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Agrotalk: O que esperar do clima com fim do La Niña?

Neste episódio do podcast Agrotalk, a meteorologista Nadiara Pereira traz uma análise sobre a previsão para o mês de março e o fim do fenômeno La Niña.

Outro destaque importante deste podcast é a possibilidade que no segundo semestre ocorra a atuação do fenômeno El Niño. Só para se te ruma ideia, um evento clássico de El Niño está relacionado à forte potencial para tempestades e excesso de umidade, que também podem ser prejudiciais para o desenvolvimento dos cultivos de verão e a colheita dos cultivos de inverno. 

Assista abaixo:

Onde ouvir o podcast AgroTalk

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Colheita da soja e plantio do milho estão atrasados no MS

As operações de colheita da soja e de plantio do milho 2ª safra, no estado de Mato Grosso do Sul, estão atrasadas. As chuvas recorrentes entre os meses de janeiro e fevereiro provocaram o atraso nas operações em todo estado, para a data do dia 24 de fevereiro a colheita deveria estar em 47,1%, porém está em 25%. Este cenário ocorreu na colheita da safra de soja 2020/2021, estendendo a operação até dia 14 de abril, é provável que a safra atual seja semelhante.

 

Já no milho 2ª safra o atraso pode afetar o desenvolvimento da cultura em algumas regiões do estado. O produtor deve estar atento ao clima e verificar se a propriedade ou região possui histórico de condições climáticas ruins antes de semear.

 

Foto: Getty Images

 

Soja

 

A área de soja no mato Grosso do Sul apresenta produtividade estimada de 58 sacos por hectare com expectativa de produção de 13,378 milhões de toneladas, de acordo com a Aprosoja/MS.

 

Mato Grosso do Sul atingiu 25% de área colhida de soja na safra 2022/2023. A porcentagem da área colhida da safra 2022/2023, encontra-se inferior em aproximadamente 17 pontos percentuais em relação à safra 2021/2022, para a data de 24 de fevereiro.

 

A estimativa é que a safra seja 2,5% maior em relação ao ciclo passado (2021/2022), atingindo a área de 3,842 milhões de hectares. 

 

Milho

 

Para 2ª safra de milho 2022/2023 a área estimada é de 2,325 milhões de hectares, considerando um aumento de 5,4% em relação a área da 2ª safra de 2021/2022. A produtividade estimada é de 80,33 sacas por hectare, gerando uma expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas. 

 

O estado atingiu 19,1% de área plantada de milho na 2ª safra 2022/2023. A porcentagem de área plantada na 2ª safra 2022/2023, encontra-se inferior em aproximadamente 15,9 pontos percentuais em relação à 2ª safra 2021/2022, para a data de 24 de fevereiro.

 

Tendência do Clima

 

A quinta-feira (02/03) será mais um dia típico de verão em todo o país. O sol aparece pela manhã e na parte da tarde as nuvens de chuva ganham força. Há previsão de pancadas, com trovoadas em todas as Regiões. O alerta de tempestades é maior no interior do Paraná, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul. No Maranhão, no Tocantins, no Pará e no Amapá, a chuva pode ser volumosa e causar transtornos pontuais. Tempo firme apenas na faixa leste do Rio Grande do Sul, inclusive em Porto Alegre, no norte do Rio de Janeiro, no Sul do Espírito Santo, no Vale do Rio Doce (MG) e no interior da Bahia. Faça chuva, ou faça sol, as temperaturas seguem elevadas e a sensação é de tempo abafado. 

 

 

Clima no mês de março de 2023

A chuva no último mês do verão promete ser um pouco acima a acima da normalidade no RJ, ES, MG, GO, BA e nordeste do PA, por exemplo. Por outro lado, a precipitação pode ficar um pouco abaixo do que é  esperado para março em todo o Sul do Brasil, faixa sul de SP e parte da faixa leste, bem como a capital paulista, sul e oeste do MS, AC e centro-norte do AM.

 

Em relação a temperatura, o calor pode ficar acima do esperado  para o mês no RS, em SC, na faixa oeste, sul e litoral do PR, assim como do centro-norte do RJ até o litoral do RN e ainda boa parte do PA. A projeção é  de temperatura um pouco abaixo do habitual no interior paulista, em boa parte de MG, em GO, no DF, no PI e na maior parte do CE. Na Grande SP e na capital fluminense, deve ficar dentro da normalidade.

