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Recorde de SP

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Falta de umidade provoca atraso no plantio da mandioca

Na fronteira oeste gaúcha, os olericultores de Barra do Quaraí e Uruguaiana estão com a implantação das áreas de produção de mandioca, batata-doce e abóbora cabotiá atrasadas devido à falta de umidade no solo e às altas temperaturas. 

De acordo com a Emater-Ascar/RS, em Ijuí, as olerícolas seguem em desenvolvimento lento, e continua o quadro de baixa disponibilidade de água para irrigação, comprometendo as operações de semeadura e transplantio de novas áreas. Em Tenente Portela, onde houve precipitação na semana entre 06 e 12/03, os produtores retomaram a semeadura das olerícolas. O cultivo em ambiente protegido apresenta desenvolvimento normal para a época do ano, beneficiado pelo clima mais ameno durante as noites. O tempo seco persistente é favorável ao ataque de tripes e ácaros, e os agricultores encontram dificuldade no controle dessas pragas. 

Foto: Getty Images

Em Pelotas, as hortaliças folhosas sentem os efeitos do clima quente e seco, reduzindo a produtividade e comprometendo o aspecto visual. Em Santa Rosa, é visível a melhora das condições de umidade relativa do ar e do solo, que possibilitaram o plantio de novas áreas, em especial de hortaliças folhosas. Houve também melhor desenvolvimento das plantas, indicando possibilidade de retorno gradual da
produção, que estava quase totalmente comprometida devido à estiagem e às altas
temperatura.

Em Santa Maria, alguns produtores já começam a colheita da mandioca. Esta safra foi bastante prejudicada, pois a estiagem provocou muitas falhas de germinação nos mandiocais.

 

Tendência do clima 

De acordo com a meteorologista Nadiara Pereira, a chuva se torna mais espaçada sobre o centro-sul do país, nos próximos dias. Veja o vídeo abaixo:

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

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Projeção indica safra recorde de soja em 8 estados do BR

A safra 22/23 foi a terceira consecutiva sob influência do La Niña, causando irregularidades climáticas em vários estados em diferentes momentos da temporada, sem falar na grave estiagem que mais uma vez prejudicou o Rio Grande do Sul. Ainda assim, o Brasil deverá colher uma safra de soja de 155 milhões de toneladas, segundo levantamento da Agroconsult, organizadora do Rally da Safra.

 

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É um crescimento de 20% sobre 21/22 e de aproximadamente 1,6 milhão de toneladas em relação aos números divulgados em janeiro no pré Rally. Desde o início de janeiro, os técnicos da expedição percorreram mais de 40 mil quilômetros, avaliando 1.050 lavouras em 12 estados. A área plantada é de 43,7 milhões de hectares.

 

A perspectiva é de recordes de produtividade em oito estados – Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, São Paulo e Rondônia.

 

“Esta é a safra com o maior número de estados alcançando recordes de produtividade, fruto dos investimentos dos produtores em biotecnologia, fertilidade de solo e manejo”, afirma o coordenador do Rally, André Debastiani.

 

Neste cenário, a produtividade média brasileira atinge 59,1 sacas/hectare, abaixo ainda do melhor resultado alcançado de 59,4 sacas por hectare na safra 20/21. Para Debastiani, o maior desafio dos produtores está sendo realizar a colheita dessa safra numa janela mais tardia e curta devido ao alongamento do ciclo das lavouras, que ocorreu em praticamente todas as regiões.

 

“Isso concentrou a colheita no período de excesso de chuvas”, esclarece.

 

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A partir de agora, a atenção está voltada ao escoamento da produção, num cenário de comercialização atrasada que deverá trazer dificuldades à infraestrutura de exportação. As regiões de excelente desempenho mais do que compensam o número negativo do Rio Grande do Sul.

 

“Se não fosse a quebra do Rio Grande do Sul, que tirou mais de 5 milhões de toneladas da produção brasileira, a safra de soja poderia alcançar 160 milhões de toneladas”, diz o coordenador.

 

Com estimativa de produtividade de 36,7 sacas por hectares, o Rio Grande do Sul registrou maior prejuízo nas áreas de soja precoce, especialmente nas regiões das Missões e na metade Sul do estado, castigadas pela seca. Voltou a chover nas últimas semanas e, se as condições continuarem assim, o enchimento de grãos das áreas mais tardias pode ser favorecido. Diante disso, o Rally terá uma nova equipe no estado para verificar as condições das lavouras entre 26 de março e 3 de abril.

