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Risco de geada persiste nas áreas de trigo do RS e PR

No Rio Grande do Sul, a fase predominante das lavouras de trigo é o desenvolvimento vegetativo, com 98%, enquanto 2% estão em florescimento. As condições ambientais permitiram a conclusão do plantio dentro do prazo indicado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). A sanidade das lavouras permanece satisfatória. A maior parte está livre de doenças foliares, com exceção de algumas áreas mais úmidas, semeadas no início do período, ou onde o aumento da área foliar e a presença recente de umidade favoreceram a infestação. Em relação às plantas invasoras, os produtores estão realizando o controle conforme necessário, especialmente em azevém. A área cultivada de trigo, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista de 3.100 kg/ha.

Foto: Aline Contterato – Casca – RS

No Paraná, a colheita do trigo chegou a 1% dos 1,16 milhão de hectares plantados, mas por enquanto a produtividade não tem correspondido às expectativas e nessas primeiras áreas dificilmente os custos serão cobertos. O trabalho se concentra basicamente no norte do Estado, que foi bastante impactado pela seca entre final de maio e início de junho.

A estiagem prolongada, com alguns municípios ficando 40 dias sem chuva, é responsável por 14% das lavouras estarem classificadas como em situação ruim. Desse volume, 70% estão no norte. Outros 21% de lavouras têm condição média e 65% já podem ser consideradas boas.

Geada

O produtor de trigo está preocupado com as recentes geadas observadas em algumas localidades paranaenses. A foto abaixo é do campo de pastagem da propriedade de Débora Cristina, produtora rural de Luiziânia (PR), que registrou pelo terceiro dia consecutivo a formação de geada.

Tendência do Clima

Na terça-feira (13/08), o tempo segue firme em todo o Rio Grande do Sul e Paraná. O sol deve predominar entre pouca ou até mesmo nenhuma nebulosidade. Circulação de ar frio contribui para que as temperaturas permaneçam significativamente baixas. Atenção para condição de geada.

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Índice de Poder de Compra de Fertilizantes fecha em 1.11% em julho

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de julho de 2024 alcançou o valor de 1.11%, resultado que reflete a queda no preço das commodities e o aumento em alguns fertilizantes. Apesar dos atrasos nas compras dos fertilizantes, as perspectivas seguem positivas para a segunda safra de milho e algodão, com a expectativa de recuperação nos próximos meses para evitar acúmulos logísticos no final do ano.

Os preços das commodities reduziram -4,6% no milho e -2,15% na soja em relação a junho. Já o preço dos fertilizantes subiu cerca de 3% no período, com destaque para o aumento de 6% no superfosfato simples (SSP), 5% no fosfato monoamônico (MAP) e 1% na ureia. O cloreto de potássio (KCl) permaneceu estável.

A safra americana segue com boas perspectivas e os números mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) corroboraram esta estimativa. No Brasil e na América do Sul os indicadores também seguem bons, com ajustes de produção e produtividade principalmente na segunda safra brasileira. Todo este cenário pressiona os preços da soja e do milho.

Em julho, o mercado interno registrou alguns picos positivos motivados pelo aumento do dólar, o que permitiu que algumas negociações em real (R$) fossem mais vantajosas. O dólar variou cerca de 2% no período, em um cenário de maior incerteza global pressionado pela inflação brasileira e pela tensão no cenário das eleições norte-americanas e do contexto geopolítico.

Foto: Getty Images

O mercado segue atento ao desenvolvimento da safra nos Estados Unidos, às negociações e intenções de plantio para a próxima safra brasileira, além da colheita da segunda safra, que se aproxima do final e proporcionou números surpreendentes em algumas regiões. Como de costume, importante se atentar também às perspectivas climáticas para o início de setembro: Início de plantio safra 24/25 pode ter interferência do La Niña

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Distribuidor tem papel fundamental para escalar tecnologias e fomentar sustentabilidade no agro

Não existe sustentabilidade sem tecnologia e o distribuidor tem papel fundamental para levar tecnologias ao produtor rural, especialmente, àquelas que resultam em menor impacto ambiental e redução das emissões de gases de efeito estufa. Esse tema esteve em debate no painel ESG e Sustentabilidade Aliadas à Inovação e às Tecnologias no Agronegócio do 13º Congresso da Andav, realizado pela Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), e organizado pela Zest Eventos, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

“É necessário investir em governança e compartilhar com seus clientes as informações de forma transparente e ágil. Isso colabora com a eficiência dos serviços. O produtor está pronto para absorver novas funcionalidades e processos para o crescimento da agricultura sustentável”, explicou CEO da Fiagril, Henrique Mazzardo.

