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Clima afetou milho na fase reprodutiva, diz Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgou nesta última quinta-feira (08/12), o terceiro levantamento da safra de grãos. A estimativa aponta para uma safra 2022/23 com produção de 312,2 milhões de toneladas, 15% ou 40,8 milhões de toneladas superior à obtida em 2021/22. 

 

Com a conclusão da semeadura das culturas de primeira safra em dezembro, as atenções se voltam para a evolução das lavouras e os efeitos do comportamento climático, que deverá definir a produtividade.

 

Com relação à estimativa anterior, anunciada em novembro, quando foram projetadas 313 milhões de toneladas, os dados mostram um ajuste no volume total produzido, em função da menor produtividade do milho e redução na área de arroz. Com a área total de plantio no país estimada em 77 milhões de hectares, a agricultura brasileira mantém a tendência de crescimento observada nos últimos anos, também com previsão de recorde. O resultado equivale a um crescimento de 3,3% ou de 2,49 mil hectares sobre a área da safra 2021/22.

 

Nas pesquisas realizadas para esse levantamento, a evolução da semeadura das culturas de primeira safra apresenta um leve atraso.

 

“Essa cautela dos produtores é natural em um cenário climático que apresenta excesso de chuvas e baixas temperaturas, sobretudo em parte dos estados das Regiões Sul e Sudeste, e ainda as restrições hídricas e baixa umidade do solo na Região Centro-Oeste e no Matopiba. Ainda assim, a produção estimada para a safra 2022/23 continua recorde”, afirma o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

 

Foto: arquivo istock

 

Milho
 

Para o milho, a Conab prevê uma produção total de 125,8 milhões de toneladas na safra 2022/23, com aumento esperado de 11,2% comparado à safra anterior. O plantio do milho primeira safra avançou em todas as regiões produtoras do cereal.

 

“No Rio Grande do Sul, a diminuição e irregularidades de chuvas em novembro, aliadas a altas temperaturas, provocaram sintomas de déficit hídrico nas plantas”, esclarece a superintendente de Informações da Agropecuária, Candice Santos.
 

 

O clima afetou principalmente as áreas que se encontram no estágio reprodutivo. Diante disso, a Conab mantém o monitoramento das lavouras para avaliar os possíveis impactos, o que pode intensificar as quedas já registradas no rendimento do milho no estado”.

 

Soja

 

No caso da soja, a terceira estimativa para a área de plantio, no atual ciclo, aponta para crescimento de 4,6% sobre a safra passada, situando-se em 43,4 milhões de hectares. A conclusão da semeadura está prevista para o final de dezembro e as condições climáticas vêm beneficiando as lavouras.

 

“Durante o levantamento de campo, identificamos que a leve redução na produtividade sobre a estimativa do mês anterior foi compensada pelos acréscimos nas áreas, em especial no Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais”, afirma o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen.

 

“Com relação à produção, a safra de soja em curso deve chegar a um volume recorde de 153,5 milhões de toneladas, 22,2% ou 27,9 milhões de toneladas acima da obtida na safra anterior”.

 

 

Arroz

 

O arroz tem área estimada em 1,5 milhão de hectares, uma redução de 9,5% em relação à safra anterior. A produção está prevista em 10,4 milhões de toneladas, com a semeadura avançando nas áreas produtoras no país.

 

Feijão

 

O feijão também aponta redução de 2,3% na área total a ser semeada. A produção total de feijão no país, somando-se as três safras, é estimada em 2,9 milhões de toneladas.

 

Algodão

 

Já o algodão deverá crescer cerca de 2,3% na área a ser semeada, totalizando 1,6 milhão de hectares, com produção prevista de 2,9 milhões de toneladas de pluma.

 

Trigo

 

Para o trigo, com a expectativa de aumento de 11,5% de produtividade e de 11,6% da área cultivada em relação à safra passada, este levantamento concretiza uma produção recorde de 9,6 milhões de toneladas de trigo para esta safra, valor 24,4% maior que o do ciclo anterior.

 

Leia também: O La Ninã irá continuar no Verão 2022/23?

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Os ciclos do clima

 

O tempo e o clima sempre estiveram diretamente associados à capacidade produtiva da agricultura, desde que o homem deixou a caça e a coleta de lado, e partiu para essa atividade que mudou o rumo da humanidade.