 

“Nossos números de safra refletem o momento atual. Cerca de 65% da área plantada no país foi colhida, mas pode haver alteração em razão das condições climáticas no Rio Grande do Sul, onde a colheita não alcança 5% da área”, diz Debastiani.

 

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No Paraná, o clima seco no início da safra assustou muitos produtores que temiam a repetição do cenário da safra anterior. A seca, porém, ficou concentrada em uma pequena porção das lavouras precoces do Oeste do Estado. O clima favorável em fevereiro e março, inclusive com excesso de chuvas no terço final da colheita, deverá garantir uma produtividade de 63,1 sacas por hectare para o estado.

 

Soja no Centro-Oeste

 

Nos estados do Centro-Oeste, apesar da irregularidade climática observada durante todo o ciclo, com períodos de veranico no desenvolvimento e chuva em excesso na colheita, as produtividades são boas. O Mato Grosso do Sul, que também sofreu com a estiagem na safra passada, deverá atingir produtividade recorde com 62,6 sacas por hectares. Já no Mato Grosso, com a colheita praticamente encerrada, a produtividade deve chegar a 63,5 sacas por hectare.

 

“Os dados de campo do Mato Grosso revelaram recordes simultâneos de stand de plantas, número de grãos por planta e peso de grãos. Em Goiás, o tempo seco no início da temporada, em especial no sudoeste do estado, comprometeu a produtividade das lavouras de ciclo precoce, impedindo a repetição do ótimo resultado da safra passada. De qualquer forma, as lavouras mais tardias compensaram parte das quebras e o estado deve registrar uma produtividade de 64,3 sacas por hectare”, revela André Debastiani.

 

Na região do MAPITO-BA, onde os técnicos do Rally avaliaram as lavouras entre o final de fevereiro e início de março, as chuvas regulares e em bom volume no período de desenvolvimento apontam para produtividade recorde no Maranhão (61 sacas por hectare) e Piauí (62 sacas por hectare). Houve revisão negativa na Bahia, diante do período de poucas chuvas nas regiões Oeste e Sul no início de março, que tirou produtividade das lavouras mais tardias – mas a expectativa para o estado ainda é de um ótimo resultado, projetado em 67,4 sacas por hectare.

 

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Milho 1ª safra 

 

A Agroconsult revisou as projeções para a safra de milho. Para a 1ª safra, a produção é estimada em 28,3 milhões de toneladas para uma área de 5,3 milhões de hectares. No Rio Grande do sul, a seca impactou o desenvolvimento das lavouras em fases críticas. Já em Santa Catarina e Paraná, as chuvas e o tempo nublado alongaram o ciclo das lavouras, atrasando a colheita.

 

Milho 2ª safra

 

Para o milho 2ª safra, há dúvidas sobre a possível influência do El Niño no clima e a concentração do plantio fora da janela ideal. A Agroconsult estima a safra em 97,2 milhões de toneladas. Seis equipes técnicas do Rally percorrerão as lavouras de milho segunda safra em maio e junho. 

 

O levantamento de campo do Rally ocorre durante a fase de desenvolvimento das lavouras e colheita e os técnicos percorrem polos produtores em 12 estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins, que respondem por 95% da área de produção de soja e 72% da área de milho. Quatro equipes farão visitas técnicas aos produtores entre abril e maio.

 

Em sua 20ª edição, a expedição conta com mais de um milhão de quilômetros percorridos e 32 mil lavouras avaliadas nas 19 edições anteriores. 

 

Foto: Giovane Rocha – Rally da Safra 

  

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

 

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Plantio do milho segunda safra entra na reta final no BR

O plantio do milho segunda safra avança e entra na reta final. Cerca de 85,1% do milho segunda safra já foi semeado, de acordo com a Companhia nacional de Abastecimento (Conab).

 

Região Sul

 

No Paraná, a última semana foi de clima mais seco, permitindo bom avanço da área semeada. Ainda assim, observa-se atraso na semeadura em relação a janela ideal de plantio.

 

Região Centro-Oeste

 

Em Mato Grosso, falta apenas 1% da área prevista a ser plantada. As condições climáticas são favoráveis às lavouras, resultando em bom desenvolvimento. Em Goiás, a semeadura está praticamente finalizada. Mesmo com o encerramento da janela ideal, a semeadura persistiu, motivada pelo bom clima.

