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Foco de praga quarentenária é detectado no Mato Grosso do Sul

Durante ações oficiais de vigilância, um foco da praga quarentenária presente Amsranthus palmeri (caruru palmeri ou caruru gigante) foi detectado em propriedade rural com cultivo de soja, no distrito de Porto Caiuá, município de Naviraí, no estado do Mato Grosso do Sul.

 

A confirmação foi obtida por meio de técnica molecular (sequenciamento genético), realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA-GO), em amostras coletadas pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Estado de Mato Grosso do Sul (Iagro).

 

A Amaranthus palmeri é uma planta daninha exótica de crescimento rápido e extremamente agressiva. A planta está no topo da lista do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de pragas com maior risco fitossanitário para o Brasil, com risco potencial de reduzir a produtividade de soja, milho e algodão em aproximadamente 80% a 90%, além da possibilidade de cruzamento com outras espécies do gênero, inclusive com transferência de genes de resistência aos herbicidas.

 

Foto: Getty Images

 

Medidas sanitárias 

 

No estado do Mato Grosso do Sul, o Iagro tem adotado as medidas fitossanitárias devidas para identificação da origem, via de introdução e a dispersão da praga, visando adoção de medidas fitossanitárias estratégicas de supressão e controle, bem como recolhimento de evidências objetivas para subsidiar o inquérito epidemiológico da praga, o qual possibilitará a identificação das formas de dispersão da planta invasora, promovendo medidas de erradicação dos focos existentes e ações preventivas para não ocorrência de novos casos.

 

Os produtores também devem adotar medidas fitossanitárias para o controle da praga, como monitoramento quinzenal nos cultivos agrícolas; restringir o trânsito de maquinários (caminhões, implementos e colhedora) de fora da propriedade rural.

 

Em talhões infestados promover a desinfestação do maquinário agrícola na propriedade rural, antes de utilização em outra área sem a ocorrência da praga.

 

Em caso de presença de plantas de caruru com resistência a herbicidas, ensacar a planta antes do arranque e promover a incineração do material vegetal.

 

O Mapa alerta que devido ao seu potencial de disseminação e de danos às culturas que atinge, é de fundamental importância a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga às autoridades fitossanitárias locais – Iagro ou SFA-MS – visando evitar sua dispersão e mitigar os impactos diretos e indiretos que a praga pode causar.

 

Leia também: Estiagem preocupa produtor de soja na Fronteira oeste gaúcha

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Atenção para a nova regra da Cédula de Produto Rural

A partir do dia 1º de janeiro de 2023, passará a vigorar a nova regra do Banco Central que obriga o registro de Cédulas de Produto Rural (CPR) a partir de R$50 mil. A medida está em linha com o movimento de digitalização e obrigatoriedade de registro de CPR, que, a partir de janeiro de 2024, se estenderá para todos os valores. 

 

Em 2020, a Lei nº 13.986/2020, conhecida como Lei do Agro permitiu o registro da Cédula de Produto Rural (CPR) em formato digital em um movimento conjunto com a publicação das Resoluções 4.870 (novembro de 2020) e 4.927 (junho de 2021) do Conselho Monetário Nacional (CMN).

 

Foto: Getty Images

 

 

“A nova medida do Banco Central é de extrema importância para o mercado de CPRs no Brasil. Ao reduzir o valor mínimo de registro para R$50 mil, as novas regras trazem mais segurança, transparência e ampliam as possibilidades por maior oferta de crédito para produtores rurais. Desse modo, os financiadores contam com uma garantia segura no lastro da CPR e quem está registrando pode ter acesso a melhores condições de financiamento no agro”, diz Fernando Fontes, CEO da CERC.

 

A CPR é um título de crédito que constitui um dos principais instrumentos de financiamento privado do agronegócio. Responsável por auxiliar produtores e cooperativas a comercializar a produção agropecuária brasileira, a solução representa uma promessa de entrega futura de um produto agropecuário, facilitando a produção e comercialização rural.

