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Clima impacta produtividade do algodão

A produção de algodão 2021/22 totalizou 2,5 milhões de toneladas, alta de 5,8% com relação à safra passada. O aumento é resultado da recuperação de 19,4% na área plantada e queda de 11,4% na produtividade, devido a desafios climáticos, com relação à safra anterior. Os dados são da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

 

 

O processo de beneficiamento, que consiste na separação do caroço e da fibra, e as análise da qualidade do algodão (HVI), estão na fase final, no Brasil. Apesar do crescimento sobre a safra 2020\2021, a previsão ficou abaixo das estimativas iniciais, devido às intempéries climáticas que atingiram as regiões produtoras de maneira diferenciada, com chuvas excessivas ou seca.

 

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Foto: Abapa

 

Os prognósticos iniciais do setor eram colher 2,8 milhões de toneladas da fibra. Para Júlio Busato, que preside a Câmara setorial e comanda a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o setor vem crescendo a cada ano e, assim, caminhará para melhor atender o mercado interno e externo com o algodão brasileiro.

 

“Infelizmente, em um momento em que o mundo quer mais o nosso algodão, tivemos essa questão climática que impactou nas lavouras”, salientou Busato.

 

Projeção safra 2022/2023 já começou a ser plantada no Brasil

 

Para 2022/23, a área plantada de algodão deverá subir 1,3%, totalizando 1,657 milhão de hectare. A produção é projetada em 2,94 milhões de toneladas, uma variação de 17,6% ante a safra 2021/22. A recuperação da produtividade é o principal fator de aumento esperado para a produção.

 

Tendência do Clima

 

Veja a análise no vídeo abaixo:

 

 

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ZCAS: bastante chuva sobre o Sudeste e Centro-Oeste

O verão no Hemisfério Sul terá início nesta próxima quarta-feira, dia 21/12 e a expectativa é de enfraquecimento do fenômeno La Niña. Para essa semana, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) trará bastante chuva sobre o Sudeste e Centro-Oeste.

Mapa

Mapa Climatempo

O tempo fica aberto na faixa sul gaúcha, pegando Rio Grande, Bagé e Uruguaiana, no extremo norte baiano e no interior de Pernambuco ao do Ceará. Nas demais áreas do Brasil, há condições para pancadas de chuva, com potencial para temporais em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, centro-sul do Pará e faixa leste do Amazonas, com chuva forte, podendo acumular grandes volumes pontualmente.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

ATENÇÃO: Cuiabá, Goiânia e Brasília, algumas das capitais que estão na rota dos temporais. Em Florianópolis e Curitiba, tempo fechado e chuvoso ao longo do domingo. Na capital paulista e fluminense, as pancadas podem ocorrer em vários períodos do dia, com algumas aberturas de sol.

E para saber mais sobre o Verão 22/23 e os impactos na Safra, não percam a última Live do Conexão Agroclima de 2022, com a participação da meteorologista Nadiara Pereira, que vai trazer todo o panorama climático para a nova estação.

 

 

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Safra de trigo em São Paulo supera as 500 mil toneladas

Seguindo a tendência de crescimento nacional da safra de trigo, São Paulo apresenta em 2022 um novo recorde de produção para o cereal, superando as 500 mil toneladas. Este número foi compilado pelo Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo (Sindustrigo) reunindo informações de cinco cooperativas e cerealistas do estado. Esse número supera a projeção da última reunião da Câmara Setorial do Trigo paulista.

 

“Graças à união e cooperação de todo o setor, além das condições favoráveis para o desenvolvimento do cereal, conquistamos esse resultado extremamente positivo para a nossa cadeia do trigo. Isso demonstra toda a capacidade e comprometimento dos profissionais envolvidos no processo de produção do grão em São Paulo”, detalha o Presidente da Câmara Setorial, Ruy Zanardi.

 

O resultado final obtido superou as expectativas da cadeia produtiva do estado.