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

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Verão marca proliferação do fungo do repolho

O controle fitossanitário desempenha um papel importante no desenvolvimento adequado de produtos hortifrúti. O produtor deve estar atento a escolha de cultivares resistentes a pragas/doenças, realizar o manejo e o tratamento de doenças se tornam fundamentais para a produção com qualidade, proporcionando resultados positivos.

 

A cultura do repolho, por exemplo, é suscetível à hérnia das crucíferas e ao Xanthomonas campestris (Xcc). A primeira das doenças citadas é causada por um fungo, o Plasmodiophora brassicae, que se propaga pela água e se desenvolve na raiz da planta.

 

“O problema da hérnia das crucíferas se acentua no verão, pois o fungo causador se propaga mais intensamente pela água, ou seja, com chuvas e alta umidade ele acaba se alastrando com mais facilidade”, comenta o pesquisador em fitopatologia da Embrapa Hortaliças Ailton Reis.

 

A hérnia da crucífera, por poder permanecer um extenso período (até 10 anos) fixada na terra, impede a realização de uma rotação de culturas adequada, comprometendo o trabalho dos produtores rurais, uma vez que o processo de erradicação não é facilmente executado.

 

Uma cultura com elevada relevância no centro-sul do Brasil, sendo uma importante fonte de renda para seus produtores, o repolho bem desenvolvido tem excelente aceitação e recepção no mercado consumidor. Uma lavoura comprometida com a incidência desse fungo apresenta produtos deficientes de nutrientes e suscetíveis à ataques de outros tipos de fungos e bactérias.

 

Já em relação à bactéria Xanthomonas campestris, seus efeitos na planta afetam o aspecto visual dos repolhos, o que reduz o valor comercial deles nos pontos de venda. O Xcc se prolifera nos tecidos vasculares das plantas, agindo, principalmente, na cabeça do repolho.

 

Foto: Campo de repolho – Agristar

 

Variedades resistentes

 

O desenvolvimento de variedades resistentes aos organismos é necessário para que os produtores tenham sucesso no plantio mesmo em áreas que tenham presença desses organismos.

 

“O produtor deve buscar no mercado sementes resistentes e adaptadas a resistir o ataque destas doenças. A variedade Henia permite que a cera nas folhas proteja a parte foliar da planta do acúmulo de água e evita a proliferação de microrganismos”, explica o especialista em brássicas e folhosas, Silvio Nakagawa.

 

“A variedade também apresenta bom tamanho e elevada compacidade, permitindo que ela seja transportada para regiões mais distantes com segurança e sem perder suas qualidades ao longo do trajeto”, conclui Nakagawa.

 

 

O produtor Diego Fernandes, de Nova Friburgo (RJ), aprova o pacote de resistências oferecido pelo repolho Henia para o cultivo.

 

“Por apresentar proteção principalmente contra a hérnia das crucíferas, o material se desenvolve da forma esperada, sendo muito bem aceito no mercado. Na minha região, a produção tem um bom desenvolvimento com excelente padrão de cabeça do repolho”, comenta o produtor rural.

 

Veja também: É Hoje! Conexão Agroclima irá falar do fim do La Niña

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

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Produtora rural contabiliza perda por causa da estiagem no RS

Em Frederico Westphalen (RS), a condição climática de baixa umidade tem gerado uma menor pressão de doenças. Em Tenente Portela, as lavouras têm desenvolvimento bem variado. Há áreas muito prejudicadas pela estiagem e com perdas irreversíveis bem como áreas com potencial produtivo próximo à expectativa inicial. Essa situação é comum em quase todos os municípios, pois há grande variabilidade de potencial produtivo entre as lavouras, conforme o volume de chuvas acumulado no período de desenvolvimento da cultura.

 

Em Jóia, ainda não foi possível finalizar a semeadura da cultura. Em Ibirubá, as chuvas observadas na semana do Carnaval contribuíram para minimizar os danos causados pela estiagem aos diversos estádios fenológicos. As precipitações bem distribuídas nos dias 15 e 17/02 permitiram a rápida retomada do desenvolvimento da soja, melhorando o potencial produtivo das lavouras.  