 

Para Fontes, as novas resoluções no âmbito regulatório são positivas para todos os players do mercado.

 

“Os avanços regulatórios favorecem a exploração de mercados de uma maneira que permite valorizar ativos e trazer novas formas de utilização. O trabalho da CERC é seguir abrindo espaço para que essas iniciativas possam se consolidar levando a segurança que o registro em uma infraestrutura de mercado financeiro pode oferecer”, diz o executivo.  

 

Ampliação de crédito no mercado

 

Fontes explica que a obrigatoriedade do registro de CPR aumenta a oferta de crédito no mercado e ajuda a solucionar um problema antigo no setor. 

 

“No agronegócio, a alta de juros é apontada como um dos principais itens de preocupação no setor junto às dificuldades para acesso ao crédito rural. Com o registro, o financiador tem melhor visibilidade se, por exemplo, o emissor da CPR tem condições de honrar com os débitos. Por sua vez, o Emissor da CPR passa ao mercado mais confiabilidade sobre o seu negócio e amplia as chances de obter acesso de créditos nas instituições financeiras”, finaliza o CEO da CERC.

 

Leia também: Estiagem preocupa produtor de soja na Fronteira oeste gaúcha

 

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Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.  

 

 

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Estiagem preocupa produtor de soja na Fronteira oeste gaúcha

A área projetada de soja para a safra 2022/2023 no Rio Grande do Sul é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha, de acordo com o último boletim da Emater/Ascar-RS. A média estadual é de 90% implantados.

 

Em relação às fases de desenvolvimento, 98% encontram-se na vegetativa e 2% em florescimento. O estado geral das lavouras também é condicionado pela suficiência ou insuficiência de precipitações. Onde o teor de umidade é mais próximo ao ideal, há bom estabelecimento inicial, observando-se apenas falhas pontuais no estande. Já em regiões onde a insuficiência de chuvas ocorre desde o final do mês de novembro, há problemas para o estabelecimento inicial, com necessidade de replantio, e sintomas acentuados de estresse hídrico, como murchamento e morte de plantas. 

 

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Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a umidade na camada superficial do solo, está bastante reduzida. Nesse cenário, a maioria dos produtores aguarda a ocorrência de chuvas para a conclusão do plantio. Em algumas lavouras, justificada por sua elevada extensão, o plantio está sendo realizado em solo seco, pois se o volume de chuvas esperado não for expressivo, a umidade ideal pode ser perdida antes de finalizar a operação. Contudo, pode haver perdas significativas no vigor e na germinação, caso o período seco seja prolongado. A área semeada alcança 88% da estimada.

 

Foto: Getty Images

 

De maneira geral, as lavouras estabelecidas na região da Campanha continuam com bom estado. Porém, as cultivares precoces já estão em fase inicial de floração e são necessárias precipitações para a fixação das flores e para o aumento do porte das plantas. Em parte da Fronteira Oeste, o quadro de estiagem é mais acentuado. Em Manoel Viana, já se observam perdas estimadas em 20%. Em Maçambará, houve morte de plântulas causada pelo tombamento fisiológico, ou cancro de calor, devido às altas temperaturas na superfície do solo, que acabam desidratando e consequentemente estrangulando o tecido tenro do hipocótilo.

 

Em Caxias do Sul, as lavouras apresentam boa germinação, estabelecimento e desenvolvimento inicial. Em Ijuí, a área semeada é de 92%. A cultura apresenta desenvolvimento mais lento, com baixo número de folhas, folhas pequenas, raízes pouco desenvolvidas e, nos horários mais quentes do dia, sintomas de estresse hídrico. Há presença de tripes nos trifólios em início de desenvolvimento. 

