS (100%); MT (67%); SP (94%); PI (100%); PR (100%). 

Já, o beneficiamento 2021/22 do algodão no mesmo período, chegou a 99,6%, com exceção do Maranhão que ainda não tinha finalizado os trabalhos. 

 

Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu levantamento semanal (07/02), contabiliza 81% da área semeada.  

 

Condições das lavouras no Centro-Oeste

 

Em Mato Grosso, a redução das chuvas permitiu o avanço na semeadura do algodão, que apresenta bom desenvolvimento. Destaque para o controle da população do bicudo em todas as regiões produtoras. Em Mato Grosso do Sul, o clima é favorável ao desenvolvimento da cultura e algumas lavouras estão em florescimento. Em Goiás, a semeadura da primeira safra está finalizada. As lavouras encontram-se em boas condições de desenvolvimento, favorecidas pelo clima.

 

Algodão no Nordeste

 

Na Bahia, as lavouras apresentam boas condições de desenvolvimento. A semeadura deve ser concluída ainda neste mês de fevereiro. No Maranhão, foi iniciada a semeadura de algodão segunda safra. 

 

Foto: arquivo istock

 

Plantio de algodão no Sudeste

 

Em Minas Gerais, a semeadura do algodão irrigado apresentou tímida evolução. As primeiras áreas semeadas estão em floração e as condições climáticas são favoráveis ao seu desenvolvimento. Em São Paulo, o excesso de chuva reflete no aumento dos tratos culturais no sudoeste do estado. No oeste paulista, as chuvas causaram danos às plantações e foi necessário o replantio e no noroeste, houve ataque de bicudo, sendo necessário o manejo para o seu controle

 

Tendência do Clima nos próximos dias

 

Uma frente fria no oceano aliada a umidade proveniente da Amazônia irá organizar instabilidades mais intensas sobre áreas produtoras do Sudeste. No centro-sul de Minas Gerais os volumes podem variar de 70 a 130mm nos próximos 4 dias. A chuva pode ocorrer na forma de tempestades e trazer transtornos para algumas lavouras.

 

Nas áreas produtoras do cerrado mineiro, do norte de São Paulo, norte de Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e interior de Mato Grosso estão previstos volumes moderados, de 30 a 50mm. Nestas áreas as chuvas devem ocorrer alternadas com períodos maiores de tempo seco.

 

Nas áreas produtoras da Região Sul são esperadas apenas chuvas isoladas e com baixo acumulado, especialmente na segunda metade da semana, devido a passagem rápida de uma frente fria pela região.

 

No Matopiba o tempo seco predomina sobre a Bahia e estão previstas chuvas mais intensas, com volumes entre 50 e 70mm sobre o extremo norte do Tocantins, no Maranhão e oeste do Piauí.

 

Dados da exportação do algodão 

 

O algodão e o milho são os setores do agronegócio que mais ampliaram suas vendas ao exterior nos últimos 20 anos. Segundo estudo do Instituo de Pesquisa e Ensino (Insper), ambos produtos tiveram crescimento anualizado de 15% das exportações nos últimos 20 anos.

 

O Brasil exportou 124 mil toneladas de algodão em janeiro/23. O volume foi 37,8% menor que o total embarcado em Jan/22. Apesar da queda dos últimos dois meses, no acumulado de agosto/22 a janeiro/23 (1º semestre do calendário comercial) as exportações somaram 1,08 milhão tons – alta de 4,4% ante mesmo período da temporada passada.

 

Algodão sustentável

 

De acordo com o levantamento do Databook 2022 do ICAC, somente 5% da área plantada com algodão no Brasil foi irrigada em 2022. O anuário do ICAC mostra também que o Brasil é o país com maior percentual de lavouras cultivadas em plantio direto: 75%.

 

Radar Meteorológico: Chuva
 

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