O chefe da geral da Embrapa Agrossilvipastoril, Laurimar Vendrusculo, comentou que aplicar o ILPF (Intergração Lavoura, Pecuária e Floresta) traz mais resiliência diante dos efeitos das mudanças climáticas. “A tecnologia demanda uma mudança na forma de pensar a produção. Os distribuidores podem fornecer insumos agregando valor aos sistemas desenvolvidos”, disse.

Para a chefe Geral da Embrapa Meio Ambiente, Paula Packer, é momento de sair da bolha e tropicalizar a sustentabilidade brasileira, mostrando sua verdadeira vocação como um país produtor. “Precisamos aprender a comunicar nossos indicadores. Há tecnologia para mitigar e adaptar”, reiterou. A moderadora do painel, a advogada especialista em Direito Ambiental, Samantha Pineda, enfatizou a necessidade de o Brasil agir e mostrar como se faz agricultura sustentável. 

Foto: FD Fotografia – ANDAV Divulgação

Andav assina acordos de cooperação com a Secretaria da Agricultura de Minas Gerais e com a Aenda 

A Andav assinou dois importantes acordos de cooperação para contribuir com o desenvolvimento técnico do agro brasileiro, durante o 13º Congresso Andav. O acordo de cooperação mútuo com a Secretaria de Agricultura do Estado de Minas Gerais tem o objetivo de desenvolver ações nas áreas de armazenamento, comércio e transporte de insumos agropecuários, além de boas práticas agrícolas.

De acordo com Paulo Tiburcio, presidente executivo da Andav, esse é o oitavo acordo de cooperação assinado pela entidade. “Minas Gerais é fundamental para o agro e para o Brasil e esse acordo reforça nosso compromisso com o desenvolvimento de nosso setor”, afirmou. Para José Hara, presidente do Conselho Diretor da Andav, a associação tem trabalhado para uma agricultura ainda mais dinâmica e sustentável.

Caio Coimbra, subsecretário de Política e Economia Agropecuária do Estado de Minas Gerais, destacou que o acordo de cooperação é fundamental para a secretaria e para o estado, agregando conhecimento técnico e contribuindo no desenvolvimento da agricultura mineira.

O segundo acordo de cooperação foi assinado com a Associação Nacional das Empresas de Produtos Fitossanitárias (Aenda), com o objetivo de executar projetos na área de capacitação e realizar ações regulatórios no setor industrial e na área de distribuição de insumos, além de troca de informações entre as duas entidades.

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Início de plantio safra 24/25 pode ter interferência do La Niña

Agosto está sendo marcado pela fase chamada ENSO-neutral, o que significa que nem El Niño (aquecimento das águas) nem La Niña estão ativos. As temperaturas da superfície do mar no Pacífico estão próximas da média, mas os cientistas observam um resfriamento abaixo da superfície que pode sinalizar o início de La Niña nos próximos meses.

Chance de La Niña para o início do plantio da safra 24/25

Em uma nova atualização, o Centro de Previsão Climática dos EUA (CPC/NCEP) destacou que um novo episódio de La Niña pode começar a se desenvolver entre setembro e novembro de 2024, com uma chance de 74% de continuar durante o inverno do Hemisfério Norte (novembro de 2024 a janeiro de 2025). No Brasil, podemos observar mudanças climáticas a partir do final do ano.

Figura Probabilidades oficiais do ENSO para o índice de temperatura da superfície do mar Niño 3.4 (5°N-5°S, 120°W-170°W). Figura atualizada em 8 de agosto de 2024. Fonte: NCEP

Inicialmente previsto para começar durante o inverno, o fenômeno está atrasado em relação às projeções e deve ter início na primavera. Além disso, o CPC/NCEP prevê que La Niña será de fraca intensidade.