 

“Nossa projeção inicial apontava uma safra de 400 mil toneladas de trigo e o número que obtivemos foi 100 mil toneladas superior. Esse é um momento muito importante para o setor tritícola em São Paulo, pois fomenta o trabalho não só da indústria moageira, mas também das áreas de panificação, massas, bolos, que transformam o trigo em alimento para a população”, reforça Zanardi.

 

Foto: arquivo istock

 

O cenário político e econômico mundial, marcado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, e a influência de fatores climáticos afetaram o mercado e a disponibilidade de trigo pelo planeta. O aumento da produção no Brasil e no estado de São Paulo, segundo o Presidente da Câmara setorial, veio num momento importante, considerando, também, a quebra da safra da Argentina em função da intensa seca enfrentada pelo país.

 

“Nós vivemos num momento de muitas incertezas, sejam elas de disponibilidade de trigo e fertilizantes, de oscilação de preços, de interferência do clima no desenvolvimento do cereal nos países que exportam para o Brasil. Nesse sentido, o fato de estarmos ampliando o estoque de trigo nacional disponível para os moinhos é positivo”, afirma.

 

Mesmo com as perspectivas para 2023 ainda apontando desafios para o setor, em decorrência da instabilidade do mercado internacional, Ruy Zanardi pondera que a cadeia do trigo paulista deve se orgulhar do resultado de 2022 e trabalhar cada vez mais arduamente para seguir trazendo bons resultados nos próximos anos.

 

“Conseguimos lutar contra todas as adversidades desse ano e produzir mais de 500 toneladas de trigo, um marco histórico para os paulistas. Espero que esse número incentive todos os elos da cadeia a continuarem dando o seu melhor para alimentar a população de São Paulo e posicionar o estado como um importante player no cenário nacional do trigo”, conclui.

 

Leia também: Quais são os rumos da Safra 2022/23 do ponto de vista climático?

 

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Safra de cana registra crescimento de 7,5% na produtividade

A safra de cana 2022/23 está sendo marcada pela recuperação da produtividade agrícola dos canaviais, devido principalmente ao maior volume e melhor distribuição das chuvas registrado na maioria das regiões produtoras de cana-de-açúcar. Os números constam do Boletim de Olho na Safra, divulgado nesta sexta-feira (16/02) pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

 

No acumulado abril a novembro deste ano, houve um avanço de 7,5% em TCH (Toneladas de Cana por Hectare) em relação ao mesmo período da safra 2021/2022, passadno de 68 ton/ha para 73 ton/ha. Regionalmente, as produtividades foram praticamente todas superiores às registradas na safra passada, com exceção de Mato Grosso do Sul (-1,6%). Os destaques positivos foram de São José do Rio Preto (+20,8), Araçatuba (+15,6) e São Paulo (+10,6).

 

Em novembro, a média da produtividade dos canaviais na região Centro-Sul saltou de 122,9 toneladas de cana por hectare para 133,6 ton/ha, 8,7% a mais do que no mesmo mês da safra 2021/2022.

 

Foto: arquivo istock

 

Qualidade da matéria-prima

 

No acumulado abril a novembro, a qualidade de matéria-prima (ATR) foi praticamente igual à da safra anterior, variando menos de 0,5% em relação à 2021 (de 137,6 kg/tc para 137,4 kg/tc). Destacam-se com ATR superior ao ciclo anterior as regiões de Goiás e Minas Gerais, que tiveram aumento no acúmulo de sacarose principalmente devido ao regime hídrico que não foi tão expressivo nessas localidades.

 

Tendência do Clima

 

Um forte corredor de umidade sobre o interior do Brasil é responsável pela propagação de nuvens carregadas entre o Centro-Oeste, Sudeste e interior do Matopiba. Ao longo dos próximos dias, são esperadas chuvas intensas sobre estas regiões.

 

Até a metade da próxima semana estão previstos mais de 130mm em áreas do Cerrado Mineiro e mais de 70mm entre o norte de São Paulo, interior de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e interior do Matopiba.

