Categorias
Sem categoria

Clima e a quebra de safra de grãos da Argentina

Texto produzido por Luiza Cardoso

edição Angela Ruiz

 

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), mais uma vez, revisou para baixo a safra 2022/23 de grãos da Argentina. Na cultura da soja a estimativa de produção passou de 29 para 25 milhões de toneladas. No caso do milho, de 37,5 para 36 milhões de toneladas.

 

Máquina de colheitadeira, colheita no interior argentino, província de Buenos Aires, Argentina.

Foto: Getty Images – Máquina de colheitadeira, colheita no interior argentino, província de Buenos Aires, Argentina

 

O impacto do clima na produção agrícola da Argentina 

 

A falta de chuva somado às altas temperaturas, inclusive, algumas vezes acima da média para o período, e também eventuais geadas fora de época sobre as principais regiões produtoras da Argentina, prejudicaram o desenvolvimento vegetativo das plantas. Nos últimos 7 dias, o índice de campos de soja em condições ruins ou péssimas passou de 71% para 75%, 23% em situação regular, enquanto apenas 2% está classificada como boa ou excelente. Além disso, 71% das lavouras estão sob regulares ou baixas condições hídricas.

 

pasted image 0

gráfico elaborado bela Bolsa de Cereais de Buenos Aires

 

O Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria apontou na última segunda-feira (13) que as condições de água disponíveis no solo ainda permanecem baixas em boa parte do país. Nas províncias do norte, como Salta e Formosa, há mais umidade, os municípios detém entre 30 e 40% da água no solo, mas mesmo assim, é um baixo volume.

 

pasted image 0 (1)

mapa de água disponível no solo do INTA

 

Tendência do clima na Argentina: o que podemos esperar da previsão do tempo nos próximos dias?

 

Nos próximos dias, uma área de baixa pressão sobre o país vai ajudar a formação de nuvens carregadas, principalmente na região de Buenos Aires. 

 

pasted image 0 (2)

 Mapa 1 – pêntada de chuva 

 

Na próxima semana, entre os dias 22/03 e 26/03, a chuva se espalha pelo país. Os temporais devem acumular mais de 30 milímetros. Essa umidade pode refrescar os pastos e lavouras de grãos mas não vai ser suficiente para reverter o cenário que o país vive. Ainda mais por conta das altas temperaturas que estão por vir. 

 

pasted image 0 (3)

Mapa 2 – pêntada de chuva

 

pasted image 0 (4)

mapa 3 – pêntada de temperatura máxima 

 

Leia também: Como será o Outono 2023 no Brasil?

 

Radar Meteorológico para áreas agrícolas
 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

 

Categorias
Sem categoria

Como será o Outono 2023?

Texto produzido por Nadiara Pereira, meteorologista da Climatempo

No dia 20 de março, mais especificamente às 18h25, começa o outono no Hemisfério Sul. Esse momento é conhecido como Equinócio de Outono: evento astronômico que marca o momento quando o sol cruza o equador celeste e neste dia o período da noite e do dia tem praticamente a mesma duração.

outono_agricultura

Foto: reprodução Getty Images

Como a estação impacta a agricultura?

O outono tem impacto significativo na agricultura, especialmente nas regiões fortemente dependente das estações do ano e do clima e está associado principalmente a fase da colheita e ao final da temporada de crescimento das plantas.

Durante a estação as temperaturas começam a cair gradualmente, a chuva reduz de forma significativa sobre o interior do Brasil e muitas plantações e árvores começam a mudar de cor e perder suas folhas. Os dias também começam a ficar mais curtos, e a quantidade de luz solar diminui.

O outono impacta a disponibilidade da água para as culturas, já que as chuvas reduzem de forma acentuada no interior das regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e na faixa sul da região Norte do Brasil. Nestas áreas, quem cultiva neste momento pode ter que aumentar a irrigação das culturas para garantir que as plantas tenham umidade suficiente para o desenvolvimento. Por outro lado, com os maiores períodos de tempo aberto, as atividades de colheita se intensificam como a colheita do café, corte e moagem da cana-de-açúcar e a finalização da colheita da soja.