Efeitos do La Niña

Se La Niña se confirmar, as estimativas são de que as regiões Norte e Nordeste do Brasil recebam mais chuvas do que o normal. O Sul do Brasil pode enfrentar uma redução nas chuvas. “É importante destacar que uma característica comum de La Niña, que é o atraso nas chuvas da primavera, pode não se manifestar desta vez devido à fraca intensidade do fenômeno. A atmosfera pode demorar a ajustar-se às mudanças, e, se La Niña começar conforme previsto, seus efeitos só devem ser sentidos no final da primavera ou início do verão, uma época já chuvosa em várias regiões do Brasil. Portanto, os impactos podem ser menos significativos do que o esperado”, analisa o meteorologista Guilherme Borges da Climatempo.

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Foto: Getty Images
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Colheita de algodão na Bahia alcança 62% da área cultivada

A colheita de algodão na Bahia já ultrapassou a metade da área plantada, atingindo 62% do total, ou, 214 mil hectares. Desde o dia 16 de maio, quando foi iniciada no Oeste do estado, 210 mil hectares de algodão foram colhidos na região que cultiva um total de 339.721 hectares, dos quais 242.489 hectares são de sequeiro e 97.231 hectares irrigados. Juntamente com os 5.710 hectares do Sudoeste, – já com 4.115 hectares colhidos -, a área total de cultivo alcança 345.431 hectares, consolidando a Bahia como o segundo maior produtor de algodão do Brasil.

Foto: Abapa

Nesta safra 2023/2024, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) registrou no Oeste, um aumento de 10,7% na área plantada em comparação com a safra anterior, que foi de 312,5 mil hectares. Naquela safra, a produtividade média do algodão em caroço foi de 330,8 arrobas por hectare, resultando em uma produção total de 635,8 mil toneladas de algodão em pluma. “A expectativa é que a produtividade se mantenha a mesma do ano passado, com uma média de 312 arrobas por hectare. Estamos com a colheita conforme o cronograma previsto e sem intercorrências. Acreditamos que teremos uma safra reforçada pela qualidade do nosso algodão e pela sustentabilidade resultante das boas práticas empregadas pelos agricultores”, destaca o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

A colheita está prevista para continuar até o dia 19 de setembro. De 20 de setembro a 20 de novembro, ocorrerá o Vazio Sanitário do Algodão, conforme determinado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), antecedendo o início da nova semeadura. O cumprimento desta medida é essencial para evitar a ocorrência e proliferação de pragas e doenças nas lavouras.

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Distribuidor de insumo busca crescimento com sustentabilidade

O mercado de distribuição de insumos no Brasil passa por diversos desafios. Marcelo Prado, presidente da MPrado Consultoria, avaliou, durante o 13º Congresso Andav, que a questão está na estratégia da compra do insumo. “Se o distribuidor consegue prever o melhor momento para ofertar a solução ao produtor rural, a margem poderá ser mais efetiva”, disse.

Prado ponderou que agilidade e o tamanho de estoque para o ano agrícola devem estar no planejamento do distribuidor e a tecnologia com suas mais diversas soluções auxiliam no gerenciamento de estoque e estratégia de venda.

Durante o painel Distribuidor 360º: Cenários e Desafios Atuais da Distribuição de Insumos no Brasil, Roberto Motta, CEO da Agro Amazônia, disse que no momento atual do país é necessário reduzir o custo e analisar o crédito com critério.

Aberto Yoshida, gerente de Relações Inst. e Novos Negócios da Adubos Real, considerou que o desafio neste cenário da distribuição de insumos no país é crescer de forma sustentável. Para isso, precisa ser rentável, eficiente e gerir um custo operacional menor para ter melhores resultados. Yoshida acrescentou que outro desafio é cuidar e preparar os colaboradores que irão atuar na linha de frente junto ao cliente.

Em concordância com a avaliação de Yoshida, Carlos Furusato, diretor/proprietário da AgroPodas, complementou que o consumidor busca praticidade e novas formas de consumo e que investir em modelos de automação e inteligência artificial vão poder definir melhorias futuras.