 

Região Sudeste

 

Em Minas Gerais, continuam as operações de plantio, chegando a 80% da área esperada. Observa-se atraso na semeadura em relação ao período ideal.

 

Região Nordeste

 

No Maranhão, a semeadura avança rapidamente, especialmente no sul do estado. No Piauí, as boas condições climáticas e os resultados satisfatórios na última safra tem motivado o aumento na área plantada. A semeadura se aproxima da conclusão e as lavouras apresentam boas condições.

 

Região Norte

 

No Tocantins, o plantio está concluído, mesmo com certo atraso em relação à janela ideal. As lavouras estão em desenvolvimento e apresentam boas condições. No Pará, a semeadura continua nas regiões oeste e sul, principalmente em sucessão à colheita da soja. As condições climáticas permanecem favoráveis.

 

Tendência do clima

 

No decorrer desta semana a distribuição da chuva não deve mudar muito. Até há previsão para passagem de uma frente fria pelo centro-sul do país no decorrer da semana, mas esse sistema passará muito rápido pelo Sul e pelo Sudeste, onde vai provocar apenas episódios esparsos de chuva sobre áreas produtoras do interior da Região Sul, São Paulo, sul e Triângulo Mineiro.

 

Nas áreas entre a metade norte de Minas Gerais, Espírito Santo e extremo sul da Bahia há expectativa para o predomínio do tempo seco, enquanto as chuvas vão continuar mais expressivas entre o Centro-Oeste, Norte e partes do Nordeste. Entre Mato Grosso, Pará, norte do Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará tem previsão para volumes que podem ultrapassar 100mm nos próximos dias e as temperaturas máximas devem ficar mais amenas, o que indica períodos mais prolongados de tempo fechado, que devem paralisar atividades no campo e inclusive a instalação do milho segunda safra em partes do Centro-Oeste.

 

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Chuva impacta preço da cenoura e da laranja

O mês de fevereiro foi marcado pelo movimento preponderante de preços mais baixos das hortaliças e algumas frutas na maioria das Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. Os dados são do 3º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 

A cenoura registrou percentuais de alta bastante significativos. A média ponderada das Ceasas ficou 44,22% superior à registrada em janeiro, mês em que a média havia subido 36,43% em relação a dezembro de 2022. A principal razão para isso foram as chuvas acima da média nas regiões produtoras do sudeste, o que ocasionou a pouca oferta desta cultura nas Centrais, que ocorreu desde janeiro em relação a dezembro, quando os preços sofreram reversão. A maior alta nas cotações foi no Distrito Federal, onde o aumento de 113,62% fez o produto custar em média R$ 4,11 o quilo. Os preços da cenoura também subiram destacadamente na Ceasa de Rio Branco/AC, que com o aumento de 89,60% passou a custar R$ 6,56/Kg, e na Ceasa de Curitiba/PR, com percentual de 65,33% e custo de R$ 2,59/Kg.

 

Foto: Getty Images

 

Laranja

 

A laranja passou por uma diminuição moderada na oferta, ocasionada pela redução na colheita no campo por causa das chuvas que causaram problemas logísticos, e aumento das cotações influenciado pela elevação da demanda no varejo por causa do calor, entre outros fatores. A demanda da indústria produtora de suco continuou alta. As exportações também subiram e a perspectiva anual para as vendas externas é positiva.

 

Maça

 

A maçã teve movimento diferente, uma vez que os preços caíram e a comercialização subiu na maioria das Ceasas, com a chegada da safra da maçã gala aos mercados, atrasada em um mês pela estiagem no Rio Grande do Sul. A colheita da safra da fuji se intensificará em fins de março e início de abril. A temporada de exportações começará efetivamente a partir deste mês, com o aumento do volume colhido. Por outro lado, as importações devem diminuir com a chegada da nova safra.

 

Frutas em alta

 

O mamão manteve a tendência  de alta, permanecendo em patamares elevados de preços. A oferta do papaya continuou baixa e as exportações diminuíram justamente por conta da menor disponibilidade interna do produto. Quanto à melancia, houve aumento no sul baiano, com a presença de frutas de qualidade. Os empresários do ramo nessas regiões tiveram boa rentabilidade. Já as exportações diminuíram devido ao menor volume potiguar produzido e à elevação dos preços do frete marítimo.

