Categorias
Sem categoria

Mais chuva igual disponibilidade de pasto para o gado

A estação de monta é um período comum na criação de bovinos, onde as fêmeas em reprodução são expostas ao touro ou à inseminação artificial durante uma determinada época do ano, com a finalidade de concentrar os partos e em seguida as operações consequentes.

 

Os fatores que definem o período mais adequado para a estação de monta devem ser condizentes ao momento do ano com um maior número de chuva, gerando uma maior disponibilidade de pasto para o gado. Dessa maneira, essa prática normalmente ocorre entre o fim de um ano e o começo do outro. 

 

Com o maior volume da época chuvosa neste ano, alguns produtores estenderam essa estratégia. Porém, com o fim da estação de monta, o produtor rural deverá tomar uma decisão com a vaca que não conseguiu emprenhar.

 

A médica veterinária da Reino Rural Saúde no Campo, Fabiana Sabino, afirma que o pecuarista terá que definir se esse animal será engordado para abate ou irá mantê-lo para a próxima estação de monta, mas que isso irá depender muito da atual situação do produtor.

 

“Se o produtor rural estiver capitalizado, ou seja, não necessitar de recurso financeiro neste momento, ele poderá esperar com esses animais para o próximo ano. Mas se ele está precisando fazer caixa, então é melhor engordar o animal e levar para abate”, conta Fabiana.

 

A veterinária ainda explica que se o pecuarista contar com animais para substituir, também é outra opção.

 

“Caso conte com um lote de novilhas que já está no ponto de substituir essas vacas, a decisão para o lado do abate será mais fácil. Entretanto, se não contar com substituição para o próximo ano, será um pouco mais complicado, pois ele ficará com um lote menor, sendo mais viável manter o animal.”

 

 

Foto: Getty Images

 

Manter o animal para a próxima estação de monta

 

Caso o produtor rural tome a decisão de manter o animal para a próxima estação de monta, uma das recomendações é a de que ele faça um exame clínico na vaca, para que assim ele entenda os motivos dela não ter emprenhado.

 

“Primeiro é preciso identificar se o animal está com algum problema de saúde, ou até mesmo problema morfológico. Após essa análise, será definido a nutrição ideal para a vaca”, explica Sabino.

 

A veterinária ainda ressalta que a nutrição irá depender do escore corporal que o animal está atualmente.

 

“Ele não pode estar nem gordo e nem magro, ele deve estar com um bom escore corporal, para chegar bem na próxima estação de monta.”

 

Suplementação para o próximo período de monta

 

Com o animal mantido para a próxima estação de monta, é essencial que o produtor rural inclua na dieta dessa vaca alguns suplementos minerais, que irão contribuir para uma boa evolução do bovino.

 

Engorda do animal em período chuvoso

 

Se a opção definida pelo produtor rural for a de engordar os animais para abate, é importante que ele aproveite esse período chuvoso, pois terá mais fartura de pastagem e o animal irá engordar ainda mais rápido.

 

“Essa vaca vai conseguir engordar com mais facilidade, pelo fato de ser um animal adulto. Portanto, neste momento, uma boa opção para complementar a dieta deste rebanho é oferecer melhoradores de desempenho, dessa forma é possível gerar uma resposta mais rápida, fazendo com que ele consiga engordar esses animais aproveitando essa pastagem”, salienta a veterinária. 

Por fim, Sabino ainda afirma que o tempo de engorda deste animal irá depender das condições da pastagem, ou seja, o volume de pasto que ele tem disponível. “É possível engordar com seis meses, no máximo oito meses. Mas isso se o animal tiver disponibilidade de pastagem, se não houver, poderá prolongar um pouco mais.”

 

Tendência do Clima no Brasil nos próximos dias

 

Uma área de baixa pressão atmosférica próximo a costa da região Sul vai continuar gerando muitas instabilidades sobre a faixa leste da região e tem previsão para volumes bastante elevados de precipitação, que podem ocorrer acompanhados por fortes rajadas de vento, desde o nordeste gaúcho, passando pelo leste catarinense até o leste do Paraná. No entanto, no interior da Região Sul os volumes de chuva serão menores e os episódios bem mais isolados. No Rio Grande do Sul essa semana será marcada por maiores períodos de tempo aberto e elevação das temperaturas. No Paraná a chuva terá moderada intensidade, mas também ocorrerá alternada com períodos de melhoria, possibilitando o avanço das atividades no campo.