Temperatura no Outono e sua influência na produtividade

A redução das temperaturas diminui a produtividade de algumas culturas que dependem de temperaturas quentes para crescer, como tomates, pimentões e abóboras. No entanto, outras culturas, como alface, brócolis e couve-flor, podem se beneficiar do clima mais ameno.

climatologia

Climatologia da precipitação para o trimestre abril – maio e junho – FONTE: CPTEC

Outono de Neutralidade climática

Depois de um período prolongado, que se estendeu desde o segundo semestre de 2020, sob influência do fenômeno La Niña, chegamos ao outono de 2023 com uma condição de neutralidade climática no Oceano Pacífico Equatorial. O La Niña, que é caracterizado pelo resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial, chegou ao fim ainda na primeira quinzena deste mês de março e as áreas mais ao leste do Pacífico, próximas à costa da América do Sul, já estão mais aquecidas do que o normal.

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

A previsão consenso entre os institutos norte Americanos IRI (Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade da Columbia) e CPC-NOAA (Centro de Previsões e Clima da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), atualizada em março, indica que a neutralidade climática vai predominar durante o outono, mas o Oceano Pacífico deve continuar se aquecendo e a probabilidade para ocorrência de um El Niño aumenta a partir da metade do ano. Esse processo de transição deve ter impactos na distribuição de chuvas durante o outono aqui no Brasil.

O que esperar quanto à distribuição das chuvas no Outono de 2023?

Neste ano são esperadas chuvas entre a média ou acima da média em sobre grande parte do interior do Brasil para o outono. A estação deve começar mais úmida do que o normal, especialmente no final do mês de março e a primeira dezena de abril, entre o Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e áreas mais ao leste da região Norte.

No decorrer do mês de abril,  as chuvas devem reduzir em grande parte destas áreas, como é normal da época do ano, mas não deve cessar completamente. Neste ano não se espera um corte das chuvas mais cedo, como aconteceu em anos anteriores sobre influência do fenômeno La Niña.

“O excesso de umidade do início da estação pode impactar atividades no campo, principalmente a colheita da soja no MATOPIBA. Inclusive, a estação, como um todo, deve apresentar um desvio positivo de precipitação mais acentuado sobre a metade norte da região Nordeste, no norte do Pará e no Amapá”.

Entre o Sudeste e o Centro-Oeste, atividades como o início do corte e moagem da cana de açúcar e até mesmo início da colheita do café podem ser impactadas pelas chuvas frequentes do início da estação, mas a partir da segunda quinzena de abril, os períodos de tempo aberto serão maiores e devem favorecer essas atividades. As chuvas frequentes, que já vem impactando a instalação do milho segunda safra, ainda devem trazer mais impactos para o plantio da cultura, que deve ter redução de área plantada em alguns estados. Por outro lado, a chuva deve manter a umidade no solo elevada nas principais áreas produtoras e deve garantir uma boa produtividade no cultivo neste ano.

Áreas entre o Paraná, sul e meio oeste de São Paulo, leste de Mato Grosso do Sul e sul de Goiás devem ter chuvas acima da média durante o outono. Isso deve ocorrer, devido a maior frequência de frentes frias que devem atuar nessas regiões, principalmente no final da estação, em reflexo ao aquecimento do Oceano Pacífico. Em alguns momentos essa umidade acima da média deve impactar atividades no campo, como o corte e moagem da cana-de-açúcar.

Estação mais seca que o normal

No Rio Grande do sul, apesar da expectativa de alguns episódios de chuva mais significativos no decorrer da estação ainda se espera uma estação mais seca do que o normal. Com isso o estado ainda deve continuar em situação crítica, devido a estiagem e algumas áreas podem ter problemas para a instalação dos cultivos de inverno. Porém, a expectativa é que a chuva aumente gradualmente no decorrer da estação,  especialmente a partir de maio, o que deve garantir melhores condições de umidade nas lavouras entre o final do outono e o inverno.

Além do Rio Grande do Sul, áreas mais a oeste da região Norte podem ter a próxima estação mais seca do que o normal, como o extremo oeste de Rondônia, Acre e sudoeste do Amazonas, regiões que já costumam ser secas nesta época do ano e o Estado de Roraima, que costuma ter médias altas de precipitação neste próximo trimestre. Neste Estado, o desvio negativo de precipitação não indica ausência de chuvas, mas sim episódios mais rápidos e espaçados.

chuva_mapa

Anomalia da precipitação prevista para o outono de 2023 – FONTE: Climatempo

Como serão as temperaturas no Outono 2023?

