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ZCAS gera chuva intensa sobre o Centro-norte do país

Nesta semana, a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, está sendo responsável por gerar acumulados de chuva bastante expressivos em algumas áreas do Sudeste e Centro-Oeste.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

Na última terça-feira, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o município de Macaé e Campos dos Goytacazes no estado do Rio de Janeiro receberam volumes de 130 e 178 mm, respectivamente, e ontem, dia de início do verão, acumulados acima de 80mm foram registrados em alguns municípios de Minas Gerais, como Caparaó, Divinópolis, Belo Horizonte, Sete Lagoas e Ibirité.

Nos próximos dias ainda persiste a condição de chuva forte para as áreas da metade mais ao norte do país.

 

Assista ao vídeo abaixo:

 

 

Continua o alerta para temporais, sobretudo em áreas do Espírito Santo, Centro-norte de Minas Gerais e Goiás, Bahia, Tocantins e também em áreas de Mato grosso e Pará. Essa chuva também se espalha para o Matopiba e pelo interior nordestino, não descartando a possibilidade de chuva moderada a forte com raios e rajadas de vento na região. Nas áreas que vem recebendo volumes mais intensos de chuva, o solo fica encharcado e há risco para erosão nas lavouras. Em contrapartida, em algumas áreas do Pará que vinham recebendo volumes mal distribuídos, essa chuva que ocorre de forma mais abrangente ajuda na manutenção de umidade no solo.

Nesta última semana, episódios de chuva intensa também foram registrados na faixa litorânea de Santa Catarina devido à circulação marítima e instabilidades em níveis mais elevados da atmosfera, trazendo diversos transtornos para a região.

 

Nesta quinta-feira e nos próximos dias, ainda tem previsão de chuva para estas áreas, mas os episódios devem ser mais isolados e com volumes bem menores do que os registrados. Em grande parte do sul do país o tempo seco predomina pelo menos até a véspera de Natal, mas no início da semana que vem, o avanço de uma frente fria deve novamente ocasionar chuva sobre a região. Esse sistema se desloca rapidamente, e a partir de meados da semana deve gerar altos volumes de chuva numa faixa que se estende do Centro-Sul até o Norte do país, principalmente sobre algumas áreas de São Paulo, centro-sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e também em partes de Santa Catarina e Paraná.

 

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Mudanças no clima atingiram a produção da castanha do pará

A elevação da temperatura e a redução da umidade ocorridas na Amazônia devido ao El Niño nos anos de 2015 e 2016 diminuíram em até oito vezes a produção de frutos da castanha-do-pará (chamada também de castanha-da-amazônia e castanha-do-brasil) na safra de 2017 no sul do Amapá.

 

A conclusão está no artigo “Forte El Niño reduz produção de frutos de castanheiras na Amazônia oriental”, publicado na Acta Amazônica, revista científica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

 

A publicação é resultado de pesquisa desenvolvida em conjunto entre várias instituições de pesquisa brasileiras para avaliar os efeitos das mudanças climáticas no comportamento e sobrevivência dessa espécie, considerando a sua importância para a conservação do bioma e qualidade de vida dos amazônidas.

 

Foto: Embrapa – divulgação 

 

O que é o El Niño?

 

Os dados foram coletados na Reserva Extrativista do Rio Cajari (Resex Cajari), unidade de conservação de uso sustentável localizada no nordeste da Amazônia brasileira, no sul do estado do Amapá, onde a Embrapa lidera pesquisas de longo prazo sobre a castanheira-do-pará.

 

Os pesquisadores analisaram os números da produção de frutos de 205 castanheiras em duas florestas da Reserva, referentes ao período de 2007 até 2018. Eles descobriram que os anos com maior produção estavam relacionados com períodos anteriores de temperaturas normais ou abaixo do normal, e com maior quantidade de chuvas, quando houve predominância de La Niña (fenômeno inverso ao El Niño, representado pelo resfriamento anormal das águas do Pacífico devido ao aumento da força dos ventos alísios).

 

Um dos estudos que serviram de base para o artigo publicado na Acta Amazônia é o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da engenheira florestal Dayane Pastana. Na época, acadêmica da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), ela desenvolveu a pesquisa como bolsista da Embrapa Amapá orientada pelo pesquisador Marcelino Guedes, com o objetivo de avaliar a variação na produção de frutos da castanheira, visando subsidiar o desenvolvimento de um modelo de previsão de safra. Uma das conclusões do estudo é que “as castanheiras apresentam distúrbios fisiológicos e tem a produção de frutos afetada quando submetidas a condições de mudanças extremas na temperatura e precipitação”.