 

Em Pelotas, a semeadura da soja ficou paralisada entre 11 e 18/12, devido à falta de umidade nos solos. Foram semeados 92% da área de intenção de cultivo da região. Em Amaral Ferrador, Arroio do Padre, Tavares e Santa Vitória do Palmar, a operação já foi concluída. As lavouras estão com bom estande, porém o desenvolvimento vegetativo é lento pela falta de umidade nos solos. Em casos extremos, ocorrem mortes de plantas, causadas pelo calor e elevada radiação solar. Os produtores acionaram a cobertura de Seguro Agrícola. 

 

Em Porto Alegre, prosseguiu o plantio, alcançando 90% da área projetada. As lavouras estão em estádio de desenvolvimento vegetativo, e as chuvas têm sido suficientes para o bom estabelecimento da cultura. 

 

Em Santa Maria, a semeadura foi praticamente paralisada. Estima-se em 95% a área plantada. No Vale do Jaguari, há atraso, e o índice é inferior a 90% em São Francisco de Assis e em São Vicente do Sul. A irregularidade das chuvas causa preocupação, pois muitas lavouras já iniciaram o período reprodutivo, e outras necessitaram ou necessitam, ainda, serem replantadas. 

 

Em Santa Rosa, a semeadura avançou moderadamente no período somente em localidades onde o solo recuperou a umidade e alcançou 92%. Nessas áreas, a chuva também contribuiu para a retomada da germinação de sementes, que, por falta de umidade, não haviam emergido. Nas áreas que não ocorreram chuvas, verificam-se as primeiras perdas por falhas de germinação e morte de plântulas. As lavouras de maior porte ainda apresentam estado satisfatório, e os produtores realizaram controle fitossanitário às lagartas e ácaros, cujos ataques ocorrem preferencialmente em períodos secos. 

 

Em Soledade, embora com distribuição irregular de chuvas na região, a semeadura continua. De modo geral, as lavouras apresentam bom estabelecimento e desenvolvimento vegetativo normal. Muitos produtores realizam a aplicação de fungicidas preventivos nas primeiras lavouras implantadas.

 

Clique aqui para saber como fica a tendência do clima nas regiões produtoras de soja do Brasil

 

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Chuva beneficia desenvolvimento da soja no norte do RS

Nesta semana o tempo deve ficar bastante instável sobre o Brasil. A passagem de uma frente fria pelo Sul deve gerar chuva em algumas localidades dos três estados nos próximos dias, deixando novamente em alerta a faixa leste de Santa Catarina que na semana passada já recebeu volumes bastante expressivos.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

O avanço desse sistema, juntamente com outras instabilidades, ajuda a organizar a precipitação sobre o Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país. Ainda nesta segunda-feira são esperados volumes significativos que podem ocorrer em forma de temporais para áreas do centro-leste de Mato Grosso, centro-sul do Pará, Goiás, Tocantins e centro-sul do Maranhão. Entre o norte de São Paulo e sul e oeste de Minas Gerais também não se descarta a possibilidade de chuva moderada a forte que podem vir acompanhadas de raios e rajadas de vento.

 

Apesar de ser esperado redução na produtividade da soja em algumas áreas de Mato Grosso e Goiás devido aos episódios de veranico e a irregularidade das precipitações durante a primavera, a chuva prevista para essa semana beneficia as lavouras que estão em fase de desenvolvimento, mas em contrapartida deve paralisar as atividades em campo.

 

Assista ao vídeo abaixo: 

 

 

Na faixa oeste da região Sul e algumas áreas de Mato Grosso do Sul, a irregularidade da chuva preocupa os produtores da região, mas no decorrer desta terça e quarta-feira, uma nova frente fria irá avançar, gerando volumes de chuva que devem ajudar na manutenção da umidade do solo. Esse sistema que avança beneficia as lavouras do norte do Rio Grande do Sul, mas na região mais a sudoeste do estado, que já vem sendo bastante afetada pelos baixos volumes, a irregularidade da chuva ainda continua. A partir de meados da semana, com o avanço do sistema e a formação de um novo corredor de umidade, são esperados altos volumes de chuva numa faixa que se estende do Sudeste até o Norte, principalmente sobre São Paulo, centro-sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro e sobre áreas da região Centro-Oeste.