 

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Em Santa Rosa, os tratamentos para o controle de ervas daninhas e de doenças fúngicas estão sendo efetuados conforme as condições mínimas de umidade no solo e no ar. 

 

Em São Sepé, na propriedade da produtora Grazi Camargo, a estiagem afetou quase toda sua produção.

 

soja_GraziCamargo_SAOSepe_RSFoto: Grazi Camargo – São Sepé – RS – campo de soja afetado pela estiagem   

 

Alguns produtores da região da Campanha realizaram o plantio e o replantio de lavouras de soja, situação também observada em algumas propriedades na Fronteira Oeste, em São Borja. Porém, a maior parte dos produtores que não plantaram toda a área planejada já desistiram e devem focar no cultivo de inverno para aproveitar parte dos insumos já adquiridos.

 

As lavouras que receberam bons volumes de chuvas no período entre 15 e 17 de fevereiro apresentam diferentes condições. Há casos de áreas com elevado índice de mortalidade de plantas, onde o potencial produtivo já foi severamente comprometido, bem como áreas de cultivares precoces, que haviam sofrido aborto de grande quantidade de flores e de vagens nas semanas anteriores e que já se encontram na fase de enchimento de grãos. Estas últimas não possuem quantidade suficiente de folhas novas nem conseguem recuperar o porte e o tempo de ciclo para emissão de flores. 

 

As áreas de cultivares de ciclo mais longo implantadas em novembro, que estão no final da fase de floração, e as áreas implantadas no final de dezembro e em janeiro, apesar de apresentarem porte baixo, ainda tem ciclo suficiente para aproveitar a melhoria das condições de umidade no solo.

 

Veja como fica o clima nos próximos dias:

 

 

Não perca ao vivo nesta terça-feira, dia 28 de fevereiro: Conexão Agroclima irá falar do fim do La Niña e trazer a previsão para o mês de março 

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

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Como fica o clima para as lavouras de algodão semeadas?

O plantio do algodão 22/23 no Brasil foi concluído. Até o dia 23 de fevereiro o estado da Bahia alcançava (99,3%), Goiás, (88,6%), Maranhão, (100%), Minas Gerais (98%), Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (99,9%), Piauí (100%), Paraná (100%), São Paulo (98%). Total Brasil: 99,5% semeado.

 

De acordo com dados do MDIC, o Brasil exportou 34,7 mil tons de algodão até a terceira semana fev/23. A média diária de embarque foi 69,5% inferior quando comparado com fev/22.

 

Foto: Getty Images

 

Tendência do Clima

 

A semana começou com atuação de uma frente fria na costa do Brasil, entre as regiões Sul e Sudeste. O sistema é responsável por muitas instabilidades sobre o centro-sul do país, onde as chuvas devem seguir mais frequentes e volumosas ao longo desta semana.

 

Até a próxima sexta-feira (03/03) são esperadas chuvas de moderada a forte intensidade, com volumes de 30 a 50 mm, em áreas produtoras entre Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e sul de Minas Gerais. Apesar das chuvas mais expressivas nestas áreas, não há previsão para o tempo completamente fechado e chuvoso, mas ainda assim os episódios fortes de chuva podem impactar momentaneamente as atividades de colheita da soja e continuar atrasando a instalação do milho segunda safra, especialmente entre o Paraná e Mato Grosso do Sul.

 

Chuvas fortes e mais abrangentes são esperadas sobre o Norte do Brasil. No interior do Amazonas pode chover mais de 70mm no decorrer dos próximos 5 dias e também há risco para fortes tempestades entre Roraima, norte do Paraná, Amapá e norte do Maranhão, devido a atuação da Zona de Convergência Intertropical.

 

Já sobre a maior parte do Brasil Central, incluindo Mato Grosso e Goiás, e no interior do Matopiba são esperados episódios de chuva mais isolados e alternados com períodos de melhoria, que possibilitam as atividades no campo. Enquanto isso, na metade norte de Minas Gerais, assim como no Espírito Santo e grande parte da Bahia a expectativa é de uma semana de tempo mais firme e com temperaturas elevadas. Nestas localidades, a umidade do solo esta caindo rapidamente, especialmente no interior da Bahia, e prejudica lavouras em desenvolvimento.

 

As chuvas devem aumentar sobre as áreas mais ao norte do Brasil a partir do próximo final de semana e deve voltar a chover de forma frequente e com volumes maiores sobre as áreas produtoras do norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia no decorrer da próxima semana.