 

Ainda de acordo com o Boletim Prohort, o volume exportado de frutas, considerando janeiro e fevereiro de 2023, foi de 158,5 mil toneladas, sendo 9,4% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com valor auferido de mais de US$ 155,4 milhões, 5,7% mais elevado. Destaque para as reduções consideráveis na exportação de melões (-12,8%), bananas (-20,1%), mamões (-17,5%) e pêssegos (-55%), frente ao ano passado. As mangas tiveram aumento de 4,8% na quantidade exportada pelo Brasil: foram 16,8 mil toneladas nos dois primeiros meses deste ano. 

 

Tendência do clima

 

Nesta quarta (22/03), pancadas de chuva ocorrem em toda a Região Sul, por influência do corredor de umidade, frente fria na costa e um cavado. A chuva será forte nos três estados, com acumulados de chuva mais elevados sobre pontos do Rio Grande do Sul e do sudeste e leste de Santa Catarina.

 

Pancadas de chuva ainda sobre São Paulo, Rio de Janeiro, boa parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. No Centro-Oeste, ocorrem pancadas de chuva com intensidade forte e na forma de temporais. Os maiores volumes de chuva sobre o norte do Mato Grosso do Sul, sobre o Mato Grosso e no centro oeste de Goiás.

 

Mais um dia de temporais e chuva volumosa pela Região, como no Maranhão, Piauí, Ceará, oeste de Pernambuco e da Paraíba, no Rio Grande do Norte e também pelo oeste e norte da Bahia, além do aumento da chuva em todo o litoral baiano, de Sergipe e Alagoas.

 

Temporais e chuva volumosa ainda em Rondônia, Tocantins, Pará, sul do Acre e no sul e leste do Amazonas, com risco para transtornos. Já sobre boa parte de Roraima o tempo será firme.

 

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Impacto da interdição da BR-277 na safra do PR

Artigo de Paula Cristiane Oliveira Braz

 

A interdição da BR-277 causa efeitos colaterais no escoamento da safra, uma vez que essa rodovia é uma via importante de transporte de carga no Paraná, conectando outras regiões do estado e do país ao porto de Paranaguá. 

 

A safra pode ser transportada por outras vias, como a BR-376 e a BR-163, porém, essas estradas já estão sobrecarregadas e podem não ser suficientes para atender a demanda de transporte gerada pela interdição da BR-277, principal corredor de exportação do Estado. 

 

Além disso, a interdição frequente da rodovia pode causar atrasos na entrega da safra aos destinos, causando impacto direto nos custos financeiros para os produtores rurais e para a economia do estado. O impacto virá do aumento do consumo de combustível; por causa de rotas mais longas ou com mais tráfego; aumento no tempo da viagem, que pode gerar gastos extras com despesas de motoristas e manutenção de veículos, e custos com infraestrutura como por exemplo, a contratação de escoltas para veículos com cargas especiais ou o reforço em pontes e estradas para garantir a segurança e a eficiência do transporte. 

 

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Foto: Reprodução/PRF

 

O cenário é grave. É importante que haja um planejamento adequado por parte das autoridades responsáveis para minimizar os impactos do fechamento da BR-277. Isso pode envolver o uso de rotas alternativas, aumento da capacidade de outras rodovias e adoção de medidas para agilizar o transporte, como a priorização de caminhões transportados com produtos perecíveis. 

 

O governo paranaense está em constantes reuniões com o governo federal, ao longo dessa semana, para poder entrar em consenso sobre o novo modelo de pedágio que deverá ser adotado nesses trechos críticos. Porém, como ainda não houve efetividade nas negociações entre os governos, produtores rurais precisam ter em mente, outras alternativas para que esse escoamento de safra ocorra.  

 

O Paraná possui uma malha ferroviária bem desenvolvida, que conecta as principais regiões produtoras de grãos. A opção de transporte ferroviário pode ser vantajosa, pois além de ser uma opção mais econômica, também pode ser mais segura e rápida, principalmente se comparado com as rotas rodoviárias alternativas. É importante que os produtores rurais planejem sua logística e transporte de suas cargas com antecedência e busquem informações atualizadas sobre a capacidade e disponibilidade das ferrovias para que não haja comprometimento também com este modal.  