 

Entre as Regiões Sudeste e Centro-Oeste um corredor de umidade vai intensificar as chuvas no decorrer desta semana. No Sudeste, estão previstos fortes episódios, que podem ocorrer acompanhados por rajadas de vento e queda de granizo entre a metade norte de São Paulo, sul, Triângulo e Cerrado Mineiro.

 

No Centro-Oeste tem previsão de chuva de moderada a forte intensidade entre o interior de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso. Em relação os últimos períodos, a chuva se intensifica entre Goiás e Mato Grosso, podendo vir com volumes de 50 a 70 milímetros nas áreas mais atingidas e essa chuva pode impactar as atividades no campo e a instalação do milho segunda safra.

 

Volumes ainda maiores de precipitação são esperados sobre o Norte do Brasil, devido as instabilidades associados a umidade da Amazônia e também a influência da Zona de Convergência Intertropical – ZCIT. Entre o interior do Amazonas, Rondônia, Pará, norte do Tocantins e no Amapá estão previstos volume de águas que podem ultrapassar 100 mm no decorrer dos próximos cinco dias.

 

Entre o interior Nordestino, norte de Minas Gerais e Espírito Santo não tem previsão para mudanças significativas no tempo nesta semana e o ar seco vai continuar predominando e fazendo com que a umidade do solo diminua ainda mais. A chuvas devem retornar para estas áreas de forma mais generalizada depois do dia 12 de março.

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado. 

Categorias
Sem categoria

O agronegócio em Cascavel-PR

O Paraná é um grande estado produtor brasileiro. Para se ter uma ideia, o valor bruto da produção agropecuária (VBP) de 2021 alcançou 180,6 bilhões, segundo dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

 

Foto/Reprodução Getty Images

 

O município de Cascavel, é umas das cidades que mais contribuem para esse valor de produção. O VBP de 2021, na cidade foi de R$ 3,2 bilhões, uma representatividade de 1,78%. Considerada como a maior cidade produtora de soja do Paraná, com produção de 423 mil toneladas, a soja 1ª safra alcançou uma participação no VBP de 2021 de 29,63%, seguida das aves de corte com 18,39%, pinto para corte com 8,31%. 

 

O milho e o trigo são outras culturas importantes na região. O VBP da cultura em 2021 foi de 5,45%, silagem de milho com participação de 5,07%, leite e milho 2ª safra com 4,12% respectivamente. Os dados são da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O novo prognóstico do VBP referente ao ano safra de 2022 está previsto para junho de 2023. 

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

 

Além dos grãos, Cascavel se destaca na produção de suínos e é referência em inteligência de mercado, planejamento, urbanismo e aplicação de recursos. Isso é possível graças à posição estratégica da cidade no estado, fertilidade do solo da região e o clima favorável para a produção agropecuária.

 

Clima de Cascavel 

 

O clima de Cascavel é caracterizado como de verão longo, morno e úmido. O  inverno é curto e ameno e, ao longo do ano, normalmente, a temperatura costuma variar de 8°C a 28°C, sendo raramente inferior a 2°C ou superior a 32°C. 

 

Aquacultura 

 

Vale ressaltar que a aquacultura é outra atividade desenvolvida, sendo incrementada pelo apoio de cooperativas, que possuem frigoríficos especializados em peixes, principalmente a tilápia. 

 

Principais produtos de exportação 

 

Os principais produtos de exportação são carnes (67,5%), adubos (8,5%), materiais para veículos de transporte (5,4%) e soja (4,9%), tendo como principais destinos a China, Arábia Saudita, Paraguai e Uruguai.

 

Texto produzido por Victor Neves, engenheiro agrônomo da Climatempo

Categorias
Sem categoria

Clima irá favorecer colheita no Centro-Oeste

A área de soja no estado do Mato Grosso do Sul está em processo de colheita e muitos produtores já estão ao mesmo tempo realizando o plantio do milho 2ª safra. Porém, mesmo com a presença do sol durante o fim de semana, as pancadas de chuva (fortes e significativas em algumas cidades) podem ter deixado o solo encharcado inviabilizando a operação das máquinas. Veja abaixo o volume de chuva acumulada:

 

WhatsApp Image 2023-03-06 at 10.42.21.