 

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Clima é favorável as atividades das abelhas no RS

As condições do tempo foram favoráveis para a atividade das abelhas no Rio Grande do Sul, com temperaturas altas e dias ensolarados, porém a falta de chuvas tem causado certa limitação na oferta de floradas. As colmeias com rainhas novas apresentaram boa postura, exigindo cuidados dos apicultores para evitar a falta de espaço nos ninhos. Segue a captura de novos enxames, assim como sua transferência para colmeias. A sanidade, no geral, foi satisfatória, mas houve alguns registros de mortalidade de abelhas, ainda sob análise dos órgãos competentes. 

 

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Dom Pedrito, o processo de enxameação, durante os primeiros meses da primavera, foi bastante fraco e está se intensificando nas últimas semanas, em paralelo com o aumento da produção de mel nas colmeias. Na regional de Caxias do Sul, as reservas de alimentos para as abelhas são consideradas razoáveis em mel e pólen, suficientes para a manutenção das abelhas. Não houve novos registros de mortalidades de abelhas na região.

 

Foto: Arquivo istock

 

Na regional de Ijuí, ocorre o início da colheita nas colmeias maiores e mais fortes, mas  a produção ainda não atinge os volumes esperados para este período do ano.
Na de Passo Fundo, apesar do avanço da primavera e da proximidade do verão, os
enxames ainda mantêm ritmo lento de atividades, com baixo nível de mel nas colmeias e de enxameações.

 

Em Pelotas, segue sendo realizada a colheita em diversos municípios. Em Arroio do Padre, a expectativa é de boa safra de primavera. Em Morro Redondo e Cerrito, a produção está bastante variada e, em Rio Grande, a colheita já está em fase de conclusão, levemente abaixo da média esperada. 

 

Em Porto Alegre, houve registro de mortalidade significativa de abelhas em Balneário Pinhal, ainda sem causa definida. Na regional de Santa Rosa, houve relato de poucas capturas de enxames. Foi dado início à colheita da nova safra. As vendas são consideradas boas, e o consumo supera a  demanda de produção. Na regional de Soledade, iniciou a colheita de mel, porém os enxames estão muito desuniformes; a expectativa é de baixa produção.

 

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Tendência do Clima
 

A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) que está atuando sobre a metade norte do Brasil e é responsável por volumes expressivos de água sobre áreas produtoras entre o Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, norte e o Nordeste, ainda vai provocar muita chuva até este final de semana sobre estas áreas.  Ainda há risco para transtornos, pode que estão previstos mais de 100m em diversas localidades.

 

No início da próxima semana a chuva começa a reduzir nestas áreas, porque a umidade tende a migrar para o centro-sul do Brasil, onde uma frente fria vai organizar as chuvas mais expressivas. Nos últimos dias do ano são esperados volumes de 70 a 100mm e há risco para tempestades, até mesmo com granizo, entre a região Sul, áreas produtoras de São Paulo e sul de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

 

Apesar do risco de tempestades, as chuvas serão benéficas para lavouras, especialmente do Rio Grande do Sul, que estão passando por estresse por falta de umidade. As chuvas mais expressivas, com volumes superiores a 50mm, devem atingir o norte do Estado. As áreas mais ao Sul e oeste ainda devem continuar com irregularidade e nestas áreas são esperados episódios isolados e com baixos acumulados. Em contrapartida, o tempo seco ganhará força entre o Espirito Santo, Bahia e norte de Minas Gerais na virada do ano.

 

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Verão 2023 e a influência no agro

 

TENDÊNCIA DE ENFRAQUECIMENTO DO LA NIÑA

 

O verão 2023 começou astronomicamente às 18h48 da última quarta-feira (21/12) e se estenderá até às 18h24 do dia 20 de março de 2023. A estação, importantíssima para a safra de diversas culturas produzidas no Brasil, inicia com a permanência do fenômeno La Niña. No entanto, segundo as últimas atualizações das condições oceânicas, há uma tendência de enfraquecimento do fenômeno, com transição para neutralidade entre o final do verão e o início do outono. Ou seja, será o terceiro período úmido seguido que o fenômeno continuará em vigência.