 

Essas chuvas fortes podem vir acompanhadas por granizo especialmente em localidades do Sudeste e do Centro-Oeste e podem trazer transtornos nas áreas que apresentam bastante umidade devido as chuvas que vem acontecendo desde novembro, como é o caso de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e norte de Goiás. As chuvas devem continuar acontecendo com forte intensidade entre o estado mineiro e capixaba, no interior do Matopiba e do Centro-Oeste pelo menos até o Natal, configurando um período de invernada.

 

Já sobre o Sul do Brasil a previsão é de pouca chuva até o Natal. Especialmente no Rio Grande do Sul, os próximos dias serão marcados por tempo seco e muito quente, o que deve continuar prejudicando a produtividade do milho no Estado.

 

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Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.  

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Quais são os rumos da Safra 2022/23?

ENFRAQUECIMENTO DA LA NIÑA

 

A safra que começou com muita chuva entre o Norte o Nordeste e irregularidade no centro-sul, deve terminar sob transição do fenômeno La Niña para Neutralidade Climática. O La Niña, que persiste desde a segunda semestre de 2020, passou por um breve período de enfraquecimento durante o último inverno e voltou a ficar mais estabelecida durante a primavera, provocando efeitos mais efetivos e clássicos na distribuição das chuvas sobre o Brasil entre novembro e dezembro. Porém, as últimas atualizações oceânicas mostram que o fenômeno já está entrando em fase de enfraquecimento e as previsões indica que no trimestre entre janeiro e março ocorrerá a transição para neutralidade Climática com isso seus efeitos passam a ser menos efetivos. Outras oscilações de menor escala passam a ter influência e o padrão de distribuição das chuvas deve começar a mudar no Brasil.

 

MUDANÇA DE PADRÃO DAS CHUVAS SOBRE O BRASIL

 

O padrão deve começar a mudar na virada de 2022 para 2023. Padrões típicos de bloqueios atmosféricos vão ser favorecidos o ao longo de janeiro entre o Sul e o Sudeste, por isso a umidade tende a migrar para o centro-sul do País, onde as chuvas devem ocorrer de forma mais regular e devem beneficiar lavouras de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e até mesmo norte do Rio Grande do Sul, áreas que vem enfrentando bastante irregularidade entre novembro e dezembro. Áreas da faixa oeste do Brasil também devem receber mais regulares, com volumes próximos da normalidade, como é o caso do oeste de Mato Groso e Rondônia, áreas que também apresentaram muita irregularidade na distribuição das chuvas e volumes abaixo da média em novembro e início de dezembro. Em contrapartida as chuvas reduzem nas áreas entre o Sudeste, Matopiba e Goiás, áreas que se encontram com o solo bastante enxarcado, devido às fortes precipitações dos últimos períodos.

 

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Desvio da precipitação previsto para janeiro de 2023. Fonte: Climatempo

 

ALERTAS PARA O FINAL DA SAFRA VERÃO

 

  • Risco para as lavouras do Rio Grande do Sul: apesar da umidade aumentar sobre o centro-sul do país a partir de janeiro, as chuvas ainda não devem se regularizar sobre todo o Estado e principalmente o centro, sul e a fronteira oeste devem continuar com maior restrição hídrica e com temperaturas muito elevadas que devem impactar tanto lavouras de soja quanto de milho. O milho, que está em fase mais adiantada e já apresenta desenvolvimento muito irregular, deve ter sua produtividade na primeira safra mais impactada;
  • Chuvas acima da média previstas para áreas entre o Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo entre janeiro e fevereiro, apesar de melhorar as condições das lavouras a curto prazo, podem impactar as atividades de colheita da soja no final da safra;
  • No interior do Matopiba, a redução acentuada das chuvas entre janeiro e fevereiro pode afetar a fase de enchimento de grãos nas lavouras de soja.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

O QUE ESPERAR PARA O MILHO 2ª SAFRA

 