 

O desenvolvimento (ou a queda) de grandes impérios também estava relacionado com a capacidade do homem em entender as variações meteorológicas, a sazonalidade do clima e os extremos, como geadas, neve, estiagem, dentre outros.

 

Hoje sabemos que além do ciclo sazonal das estações, existem outros ciclos climáticos extremamente importantes e relevantes, não apenas para agricultura, mas também para todas as atividades humanas. Claro que estamos falando de ciclos como o El Niño e o La Niña, mas hoje a ciência já conhece, estuda e faz projeções de outros ciclos climáticos, com variabilidades que vão desde a escala de anos, até a escala de milênios.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

O primeiro registo que temos sobre a observação de ciclos climáticos foi justamente o padrão ENSO (El Niño Oscilação Sul), feito por pescadores peruanos por volta de 1600. Eles notaram que conforme a temperatura do oceano mudava, alterava a quantidade de peixes. Quanto mais quente as águas, menos peixe. E essa variação obedecia a um certo ciclo. E esse ciclo é justamente a variação entre o El Niño e La Niña.

 

Foi nos anos 1980 que a sociedade científica passou a estudar com mais detalhes o ENSO, e os termos El Niño e La Niña passaram a fazer parte das análises e projeções climáticas. O agronegócio passou a entender bem os efeitos regionais de cada um desses fenômenos. Mas finalmente chegamos no objetivo desse artigo: demais ciclos climáticos que também interferem no agronegócio e demais segmentos da economia.

 

O ciclo chamado Oscilação Decadal do Pacífico (ODP) possui uma frequência que varia entre 20 e 30 anos, e junto com o ENSO, podem intensificar ou enfraquecer determinadas condições climáticas. O gráfico abaixo mostra a variação do ODP, indicando décadas “quentes” e “frias” desde o ano de 1900. De forma bem objetiva, diferentes ciclos, de diferentes intensidades e diferentes frequências podem interagir e potencializar determinados cenários.

 

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Outro exemplo são os ciclos solares, que também têm o seu papel nos cenários climáticos. E quando ouvimos falar em Era do Gelo, por exemplo, o período está também associado aos ciclos climáticos de longo prazo, com frequência de séculos ou milênios.

 

Uma pergunta que surge é: as mudanças climáticas que essa geração está presenciando, são resultado de algum ciclo climático? Não temos como mensurar o peso das ações antropogênicas nas mudanças climáticas, mas o que não podemos negar é que o homem vem atuando como grande emissor de poluentes, e as atuais taxas de aquecimento apenas confirmam o fato de que temos sim um papel extremamente significante nesse processo de mudanças no clima. Podemos afirmar que nos últimos 3 séculos fomos responsáveis por inserir novos componentes nos ciclos climáticos, mas a boa notícia é que ainda podemos minimizar esses efeitos, e quem sabe um dia, termos as influências apenas dos ciclos naturais climáticos.

 

Quer saber a previsão climática para os próximos meses? Será que o La Niña está enfraquecendo? Leia também a matéria: O La Niña irá continuar no Verão 2022/23?

 

Texto produzido por Willians Bini, Head de Agronegócios da Climatempo. 

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Setor de alimentação animal registra crescimento de 1,3%

O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) divulgou o balanço do setor de alimentação animal em 2022. Os resultados apurados até este momento apontam para produção de aproximadamente 82 milhões de toneladas de rações, com estimativa final de crescimento de 1,3%.

 

Os segmentos com perspectiva de melhor desempenho do setor são suínos, com crescimento de 4%; gado de corte, aumento de 3%; e cães e gatos, com avanço de mais de 6,0%. Poedeiras e leite seguem com desempenho negativo quando comparadas ao exercício anterior, e poderão retroceder até 4% e 3%, respectivamente.

 

“O ambiente inflacionário que afligiu toda cadeia produtiva global de proteína animal comprometeu os resultados dos produtores brasileiros de carnes, ovos e leite, sejam eles verticalizados ou independentes, impactando os índices do setor. Ainda assim, é louvável o desempenho do setor diante da escassez de insumos e da inflação cambial, as quais continuam turbinando os custos de produção e os preços de produtos e serviços que corroeram o poder de compra dos consumidores”, disse Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações.

 

Para 2023, a projeção de desempenho está além dos fatores de risco ou sucesso inerentes do mercado.