 

PRECIPITAÇÃO E TEMPERATURA

 

Entre janeiro e fevereiro, há uma tendência de mudança no padrão da chuva observada ao longo da primavera. Esperam-se condições mais úmidas sobre grande parte do Centro-Sul do país, região que apresentou bastante irregularidade na distribuição da chuva, principalmente em novembro. Em áreas do centro, sul e na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, essa condição de irregularidade persiste, o que traz uma grande preocupação para os produtores destas localidades, uma vez que a região também vem sendo bastante afetada pela falta de chuva e pelas altas temperaturas, consequentemente gerando impactos na safra das culturas de verão. Já no norte do Rio Grande do Sul a tendência é que janeiro tenha condições melhores em relação à precipitação, beneficiando a fase de enchimento de grãos e maturação das lavouras de soja da região.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

Na metade norte do país o padrão também muda. Em áreas do centro-norte de Minas Gerais, Espirito Santo, Bahia e também na região do Matopiba, os últimos meses foram marcados por episódios de chuva intensa e de forma frequente devido ao estabelecimento de corredores de umidade sobre áreas mais ao norte do país. Já nesta próxima estação, a tendência é de chuva abaixo da média na região, podendo se estender também para Goiás e para a faixa leste de Mato Grosso. Em algumas áreas do Centro-Oeste, como a chuva não apresentou uma boa regularidade durante a primavera, essa tendência de chuvas abaixo da média para o início do próximo ano pode prejudicar a fase de enchimento de grãos das lavouras mais tardias, e consequentemente impactar na produtividade. Por outro lado, em lavouras mais adiantadas, beneficia a fase de colheita dos grãos.

 

No Matopiba, apesar de no mês de janeiro serem esperados volumes abaixo da média, o solo encontra-se com bastante umidade devido aos episódios que ocorram de forma mais frequente em dezembro, então as lavouras não serão tão impactadas. No mês de março, novamente há uma tendência de mudança no padrão de distribuição da precipitação, sendo mais seco ao Sul do país e mais úmido na metade norte.

 

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Fonte: Climatempo

Quanto às temperaturas, o destaque fica principalmente para algumas áreas entre o Rio Grande do Sul, fronteira mais a oeste de Santa Catarina e Paraná e também no sul e oeste de Mato Grosso do Sul, que tem previsão de temperaturas acima da média. Em algumas áreas do Centro-Sul, considerando o calor que normalmente faz na região e a previsão de condições mais úmidas, a tendência é de um verão bastante abafado. Nas regiões mais ao norte do país, devido a condição de chuva mais frequente e a presença de nebulosidade, as temperaturas devem ficar um pouco abaixo do normal.  

 

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Foto: Climatempo

Texto produzido por Eliana Gatti, Meteorologista da Climatempo.

 

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Tecnologias de manejo ajudam a driblar o impacto do clima

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Na agricultura, o produtor faz todo o possível para que a cada safra, sua produção aumente, o solo permaneça produtivo e que melhore a rentabilidade, para no próximo ano, investir em mais qualidade produtiva. Porém, precisa tomar decisões e escolher as ferramentas mais eficientes para lidar diretamente com doenças, pragas e o impacto do clima.

 

 

Cenário climático x tecnologias

 

Estudos mostram que ao longo dos próximos anos, o planeta poderá enfrentar uma série de ondas de calor, secas, entre outras adversidades climáticas. O cenário é tão preocupante que pode levar a perdas produtivas na ordem de 90% da lavoura de milho safrinha e 80% na produção de soja, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).