Com a transição do fenômeno La Niña para neutralidade climática prevista para o início de 2023, reduz o risco para o corte mais cedo das chuvas no interior do Brasil durante o próximo ano. Um dos riscos associados a La Niña é o encurtamento do período chuvoso, principalmente sobre o centro-sul País. Mas com o fenômeno perdendo força rapidamente no início do ano, as previsões indicam que haverá a presença de umidade e condições para ocorrência de chuvas entre março e abril entre o Paraná, Sudeste e Centro-Oeste, o que deve manter as condições favoráveis para o milho sobre grande parte das áreas produtoras da segunda safra.

 

Um ponto que é necessário ter atenção, é o risco de frio mais cedo no outono de 2023. Mesmo com a La Niña terminando, o processo de transição é lento e como o período de atuação do fenômeno foi prologado, ainda entraremos no outono com uma atmosfera com características frias e por isso há risco para ondas de frio mais intensas e mais cedo atuando especialmente no Sul do brasil. As previsões indicam que abril deve começar a registrar temperaturas baixas e em maio o frio tende a se acentuar.  Para falar sobre a previsão de geada, que é um fenômeno com previsibilidade de curtíssimo prazo, ainda é muito cedo, mas não dá para descartar o risco sobre áreas produtoras do Sul a partir do mês de maio.

 

Texto produzido por Nadiara Pereira, Agrometeorologista da Climatempo.

 

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Como manter a lavoura protegida contra o complexo de lagartas?

A infestação de pragas é um desafio que afeta produtores do país inteiro. Os prejuízos podem causar perdas significativas, gerando impactos que reduzem o rendimento produtivo dos agricultores e restringem a competitividade da agroexportação brasileira. Mas já existem tecnologias que oferecem ao produtor estratégias eficientes para manter a lavoura protegida contra o complexo de lagartas.

 

Foto: arquivo Corteva

 

Uma dessas soluções é Intrepid® Edge, um inseticida reconhecido pelo bom desempenho no manejo da soja. O produto é trazido ao mercado brasileiro pelo portfólio da Corteva Agriscience e se diferencia pelo uso da tecnologia JemvelvaTM active, de origem biológica e características únicas, proporcionando um controle de ação rápida contra um grande espectro de pragas. Veja o vídeo abaixo:

 

 

Entre seus diversos benefícios, destaca-se a boa performance no manejo aliada ao longo período de controle, protegendo a lavoura durante todo o ciclo contra o complexo das principais lagartas, como Spodopteras, Helicoverpa armigera, Lagarta-falsa-medideira e Heliothis virescens.

 

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Fonte: arquivo Corteva

 

Além de oferecer uma proteção superior, potencializada pelo efeito de choque, Intrepid® Edge se diferencia pela flexibilidade de dose, ajustada de acordo com o alvo, e é uma ferramenta importante para o programa de Manejo Integrado de Pragas e da resistência.

 

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Fonte: arquivo Corteva

 

Sobre a Corteva Agriscience

 

A Corteva, Inc. (NYSE: CTVA) é uma empresa global de capital aberto e 100% agrícola que combina inovação líder do setor, elevado envolvimento com o cliente e execução operacional para fornecer soluções lucrativas para os desafios agrícolas mais urgentes do mundo.

 

A Corteva gera preferência de mercado vantajosa por meio de sua estratégia de distribuição exclusiva, junto com seu mix equilibrado e globalmente diversificado de sementes, proteção de cultivos e serviços digitais. Com algumas das marcas mais reconhecidas na agricultura e um pipeline de tecnologia bem posicionado para impulsionar o crescimento, a empresa está comprometida em maximizar a produtividade dos agricultores, enquanto trabalha com aliados em todo o sistema alimentar, cumprindo sua promessa de enriquecer a vida daqueles que produzem e daqueles que consomem, garantindo o progresso para as próximas gerações.