 

Coautora do artigo, Pastana destaca no TCC que a intensificação dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña tem potencial para causar alterações em alta escala e degradação das florestas amazônicas.

 

“Por isso, é importante entender quais os reais efeitos que essas mudanças podem gerar no comportamento e sobrevivência da castanheira-da-amazônia (castanheira-do-pará), espécie tão importante para a conservação do bioma e para a vida dos amazônidas. É importante verificar, inclusive, se existem matrizes mais resistentes a essas alterações para serem utilizadas em experimentos de propagação e melhoramento genético”, acrescenta a engenheira florestal.  

 

Segundo ela, a redução drástica na produção de frutos de castanha-da-amazônia em 2017 foi observada em toda Pan-amazônia e está diretamente relacionada com o aumento da temperatura média do oceano pacífico em mais de 2°C, aumento da temperatura máxima e redução da precipitação local. A queda brusca na produção interferiu na logística de oferta e demanda, aumentando em até três vezes o preço do produto.

 

“Isso deixa claro que o entendimento da relação entre temperatura, precipitação e produção de frutos é de suma importância para o planejamento estratégico em polos de produção de castanha e na elaboração de políticas públicas para conservação das florestas amazônicas, visto que ainda não se sabe até que ponto a espécie mantém seu poder de resiliência produtiva após esses períodos de extremo estresse fisiológico”, ressalta Pastana.

 

Efeito calculado pelo Oceanic Niño Index

 

Nas áreas do estudo, a temperatura média anual do ar é de cerca de 25°C e a precipitação média anual é de 2.300 milímetros cúbicos de água, distribuídos em duas estações distintas na Amazônia brasileira: uma estação muito chuvosa, que vai de janeiro a julho, e a estação menos chuvosa, que ocorre no período de agosto a dezembro. De setembro a novembro é o quando há a menor precipitação média, sempre inferior a 100 milímetros por mês.

 

A série de 2007 a 2018, com dados da temperatura média mensal do ar, de temperaturas máximas e de chuvas, foi obtida junto ao Instituto Nacional de Meteorologia, da estação meteorológica instalada em Macapá (AP), por ser a mais próxima da Resex Cajari (121 km em linha reta). Também foram utilizados dados coletados em uma estação montada na Reserva, monitorada de abril de 2015 a março de 2016.

 

Para analisar o efeito das anomalias climáticas, os pesquisadores utilizaram o Oceanic Niño Index (Oni), calculado a partir de dados de estações flutuantes de monitoramento instaladas no Oceano Pacífico Tropical Equatorial. Os dados estão disponíveis para períodos trimestrais sobrepostos da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA (Nasa).

 

Produção oito vezes menor em 2017

 

Os pesquisadores observaram que a produção média por castanheira em 2017 foi oito vezes menor que em 2015, e duas vezes menor que a média geral nas duas áreas de florestas estudadas na Resex Cajari.

 

“Os dados mostram que esta produção reduzida está associada ao El Niño de 2015 e 2016, que causou aumento na temperatura máxima mensal e redução na precipitação regional, prolongando a estação seca de três para seis meses. Os anos com maior e menor produção média por castanheira foram os mesmos nos dois ambientes de florestas”. 

 

No caso dessa pesquisa, o objetivo foi avaliar a variação temporal na produção de frutos da castanheira associada especificamente às variáveis ​​climáticas, incluindo o El Niño em 2015 e 2016. Nesses dois anos, o fenômeno atmosférico foi o mais intenso dos últimos 50 anos e afetou toda a região amazônica com uma temperatura máxima mensal de 2,1°C maior em relação à média máxima normal de outros anos.

 

“A seca nos castanhais começou em algumas áreas, e atingiu um a um. Aconteceu uma queima nas folhas das castanheiras, e vimos uma queda bem elevada na produção, causando até a morte de algumas árvores”, recorda o extrativista Natanael Gonçalves Vicente. Ele calcula que a queda chega até 80% na produção de áreas de castanhais atingidos pela seca. 

Por outro lado, os agroextrativistas percebem a recuperação significativa dos castanhais quando a temperatura se normaliza. 