 

As operações de colheita da soja e de plantio do milho 2ª safra, no estado de Mato Grosso do Sul, estão atrasadas. As chuvas recorrentes entre os meses de janeiro e fevereiro provocaram o atraso nas operações em todo estado, para a data do dia 24
de fevereiro a colheita deveria estar em 47,1%, porém está em 25%. O novo boletim da Aprosoja/MS com os dados atualizados serão divulgados nesta terça-feira (07/03).

 

Captura de tela 2023-03-06 112200

 

Veja como fica o tempo nos próximo dias. A análise é do meteorologista Willians Bini:

 

 

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

 

Foto: Getty Images

Categorias
Sem categoria

Soja gaúcha alcança 54% na fase de enchimento de grãos

A área projetada para a safra 2022/2023 de soja no Rio Grande do Sul é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada inicialmente é de 3.131 kg/ha. A cultura apresenta predomínio de lavouras em fases reprodutivas, com 30% em floração e 54% em enchimento de grãos.

 

Captura de tela 2023-03-06 102542

 

As perdas foram estimadas em 50% em Hulha Negra, 55% em Maçambará, 65% em São Borja e 70% em Manoel Viana, de acordo com a Emater-Ascar/RS. Algumas lavouras estão sendo abandonadas em função do baixo porte, da reduzida área foliar, da carga de vagens muito pequena, da alta incidência de ácaros e tripes e das entrelinhas completamente descobertas, situação que facilita a perda de umidade devido à elevação da temperatura da superfície do solo e à incidência direta de ventos.

 

O potencial produtivo mais elevado está basicamente restrito às áreas de várzeas e às localidades beneficiadas por grandes volumes de chuva nos meses de janeiro e fevereiro, como é o caso de lavouras de Dom Pedrito, onde está a maior área plantada no estado, com 160 mil hectares. 

 

Foto: Grazi Camargo – São Sepé – RS

 

Em São Gabriel, onde há aproximadamente 135 mil hectares cultivados, as chuvas frequentes, nas últimas semanas, estão contribuindo para interromper o estresse da cultura, embora as perdas estimadas alcancem 25%. Em Caxias do Sul, as chuvas ocorridas no período foram muito benéficas para a cultura, que se encontra predominantemente na fase final de floração e de enchimento de grãos. No entanto, algumas lavouras apresentam perdas localizadas em microrregiões onde as precipitações foram escassas.

 

Em Erechim, houve melhora das condições das lavouras, proporcionada pelas chuvas dos últimos dias e pela baixa incidência de pragas e de doenças. Em Passo Fundo, 90% da área cultivada está na fase de enchimento de grãos. As precipitações amenizaram o quadro de escassez hídrica. 

 

Em Frederico Westphalen, a expectativa de produtividade é muito variável, pois a ocorrência de chuvas ainda permanece irregular. As lavouras implantadas no início do período recomendado apresentam perdas consolidadas, e outras semeadas mais tardiamente demonstram recuperação parcial. Palmeira das Missões, município onde há a maior área cultivada da região, com 110 mil hectares, foi um dos mais afetados pela insuficiência de chuvas, e a expectativa de redução na produtividade é de 38%. Porém, nos municípios mais próximos ao Rio Uruguai – Vicente Dutra, Caiçara, Palmitinho, a redução da produtividade é inferior em função da maior incidência de chuvas. 

 

Tendência do Clima

 

Uma área de baixa pressão atmosférica próximo a costa da região Sul vai continuar gerando muitas instabilidades sobre a faixa leste da região e tem previsão para volumes bastante elevados de precipitação, que podem ocorrer acompanhados por fortes rajadas de vento, desde o nordeste Gaúcho, passando pelo leste catarinense até o leste do Paraná. No entanto, no interior da Região Sul os volumes de chuva serão menores e os episódios bem mais isolados.

 

No Rio Grande do Sul essa semana será marcada por maiores períodos de tempo aberto e elevação das temperaturas. No Paraná a chuva terá moderada intensidade, mas também ocorrerá alternada com períodos de melhoria, possibilitando o avanço das atividades no campo.

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Sem categoria

Clima quente e úmido favorece praga na cultura da erva mate

De outubro a março é um período que requer atenção dos produtores de erva-mate. Nesta época do ano, os agricultores precisam ficar atentos ao ataque da broca-da-erva-mate, (Hedypathes betulinus), também conhecida como besouro corintiano, principal praga dos ervais que se prolifera nesta época do ano devido ao clima quente e úmido.