 

Mais informações estão disponíveis em www.corteva.com

 

 

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O que o Brasil compra e vende da França e Argentina?

O Brasil já se despediu da Copa do Mundo da FIFA no Catar, mas suas relações comerciais com os países favoritos ao título continuam em alta. Com a grande final definida para o próximo domingo, 18/12, o mundo se prepara para conhecer o novo vencedor do torneio.

 

Dados do comércio entre o Brasil, a Argentina e a França mostram que nos últimos 20 anos há um indicativo de crescimento nas relações comerciais, sobretudo, com a Argentina. O mapeamento foi realizado pela Vixtra, uma fintech de comércio exterior. 

 

Com a Argentina, seu principal parceiro comercial na América do Sul, as relações cresceram 308% em 20 anos. Em 2002, a Argentina já era um dos maiores parceiros do Brasil, sendo que as importações e exportações para aquele país eram de US$ 395 e US$ 194 milhões mensais, respectivamente. Atualmente, o comércio internacional entre os países alcança US$ 1 bilhão em importações e US$ 1,3 bilhão em exportações, movimentando aproximadamente US$ 29 bilhões anualmente. 

 

“As transações comerciais entre ambos os países cresceram bastante ao longo dos anos, mas os produtos comercializados não mudaram muito. Atualmente, o Brasil exporta produtos como acessórios automotivos, veículos de passageiro e minério de ferro para os argentinos e importa outros, tais quais, veículos de transporte, trigo e centeio”, explica Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra. 

 

Se a rivalidade entre os dois países ainda é forte nos campos de futebol, no comércio a realidade é outra.

 

“Hoje a Argentina é o quarto maior parceiro comercial do Brasil, e nós somos o maior parceiro deles. Então, as economias se complementam e estão cada vez mais fortes”,  comenta Baltieri.

 

 

Foto: Getty images

França

 

Já com a França, nossas relações comerciais mais que dobraram. Em 2002, as importações e exportações entre ambos os países eram de US$ 146 e US$ 126 milhões, respectivamente. Duas décadas depois, a primeira registrou US$ 413 e a segunda US$ 273 milhões.

 

“Ainda é um valor pequeno se comparado a outros países, mas há espaço para crescimento, sobretudo com a abertura de mercado de ambos os países para outros produtos”, afirma Leonardo Baltieri. 

 

“É importante destacar que um dos setores que mais exportam no Brasil, o agronegócio, enfrenta uma forte concorrência do mercado local francês, o que ajuda a explicar o porquê de o comércio entre ambos ter crescido menos que o argentino”, prossegue.

 

Quanto aos produtos, os mais importados pelo Brasil são motores e máquinas, compostos químicos e acessórios automotivos, enquanto nós exportamos, principalmente, farelo de soja, minério de ferro e petróleo bruto para os franceses. 

 

O executivo destaca, ainda, que apesar da Argentina ser o principal parceiro comercial do Brasil na América do Sul, é provável que os europeus ganhem também mais destaque nos próximos anos com a aprovação do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.

 

“Tivemos avanços significativos nos últimos anos. Por isso, é possível que esse acordo seja ratificado entre as partes envolvidas no médio ou longo prazo”, afirma. 

 

“Se acontecer, sem dúvidas, será um excelente avanço comercial nas relações bilaterais entre dois dos principais blocos econômicos do planeta. A abertura de mercados proporcionará maiores investimentos em diversos setores da economia”, conclui.

 

Leia também: O que o BR compra e vende dos países que enfrenta na Copa?

Os ciclos do clima

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Clima impacta e provoca redução de 19,3% na safra 2022 de café

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgou o 4º levantamento sobre a produção de café do Brasil.

 

De acordo com o órgão, a safra 2022, ano de bienalidade positiva, termina com um volume de 50,92 milhões de sacas de café beneficiado, 6,7% acima da safra 2021. Comparado com a de 2020, também de bienalidade positiva, o índice registra a redução de 19,3% ou 12,1 milhões de toneladas, justificada pelas adversidades climáticas, como o déficit hídrico e geadas durante o ciclo da cultura no país.