Veja também: O desafio do Brasil em alimentar o mundo

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Brasil tem potencial de crescimento com irrigação

Durante o 13º Congresso da Andav, especialistas debateram sobre o cenário global e brasileiro do Agronegócio para o ano safra 24/25. Sobre a correlação dos estoques/demanda a nível global, hoje, são 116 dias de reserva de soja no mundo, o que resulta em um cenário de preços baixos. Porém, os prêmios nos portos sobre preços futuros estão positivos. “O ano vai terminar com a soja em alta, mas o ciclo poderá ser quebrado dependendo das eleições dos EUA”, avaliou Carlos Cogo, sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio.

O especialista de mercado ainda falou sobre a expectativa de safra para o milho no Brasil de 130 milhões de toneladas. “Há um potencial enorme para o milho com o etanol”, pontuou.

Foto créditos: Lilian Munhoz

Irrigação e armazenagem

A irrigação e a armazenagem são pontos importantes para a agroeconomia no Brasil. Cogo estimou que a irrigação tem o potencial de alcançar 47,7 milhões de hectares, contra os atuais 8,2 milhões de hectares, enquanto a armazenagem pode crescer, devido ao déficit de 121,7 milhões de toneladas.

MT planeja aumentar exponencialmente sua produção agrícola com irrigação

Foto: Getty Images

Demanda por mais grãos no mundo

Cogo ainda disse que a classe média global vem se ampliando e que a demanda por mais proteína, como por exemplo a carne de frango irá passar a carne suína em breve. “Isso significa que a demanda por grãos deve aumentar substancialmente”, relatou.

O destaque será a soja, que ocupará na próxima safra 81 milhões de hectares. A área plantada com a commoditie está crescendo 2,2%, mas só utiliza 1,7% do total do território. “O fato é que o agronegócio está crescendo 3% ao ano devido à produtividade”, explicou.

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Estresse hídrico provoca perda no milho segunda safra em MS

A área destinada ao milho na 2ª safra de 2023/2024 tem expectativa de ser 5,8% menor em relação ao ciclo anterior (2022/2023), totalizando 2,218 milhões de hectares. A produtividade estimada foi revisada para 69,77 sc/ha, indicando uma retração de 30,7% frente à safra passada. A produção prevista é de 9,285 milhões de toneladas, correspondendo a um decréscimo de 34,7% em comparação com o ciclo anterior.  Os dados são do projeto SIGA-MS, da Aprosoja/MS.

A instituição enfatiza que os dados são preliminares, pois a amostragem das áreas continua, com conclusão agendada para 13 de setembro.

Falta de chuva provoca perdas

O estresse hídrico foi a principal causa da perda de potencial produtivo na segunda safra de milho de 2023/2024. Esta condição adversa impactou uma área total de 768 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. Os períodos de seca ocorreram inicialmente entre março e abril, com duração de 10 a 30 dias de estresse hídrico. Mais recentemente, entre abril e julho, o estado enfrentou um total de 90 dias sem chuva. A região norte do estado já está há mais de 100 dias sem precipitação. Além das baixas produtividades registradas no campo, foram observados perdas totais da produção.

Até o último dia 02 de Agosto, a maioria das lavouras da regiões centro, oeste e norte apresentavam boas condições. No entanto, o risco da estiagem aumenta a apreensão para queda de potencial produtivo.

Na região sul do estado de Mato Grosso do Sul, a fase do milho segunda safra é de R6. A maioria das lavouras apresentam condições regulares de desenvolvimento. Na região de fronteira, sudeste e sudoeste do estado, as condições da maioria das lavouras visitadas é ruim.

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Agroeconomia é tema do Congresso da Andav

O 13º Congresso da Andav que reúne os distribuidores agrícolas e veterinários começou na cidade de São Paulo com uma expectativa de público de 13.500 pessoas para os três dias de evento.

São 250 expositores, 187 stands, sendo 60 marcas novas espalhadas em 24 mil metros de área, um crescimento de 20% se comparado ao ano anterior, informa Vivian Lima, CEO da Zest Eventos.

O tema central do Congresso nesta ano Agroeconomia Brasileira em Primeiro Lugar: Como assegurar o nosso propósito de alimentar o mundo, reforça a liderança do agro brasileiro em produção, com sustentabilidade, e sua importância na vida das pessoas. “Nosso setor busca compartilhar perspectivas e visões, encontrando soluções inteligentes e ideias inovadoras, para aproveitar as oportunidades para uma economia resiliente e fortalecida”, avalia Paulo Tiburcio, presidente executivo da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários (Andav).