 

Baixa produção aumentou o preço ao consumidor

 

Em 2017, houve uma queda sem precedentes na produção de castanha do pará, em todo o bioma, dentro e fora do Brasil, com um total de 21.651 toneladas, 37% abaixo da média de 10 anos (2010-2019), de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados em 2021. De acordo com a Embrapa, em 2017, a baixa produção de frutos da castanheira elevou o preço da lata de 11 quilos (unidade de referência para comercialização) de R$ 50,00 em 2016 para R$ 120,00 em 2017, em diversas áreas de extrativismo da região.

 

Quer saber a previsão climática para os próximos meses? Leia também a matéria: O La Niña irá continuar no Verão 2022/23?

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Clima favorece desenvolvimento do feijão em GO

O levantamento semanal da Companhia nacional de Abastecimento (Conab) mostra que 70,8% do feijão 1ª safra já foi semeado e 7,3% colhido. Em Minas Gerais, a semeadura foi concluída. Em Goiás, as chuvas retornaram em dezembro e melhoraram as condições para a lavoura.

 

No Paraná, a colheita avança pouco e continua restrita às regiões do Norte Pioneiro e de Campo Mourão. A classificação geral das lavouras é de que 67% delas estão em boas condições, 30% regulares e 3% ruins.

 

Foto: Edina Franciosi – Mangueirinha- PR

 

No Rio Grande do Sul, segue a preocupação com a escassez de chuvas e as altas temperaturas em regiões produtoras do feijão-comum preto. Isso tem reduzido o potencial produtivo e a qualidade dos grãos mais tardios.

 

Nas áreas relacionadas ao cultivo de feijão-comum cores, o cenário se mostra mais favorável, com regime de chuva maior e com muitas lavouras em desenvolvimento inicial ou em implantação, que são fases com menor demanda hídrica. 

 

Tendência do Clima

 

A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) começa a se desconfigurar nesta sexta-feira (23/12), mas ainda provoca muita chuva e temporais, com altos acumulados em todo o MATOPIBA  e norte de Minas. Há condições para temporais e altos volumes de precipitação na divisa de Minas com a Bahia, sul e oeste baiano, Tocantins, sudoeste do Pará, Maranhão e em Teresina (PI). A chuva diminui e se torna mais isolada em São Paulo, Rio de Janeiro, centro e sul de Minas, Goiás e Mato Grosso. Chuvas passageiras também sobre o Amazonas, Acre e Amapá.  

Tempo aberto sem chuva em Mato Grosso do Sul, em grande parte do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A chuva aumenta na fronteira oeste gaúcha no final do dia e ainda chove fraco, sobre o leste catarinense e paranaense.

  

Veja como fica o tempo no final de semana do Natal aqui 

 

O Verão começou! Saiba como fica a previsão para a nova estação

 

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Conexão Agroclima especial verão no campo

O último Conexão Agroclima de 2022 foi ao ar nesta última terça-feira (20/12), em formato especial Verão. Contou com a moderação da jornalista da Climatempo, Angela Ruiz, especializada em Agro na Esalq/USP, a participação da meteorologista da Climatempo, Nadiara Pereira e do engenheiro agrônomo e especialista em Fertilidade de Solo da Cocamar, Rafael Furlanetto que trouxe informações sobre manejo do solo e da água para uma melhor produtividade e rentabilidade no campo. 

 

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Dentre os destaques da Live, a informação de que a La Niña apresenta sua configuração clássica e que deve enfraquecer no início de 2023, chegando a neutralidade entre o fim do Verão e início do Outono, de acordo com as análises.    

 

“Até dezembro, os impactos do fenômeno La Niña são mais efetivos na distribuição de chuvas e a umidade tende a migrar para o centro-sul do Brasil”, comentou Nadiara Pereira.

 

De acordo com a meteorologista, nas próximas semanas, áreas produtoras de café do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia devem ter períodos de invernada. Acompanhe no link abaixo quais regiões produtoras serão beneficiadas pela chuva à partir da virada do ano e se a chuva prevista para janeiro, fevereiro e março poderão impactar a soja e o planejamento para o milho safrinha. 

 

 

 

Veja também: Verão começa com invernada em algumas áreas produtoras 

Os ciclos do clima

 

Quer saber a previsão climática para os próximos meses? Leia também a matéria: O La Niña irá continuar no Verão 2022/23?