 

É fundamental que o agricultor realize um planejamento antecipado. Por ser uma atividade extremamente influenciada pelo clima a agricultura precisa de defesas de manejo adequadas. Há mais de 50 anos, a Loveland, marca global da Nutrien Soluções Agrícolas, desenvolveu uma agrotecnologia capaz de oferecer recursos fundamentais para a defender o amor do agricultor pela sua lavoura, fortalecendo o cultivo para lidar diretamente com secas e veranicos. Para isso, a Loveland incorporou dois produtos em sua linha nutricional, como forma de preparar a defesa: Coach e PowerMicros.

 

Coach, o que é e como pode ser aplicado?

Coach é um regulador de crescimento vegetal com concentrações ideais de auxina e citocinina. O produto estimula respostas das plantas aos períodos de maior estresse no campo, como secas e veranicos. Com um sistema radicular forte e bem estruturado, as raízes têm acesso a mais água e nutrientes, promovendo maior desenvolvimento, produtividade e, consequentemente, rentabilidade na cultura de milho. 

 

Coach é aplicado no início da implantação da cultura e age estimulando o sistema radicular nas fases iniciais, quando se determina o desempenho produtivo. Em sua atuação no interior da planta, Coach favorece o número de ramos laterais (engalhamento), com promoção do desenvolvimento dos órgãos da parte aérea e atua com efeito safener (proteção da planta contra injúrias provocadas por herbicidas). A dosagem de aplicação é baixa com intervalo entre 0,15-0,25 L/ha para culturas como milho, soja, algodão, feijão, batata.

 

Foto: Getty Images 

 

Sucesso há mais de 15 anos nos Estados Unidos, Coach veio para o Brasil após anos de pesquisa em P&D e adequação para o clima da região. Resultados experimentais indicaram que Coach aumentou, em média,  2,49 sacas ha-1, em 75 áreas comerciais no Brasil (SP, MG e GO), em fase vegetativa (V2-V5).

 

“Além de produtividade, o produto reforça nosso compromisso com a sustentabilidade, sendo necessário menor dosagem de aplicação, em comparação ao concorrente, e a otimização do uso da água, fazendo com que se produza mais em um menor espaço”, explica o gerente de portfólio da Nutrien para a América Latina, Rafael Nogueira.

 

PowerMicros

 

Fonte nutricional contendo o extrato biológico de Eklonia maxima (alga) com os micronutrientes Cobalto (Co), Molibdênio (Mo) e Níquel (Ni), PowerMicros é um tratamento de sementes que melhora a interação entre as raízes da planta com bactérias do gênero Rhizobium, aumentando a eficiência da fixação biológica de nitrogênio (FBN). 

 

Assim como os micronutrientes têm a função de melhorar a eficiência da absorção de  nitrogênio, o extrato de algas possui importantes compostos que estimulam o desenvolvimento da planta. Nas fases iniciais do cultivo, é possível verificar o bom arranque inicial e a formação de um estande mais homogêneo, como o desenvolvimento de nódulos em quantidade e qualidade.

 

Em épocas adversas, PowerMicros faz com que a planta se equilibre em busca de nutrientes mais adequados ao seu desenvolvimento. A aplicação via semente é baixa com cerca de 150 ml/ha, formulação segura, com pH e índice salino adequado a misturas com inoculante. Os resultados experimentais conduzidos em São Paulo, Minas Gerais e Goiás indicaram que PowerMicros aumentou a produção em 3,3 sacas ha-1.

 

Com o Coach e PowerMicros, o agricultor tem em mãos o poder para conduzir os cultivos em direção a uma nutrição adequada. Essa defesa bem estruturada traz mais rentabilidade para o bolso do produtor.

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Caxias do Sul registra excelente qualidade do trigo

A área de cultivo do trigo no Rio Grande do Sul alcançou 1.458.026 hectares na safra 2022. A produtividade permanece estimada em 3.410 kg/ha, e a produção estadual em 4,97 milhões de toneladas. A colheita está encerrada. As últimas lavouras ceifadas situavam-se nas regiões Sul, Campanha e Campos de Cima da Serra.