 

Área

 

Com relação à área destinada à cafeicultura nacional em 2022, confirma-se um total de 2,2 milhões de hectares, sendo 1,8 milhão de hectares para lavouras em produção, com crescimento de 1,8% sobre a safra 2021, e 400,6 mil hectares de área em formação, o que resulta em um aumento de 0,6% de área total cultivada em comparação à safra passada. Das lavouras em produção, estima-se que 1,5 milhão de hectares foram dedicados ao café arábica e 389 mil hectares ao café conilon.

 

“Um ponto importante nessa pesquisa de safra é que identificamos um aumento na produtividade média nacional do café, que será de 27,7 sacas por hectare, 4,8% maior em relação à safra anterior”, anuncia o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

 

“Esse ganho de rendimento nas lavouras ocorreu nas duas espécies cultivadas no país: arábica e conilon. A produtividade do café arábica foi de 22,5 scs/ha, com incremento de 2,7% em relação à safra de 2021, e a do café conilon de 46,8 scs/ha, 7,9% maior que a safra anterior”.

 

Produção

 

De acordo com o levantamento da Companhia, a produção também confirmou aumento nas duas espécies. O volume do tipo arábica é de 32,7 milhões de sacas, um acréscimo de 4,1% em comparação à safra anterior, enquanto a produção do conilon é de 18,1 milhões de sacas de café beneficiado, 11,7% a mais em relação à temporada passada.

 

O Boletim aponta ainda que as condições meteorológicas registradas entre maio e setembro de 2021 foram determinantes para o impacto na retomada do ciclo de alta bienalidade nesta safra.

 

Foto: arquivo istock

 

Café de Minas Gerais

 

Minas Gerais colheu, nesta safra de bienalidade positiva, 22 milhões de sacas de café beneficiado, uma queda de 0,8% em relação à safra de 2021, justificada pela redução de produtividade, e 36,6% inferior ao volume colhido em 2020. De acordo com o levantamento da Conab, a possibilidade de inversão da bienalidade do café arábica existe, porém, serão necessárias pelo menos mais duas safras para confirmar essa tendência.

 

Espírito Santo

 

No Espírito Santo, segundo maior produtor de café no país, a produção foi de 16,7 milhões de sacas. Para o conilon, o montante é de 12,4 milhões de sacas, incremento de 10,1% em relação à safra anterior. Para a espécie arábica, a produção foi de 4,4 milhões de sacas, 48,1% a mais que o volume colhido no último ciclo.

 

Café de São Paulo

 

Nos demais estados, o levantamento da Companhia aponta uma produção colhida em São Paulo de 4,4 milhões de sacas da espécie arábica, representando crescimento de 9,4% em comparação ao resultado obtido em 2021.

 

Bahia

 

Na Bahia, o crescimento concretizado foi de 3,9% na produção total, com 3,6 milhões de sacas em todo o estado, sendo 1,3 milhão de sacas de arábica e 2,3 milhões de sacas de conilon.

 

Rondônia

 

Em Rondônia, a produção alcançou 2,8 milhões de sacas de conilon, acréscimo de 23,7% em comparação à safra passada.

 

Paraná

 

No Paraná, onde o cultivo é exclusivamente de café arábica, houve uma contração de 43,2% na produção do grão em relação à safra de 2021, com 497,9 mil sacas do produto beneficiado.

 

Outras regiões produtoras

 

Os estados do Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso também registram aumentos na produção, enquanto no Amazonas, apesar da redução de área, o aumento da produtividade manteve o volume do estado praticamente igual à safra passada, totalizando 75,3 mil sacas.

 

Tendência do clima

 

Um forte corredor de umidade sobre o interior do Brasil é responsável pela propagação de nuvens carregadas entre o Centro-Oeste, Sudeste e interior do Matopiba. Ao longo dos próximos dias, são esperadas chuvas intensas sobre estas regiões.