 

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“Apesar da aflitiva instabilidade geopolítica e fragilidade socioeconômica contemporânea, a projeção que posso fazer é sobre o invejável desempenho do Brasil como protagonista global na produção e exportação de gêneros agropecuários, em boa parte pela inovação e pelo robusto potencial energético renovável, necessário ao combate dos indesejáveis efeitos das alterações climáticas”, complementa Zani.

 

Evolução do preço do grão 

 

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Suínos

 

Segundo o IBGE, o abate de suínos de janeiro a setembro superou em 4,5% aquele contabilizado no ano passado. Em resposta, a demanda de rações avançou 3,6% e atingiu 14,6 milhões de toneladas. Apesar do descompasso entre o custo de produção e o preço pago/kg vivo ao produtor, é possível alcançar durante todo o ano de 2022, cerca de 20,5 milhões de toneladas de rações para suínos e ainda avançar 4% em relação ao que foi produzido em 2021.

 

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Bovinos de Leite 

 

O custo de produção para os produtores de leite e a fraca demanda por lácteos no varejo determinaram razoável retrocesso na atividade, principalmente durante o primeiro semestre. A melhora nas pastagens com a chegada das chuvas e, principalmente no incremento do preço do leite pago ao produtor a partir de julho, redundou na demanda de 4,5 milhões de toneladas de rações, montante quase 3,5% menor quando comparado àquele produzido no mesmo período do ano passado.

 

Foto: Getty Images

 

Apesar da forte competição imposta pelo leite importado e interrupção na valorização do preço do leite cru, a melhora nas pastagens por conta das chuvas poderá ainda minimizar as dificuldades da atividade e culminar na produção de 6,2 milhões de toneladas de ração.

 

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Calor aumenta no Sul. Chuva diminui no Sudeste

 

Para ver na íntegra o Boletim do balanço do setor de alimentação animal 2022 clique aqui 

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Tecnologia impulsiona os resultados da pecuária de corte e leite

No último dia 7/12, um time de especialistas do negócio de Ruminantes da DSM se reuniu em São Paulo com a imprensa segmentada do Agronegócio para trazer um balanço de 2022 e falar das perspectivas para 2023.

 

Para os especialistas, apesar da retomada decorrente da flexibilização após a pandemia de Covid-19, o Brasil foi desafiado com a alta na inflação que gerou impacto sobre o consumo de alimentos no país, de maneira geral, e de carne vermelha, em particular, passando pelas questões relacionadas à guerra entre Rússia e Ucrânia que dificultou o acesso da produção agropecuária a insumos.

 

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Foto: Angela Ruiz – São Paulo – SP  

 

Um ponto que ajudou a segurar o mercado foi o fato de as exportações de carne bovina baterem recorde, somando 190 mil toneladas em outubro, segundo dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex).

 

Os embarques da proteína para países como a China, que lidera o ranking de importadores, somado ao aumento da oferta e maior velocidade no ciclo de baixa de preços para todas as categorias animais, contribuíram para esse cenário apontando para o positivo.

 

Leite

 

Na cadeia do leite, porém, a pecuária foi prejudicada pelo fenômeno La Niña, que provocou uma entressafra antecipada, com custos de produção elevados que desanimaram o produtor. Mesmo assim, a oferta tende a melhorar no final do segundo semestre, com recuperação da produção e maior importação de laticínios.

 

“Mais uma vez, a pecuária de corte e de leite se mostrou essencial ao desenvolvimento do nosso país. Tivemos uma série de desafios ao longo desse ano, que foram tratados com muito cuidado pelos produtores, os verdadeiros protagonistas do nosso setor”, aponta Sergio Schuler, vice-presidente do negócio de Ruminantes da DSM para a América Latina.

 

Ao reforçar o protagonismo da atividade pecuária na economia brasileira, contudo, Schuler não deixa de mencionar os avanços dos produtores para a adoção de tecnologia no campo, de modo a impulsionar os resultados buscando produtividade, eficiência e rentabilidade e, consequentemente, preservando o capital alocado na produção rural.

 

“Muitos produtores passaram a entender melhor a importância de usar tecnologias nas fazendas, incluindo suplementação adequada para os animais se tornarem mais produtivos e saudáveis durante todo seu ciclo”, reforça o executivo.

 

 

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Foto: Getty Images

 

Nutrição animal

 

Juliano Sabella, mencionou algumas inovações relevantes e que melhoram os índices zootécnicos dos bovinos de corte e leite e a rentabilidade dos produtores com aditivos, ingredientes de alta tecnologia exclusivos que combinados aos Minerais Tortuga, trazem uma série de benefícios para aumento da produtividade.