 

Em Bagé, as lavouras implantadas tardiamente com cultivares de ciclo longo e algumas pequenas lavouras de trigo duplo propósito para multiplicação de sementes foram colhidas na Campanha, em Candiota, em Bagé e em Hulha Negra. Os produtores relatam que as lavouras apresentaram grande desuniformidade e atribuem parte do rendimento final a essa condição.

 

Foto: arquivo istock

 

A expectativa de forte quebra na produtividade, nas lavouras semeadas com mais de 30 dias de atraso em relação ao período indicado no zoneamento agrícola, não se confirmou. Foram alcançadas médias de 2.400 a 2.700 kg/ha com peso hectolitro (PH) acima de 80, resultados muito semelhantes aos obtidos nas lavouras semeadas no período indicado. Parte dos produtores firmou contratos com valor da saca entre R$ 100,00 e R$ 105,00, acima da cotação atual, assegurando, assim, a cobertura dos cultos e lucro para o cultivo.

 

Em Caxias do Sul, o rendimento médio da safra se aproxima dos 4.000 kg/ha, com
excelente qualidade de grãos. Na de Pelotas, foram colhidas as lavouras remanescentes em Turuçu e em Pedras Altas. A produtividade variou entre 2.600 e 3.000 kg/ha, e o PH entre 78 e 82. Os produtores não tradicionais no cultivo de trigo estão satisfeitos com os resultados. 

 

Canola

 

A colheita da canola foi concluída. A área de cultivo foi de 53.415 hectares. A produtividade estimada alcançou 1.790 kg/ha. A produção estadual foi avaliada em 95.618 toneladas. 

 

Cevada

 

A área de cultivo é de 37.500 hectares. A produtividade estimada é de 3.360 kg/ha, e
a produção estadual de 126 mil toneladas. A colheita foi estatisticamente encerrada, com a realização da operação em lavouras mais tardias na região Nordeste do Estado. A produtividade e a qualidade se mantiveram em padrões superiores, destinados à indústria de malte. 

 

Aveia branca grãos 

 

A área de cultivo é de 350.641 hectares. A produtividade obtida é de 2.590 kg/ha, e a produção é de 908.160 toneladas no Estado. 

 

Tendência do Clima

 

A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) que está atuando sobre a metade norte do Brasil e é responsável por volumes expressivos de água sobre áreas produtoras entre o Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, norte e o Nordeste, ainda vai provocar muita chuva até este final de semana sobre estas áreas.  Ainda há risco para transtornos, pode que estão previstos mais de 100m em diversas localidades.

 

No início da próxima semana a chuva começa a reduzir nestas áreas, porque a umidade tende a migrar para o centro-sul do Brasil, onde uma frente fria vai organizar as chuvas mais expressivas. Nos últimos dias do ano são esperados volumes de 70 a 100mm e há risco para tempestades, até mesmo com granizo, entre a região Sul, áreas produtoras de São Paulo e sul de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

 

Apesar do risco de tempestades, as chuvas serão benéficas para lavouras, especialmente do Rio Grande do Sul, que estão passando por estresse por falta de umidade. As chuvas mais expressivas, com volumes superiores a 50mm, devem atingir o norte do Estado. As áreas mais ao Sul e oeste ainda devem continuar com irregularidade e nestas áreas são esperados episódios isolados e com baixos acumulados. Em contrapartida, o tempo seco ganhará força entre o Espirito Santo, Bahia e norte de Minas Gerais na virada do ano.

 

Leia também:  Mudanças no clima atingiram a produção da castanha do pará

 

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ZCAS gera chuva intensa sobre o Centro-norte do país

Nesta semana, a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, está sendo responsável por gerar acumulados de chuva bastante expressivos em algumas áreas do Sudeste e Centro-Oeste.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

Na última terça-feira, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o município de Macaé e Campos dos Goytacazes no estado do Rio de Janeiro receberam volumes de 130 e 178 mm, respectivamente, e ontem, dia de início do verão, acumulados acima de 80mm foram registrados em alguns municípios de Minas Gerais, como Caparaó, Divinópolis, Belo Horizonte, Sete Lagoas e Ibirité.