 

Até a metade da próxima semana estão previstos mais de 130mm em áreas do Cerrado Mineiro e mais de 70mm entre o norte de São Paulo, interior de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e interior do Matopiba.

 

Essas chuvas fortes podem vir acompanhadas por granizo especialmente em localidades do Sudeste e do Centro-Oeste e podem trazer transtornos nas áreas que apresentam bastante umidade devido as chuvas que vem acontecendo desde novembro, como é o caso de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e norte de Goiás. As chuvas devem continuar acontecendo com forte intensidade entre o estado mineiro e capixaba, no interior do Matopiba e do Centro-Oeste pelo menos até o Natal, configurando um período de invernada.

 

Já sobre o Sul do Brasil a previsão é de pouca chuva até o Natal. Especialmente no Rio Grande do Sul, os próximos dias serão marcados por tempo seco e muito quente, o que deve continuar prejudicando a produtividade do milho no Estado.

 

Leia mais notícias sobre o clima na agricultura brasileira aqui 

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Verão 22/23: La Niña começa a enfraquecer

Os produtores rurais de todo o país estão no campo realizando o plantio, tratos culturais e acompanhando o desenvolvimento da nova safra 22/23 e o impacto do clima nesta safra irá determinar a qualidade dos grãos e o volume de produção e produtividade.

 

De acordo com os meteorologistas da Climatempo, o Verão começa no dia 21 de Dezembro às 18h48, horário de Brasília. A nova estação ainda terá a influência do fenômeno La Niña com uma tendência de enfraquecimento. É importante o produtor estar conectado as informações de acompanhamento de clima para entender o impacto do fenômeno no potencial produtivo das lavouras.

 

 

No dia 20/12, a equipe Agro da Climatempo irá realizar o Conexão Agroclima e trazer todos os dados e informações sobre o fenômeno e como será sua atuação ao longo do Verão. O convidado do mês será Rafael Herrig, gerente técnico da Cocamar que irá trazer informações sobre cooperativismo e os trabalhos para 2023.

 

Reserve a data na sua agenda e assista no vídeo abaixo:

 

  

 

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Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.  

 

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Risco de invernada entre o Sudeste e Bahia

Uma frente fria, que está se aproximando do sul da Bahia, vai intensificar as instabilidades entre o Espírito Santo, norte de Minas Gerais e Bahia a partir da última quarta-feira (14). Na segunda metade desta semana um corredor de umidade vai ganhar intensidade e vai espalhar chuvas fortes sobre o interior da região Norte, do Nordeste e áreas mais ao Norte do Sudeste e do Centro-Oeste.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

Há previsão para invernada entre o Espírito Santo, centro e norte de Minas Gerais, norte de Goiás, sul e oeste da Bahia e sul do Tocantins, onde as chuvas devem se manter frequentes e com volumes altos pelo menos até o dia 25 de dezembro.

 

O excesso de umidade deve paralisar tratos culturas nas lavouras e pode trazer danos às lavouras que já se encontram com o solo enxarcado e devem receber mais de 150mm em poucos dias, como é o caso das lavouras de café do Espírito Santo. A chuva forte, além de trazer risco de erosão nas lavouras, também pode derrubar os botões florais das plantas. Enquanto as chuvas aumentam sobre a metade norte do país, sobre áreas de São Paulo, Mato Grosso do Sul e principalmente interior da região Sul, são esperados episódios bem mais isolados ao longo dos próximos períodos.

 

 

No Rio Grande do Sul, por exemplo, não tem previsão de chuvas generalizadas e com volumes benéficos para a agricultura nas próximas duas semanas. Além da falta de chuvas, as temperaturas voltam a se elevar rapidamente e já nesta segunda metade da semana são esperadas novamente máximas próximas a 40°C durante as tardes sobre o interior Gaúcho, o que deve acentuar ainda mais o déficit de umidade no solo.

 

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