 

Por ser um cultura consumida in-natura, o uso de biodefensivos, é uma alternativa para controlar a praga de forma sustentável. Segundo a pesquisadora Susete Chiarello Penteado, da Embrapa Florestas, o uso do biodefensivo Bovemax EC, por exemplo, é uma medida efetiva no controle da praga e vem se mostrando fundamental para a sanidade dos ervais e, consequentemente, para o equilíbrio econômico de toda a cadeia produtiva. O produto tem como ingrediente ativo esporos do fungo Beauveria bassiana, que provoca a morte dos insetos e é o único produto com registro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária para uso na erva-mate.

 

O produto deve ser aplicado duas vezes por ano: de outubro a março, período de maior reprodução dos insetos no período das águas.

 

“O uso de biodefensivos é uma tendência que tende a crescer devido ao movimento global pela adoção de produtos que não agridem o meio ambiente e nem a saúde das pessoas”, destaca Marcio Domingos, gerente nacional de uma divisão agrícola responsável pelo produto.

 

Identificação

 

Para descobrir se um erval está sendo atacado pela praga, o monitoramento periódico, principalmente entre os meses de novembro a março, é crucial. As larvas do besouro constroem galerias no tronco que impedem a circulação da seiva, o que pode causar a morte da planta.

 

O adulto é um besouro que mede, aproximadamente, 2,5 centímetros de comprimento, com o corpo de coloração preta, recoberto por pelos brancos. Durante o processo de perfuração, a larva vai compactando atrás de si a serragem, que lhe serve de proteção, e, quando expelida para fora da planta, denuncia a presença da praga. Os adultos vivem muito tempo e estão presentes, em maior número, entre os meses de outubro e maio.

 

Foto_Francisco Santana_Embrapa Florestas

Foto_Francisco Santana_Embrapa Florestas

Produção

 

De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate), a produção de erva-mate no Brasil envolve mais de 19 mil propriedades, que movimentaram em 2021, último cálculo da entidade, R$ 175 milhões em valor de produção em uma área colhida superior a 39 mil hectares.

 

Os estados da região Sul do Brasil continuam sendo os produtores mais importantes. O Paraná detém 87,4% da produção nacional, segundo dados do IBGE.

 

Leia também: Produtor está de olho na cigarrinha do milho

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Sem categoria

Produtor está de olho na cigarrinha do milho

Com o plantio do milho segunda safra ainda em andamento em algumas localidades brasileiras e a ocorrência de chuvas, o produtor rural está atento ao desenvolvimento da lavoura e o aparecimento de pragas ou doenças. 

 

A cigarrinha do milho é uma preocupação. O inseto é vetor de doenças que causam o chamado enfezamento da planta, problema capaz de reduzir em mais de 70% a produção de grãos nos cultivares suscetíveis.

 

Foto: Fundação Mato Grosso

 

O que é a Cigarrinha do milho?

 

A cigarrinha-do-milho adulta mede de 3,7 a 4,3 mm de comprimento, com fêmeas geralmente maiores que machos. Tem coloração palha com manchas negras no abdômen e duas manchas negras na cabeça, similares a olhos escuros. Elas vivem em colônias no cartucho e folhas jovens do milho e sugam a seiva das plantas. O ciclo de vida da cigarrinha, de ovo a adulto, é em torno de 45 dias. Sob condições favoráveis de temperatura, entre 26 e 32ºC, o ciclo pode ser completado em 24 dias. Na fase adulta, as fêmeas podem depositar cerca de 14 ovos/dia, totalizando em média, 611 ovos durante seu ciclo.

 

Cooperativas, sindicatos rurais e órgãos do governo paranaense lançaram a Campanha Paraná Contra a Cigarrinha-do-Milho.

 

“É necessário que o agricultor realize todas as ações e recomendações para combater essa praga”, alerta Leonardo Silvestri, analista da gerência de desenvolvimento técnico da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná). 

 

Veja algumas recomendações:

 

unnamed (5)

 

Tendência do Clima

 

O milho primeira safra já foi 16,7% colhido. No Rio Grande do Sul, as precipitações ocorridas, associadas às baixas temperaturas, atrasaram a secagem natural das lavouras e atrasam a colheita. No Paraná, o alto volume de chuvas registrado freou o ritmo da colheita, mas favoreceu as áreas em estágio reprodutivo. Em Santa Catarina, a colheita continua apresentando grandes variações na produtividade. Nas lavouras em enchimento de grãos, houve aumento significativo na população de cigarrinha.