 

Perspectivas 2023

 

Para 2023, a DSM espera um ano de incertezas para o setor, mas com desenvolvimento e uso de tecnologias e maior concentração na produção agropecuária. Quando o assunto é o segmento leiteiro, a companhia tem perspectivas de demanda ainda fragilizada, com o La Niña afetando o primeiro trimestre e custos ao produtor ainda elevados. Já sobre os bovinos de corte, a demanda externa vai continuar aquecida, com câmbio favorável. Apesar disso, a demanda interna ainda vai seguir sendo impactada, com possível melhora nesse final de ano e ao longo do próximo.

 

“Teremos maior oferta de animais, o que inclui maior abate de fêmeas. Isso vai refletir diretamente na produção, que vai aumentar a partir desse ano, mas se prolongando principalmente em 2023 e 2024”, explica Schuler.

 

Digitalização 

 

Foi apresentado uma plataforma (Prodap) de apoio ao produto rural que combina tecnologia, serviços de consultoria e soluções nutricionais personalizadas para impulsionar a eficiência e a sustentabilidade na criação de animais. 

 

“Com a integração da operação da Prodap, passamos a fortalecer o desenvolvimento de soluções digitais para alcançar mais mercados globalmente e um maior número de espécies de animais”, diz Schuler.

 

Censo de Confinamento

 

Um volume de 6,95 milhões de bovinos confinados. Esse foi o montante registrado pelo Censo de Confinamento DSM 2022, estruturado pelo Serviço de Inteligência de Mercado da DSM e que mostra um aumento de 4% sobre os 6,69 milhões mapeados pela equipe da DSM em 2021, o que mostra um ritmo frequente à medida que esse também é um número 4% superior aos 6,4 milhões identificados em 2020. O rebanho de animais confinados esse ano mostra também uma alta significativa de 46% frente ao primeiro levantamento, em 2015, que registrou 4,75 milhões de bovinos produzidos no sistema intensivo de produção.

 

“O confinamento é uma ferramenta estratégica e uma tendência que contribui para melhorar a produtividade do rebanho. Os pecuaristas brasileiros estão percebendo isso e se movimentando para adotar as altas tecnologias que temos disponíveis no mercado, ao mesmo tempo em que adequam as suas fazendas para receber essas soluções”, avalia Hugo Cunha, gerente técnico Latam de Confinamento da DSM.

 

 

 

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O La Niña irá continuar no Verão 2022/23?

O Verão 2022/23 se aproxima. A nova estação terá início no dia 21 de Dezembro às 18h48, horário de Brasília e se estende até o dia 20 de março de 2023 às 18h25. Será que o fenômeno La Niña irá influenciar a nova estação?  

 

Os agricultores e pecuaristas do Brasil estão preocupados com a atuação deste fenômeno e o impacto que poderá causar para a safra que está no campo recém semeada. O que está em jogo é o potencial produtivo das lavouras e o rendimento final.

 

Para se ter uma ideia, a projeção de produtividade em Mato Grosso apresentou queda de 0,85% ante o relatório passado, ficando estimada em 58,51 sc/ha. A redução no indicador foi pautada pela chuva mal distribuída no mês passado e pelo volume de precipitação aquém do observado historicamente em algumas regiões do estado, o que influenciou na diminuição da umidade do solo e no aumento do estresse das plantas.

 

Alguns municípios apresentaram ausência de chuvas em mais de 10 dias, segundo relatos em campo coletados pelo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (IMEA).

 

Mato Grosso do Sul finaliza semeadura da soja 

 

O Brasil, que é um importante ator no mercado internacional, contribuirá na próxima safra (2022/2023), particularmente, com a soja – crescimento previsto de 22,3% na soja em grão, 5,3% no farelo e 5,3% no óleo frente à safra anterior, o milho (12,0%), o algodão (16,7%) e o café (5,6%). O trigo, principal produto da pauta de importação do país, deve fechar a safra de inverno de 2022 com alta de 23,7% na produção frente à safra do ano passado.

 

Soja entra na reta final de plantio no Brasil

 

Foto: Getty Images 

 

La Niña e a nova safra

 

Com a produção da nova safra no campo, o produtor e pecuarista brasileiro está de olho no céu e acompanhando as informações sobre o fenômeno La Niña. De acordo com o meteorologista Vinicius Lucyrio, o La Niña deve durar pelo menos até fevereiro de 2023. Porém, já deve ir enfraquecendo ao longo de janeiro e fevereiro. Em março, o sinal já deve ser de neutralidade.