 

Conexão Agroclima irá falar do fim do La Niña ao vivo

 

Expectativa com a semeadura do algodão nos EUA

 

Com o plantio do algodão no país praticamente encerrado, a expectativa fica pela semeadura no hemisfério Norte. Os EUA devem plantar a menor área em 7 anos. A estimativa de plantio e produção dos EUA é de uma área plantada 23/24 menor desde 2016/17: 4,4 milhões de hectares (10,9 milhões de acres). Esta projeção de área plantada nos EUA é a menor divulgada até agora. Os números do NCC (11,4 milhões de acres) e da revista Cotton Grower (11,6 milhões) foram maiores.

 

Durante o evento 2023 Annual Outlook Forum do USDA em Washington, realizado semana passada, o órgão projetou um crescimento de 0,5% na produção (para 25 milhões de tons) e 4,4% no consumo (para 25,15 milhões de tons) em 23/24.

 

No entanto, a perspectiva do USDA para a produção dos EUA em 23/24 é de 3,4 milhões de toneladas (+8%), apenas de menor área plantada. A diferença é que na última safra (22/23) o abandono de lavouras foi de 46% e a estimativa para 23/24 é de 18%.  Em 21/22, o abandono foi de apenas 8,4%.

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

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Temporais podem desacelerar a colheita no Brasil

Mato Grosso do Sul atingiu 19,3% de área colhida de soja na safra 2022/2023. A porcentagem da área colhida da safra 2022/2023, encontra-se inferior em aproximadamente 10,60 pontos percentuais em relação à safra 2021/2022, para a data de 17 de fevereiro.

 

A área de soja ainda está em constante crescimento, a estimativa é que a safra seja 2,5% maior em relação ao ciclo passado (2021/2022), atingindo a área de 3,842 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 53,44 sc/ha, com expectativa de produção de 12,318 milhões de toneladas.

 

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Fonte: Aprosoja-MS

 

Região Sul

 

A ocorrência de chuvas registradas no Rio Grande do Sul amenizou a situação da soja, que vem sofrendo com a estiagem. De modo geral, 85% das lavouras ficaram nas fases de floração e de enchimento de grãos. Em Bagé, em função da presença de
volumes expressivos de chuvas na terça-feira (14/02) e na quinta-feira (16/02), alguns
produtores da região da Campanha realizaram o plantio e o replantio de lavouras,
situação também observada em algumas propriedades na Fronteira Oeste, em São Borja. As lavouras que receberam bons volumes de chuvas apresentam diferentes condições.

 

Em Caxias do Sul, o volume de chuvas amenizou o déficit hídrico das lavouras de soja. Porém, ainda é insuficiente para o bom desenvolvimento da cultura, que se encontra
predominantemente na fase de floração, de formação de vagens e de enchimento dos grãos.

 

Veja no vídeo abaixo como fica o clima com a meteorologista Eliana Gatti:

 

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

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Foto: arquivo istock

 

 

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MATOPIBA: análise de safra e previsões

O Matopiba é uma importante fronteira agrícola entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Segundo a Embrapa, sua produção inclui tubérculos, frutas e pecuária, mas se destaca principalmente no cultivo de grãos e fibras, especialmente soja, milho e algodão. É uma região com alto potencial produtivo, sendo que a porção baiana é a maior produtora de fibras do Brasil.

 

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Foto: reprodução Getty Images

 

É claro que quando falamos em produtividade, o clima é um fator determinante. Devido a boa distribuição de chuvas ao longo da primavera, com volumes acima da média (como mostrado no mapa de registro de novembro/2022), a região apresenta lavouras em boas condições. De acordo com a última atualização da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 21/02, o plantio do algodão está praticamente finalizado e a colheita da soja avança em algumas áreas mais precoces.

 

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No entanto, este início de ano vem sendo marcado por uma significativa diminuição da precipitação em algumas áreas, como no centro e norte da Bahia, centro e oeste do Maranhão e parte do Tocantins. Nestas áreas, devido às chuvas mais irregulares e os baixos volumes, as lavouras já começam sentir a rápida redução da umidade do solo, o que traz preocupação aos produtores.