 

Em São Paulo, a colheita continua atrasada devido às condições climáticas, porém há expectativa de boas produtividades em todo o estado.

 

Segunda safra de milho

 

A segunda safra do milho já foi 48,7% semeada. Em Mato Grosso, 76% da área prevista foi semeada dentro da janela ideal. No Paraná, o plantio apresenta lenta evolução devido às precipitações frequentes, que atrasam a colheita da soja e dificultam a operação das máquinas. No geral, a área semeada ultrapassa os 50% previstos, na Região Sul. Veja abaixo o boletim do clima para os próximos dias, com a meteorologista Eliana Gatti:

 

 

  

Radar Meteorológico: Chuva

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

 

Categorias
Sem categoria

Clima preocupa produtor de trigo do estado de São Paulo

A Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, esteve reunida no início do mês e destacou as projeções iniciais de manutenção de volume de safra para o trigo paulista, as oportunidades e desafios que serão encontrados ao longo do ano no cenário do cereal a nível nacional e mundial.

 

“Este primeiro momento de reunião da cadeia produtiva do trigo de São Paulo foi muito importante, pois pudemos incluir diversos temas de interesse do setor, como, por exemplo, a mensuração da safra para números mais exatos junto à Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e ao Instituto de Economia Agrícola (IEA)”, aponta o Presidente da Câmara Setorial, Ruy Zanardi.

 

Volumes recordes de safra registrados no Brasil e na Rússia, além da colheita na Austrália, que superou as expectativas do país, permitiram a produção mundial de 784 milhões de toneladas de trigo em 2022/23, de acordo com o USDA.

 

Fatores que vão influenciar o trigo a nível mundial em 2023:

 

 – Na Ucrânia, aproximadamente um terço de toda área de produção do cereal está ocupada pela Rússia. Nesse sentido, presume-se a produtividade e o volume da safra sejam afetados por conta desse cenário, trazendo um ponto de interrogação para esse importante exportador de trigo.

 

– A Rússia teve um ano excelente para suas safras de forma geral. Porém, as exportações de trigo começaram de forma mais tímida, com números inferiores a 2021/22. O país precisa acelerar suas vendas externas para atingir o resultado esperado de 43 milhões de toneladas em 2023. Por esse atraso, os preços, principalmente do trigo russo, estão em queda.

 

– Já a Argentina, que teve uma intensa quebra de safra em 2022, espera uma retomada da normalidade no que diz respeito ao cultivo em 2023. Porém, o mercado para o trigo argentino teve alterações em função dessa redução, ficando mais restrito ao Brasil, ao Chile e à Indonésia.

 

Foto: Getty Images

 

Trigo no Brasil

 

A estimativa feita pela Stonex indica que 11 milhões de toneladas de trigo foram produzidas no Brasil em 2022. Em São Paulo, o cereal cultivado se destacou para o uso na indústria moageira, que o processa para a produção de farinha para as diferentes finalidades do dia a dia.

 

“De forma geral, o volume nacional cresceu com boa qualidade, o que permitiu a chegada dessa commodity para novos mercados. No entanto, a demanda por importação não cessou no país, inclusive, pela primeira vez na história das importações brasileiras, o trigo russo ultrapassou o cereal de origem dos Estados Unidos, em função dos baixos preços do grão produzido na Rússia”, explica Douglas Araújo, especialista em trigo.

 

Safra 2023 de trigo em São Paulo

 

A projeção inicial para a safra paulista do cereal segue o resultado obtido em 2022 de 500 mil toneladas produzidas.

 

“A questão climática ainda é uma incógnita para o nosso estado esse ano e pode fazer com que esse número varie”, alerta Ruy Zanardi.

 

Um dos pontos de destaque é melhoramento genético das sementes de trigo ao longo dos anos para a evolução dos resultados quantitativos e qualitativos da produção de trigo em São Paulo.

 

“Questões de estabilidade em condições climáticas adversas e sanidade estão sempre na mente dos produtores. Variedades cada vez mais resistentes principalmente ao oídio e à brusone são atrativas para os triticultores paulistas”, reforça o o especialista Deodato Junior.