 

*Paula Cristiane Oliveira Braz é administradora, especialista em agronegócio e tutora dos cursos de pós-graduação na área de Agronegócios do Centro Universitário Internacional UNINTER.   

 

Leia também: Como será o Outono 2023?

 

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Artigo: É muito pesado este fardo

artigo produzido por Nelson Moreira 

 

O grande desafio do Brasil é prover o mundo de alimentos, biocombustíveis e fibras com sustentabilidade. Essa afirmação é de Carlos Cogo, sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agropecuária. Esta afirmação levantou um questionamento.

 

Será que não estão colocando um peso muito grande sobre os produtores brasileiros? Criando uma expectativa para além das possibilidades do país? Será que é tarefa do Brasil alimentar parte do mundo ou alimentar os seus primeiro?

 

Coloquei esta pergunta para colegas jornalistas e recebi estas respostas:

 

“É uma boa discussão, Nelson. Também questiono sempre a falácia da “autossuficiência”. Somos maiores produtores de soja, carnes, café, nem por isso os brasileiros tem acesso. Será que a Argentina está errada em sobretaxar as exportações? O produtor precisa de renda, mas os brasileiros precisam de alimento que possam pagar. Não estou preocupada em alimentar os chineses”, disse Joseani Antunes, jornalista da Embrapa Trigo.

 

“Na minha opinião, não podemos ser o maior produtor de alimentos do mundo e não ter, aqui no Brasil, comida barata e quase 50% da população vivendo com insegurança alimentar. Umas das soluções seria taxar os mega produtores, aqueles que produzem visando apenas o mercado externo e com esses valores subsidiar o alimento destinado a população interna”, comenta Leonardo Wink, editor da revista Destaque Rural.

 

“É o que eu venho dizendo e não maldizendo, o agro e a agricultura familiar precisam ser repensadas. Tem muita coisa errada e outros erros a caminho, que podem, no futuro próximo, desencadear num desequilíbrio para os dois setores e, consequentemente, na segurança alimentar do país e dos nossos fregueses”, opina Antônio Oliveira, jornalista da Centro Oeste Rural.

 

Sim, podemos repetir que temos grande extensão de área disponível para plantar, água, tecnologia e que já estamos atingindo níveis de produtividade bastante importantes, assim como a repetida frase: somos o celeiro do mundo.

 

Foto: Getty Images 

 

Posso estar imaginando coisas – mas qual é a intenção de colocar o Brasil nesta posição? 

 

A de que é responsabilidade do país ser o produtor de alimentos para toda a população mundial ou pelo menos parte dela? De que no cenário geopolítico ao nosso país só cabe esta posição e não a de quem pode produzir tecnologias necessárias para o mundo?

 

Claro, vender alimentos para outros países é bom, traz divisas, permite trocas por produtos que não temos, mas qual é o custo disto? Este é aquele momento no qual seria importante questionarmos como nação para onde queremos ir e o que queremos fazer com estas riquezas que temos?

 

Se vale a pena ser um país produtor e exportador ou se devemos exportar um tanto e retomar a produção para alimentar brasileiros que passam fome. Porque não adianta ter este título de grande produtor mundial de alimentos se grande parte dele vai para dar de comer a outros, enquanto os que moram aqui, nada têm.

 

O fato é que parece um fardo muito pesado para carregar, esta ideia de que o Brasil tem que alimentar o mundo. De qual Brasil estamos falando? De qual mundo? Precisamos conhecer melhor este Brasil para podermos definir prioridades e estratégias na produção de alimentos. Assim não criamos mais distorções das que já temos.

 

Leia também: Como será o Outono 2023 na agricultura?

 

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Feijão registra bom desenvolvimento em solo gaúcho

A área cultivada de feijão 1ª safra é de 31.449 hectares. A estimativa de produtividade é de 1.576 kg/ha, o que representa um decréscimo de 7,36% em relação à estimativa inicial. 

 

A região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, é responsável por 45% da área estadual. As lavouras estão localizadas nos Campos de Cima da Serra e não foram afetadas pela estiagem.

 

Nessa região, a produtividade esperada é de 2.220 kg/ha, e as lavouras estão predominantemente em fase de enchimento de grãos.