 

“É muito alta a chance de entrarmos no outono já com neutralidade. Ainda teremos efeitos do La Niña na primeira metade do verão no Sul e um pouco no Sudeste, mas não vamos sentir tanto a partir do fim de janeiro e ao longo de fevereiro”, prevê Lucyrio

 

O meteorologista acrescenta que podemos observar irregularidade das chuvas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e o extremo norte do Brasil que continua ainda úmido.

 

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Gráfico: Previsão ENSO – Um resumo mensal do status do El Niño, La Niña e da Oscilação do Sul, ou ENSO , com base no índice NINO3.4 (120-170W, 5S-5N) 

 

Nesta quinta-feira (08/12) houve a atualização da Universidade de Columbia sobre o fenômeno La Niña. O gráfico acima mostra que o fenômeno persistirá durante os meses de verão. Só entre fevereiro e março é que devemos entrar em neutralidade climática, mas ainda com viés frio. Ou seja, as chuvas vão seguir ainda irregulares e um pouco abaixo da média no Rio Grande do Sul, enquanto que na metade norte do país os volumes devem superar a média dos próximos meses.

 

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

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Alerta de calor intenso em áreas da região Sul

Nesta última quarta-feira (07), altas temperaturas já foram registradas em algumas áreas mais ao sul do país, como em Uruguaiana com 38,2°C, São Luiz Gonzaga com 38°C e Quaraí marcando 37,5°C.

 

Nos próximos dias, além do tempo mais seco a tendência é que esse calor permaneça, podendo chegar a 40°C em algumas áreas da região Sul do país, especialmente entre o centro e oeste do Rio Grande do Sul.

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Foto/Reprodução Getty Images

 

Além disso, devido à frente fria que se desloca pela costa e instabilidades em níveis mais elevados da atmosfera, há previsão de chuva que pode vir em forma de temporais, concentrada entre o Espírito Santo, centro-norte de Minas Gerais, Goiás, Matopiba e também em áreas do sul e Oeste da Bahia. Em alguns pontos inclusive, essa chuva deve trazer alguns transtornos às lavouras de café da região.

No final de semana a chuva retorna a região Sul e conforme a frente fria avança para áreas mais ao norte, as chuvas são espalhadas pelo interior do país. A partir de meados da semana que vem, essa chuva deve novamente ficar mais concentrada na faixa que se estende da região Sudeste até a região Norte.

 

 

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Produtos agropecuários apresentam desaceleração de preços

Os preços dos principais produtos agropecuários apontam para uma desaceleração ao longo do terceiro trimestre deste ano. É o que mostra a nota Preços e Mercados Agropecuários, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

 

A análise é fruto do acompanhamento dos preços domésticos e internacionais, além do balanço de oferta e demanda dos principais produtos agropecuários brasileiros referentes às safras 2021-2022 e 2022-2023.

 

De acordo com o documento, alguns fatores estão contribuindo para a queda recente dos preços do setor, que estiveram em trajetória de alta desde 2020 – intensificada com o conflito no Leste Europeu. Dentre eles, se destaca a expectativa de aumento da oferta de diversos produtos.

 

O Brasil, que é um importante ator no mercado internacional, contribuirá na próxima safra (2022/2023), particularmente, com a soja – crescimento previsto de 22,3% na soja em grão, 5,3% no farelo e 5,3% no óleo frente à safra anterior, o milho (12,0%), o algodão (16,7%) e o café (5,6%). O trigo, principal produto da pauta de importação do país, deve fechar a safra de inverno de 2022 com alta de 23,7% na produção frente à safra do ano passado.

 

Foto: Getty images

 

Estoque de passagem

 

A maior disponibilidade dessas commodities tem contribuído também para a recomposição dos estoques de passagem, que vinham caindo desde o início das políticas de isolamento social estabelecidas devido à pandemia de Covid-19. Segundo a pesquisadora do Cepea e professora da Esalq/USP, Nicole Rennó, no final do ano, o cenário de preços agropecuários mais elevados frente a 2021 vai se consolidando.