 

Para o especialista em genética, Luan Gustavo, o produtor sempre busca as variedades que oferecem melhor rendimento e, consequentemente, rentabilidade à lavoura.

 

“Características como estatura mais baixa, palha forte, resistência a doenças, tolerância à germinação na espiga e melhor qualidade industrial norteiam o trabalho para levarmos cultivares cada vez mais modernas e competitivas para São Paulo”, completa.

 

Tendência do clima para o trigo

 

Fortes instabilidades estão se formando sobre o centro-sul do Brasil e até o final de semana estão previstas chuvas fortes, que podem ultrapassar 50mm, e há risco para tempestades com rajadas e vento e eventual queda de granizo em áreas produtoras entre Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e sul de Minas Gerais. Apesar das chuvas mais expressivas nestas áreas, não há previsão para o tempo completamente fechado e chuvoso, mas ainda assim os episódios fortes de chuva podem impactar momentaneamente as atividades com o trigo e a colheita da soja e continuar atrasando a instalação do milho segunda safra, especialmente entre o Paraná e Mato Grosso do Sul.

 

Chuvas fortes e mais abrangentes são esperadas sobre o Norte do Brasil. No interior do Amazonas pode chover mais de 70mm no decorrer dos próximos 5 dias e também há risco para fortes tempestades entre Roraima, norte do Paraná, Amapá e norte do Maranhão, devido a atuação da Zona de Convergência Intertropical.

 

Já sobre a maior parte do Brasil Central, incluindo Mato Grosso e Goiás, e no interior do Matopiba são esperados episódios de chuva mais isolados e alternados com períodos de melhoria, que possibilitam as atividades no campo.

 

Enquanto isso, na metade norte de Minas Gerais, assim como no Espírito Santo e grande parte da Bahia a expectativa é de uma semana de tempo mais firme e com temperaturas elevadas. Nestas a umidade do solo esta caindo rapidamente, especialmente no interior da Bahia, e prejudica lavouras em desenvolvimento. As chuvas devem aumentar sobre as áreas mais ao norte do Brasil a partir do próximo final de semana e deve voltar a chover de forma frequente e com volumes maiores sobre as áreas produtoras do norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia no decorrer da próxima semana.

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado. 

 

 

 

 

Categorias
Sem categoria

Mapa confirma que caso de EEB é atípico

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), confirmou a análise do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) que o caso isolado de Encefalopatia Epongiforme Bovina (EEB) detectado no município de Marabá (PA) é atípico.

 

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, iniciou a inserção das referidas informações no sistema para a comunicação oficial à OMSA e às autoridades chinesas. Assim que concluído o processo, será marcada uma reunião virtual com o governo chinês para tratar do desembargo da exportação da carne bovina ao país.

 

Foto: Getty Images

 

Por se tratar de caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único animal de 9 anos de idade e com todas as providências sanitárias adotadas prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível.

 

Leia também: Último mês do verão promete ser um pouco acima do normal

 

Radar Meteorológico: Chuva
 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado. 

Categorias
Sem categoria

Chuva: último mês do verão promete ser um pouco acima do normal

O Conexão Agroclima de fevereiro de 2023 foi ao ar nesta última terça-feira (28/02), e trouxe informações sobre o fim do fenômeno La Niña e um possível El Niño no segundo semestre de 2023 o que pode acarretar na mudanças dos padrões de precipitação para a próxima safra

 

Destaque também para a análise do meteorologista Willians Bini com a tendência do clima para o mês de março em todo o país.

 

 

“A chuva no último mês do verão promete ser um pouco acima a acima da normalidade no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Bahia e nordeste do Pará. Por outro lado, a precipitação pode ficar um pouco abaixo a abaixo do que é esperado para março em todo o Sul do Brasil, faixa sul de São Paulo e parte da faixa leste”, comenta o meteorologista.

 

Veja os detalhes na íntegra no vídeo abaixo:

 

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado. 

Categorias
Sem categoria

A influência do clima na Agricultura

Artigo elaborado pela meteorologista Eliana Gatti

participação e revisão: Angela Ruiz

 

O clima é um fator importantíssimo na produção agrícola. Mas vocês sabiam que essa condição exerce um impacto diferente em cada cultura e também na fase de desenvolvimento da planta?