 

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Mapa: Climatempo

 

Quanto à previsão, esta última semana de fevereiro ainda deve ser caracterizada por tempo mais seco sobre a Bahia, mas sobre o Maranhão, oeste do Piauí e Tocantins, apesar de pancadas que ainda podem ocorrer de forma irregular, os volumes devem ajudar na manutenção da umidade do solo. Ao longo do mês de março, como mostrado no mapa abaixo, espera-se chuva acima da média para grande parte da região, a qual deve contribuir para recuperar a umidade do solo, beneficiando as lavouras que estarão em fase de desenvolvimento. Março é um mês que de acordo com a climatologia, não chove muito nas áreas do centro e leste da Bahia, mas mesmo nestas áreas, os volumes podem permanecer próximos ou ultrapassar ligeiramente a média. 

 

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Mapa: Climatempo

 

 

TEMPERATURA:

 

Devido à previsão de chuva mais frequente, as temperaturas também devem ficar um pouco abaixo do esperado para o mês em grande parte da região.

 

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Mapa: Climatempo

 

Texto produzido por Eliana Gatti, meteorologista da Climatempo

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Conexão Agroclima irá falar do fim do La Niña

O fenômeno La Niña, já está em fase de enfraquecimento. As previsões oceânicas indicam que esses índices vão continuar se afastando dos limiares de La Niña e até o final do verão ocorrerá uma transição para neutralidade climática.

 

No próximo dia 28 de fevereiro, às 19h, no Canal do Youtube da Climatempo, acontece Conexão Agroclima. É a Live mensal que traz a previsão para o mês de março para todas as regiões produtoras brasileiras.

 

O meteorologista da Climatempo, Willians Bini irá trazer informações e mapas com as tendências e todo o prognóstico do fim do La Niña durante o Outono e início do Inverno.

 

Nosso convidado da Live, Sérgio Zambon, gerente sênior de desenvolvimento de  produtos da Basf irá falar sobre as últimas tecnologias para o campo que irão ajudar você produtor na safrinha.  

 

 

A próxima edição do Conexão Agroclima acontece na terça-feira (28/02), às 19h. Você pode participar ao vivo com suas perguntas pelo chat do Youtube. Não deixe de se inscrever no Canal da Climatempo no Youtube. Abaixo o link de acesso para assistir o evento.

 

 

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Colheita do arroz segue lenta no RS

No Rio Grande do Sul, a cultura do arroz segue em início de colheita, que avança de forma lenta, alcançando 4% da área cultivada.  A colheita ainda está em fase
inicial nas lavouras da Fronteira Oeste, atingindo 3% da área cultivada em Uruguaiana, e 2% em Barra do Quaraí. A ocorrência de chuvas no dia 14 e 16 de fevereiro interrompeu os trabalhos, mas, em contrapartida, beneficiou muitas áreas de produção que ainda dependem de água por mais algumas semanas para completar o ciclo.

 

As temperaturas abaixo dos 10°C em vários municípios da Fronteira Oeste e da Campanha poderão afetar negativamente o potencial produtivo das lavouras estabelecidas a partir do final de novembro. De maneira geral, a disponibilidade de água está limitada. A elevação da lâmina de irrigação como forma de proteger do frio através do efeito termorregulador não está sendo adotada por um número significativo de produtores. 

 

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Tendência do clima

 

No sábado (25/02), há condições de chuva entre a tarde e a noite, inclusive na Grande Porto Alegre. Na faixa sul do Rio Grande do Sul, as pancadas de chuva podem ser fortes pontualmente e ocorrer em vários períodos do dia, com intervalos de aberturas de sol. 

 

No domingo (26/02), a passagem de uma frente fria pela costa gaúcha, provoca o risco para temporais no norte gaúcho e na capital do estado. Por outro lado, a chuva deve ser passageira no litoral sul, em Rio Grande, por exemplo. Já na região de Uruguaiana, sol e pouca nebulosidade ao longo do dia.

 

Na segunda-feira (27/02), o sol aparece com poucas nuvens. No entanto, na região de Uruguaiana, há previsão para pancadas de chuva a partir da tarde. Entre Tramandaí e a serra gaúcha, incluindo a capital, ainda pode ocorrer uma chuva rápida e pontual.