 

Foto: Getty Images

 

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

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Chuva no MT favorece desenvolvimento da soja

O levantamento semanal da Companhia nacional de Abastecimento (Conab) mostra que 96,7% da soja foi semeado. No Mato Grosso, as precipitações bem distribuídas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras. Porém, a uma estimativa de redução da produtividade devido ao veranico no início da safra em algumas áreas do leste e oeste do estado.

 

No Rio Grande do Sul, a má distribuição de chuvas atrasa o plantio e, nas áreas já semeadas, provocou a diminuição na população de plantas e o desenvolvimento abaixo do esperado. No Paraná, a maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento, porém a irregularidade das precipitações na região oeste do estado, causa preocupação aos produtores.

 

“Depois de um período chuvoso no mês de Outubro e mais seco em novembro, as chuvas mesmo que irregulares estão ocorrendo na minha região”, comenta a produtora Edina Francosi,  de Mangueirinha, no Paraná. 

 

Foto: Edina Francosi – Mangueirinha – PR – 

 

Em Goiás, a boa regularidade da chuva favorece o desenvolvimento das lavouras, mas a estiagem ocorrida em novembro reduziu o potencial produtivo das lavouras no sul do estado, principalmente as semeadas no início da safra.

 

No Mato Grosso do Sul, as precipitações amenizaram a restrição hídrica em muitas regiões, mas há necessidade de maiores volumes, pois a maioria das áreas se encontra em estádio reprodutivo, período crítico e de alta demanda hídrica.

 

No Matopiba, as lavouras se encontram em boas condições.

 

Tendência do Clima

 

A estação Verão começa nesta quarta-feira, 21 de dezembro, às 18h48 minutos horário de Brasília. O predomínio é do ar seco e quente desde Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, passando pelo oeste de Santa Catarina e do Paraná. Nestas áreas, temperaturas altas e queda acentuada na umidade do ar.

 

A chuva continua no litoral norte gaúcho, costa catarinense e paranaense. Santa Catarina permanece em alerta. Os acumulados não serão tão elevados, mas como o solo ainda está encharcado, há risco para danos. 

 

No Sudeste, o verão começa com frio e chuva, céu fechado e acumulados altos ainda no litoral paulista e Costa Verde. A chuva diminui na capital paulista, mas ainda chove fraco. Temporais intensos poderão ser observados do oeste ao leste de Mato Grosso, centro de Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, oeste, centro e leste de Minas Gerais e o Espírito Santo. 

 

Temporais se espalham no Norte, principalmente no Amazonas e Tocantins, que terão os maiores volumes, mas não se descartam danos nas demais áreas. Hoje (21/12 ) a possibilidade de granizo é maior no ES, sul da BA e no norte de MG.

 

Verão começa com herança da primavera: ZCAS

 

A ZCAS começa a se desconfigurar na sexta, mas ainda provoca muita chuva e temporais, com altos acumulados em todo o MATOPIBA  e norte de MG nesta sexta e sábado (24). 

No sábado, os meteorologistas da Climatempo indicam risco de temporais no ES, BA, PI, TO, AM, MT E PA, concentrados de tarde, mas com grandes condições de alagamentos, inundações e deslizamentos, já que a chuva vem forte e volumosa especialmente em áreas já fragilizadas pelos temporais. Chove fraco, de maneira isolada em SP, RJ, grande parte de MG  e MT, sendo aquelas pancadas de chuva concentradas à tarde, após um dia quente. Aliás, este é outro destaque, as temperaturas sobem neste sábado em todo Sudeste e Centro-Oeste. Ao final do dia, a formação de uma baixa pressão atmosférica entre Uruguai e o RS mais um cavado intensifica a chuva que avança pelo sul e oeste gaúcho.

 

No domingo de natal, a chuva se espalha pelo RS, o calor aumenta e o risco de temporais também se eleva durante à tarde em todo o centro-sul do país. Segue chovendo forte entre o MATOPIBA e o Norte do país. 