 

Hoje damos início ao primeiro episódio da série “A influência do clima na Agricultura”. Uma sequência de conteúdos diversos sobre com o impacto da condição climática em diferentes períodos: preparo do solo, plantio, desenvolvimento e colheita.

 

Impacto do clima na época da colheita

 

Fevereiro é um mês de grande preocupação dos agricultores brasileiros em relação ao clima, pois é nesta época que algumas regiões do país iniciam as atividades de colheita da soja, o principal produto de exportação do país. Portanto, iniciamos a série com o tema “A influência do clima na colheita”.

 

Primeiramente, vale ressaltar que o Brasil é um grande produtor de diversos tipos de culturas e que cada uma delas possui variadas especificidades na hora da colheita. Normalmente, a colheita é realizada em condições do tempo mais secas, pois a umidade pode afetar a qualidade do produto, seja reduzindo o seu tempo de prateleira para produtos mais perecíveis ou afetando a eficiência da produção de derivados. Quando falamos da produção de grãos, como a soja e o milho, por exemplo, é necessário fazer um acompanhamento da umidade dos grãos.

 

Foto: Getty Images 

 

Umidade durante a colheita

 

Segundo o engenheiro agrônomo da Climatempo, Victor Neves, a porcentagem de umidade do grão no momento da colheita é um fator a se considerar, visto que afeta as características de seu armazenamento e, quando inadequadas, podem ocasionar danos mecânicos, o que gera perda de qualidade e comprometimento da eficiência produtiva. Além disso, a quantidade de água nos grãos também pode influenciar a deterioração ao longo do tempo, caso seja colhido e armazenado de modo inadequado.

 

No campo, quando a colheita é realizada com a ajuda de máquinas agrícolas, também há uma preocupação com as condições climáticas. Em lavouras atingidas por muita chuva, por exemplo, levar um maquinário a campo é sinônimo de transtornos. Dependendo do tipo de solo, o escoamento da água não é eficiente e o peso do maquinário pode causar compactação no solo e até atolar todos os equipamentos, impossibilitando seu funcionamento.

 

Temperatura

 

Em lavouras que cultivam frutas e hortaliças, por exemplo, por serem cultivares mais sensíveis e perecíveis, além das condições de umidade, requerem uma grande atenção em relação à temperatura. Realizar a colheita destes produtos em temperaturas muito elevadas pode afetar diretamente a conservação e consequentemente trazer prejuízos aos produtores. Dessa forma, tais culturas normalmente são colhidas nas primeiras horas do dia.

 

Geadas fora de época

 

Impossível não citar o impacto das geadas e temperaturas baixas fora de época. O ano de 2022 foi um grande exemplo. No Sul do país houve ocorrência de geadas ao longo da primavera e o primeiro registro de neve num mês de novembro, o que causou um grande impacto aos produtores da região.

 

Tempestades causam impacto na colheita

 

Como grande parte da produção agrícola é realizada em campos abertos, as lavouras ficam sujeitas a adversidades meteorológicas. A ocorrência de tempestades é um fator que causa um grande impacto em qualquer fase do ciclo de produção, inclusive para a colheita. Queda de granizo, rajadas intensas de vento e chuva excessiva podem causar impactos como desenterramento de plantas, encharcamento do solo, debulhamento de grãos e até desperdício de insumos.

 

É importante ressaltar a importância do monitoramento das condições climáticas e de um bom planejamento de colheita, para que os períodos de melhoria sejam utilizados de forma eficiente, e a partir do momento que a cultura se encontra apta para colher, ela seja retirada do campo o mais rápido possível.

 

Os tópicos abordados acima são algumas das principais consequências do impacto do clima na colheita no Brasil. O produtor, porém, pode usar alguns recursos a fim de mitigar as consequências, como manejo adequado utilizando culturas e variedades mais adaptadas às condições climáticas de sua região, uso de insumos que possibilitem reduzir os efeitos de estresses e, principalmente, manter um monitoramento do clima para conseguir realizar a colheita na melhor janela de tempo favorável. Por isso, sempre consulte um meteorologista para ajudá-lo a planejar sua safra.

 

Veja este conteúdo também: O que esperar do clima com fim do La Niña? 

 

Participe de nossas redes sociais e envie a foto da sua lavoura e das condições do tempo. Clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

 

Radar Meteorológico: Chuva
 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!