O executivo acrescenta que nos últimos quatro anos, o setor tem vivenciado cenários desafiadores, mas ao mesmo tempo tem visto um vasto campo de oportunidades e soluções. “Os distribuidores têm em sua essência essa capacidade de transformar desafios em oportunidades, por isso, a Andav mais do que duplicou a quantidade de associados, o que reforça como somos um segmento unido, que busca de forma coletiva fortalecer o agro”, explica Tibúrcio.

Foto: FD Fotografia

Estratégia integrada para segurança alimentar e energética

O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse, nesta terça-feira (6), no Congresso Andav 2024, que falta ao Brasil uma estratégia integrada, que contemple diversas frentes, para que, de fato, o país assuma o papel de ser o guardião mundial da segurança alimentar e energética.

Em sua exposição, Rodrigues citou dados da FAO e OCDE, os quais apontam que a oferta mundial de alimentos precisa aumentar em cerca de 20% nos próximos dez anos, e que, diante deste cenário, o Brasil foi instado a contribuir com 40% deste crescimento.

Segundo o ex-ministro, este desafio foi posto naturalmente ao Brasil exatamente pelo fato de que o modelo de agricultura tropical desenvolvido em nosso país é o único capaz de elevar a produção, por meio de ganhos de rendimento e em acordo com a proteção ambiental e as mudanças climáticas. “Outras regiões agrícolas tropicais do mundo – África subsaariana e sudoeste asiático – também podem contribuir, mas o Brasil é o protagonista”.

Entretanto, de acordo com Rodrigues, questões relacionadas à infraestrutura logística – que melhorou, mas ainda é deficitária -; política agrícola, em particular o seguro rural; busca por acordos comerciais de maior peso – Mercosul e União Europeia, por exemplo -; segurança jurídica, garantia de recursos para pesquisa e maior comunicação e interconexão entre campo e cidades precisam ser endereçadas.

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Foto: FD Fotografia

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Brasil Agro tem desafios que irão pautar a biocompetividade do setor

O 23º Congresso Brasileiro do Agronegócio trouxe boas reflexões nesta edição de 2024. Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG, destacou a relevância do estado para o Brasil e o agronegócio nacional. Ele também enfatizou a importância do evento para debater os principais temas do setor em um cenário geopolítico fragmentado. “Discutimos a capacidade efetiva do agro em competir em um mundo cada vez mais protecionista, buscando posicionar nosso país diante das oportunidades e como podemos aproveitá-las. É essencial agir de forma integrada em ações público-privadas, questionando medidas unilaterais e corrigindo conceitos errôneos sobre o mundo tropical.”

“A demanda por bioprodutos e biodevirados está presente em todos os setores. Portanto, é necessário um diálogo aberto, já que os produtores agroindustriais podem contribuir significativamente para a agenda climática, a COP 30, o mercado de carbono e a correção de equívocos na mensagem transmitida. A resposta está na produtividade e na inovação, juntamente com uma regulação efetiva. O agro é um formador de alianças para um mundo novo”, afirmou Carvalho.

O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, comentou sobre o que tem sido feito pelo estado para superar desafios da insegurança jurídica, da logística e do financiamento, como a regularização fundiária, investimento em ramais ferroviários e aumento no aporte de recursos em seguro rural, e para combater as mudanças climáticas.

Também trazendo questões ligadas à insegurança jurídica e dificuldades logísticas, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, destacou a necessidade de proteção à propriedade e segurança jurídica para impedir invasões de terra. “Da porteira para dentro tem ganhos de produtividade, mas há dificuldades para escoar a produção. A privatização permite investimentos robusto em infraestrutura”, afirmou. Ele salientou ainda que é preciso avançar cada vez mais em relação a recuperação de áreas degradadas, agricultura de baixo carbono e preservação de biomas, assim como atribuir investimentos em sistemas de alertas de previsão do tempo.

Para Carlos Augustin, assessor Especial do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil se tornou maior exportador de algodão do mundo, porque resolveu certificar o produto, alcançando 80% da produção certificada. Também ressaltou que o país tem a oportunidade de recuperar áreas degradadas. São 160 milhões de hectares que podem ser desenvolvidas com sustentabilidade e com certificação para ter competitividade nos mercados globais. 

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