Com exceção de algumas áreas entre o interior do Sudeste, Goiás e interior Nordestino, que devem registrar temperaturas um pouco mais amenas do que eu normal para época do ano, grande parte do Brasil deve ter um outono mais quente. Porém, apesar das áreas do Sul do país apresentarem tendência de anomalias positivas de temperaturas, neste ano há risco para o avanço de ondas de frio um pouco mais cedo e de forma mais intensa.

temperatura_mapa

Anomalia da temperatura prevista para o outono de 2023 – FONTE: Climatempo

A partir do mês de maio se esperam oscilações maiores das temperaturas sobre o centro-sul do país, inclusive com temperaturas bastante baixas, que podem trazer riscos de geadas para o interior da região Sul. Apesar deste aumento do frio previsto, (por enquanto não há indicativo de frio extremo para áreas produtoras de cana-de-açúcar e café), mas em algumas áreas produtoras de milho segunda safra, especialmente entre o sul e oeste do Paraná, não se descarta ocorrência de geadas entre a segunda quinzena de maio e o mês de junho.

Categorias
Sem categoria

Exportações de café têm receita recorde em 2022

Na última década (2011-2021), o Brasil ampliou o número de mercados acessados, saindo de 134 países em 2011 para 149 em 2021, de acordo com a SECEX. Os dez maiores compradores do Brasil representavam 76% do total da receita com exportação em 2011, passando para 70% em 2021, refletindo a maior diversificação de mercado. O superávit do setor foi de US$ 6,29 bilhões, em 2021, revelou o estudo Agronegócio do Café – Produção, Transformação e Oportunidades, lançado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

 

No acumulado de 2022, entre janeiro e dezembro, as exportações brasileiras de café registraram receita recorde de US$ 9,2 bilhões, crescimento de 47% em relação à igual período de 2021, segundo os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), usados no levantamento.

 

Foto: Getty Images

 

Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo

 

O Brasil é o maior produtor (37%) e exportador (29%) de café do mundo, considerando a média do período 2018/2019 a 2021/2022. Embora o país tenha boa participação no mercado dos EUA (17%), Alemanha (25%), Itália (26%), Japão (25%) e Bélgica (39%), há oportunidades para ampliar a participação nacional nesses e em outros parceiros comerciais, por meio de estratégias como importação de café verde de outras origens para a formação de blends, maior rede de negociações internacionais para reduzir a tarifação imposta ao café brasileiro industrializado e ações que mitiguem os custos na promoção & marketing nas mídias convencionais nos países importadores.

Confira Agronegócio do Café – Produção, Transformação e Oportunidades na íntegra.

 

Leia também: Produtor gaúcho inicia colheita da soja com atraso

 

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

 

 

Categorias
Sem categoria

Produtor gaúcho inicia colheita da soja com atraso

A colheita de soja aproximou-se de 1% da área de cultivo. Em comparação com o mesmo período do ano passado, há um atraso, já que na safra passada nesta época a colheita alcançava 10% (veja no quadro abaixo). As lavouras encontram-se em fase de enchimento de grãos (54%). Em maturação são 20% das lavouras, e em parte destas, os produtores realizam aplicações de herbicidas dessecantes para uniformizar a maturação.

 

Captura de tela 2023-03-17 115517

 

Já para a colheita, eles aguardam o período de carência de aproximadamente 10 dias para evitar resíduos nos grãos acima do limite tolerado. Outro objetivo da dessecação se refere ao controle de plantas daninhas estabelecidas após o aumento das chuvas registradas no final de fevereiro e que poderão causar problemas na operação de colheita.

 

Foto: Getty Images

 

Em relação ao aspecto fitossanitário, houve redução na intensidade das infestações de ácaros e tripes, mas é possível, em muitos cultivos, interromper as aplicações de inseticidas, considerando-se a também baixa incidência de percevejos e lagartas. A confirmação de ocorrência de ferrugem asiática em uma lavoura no município de Bagé
deixou os técnicos e os produtores em alerta, mas estão sendo aplicados fungicidas apenas nas melhores lavouras, concentradas em áreas de várzeas.

 

De acordo com a meteorologista Eliana Gatti, a colheita deve avançar em áreas do centro-sul do país. Veja como fica o clima nos próximos dias:

 

 

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Sem categoria

Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas

Hoje, dia 16 de março é comemorado o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, data que tem o intuito de alertar a população sobre os problemas que a Terra vem enfrentando em relação a diversas alterações do clima, além de também ampliar o real debate para a necessidade de ações que reduzam os impactos dessas mudanças no planeta.