 

“Entre todos os produtos acompanhados, isso não se verificou apenas para o milho, o arroz e a carne suína. No entanto, entre o segundo e o terceiro trimestres do ano, em geral, as cotações dos produtos agrícolas caíram, enquanto os pecuários subiram. As valorizações observadas na pecuária (com exceção do boi gordo) refletiram, em geral, o aumento da demanda característico para o período”, analisa Rennó.

 

Além da oferta dos produtos no mercado, a pesquisadora associada do Ipea e uma das coordenadoras da publicação, Ana Cecília Kreter ressalta que as cotações internacionais impactam o preço doméstico porque o Brasil exporta boa parte dessas commodities.

 

“Como o país é competitivo e um dos principais players no mercado internacional para a maior parte das commodities agropecuárias, o aumento da demanda internacional implica na elevação dos embarques, vide a China”, declara.

 

Preço Boi gordo

 

De fato, a China, que é o maior importador de commodities agropecuárias do mundo, além de ser o principal destino dos embarques brasileiros, tem sido uma das responsáveis pelo aumento do preço internacional do boi gordo. Essa commodity foi a única a registrar aumento contínuo até outubro deste ano e segue tendência de alta desde 2005, com oscilações cíclicas, mas sempre renovando as máximas históricas.

 

Além da maior da demanda, a produção passou por um período de recomposição de rebanho nos principais países produtores, o que impactou a oferta. Já na comercialização dos grãos, um acordo estabelecido em julho deste ano para a criação de um corredor de trânsito de três portos ucranianos no Mar Negro aliviou a escassez de alimentos por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia, que são exportadores relevantes também de fertilizantes.

 

Segundo Kreter, o acordo, que é visto como uma solução ao comércio desses dois países com o mundo, foi prorrogado em 18 de novembro por mais 120 dias e isso contribuiu para aumentar a oferta mundial desses produtos.

 

Custos de produção

 

A crise energética também tem contribuído para a alta nos custos de produção em diferentes etapas da cadeia, uma vez que a energia é um dos itens do cálculo da inflação. De acordo com José Ronaldo Souza Júnior, coordenador de Crescimento e Desenvolvimento Econômico no Ipea, a combinação do aumento dos custos com a inflação em geral ajudou na desaceleração do consumo mundial e pode impactar ainda mais o consumo por alimentos nos próximos meses.

 

Na União Europeia, que é o segundo maior importador de commodities agropecuárias do Brasil, o fornecimento de energia foi ainda mais grave. Até fevereiro deste ano, 37,5% do gás consumido na Europa vinha da Rússia e desde então o bloco tem buscado alternativas para o gás russo. 

 

Perspectivas 2023

 

Apesar das incertezas, para 2023, as perspectivas de produção são otimistas.

 

“Até o momento, para a soja, o principal grão produzido no Brasil, o crescimento de área previsto tem sido corroborado com as informações levantadas pela Conab e, não havendo problemas significativos de produtividade, devemos caminhar para uma safra recorde e recuperação das exportações e dos estoques de passagem para o grão no ano que vem”, afirma Allan Silveira, superintendente de Inteligência e Gestão da Oferta da Companhia.

 

Ele acrescenta que o crescimento de área de soja pode ser um bom sinal também para o milho da 2ª safra, principalmente pela importância do milho brasileiro para o abastecimento do mercado nacional e internacional em um ambiente que ainda é de menores estoques do cereal no mundo.

 

O levantamento do Ipea conta com a participação do Cepea/Esalq/USP para as análises dos preços domésticos e da Conab para as análises de produção e dos balanços de oferta e demanda domésticos.

 

Leia também: Chuva pode impactar áreas produtoras de café no ES

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Mato Grosso do Sul finaliza semeadura da soja

Com 100% da área estimada semeada, Mato Grosso do Sul concluiu o plantio da safra da soja 22/23, atingindo 3,842 milhões de hectares. A operação foi finalizada na última sexta-feira (2/12), dentro da média dos últimos cinco anos, conforme aponta o Boletim da Agricultura da Casa Rural, produzido pela Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS, Sistema Famasul e Governo do Estado, que aponta ainda, uma estimativa de 53 sacas/hectare e produção de 12,3 milhões de toneladas.

 

“Encerramos a operação de semeadura com um pequeno atraso neste ano, porém, temos melhores condições de solo, plantas com maior sanidade e menor ocorrência de insetos e doenças. Os produtores estão cada vez mais preocupados com técnicas de manejo assertivas e sustentáveis e isso tem se mostrado a campo. Até o momento, as condições das lavouras estão favoráveis para uma safra de bons resultados em nosso Estado”, destaca o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.