 

Leia também:  Verão 2023 na Região Sudeste: calor acima do normal

 

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Verão começa com invernada em algumas áreas produtoras

Nesta quarta-feira, 21 de dezembro, às 18h48 acontece o solstício de verão, que marca o início da nova estação. Esse evento astronômico marca o momento em que os polos atingem a inclinação máxima em relação ao sol e o hemisfério sul recebe a maior quantidade de energia do sol. O verão é a estação com os dias mais longos, mais quente e mais úmida na maior parte do Brasil.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

Neste ano, a estação deve ser marcada pelo enfraquecimento do fenômeno La Niña, que já impactou os últimos dois verões, e o início de uma transição para Neutralidade Climática, que deve predominar no primeiro semestre de 2023. Com isso, os efeitos da La Niña começam a perder força e começaremos a observar mais oscilações e uma mudança no padrão da distribuição das chuvas já a partir da virada do ano.

No entanto, até o Natal teremos uma distribuição das chuvas sobre o Brasil, com caraterísticas bem clássicas do La Niña: Risco de tempestades sobre a metade norte do país e predomínio do tempo seco sobre grande parte do centro-sul. Os maiores volumes de chuva estão previstos para metade Norte do Brasil, devido atuação do intenso corredor de umidade que está caracterizando a atuação da ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), sistema que costuma provocar volumes expressivos e chuvas persistentes nas áreas de atuação.

 

Até o final de semana a previsão é de invernada entre o Espírito Santo, metade norte de Minas Gerais, inclusive sobre parte do Cerrado, metade norte de Goiás, centro e leste de Mato Grosso, centro e sul do Pará e interior do Matopiba, especialmente nas áreas mais ao sul da Bahia. Nestas áreas, além do tempo chuvoso paralisar atividades no campo, há risco para erosão nas lavouras e danos nas plantações.

 

Assista ao vídeo abaixo:

 

 

Estão previstos volumes de água acima de 100mm em poucos dias, especialmente em áreas produtoras de soja destas regiões e áreas de café entre o Sudeste e a Bahia. Enquanto a chuva se concentra sobre metade Norte do Brasil, no interior da região Sul, interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul, a maior parte da semana vai ser marcada por tempo seco e intensificação do calor. O padrão de tempo deve começar a mudar logo depois do Natal, quando instabilidades voltam a se propagar pelo centro-sul do país e na virada do ano são esperadas chuvas intensas principalmente no interior do Sudeste.

 

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A evolução tecnológica no campo em uma única picape

O agronegócio é um dos setores mais importantes da economia brasileira e o segmento é destaque mundial na produção de alimentos. O produtor rural busca a cada dia novas tecnologias no mercado que possam facilitar a sua logística diária entre o campo e a cidade.

 

A Nova Nissan Frontier chegou ao mercado com um propósito baseado em entregar estilo, força e conforto com uma tecnologia de ponta e design aprimorado auxiliando o produtor, os jovens sucessores, os colaboradores do mundo agro que utilizam a picape pelos campos produtores do Brasil.

 

No episódio de hoje vamos viajar por fora e pelo interior desta picape e conhecer em detalhes, as melhorias e a evolução tecnológica sobre rodas. Acompanhe

 

 

Onde ouvir o podcast AgroTalk

 

Todos os conteúdos do podcast AgroTalk também estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Podcasts Connect da Apple. Ao acessar as plataformas é só procurar por AgroTalk.  Acompanhe aqui lista de todos os episódios do podcast AgroTalk.

 

Acesse a lista de matérias e vídeos do podcast AgroTalk. Se preferir veja também na playlist do Youtube  

 

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Cresce a exportação de nozes e amêndoas chilenas para o Brasil

O Chile segue ampliando sua pauta de exportações para o Brasil que já soma US$ 18 milhões com as vendas de amêndoas e nozes em 2022. Como destino das nozes chilenas, o Brasil é o 8º mercado, com vendas totalizando mais de US$ 14 milhões, uma alta de 3,5% em relação aos 10 primeiros meses de 2021.

 

A Turquia aparece como o primeiro destino, com US$ 80 milhões, um crescimento de 63%. O Chile é o terceiro maior exportador mundial desse produto.

 

Foto: Getty Images

 

Amêndoas

 

Já como destino das amêndoas chilenas, o país aparece como o 4º principal mercado e já computa US$ 4 milhões entre janeiro e outubro, alta de 24,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A Argentina aparece como o primeiro destino desses embarques, com US$ 10 milhões e um crescimento de 37,4% em relação ao mesmo período de 2021. As informações são do ProChile Brasil, instituição do Ministério das Relações Exteriores do Chile, com base em estatísticas oficiais de comércio exterior.