 

Como devo me precaver das mudanças do clima?

 

Efeitos das mudanças do clima

 

Os efeitos causados pelas mudanças climáticas já afetam diariamente parte da população mundial. Em algumas regiões os efeitos causados pelos eventos climáticos extremos são degradação de terras e falta d’água.

 

Segundo Samanta Pineda, advogada especialista em Direito Socioambiental, que esteve presente na 27ª Conferência Mundial do Clima (COP 27) no ano passado, realizada em Sharm el-Sheikh, a população passou a emitir mais gases de efeito estufa (GEE) desde o século XVIII, esse não é um problema novo. 

 

Foto: Getty Images 

 

Brasil e as consequências dos extremos do clima 

 

Desde o ano passado, o Brasil sofre as consequências de eventos extremos do clima, como calor e umidade ultrapassando a tolerância humana, e caso não busquemos soluções para conter o aumento da temperatura abaixo de 1,5ºC, teremos impactos irreversíveis ao planeta.

 

“Precisamos de ações, como mudar significativamente a relação com as fontes de combustíveis fósseis, a fim de diminuir e neutralizar as emissões de gases liberadas na atmosfera” diz Samanta Pineda.

 

“É importante proteger e restaurar as florestas, fazer investimentos em tecnologias para melhorar a agricultura, ajudando comunidades a construir resiliência e aumentando a produção de energia limpa”, reforça Luiza de Araujo Furiatti, advogada e especialista em direito ambiental.

 

Alterações no Zoneamento Climático das principais culturas no Brasil

 

No Brasil, diversas atitudes estão sendo tomadas na tentativa de mitigar os gases poluentes. Segundo a especialista Samanta Pineda, um dos pontos para ajudar na diminuição das mudanças climáticas, é a realização da  transição energética adequada.

 

“O Brasil se afirmou como um País altamente produtivo em Sharm el-Sheihk. Várias indústrias mostraram efetivamente, que é possível a adoção de economia circular, sistemas produtivos menos emissores e mercado de carbono. A transição energética é real, é possível e está aqui”, finaliza Pineda.

 

Mudanças Climáticas, a transição energética como uma aliada!

 

Durante a Agrishow 2023, a Climatempo irá receber você produtor para uma experiência e vamos debater a questão do impacto da mudança climática na Agricultura. Então, espero você na feira!

 

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Sem categoria

Projeção indica colheita de 67 mil/t de maçã safra 2023

Uma das maiores empresas produtoras de maça, localizada em Vacaria (RS), nos Campos de Cima da Serra, pretende aumentar a colheita de maça em quase 30% em relação ao ano passado, com projeção de atingir 67 mil toneladas de maçãs na safra de 2023.

 

Apesar de condições climáticas adversas com a geada tardia em novembro de 2022 e a forte seca que atingiu o estado gaúcho nos primeiros meses de 2023, a expectativa da colheita são frutos com peso médio de 120 gramas para Gala e 140 gramas para Fuji, acima dos pesos do ano anterior.  

 

Foto: Divulgação RAR – RASIP projeta colheita de 67 mil toneladas de maçã

 

O CEO da RAR, Sergio Barbosa, explica que a exportação deste ano deve atingir a marca de 20% da produção.

 

“Em Vacaria é produzido mais de 80% de toda maçã em solo gaúcho e a RASIP foi a primeira empresa a exportar maçãs. Devemos vender cerca de 13 mil toneladas para o exterior, para Rússia, Bangladesh, Irlanda, Inglaterra, Colômbia, entre outros. Somos um dos principais players de exportação deste fruto no Brasil e estamos atentos em alternativas para capilarizar cada vez mais a oferta e venda de maçãs no mundo”, explicou. 

 

“Iremos aumentar todos os números em relação a 2022. Tivemos situações meteorológicas um pouco desfavoráveis, mas graças ao estudo e planejamento dos nossos profissionais vamos ter uma colheita de maçãs lisas e com uma boa coloração”, explicou o diretor de fruticultura da RASIP, Celso Zancan. 