 

 

Foto: Getty Images 

 

Cenário estadual

 

No cenário estadual, as lavouras apresentam boas condições em 97% das áreas e condições regulares em 3%. A região sul, composta pelos municípios de Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti é a que apresenta maior desenvolvimento fenológico da cultura, com plantas que chegam ao estádio R4, indicado pelo completo desenvolvimento da vagem e apresenta os mesmos indicativos estaduais quanto as condições das áreas.

 

Nas áreas da oleaginosa, não há ocorrência significativa de plantas daninhas, insetos-praga ou doença, contudo, o controle da incidência do milho voluntário é uma ferramenta extremamente necessária para evitar a ponte verde e a proliferação da cigarrinha (Dalbulus maidis), inseto com potencial para reduzir a produção de milho. 

 

A comercialização futura dos grãos permanece em 20%, ao preço médio de R$ 156,41. Já as vendas da safra anterior, atingiram 94,60% ao preço médio de R$ 169,08.

 

Tendência do clima 

 

Nesta segunda metade da semana chuvas fortes voltam a atingir áreas produtoras do norte de Goiás, norte de Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Matopiba. Há risco para transtornos nas lavouras porque estas regiões já receberam muita chuva nos últimos períodos e até o próximo final de semana estão previstos mais de 70mm nestas áreas.

 

No início da próxima semana uma nova frente fria vai avançar pela costa do Brasil e vai provocar chuvas de moderada intensidade, mas de forma mal distribuída sobre áreas produtoras do centro-sul.

 

A chuva deve trazer um alívio para algumas áreas mais secas, mas não deve ocorrer de forma homogênea e não será duradoura. Mais uma vez o sistema deve avançar rapidamente em direção a costa do Nordeste e vai provocar muita chuva, mais de 100mm entre os dias 13 e 17/12, sobre o Espírito Santo, norte de Minas Gerais, no interior do Matopiba, em Goiás e no leste de Mato Grosso.

 

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

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Soja entra na reta final de plantio no Brasil

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), 90,7% da soja foi semeada no Brasil. Em Mato Grosso, a semeadura foi finalizada. Apesar do desenvolvimento adequado das lavouras, as precipitações são irregulares.

 

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No Rio Grande do Sul, o tempo instável proporcionou condições de umidade do solo favoráveis a semeadura. O estande de plantas está adequado e a radiação mais elevada promoveu um bom desenvolvimento das plantas.

No Paraná, 96% da área foi semeada e 93% das lavouras encontram-se em boas condições.

 

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Foto Rosemari Montanher – Atalaia – Paraná

 

Em Goiás e Minas Gerais, a irregularidade das precipitações atrasa a semeadura e o desenvolvimento das lavouras. Na Bahia, a maioria das lavouras estão em boas condições.

 

No Tocantins, o plantio está sendo concluído e as precipitações favoreceram o desenvolvimento das lavouras. No Maranhão, a semeadura está quase finalizada no sul do estado.

 

Veja a tendência do clima abaixo:

 

 

 

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Chuva pode impactar áreas produtoras de café no ES

A frente fria, que está avançando pela costa do Brasil deve avançar até o litoral sul da Bahia nesta segunda metade da semana e vai organizar as chuvas mais intensas sobre áreas entre o Espírito Santo, norte de Minas Gerais, sul e oeste da Bahia, norte de Goiás e sul do Tocantins.

 

Áreas que já foram bastante afetadas pelas chuvas fortes podem voltar a registrar transtornos, como é o caso das áreas produtoras de café do Espírito Santo. As chuvas devem se espalhar até o final de semana pelo interior do Matopiba e demais áreas do Norte do país, enquanto sobre o centro-sul a expectativa de diminuição das instabilidades.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

Na região Sul, o tempo seco predomina e o calor vai se intensificar rapidamente nesta segunda metade da semana. Em algumas localidades Gaúchas, especialmente do centro e oeste do estado, são esperadas temperaturas próximas 40°C, que trazem bastante estresse para as culturas de verão, principalmente as lavouras mais adiantadas de milho.

 

A chuva deve retornar para o sul do Brasil a partir do final de semana, mas de uma forma muito rápida e isolada, por isso não são esperados volumes significativos e a maior parte do Rio Grande do Sul deve continuar sentindo o déficit hídrico.

 

 

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