 

Segundo Hugo Corales, diretor de ProChile, a qualidade da noz chilena que é reconhecida como a melhor noz do mundo, além de seus atributos como a cor clara, o frescor e a combinação, faz dela um produto altamente desejável comercialmente. Soma-se a isso o fato de que devido ao seu alto teor de fenóis, ácidos graxos e proteínas, seu consumo é muito benéfico para quem busca uma alimentação mais natural e saudável, o que faz muito sentido em um mercado como o brasileiro.

 

“A proximidade entre os dois países, que facilita o transporte por vias terrestres, é outra razão que contribui para esse resultado. Além disso, o Chile tem um clima mediterrâneo privilegiado, o que nos permite produzir contra a estação e nos tornarmos um dos maiores exportadores de castanhas do mundo”, afirma Corales.

 

Leia também: O La Niña irá continuar no Verão 2022/23?

 

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Calor extremo no Sul pode aumentar o estresse para as plantações

Um intenso corredor de umidade, que caracteriza a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), atua sobre o interior do Brasil e está sendo reforçado pela intensificação de uma área de baixa pressão atmosférica no Oceano, que vai provocar muita chuva no decorrer desta semana sobre áreas produtoras do Sudeste, Centro-Oeste e Matopiba.

 

 

Essas regiões já vêm enfrentando chuvas fortes e os altos volumes podem trazer muito transtornos para as lavouras. Até a próxima sexta-feira (23) estão previstos de 100mm a 130mm entre o interior do Sudeste, Goiás, leste de Mato Grosso, sul do Tocantins, leste e sul do Pará e sul da Bahia. Nestas áreas há previsão para invernada, que deve paralisar tratos culturais nas lavouras. Já entre a região Sul, interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul a previsão é para tempo firme na maior parte desta semana.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

O calor vai se intensificar e entre a região Sul e o Centro-Oeste, até a sexta-feira (23), são esperadas temperaturas próximas a 40°C especialmente no oeste Gaúcho e no oeste de Mato Grosso do Sul. No Rio Grande do Sul, o calor combinado a falta de chuva deve aumentar o estresse para as plantações.

 

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Safra dos Cafés do BR totaliza 50,92 mi/sc de 60kg em 2022

A produção total da safra dos Cafés do Brasil deste ano de 2022, período de bienalidade positiva, foi calculada em 50,92 milhões de sacas de 60kg de café beneficiado, volume que representa um acréscimo de 6,7% em relação à safra passada de 2021.

 

Entretanto, caso o citado volume físico da safra corrente seja comparado com a de 2020, que também, por ser um ano par, é considerado de bienalidade positiva, verifica-se que essa performance denota uma queda de 19,3%, o que corresponde a redução de aproximadamente 12 milhões de sacas. Tal decréscimo é atribuído a adversidades climáticas, como déficit hídrico e geadas, ocorridas em determinadas regiões produtoras do país.

 

Com base nestes dados e números, ora em destaque, da produção dos Cafés do Brasil em 2022, constata-se que a espécie de Coffee arabica atingiu um volume físico de 32,7 milhões de sacas, o que corresponde um crescimento de 4,1% em relação à safra anterior, e, além disso, representa aproximadamente 64% da produção total deste ano.

 

Foto: arquivo istock

 

Adicionalmente, a safra de Coffee canephora (robusta + conilon), cujo volume foi de 18,1 milhões de sacas de 60kg, corresponde 36% da safra nacional, e indica um crescimento de 11,7%, na comparação com safra anterior de 2021.

 

Outro dado relevante que merece ser destacado nesta análise, é que a área agrícola utilizada na produção do café brasileiro em 2022 totaliza em torno de 2,2 milhões de hectares, dos quais 1,8 milhão são empregados no cultivo da espécie C. arabica, o que constitui um crescimento de 1,8% na área em relação à safra anterior. E, em complemento, que o C. canephora utiliza-se de uma área de 425,7 mil hectares para as lavouras em produção, número que representa um crescimento de apenas 3,7% da área total de cultivo dessa espécie, na comparação com a safra passada.

 

A análise detalhada está no 4º Levantamento da Safra de Café 2022 disponibilizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e que estão disponíveis, na íntegra, no Observatório do Café.

 

Veja também: Safra de trigo em São Paulo supera as 500 mil toneladas