 

Leia também: Podcast Agrotalk traz novidades sobre o de olho no material escolar: conteúdos didáticos sobre o Agro

 

Tendência do clima nos próximos dias

 

Na Região Sul a previsão é de pouca chuva. Do litoral norte a serra, abrangendo a região de Tramandaí, Porto Alegre, Bom Jesus e Passo Fundo, tempo estável com sol, temperaturas altas e sem chuva ao longo da sexta-feira. Nas demais áreas do estado, sol pela manhã e pancadas de chuva entre tarde e noite. Chances de temporais localizados na campanha gaúcha, local onde há maior influência da frente fria e de cavados meteorológicos.

 

No sábado (18/03), a chuva se espalha mais, desde o centro-sul do estado, a circulação marítima  mantém muitas nuvens e chuva em vários períodos do dia, com aberturas de sol. Nas demais áreas, bem como em Porto Alegre, sol pela manhã com previsão para pancadas de chuva entre tarde e noite.

 

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

 

 

Categorias
Sem categoria

Quais são os impactos de não monitorar ações ESG ?

Um estudo inédito sobre o impacto do monitoramento de ações ESG dos produtores rurais e como as instituições financeiras podem tomar decisões mais embasadas na hora de conceder crédito forma divulgadas recentemente  em um estudo inédito realizado pela Serasa Experian.

A partir de uma amostra de 163.600 produtores rurais, que contrataram ou tentaram contratar crédito e/ou no ano passado, foi constatado que 99% deles estão em conformidade com as ações ESG e atendem à legislação. Entretanto, 1% apresenta infrações gravíssimas e pode ser considerado detrator do agronegócio.

Para tal análise, foi utilizado o Serasa Score ESG Agro, plataforma que utiliza a inteligência artificial para cruzar dados em larga escala relacionados aos aspectos ESG e que classifica o indivíduo em menor ou maior risco ESG, em uma pontuação que vai de 0 a 1000. Os scores ESG Agro com baixo risco são os acima de 600, o de médio risco, entre 400 a 600, e os de alto risco, abaixo de 400. Os scores de baixo risco ESG podem conter, no máximo, alguns processos judiciários, os de risco intermediário, infrações ambientais, processos e dívidas. Já os de maior risco, embargos, infrações ambientais, processos e trabalho escravo.

Captura de tela 2023-03-15 170318

“Apesar de os 99% estarem em conformidade socioambiental, existe aquele 1% com o Serasa Score ESG Agro que apresenta problemas potencialmente graves. Esse 1% concentra 100% de infrações gravíssimas (trabalho escravo e embargos), 35% de todas as infrações ambientais e 14,5% de todos os processos”, explica o head de Agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.

Se todas essas infrações fossem autuadas, as instituições financeiras e seguradoras poderiam ter um prejuízo de até R$90 bilhões, pois as empresas concedentes podem ser consideradas responsáveis solidárias, sem contar o risco de reputação e de imagem, que são imensuráveis.

Entre esses indivíduos de alto risco ESG, a maioria é do sexo masculino e com idade média acima 60 anos.

Foto: Getty Images

Quando o assunto é crédito

Embora esse 1% represente alto risco ESG do ponto de vista de crédito, eles apresentam risco baixo e continuam movimentando o mercado de crédito. Ao analisar este recorte, a mediana do Agro Score por CPF é de 808, de baixo risco devinadimplência, e a mediana dos contratos é de R$62.309.

“Quando o assunto é ESG, não basta só olhar para o crédito. É importante avaliar os dois aspectos (Agro Score e Score ESG Agro) para apoiar tanto quem financia quanto quem compra do agronegócio. A tecnologia pode contribuir para dar mais transparência, segurança e vantagem competitiva ao produtor rural brasileiro, além de desvincular a sua imagem do desmatamento ilegal, gerando um benefício reputacional. Por exemplo, um importador europeu, pode utilizar a ferramenta para analisar toda sua cadeia de valor, até a origem do produto no campo”, afirma Pimenta.

Leia também: De olho no material escolar. Movimento está mudando a cara dos conteúdos didáticos sobre o Agro

Categorias
Sem categoria

De olho no material escolar: conteúdos didáticos sobre o Agro

Criada em junho de 2021, a Associação De Olho No Material Escolar nasceu de um movimento organizado pela sociedade civil, sem fins lucrativos, com o objetivo de revisar os conteúdos sobre o agronegócio nos livros didáticos, com dados científicos, públicos e atualizados.