 

Foto: arquivo istock

 

Feijão 2ª safra

A área destinada ao cultivo de feijão 2ª safra é de 20.127 hectares. A estimativa de produtividade é de 1.376 kg/ha. A região administrativa da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, é a maior produtora em segundo cultivo, com cerca de 6 mil hectares. A produção está estimada em 8,2 mil toneladas. 

 

Em Ijuí, a área totaliza aproximadamente 3 mil hectares e se aproxima do final da operação de semeadura. Estão em desenvolvimento vegetativo 75% das lavouras; 20% estão em floração; e 5%, em granação. O desenvolvimento é considerado adequado, e há poucos sintomas de déficit hídrico. A produtividade esperada é de 1.678 kg/ha.

 

Tendência do clima

 

Outono começa nesta segunda-feira (20/03), sem La Niña e com redução das chuvas no Sul e Sudeste. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mantém a instabilidade no Norte e Nordeste do Brasil. Veja os detalhes no vídeo abaixo:

 

 

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Colheita do arroz atinge 19% no RS

A área cultivada com arroz no Rio Grande do Sul é estimada em 889.549 hectares. A produtividade estimada é de 7.744 kg/ha, representando uma redução de 5,86% na projeção inicial. A colheita está em fase inicial e alcança 19% da área. As lavouras em maturação totalizam 54%. A produtividade é variável, condicionada principalmente pela disponibilidade de irrigação ao longo do ciclo produtivo das lavouras.

 

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Na Campanha, a colheita iniciou em Aceguá e em Hulha Negra. Já no município de Bagé, parte dos produtores suspendeu a operação devido à elevada umidade dos grãos, ao risco de perda de qualidade e ao aumento de custos relacionados à secagem.
Em Pelotas, houve intensificação da colheita, que alcançou cerca de 10% da área cultivada. As lavouras em maturação e/ou maduras e prontas para colher e representam 47%; em enchimento de grãos são 37%; e em floração, 6%. A produtividade inicial das lavouras colhidas varia entre 8.500 e 9.000 kg/ha. A expectativa dos produtores é de que esse índice melhore à medida que avança a colheita, atingindo entre 9.000 e 9.500 kg/ha.

 

Em Porto Alegre, houve avanço significativo na colheita, alcançando 20% da área cultivada. Em Morrinhos do Sul, no litoral norte, houve a ocorrência de chuvas em grandes volumes, que causaram inundações e acamamento de lavouras em maturação, provocando perdas estimadas em 12% na produção municipal. Além da redução na quantidade, houve perda na qualidade dos grãos colhidos e a decorrente depreciação comercial.

 

Foto: Arquivo istock 

 

Em Santa Maria, o tempo seco, durante o período, favoreceu a colheita e aproximadamente 20% da área foi colhida. Cerca de 70% das lavouras se encontram entre as fases de enchimento de grão e de maturação. A situação de disponibilidade de água para a irrigação melhorou em função da diminuição da demanda e de um acúmulo em mananciais.

 

Em Soledade, a colheita prosseguiu em ritmo normal, chegando a 10% da área cultivada, sendo favorecida pelas condições climáticas de tempo firme durante a semana. Os grãos colhidos apresentam ótima qualidade. As lavouras em florescimento representam 10% dos cultivos; em enchimento de grãos, 50%; e em maturação, 30%.

 

Tendência do Clima

 

No decorrer desta semana a distribuição da chuva não deve mudar muito. Até há previsão para passagem de uma frente fria pelo centro-sul do país no decorrer da semana, mas esse sistema passará muito rápido pelo Sul e pelo Sudeste, onde vai provocar apenas episódios esparsos de chuva sobre áreas produtoras do interior da Região Sul, São Paulo, sul e triângulo mineiro.

 

Nas áreas entre a metade norte de Minas Gerais, Espírito Santo e extremo sul da Bahia há expectativa para o predomínio do tempo seco, enquanto as chuvas vão continuar mais expressivas entre o Centro-Oeste, Norte e partes do Nordeste.

 

Entre Mato Grosso, Pará, norte do Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará tem previsão para volumes que podem ultrapassar 100mm nos próximos dias e as temperaturas máximas devem ficar mais amenas, o que indica períodos mais prolongados de tempo fechado, que devem paralisar atividades no campo e inclusive a instalação do milho segunda safra em partes do Centro-Oeste.

 

Leita também: Como será o Outono 2023 para a Agricultura?

 

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