Nos próximos dias ainda persiste a condição de chuva forte para as áreas da metade mais ao norte do país.

 

Assista ao vídeo abaixo:

 

 

Continua o alerta para temporais, sobretudo em áreas do Espírito Santo, Centro-norte de Minas Gerais e Goiás, Bahia, Tocantins e também em áreas de Mato grosso e Pará. Essa chuva também se espalha para o Matopiba e pelo interior nordestino, não descartando a possibilidade de chuva moderada a forte com raios e rajadas de vento na região. Nas áreas que vem recebendo volumes mais intensos de chuva, o solo fica encharcado e há risco para erosão nas lavouras. Em contrapartida, em algumas áreas do Pará que vinham recebendo volumes mal distribuídos, essa chuva que ocorre de forma mais abrangente ajuda na manutenção de umidade no solo.

Nesta última semana, episódios de chuva intensa também foram registrados na faixa litorânea de Santa Catarina devido à circulação marítima e instabilidades em níveis mais elevados da atmosfera, trazendo diversos transtornos para a região.

 

Nesta quinta-feira e nos próximos dias, ainda tem previsão de chuva para estas áreas, mas os episódios devem ser mais isolados e com volumes bem menores do que os registrados. Em grande parte do sul do país o tempo seco predomina pelo menos até a véspera de Natal, mas no início da semana que vem, o avanço de uma frente fria deve novamente ocasionar chuva sobre a região. Esse sistema se desloca rapidamente, e a partir de meados da semana deve gerar altos volumes de chuva numa faixa que se estende do Centro-Sul até o Norte do país, principalmente sobre algumas áreas de São Paulo, centro-sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e também em partes de Santa Catarina e Paraná.

 

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Operação segue normal no Porto de São Francisco do Sul

Um incêndio de grandes proporções causou a liberação de fumaça tóxica e interdição da BR-101, entre Penha e Navegantes, no litoral norte catarinense, na última terça-feira (20/12). 

 

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Foto: reprodução twitter concessionária Arteris  

 

De acordo com Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex uma interdição dessas pode provocar impactos significativos na movimentação de cargas do porto de São Francisco do Sul. Segundo o executivo, o porto é responsável em grande parte pelas exportações de soja, carnes, tabaco, madeira e derivados da indústria moveleira.

 

Os principais mercados de destino a partir do porto catarinense são Estados Unidos, além de distribuição para os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, nesta ordem. Entre os problemas que podem surgir tanto para a comunidade local quanto para a economia do Estado, Hofstatter destaca:

 

Prejuízos econômicos: o porto de São Francisco do Sul é um importante ponto de comércio e exportação para o Estado de Santa Catarina. Um incêndio pode causar a interdição do porto, o que afetaria significativamente a economia estadual, já que muitas empresas dependem do porto para enviar ou receber produtos.

 

Problemas de transporte: muitos caminhões e navios poderão ficar parados, o que pode gerar congestionamentos e atrasos no transporte de produtos.

 

Problemas ambientais: Liberação de poluentes na atmosfera, que podem afetar a qualidade do ar.

 

Foto: complexo portuário – divulgação SCPAR – Porto de São Francisco do Sul

 

De acordo com o departamento de comunicação do porto de São Francisco do Sul, nesta quinta-feira (22/12), a operação segue normalmente sem atrasos, com algumas paradas nas operações que já são previstas.   

 

Segundo dados fornecidos pela plataforma da Logcomex, o porto foi responsável pelo escoamento de mais de 650 milhões de dólares em produtos. Outro dado que merece destaque é que no ano mais de 11 bilhões de dólares foram despachados pelo porto com destino à Santa Catarina.

 

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