 

A Associação De Olho No Material Escolar é um movimento que aborda o papel da educação para o conhecimento e valorização do agronegócio do país. O objetivo é ampliar o conhecimento e acesso, por parte de crianças e jovens, sobre a importância da agroindústria para o desenvolvimento econômico do Brasil. 

 

Convido você a conhecer o projeto que obteve um crescimento de 158% no número de associados e hoje está presente em 14 estados e 87 cidades. Saiba como fazer parte desta ação.

 

 

Onde ouvir o podcast AgroTalk

 

Todos os conteúdos do podcast AgroTalk também estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Podcasts Connect da Apple. Ao acessar as plataformas é só procurar por AgroTalk. Acompanhe aqui lista de todos os episódios do podcast AgroTalk.

 

Acesse a lista de matérias e vídeos do podcast AgroTalk. Se preferir veja também na playlist do Youtube  

 

Categorias
Sem categoria

Plantio do milho segunda safra atinge 61% no Paraná

O plantio da segunda safra de milho avançou para 61% do total estimado no Paraná, com 57% das lavouras já em descanso vegetativo e 43% ainda em germinação, de acordo com o boletim semanal do Departamento de Economia Rural (Deral).

 

Ainda de acordo com o órgão, 99% das lavouras como em boas condições e 1% das lavouras em médias. Até o dia 14/03, nas áreas da primeira safra, 43% do total já tinha sido colhido, enquanto 80% estão em maturação e 20% seguem em frutificação. Das lavouras ainda em campo, 83% estão classificadas como em boas condições, 16% em médias e 1% tive avaliação ruim. 

 

Foto: Deral

 

O milho 1ª safra segue em maturação nas regiões Norte e Centro-Oeste, com poucas áreas colhidas. Já o plantio do milho 2ª safra está atrasado, também devido ao atraso na colheita da soja.  

 

Na região noroeste, a colheita da safra de verão deve ser finalizada nos próximos dias, enquanto a semeadura da safrinha está lenta devido às condições climáticas das últimas semanas. 

 

Na região sul do estado, a colheita do milho segue com os trabalhos na reta final. Por outro lado, ainda restam áreas para serem plantadas na segunda safra e alguns municípios podem ter queda nas áreas destinadas a cultura. 

 

Nas regiões oeste e sudoeste paranaense, há uma expectativa para o aumento da umidade do solo para concluir a colheita do milho, enquanto a safrinha já está praticamente toda semeada.  

 

Veja como fica o clima nos próximos dias:

 

 

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Sem categoria

Chuva aumenta e pode paralisar colheita no Matopiba

Os próximos dias serão marcados pela intensificação das instabilidades sobre o centro e norte do Brasil. Os maiores volumes de precipitação devem ocorrer entre o Centro-Oeste e a fronteira agrícola do Matopiba.

 

Só para se ter uma ideia, no sudoeste da Bahia, a chuva não veio em fevereiro nas plantações de soja que estavam na fase de enchimento do grãos e as perdas foram de 10% em algumas propriedades. Com a previsão de chuva, os trabalhos de colheita nestas áreas, podem ficar paralisados o que gera mais prejuízo ao produtor rural.

 

Nas áreas produtoras de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso estão previstos volumes de água, que podem variar de 50 até 70 mm nas áreas mais atingidas, enquanto entre o Pará, Matopiba, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco estão previstos volumes que podem variar de 100 a 150 mm nos próximos 5 dias.

 

Nestas áreas a chuva persistente, com alto volume, pode provocar transtornos para algumas lavouras e deve paralisar momentaneamente atividades no campo, inclusive a instalação do milho segunda safra na área central do Brasil.

 

Foto: Getty Images

 

Por outro lado, o retorno gradual das chuvas para o interior da Bahia, ainda com moderada intensidade nesta semana, deve trazer um alívio para as áreas que estão apresentando déficit de umidade no solo. A chuva mais expressiva para esse estado está prevista a partir do próximo final de semana. 

 

Do dia 18 ao dia 22 de março, há previsão para volumes que podem passar de 100 mm. Se por um lado essa chuva recupera a umidade no solo para as lavouras em desenvolvimento, também pode trazer problemas para as atividades no campo.

 

Leia também: Produtividade do milho cai no Rio Grande do Sul 

 

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

 

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.