 

Arroz irrigado

 

Em Pelotas, o cultivo do arroz irrigado está em pleno andamento. Em fase de floração estão 47% das lavouras; 31% estão em desenvolvimento vegetativo; 21%, em granação ou enchimento de grãos; e 1%, maduro e pronto para colher. De modo geral, o desenvolvimento e a sanidade das lavouras de arroz irrigado são considerados bons, e não há problemas significativos com pragas e doenças. Contudo, 70% das lavouras irrigadas com água da Lagoa dos Patos e seus afluentes, no município de Pelotas, estão sendo prejudicadas pelo índice de salinidade superior ao tolerado pela cultura. 

 

Em Porto Alegre, as lavouras estão com um bom desenvolvimento. 33% estão na fase de desenvolvimento vegetativo; 42% em floração; 17%, em granação e 8% dos grãos já estão maduros. No litoral norte, a floração já passa de 75%. Uma parcela grande dessa área deverá entrar em maturação nesta semana. Não há relatos significativos de ocorrência de doenças ou pragas. A expectativa de produtividade está acima de 9.000 kg/ha. 

 

Foto: Getty Images

 

Em Santa Rosa, as áreas de arroz implantadas mais precocemente finalizam a maturação, e os produtores planejam o início da colheita para a próxima semana. As últimas chuvas foram mais volumosas nas lavouras de arroz, trazendo algum fôlego no fornecimento de água para a irrigação das áreas implantadas mais tardiamente.

 

Em Soledade, as lavouras são favorecidas por boa radiação solar e temperatura. Porém, as condições climáticas anteriores, de temperaturas muito altas e de baixa umidade relativa do ar, podem causar esterilidade de flores e inviabilizar a formação de
grãos e, consequentemente, refletir na produtividade das lavouras. A ocorrência de chuva dos últimos dias complementa a irrigação de muitas lavouras, restabelece parte da água de alguns reservatórios e traz certa melhora para os níveis de alguns cursos hídricos. No momento, os produtores estão monitorando as pragas e as doenças e manejando as lâminas d’água de irrigação.

 

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Alta radiação e temperatura alta afetam morango no RS

Em Ijuí (RS), houve aumento da incidência de ácaros na cultura de morango. Os produtores realizam a poda das plantas para retomar a produção. Também foi intenso o preparo das áreas para transplantio de mudas provenientes da Espanha, que devem ser entregues nos próximos dias. 

 

Em Porto Alegre, o cultivo de morango apresenta frutos pequenos e baixa produtividade que resultam dos momentos de alta radiação e temperatura, mas é bom o aspecto fitossanitário dos plantios. Foram iniciados os preparativos para novos plantios e renovações.

 

Foto: Getty Images

 

 

Figo 

 

Em Santa Rosa (RS), a cultura do figo segue em fase de colheita, acelerada pela falta de umidade. Esse estresse hídrico tem causado queda prematura de folhas e produção de frutos de tamanho reduzido. 

 

Pêssego

 

Em Pelotas (RS), os produtores realizam a poda verde das plantas de pêssego e as roçadas para manter limpas todas as áreas dos pomares. As chuvas ocorridas na semana resultaram na retomada da umidade dos solos, permitindo o desenvolvimento
vegetativo dos pessegueiros e possibilitando a recuperação da reserva de água. 

 

Uva

 

Em Ijuí (RS), a cultura da videira está em final de colheita, restando as cultivares tardias. No município, os produtores de mudas de videiras realizam a limpeza e a condução das mudas em atraso, pois os trabalhos não foram realizados no período ideal para evitar a morte de plantas em consequência da estiagem. De acordo com a regional da Emater/RS, em Porto Alegre, em relação à cultura da uva, o ritmo de colheita foi intenso nas microrregiões produtoras por conta da maturação dos frutos. Chega ao fim a safra das variedades de Niágara. 

 

Em Santa Rosa (RS), a cultura da uva segue em fase final de colheita e apresenta excelente carga de cachos, porém as bagas, com exceção do cultivar Niágara Branca, estão com tamanho reduzido devido à falta de umidade. Há incidência de doenças nos pomares que não tiveram tratamento de inverno e preventivo na fase vegetativa, como míldio na variedade Niágara Branca e antracnose nas demais. Há bastantes ataques de vespas e abelhas, que depreciam a produção. 

 

Leia também: Produção de trigo no BR cresceu 76%, nos últimos 5 anos

 

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