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Cafés do Brasil geram mais de oito bilhões de receita cambial 

As exportações dos Cafés do Brasil, no acumulado de 12 meses, no período de maio de 2022 a abril do corrente ano, totalizaram um volume físico equivalente a 36,64 milhões de sacas de 60kg, as quais geraram receita cambial de US$ 8,44 bilhões, cujo preço médio unitário da saca foi de U$ 230,35. Nesse período, o maior preço médio registrado, de US$ 243, ocorreu no mês de outubro de 2022, e o menor, de US$ 211,24, no mês de fevereiro do corrente ano.

Convém registrar ainda que, no período ora em destaque das exportações dos Cafés do Brasil, do volume total citado de 36,64 milhões de sacas, 32,85 milhões de sacas foram de café verde, que representaram 89,7% desse total, sendo 31,47 milhões de sacas de Coffea arabica, aproximadamente 86%, e 1,37 milhão de sacas de Coffea canephora (robusta e conilon), que representaram 3,7% do total geral. Em complemento, também foram exportadas na forma de café solúvel o equivalente a 3,74 milhões de sacas (10,2%), além de 45,2 mil sacas de café torrado e moído, quantitativo que representa em torno de 0,1%.

No acumulado de 10 meses, caso sejam consideradas as exportações a partir do início do ano-safra brasileiro em curso, o qual teve início em julho de 2022, constata-se que as exportações dos Cafés do Brasil atingiram 30,49 milhões de sacas e arrecadaram US$ 6,99 bilhões de receita. Tal desempenho denota um declínio de 9,1% em volume, mas, em contrapartida, uma evolução na receita cambial de 4,6%, na comparação com o mesmo período anterior da safra 2021-2022.

Em complemento, registre-se que os números e dados do desempenho das exportações dos Cafés do Brasil objeto desta análise, entre tantos outros dados relevantes do setor, estão disponíveis no Relatório mensal – abril 2023, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Tendência do Clima

Nos próximos dias o tempo firme vai ganhar espaço sobre todo o centro-sul do Brasil. A chuva acontece com maior intensidade sobre o sul da Bahia, nordeste de Minas Gerais e Espírito Santo. No Norte também chove bastante com altos volumes acumulados. Não vai haver mais ocorrência de geada a partir de sábado.

Uma frente fria avança a Região Sudeste e chega ao Espírito Santo favorecendo a formação de áreas de instabilidade sobre o estado nos próximos dias. Há risco de chuva forte!

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

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Especial Agrotalk Agrishow Desafios da agricultura paulista

Durante a semana da Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola, a jornalista Angela Ruiz recebeu o secretário de Agricultura de São Paulo, Sr. Antônio Junqueira, a assessora Lisley Silvério e o meteorologista da Climatempo Willians Bini no estúdio podcast Agrotalk. Na pauta os desafios da agricultura paulista em 2023. Destaque para os lançamentos de novas cultivares e a parceria com a Secretaria de Turismo para reforçar o turismo rural junto com as rotas gastronômicas de São Paulo.

Durante a entrevista, Junqueira destacou a importância da conectividade no campo, crédito e seguro agrícola para dar maior capacidade ao homem do campo em financiar maquinários, por exemplo. Veja abaixo o vídeocast:

Onde ouvir o podcast AgroTalk

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Frango é a proteína animal mais consumida no BR

Dia Mundial do Frango, celebrado hoje (10/05), foi lançado pelo International Poultry Council (IPC), órgão máximo da avicultura internacional, para promover e destacar a cadeia produtiva. A data é celebrada há mais de uma década por todos os países membros do IPC, que reúne a avicultura em nível internacional. Confira, a seguir, algumas informações sobre a produção e o consumo do frango.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango. Ano passado, 4,8 milhões de toneladas do alimento foram exportadas para mais de 150 países, gerando receita de US$ 9,7 milhões. As exportações brasileiras de carne de frango, correspondem a cerca de 33,2% do total produzido.

E por falar em produção, recentemente, o Brasil assumiu o posto de segundo maior produtor mundial de carne de frango. Ano passado, foram mais de 14,5 mil toneladas produzidas. É muita proteína na mesa dos brasileiros. Afinal, do total produzido, 66,8% são destinados ao mercado interno.

A avicultura é, ainda, um dos motores de emprego e renda para o Brasil, inclusive nas regiões afastadas dos grandes centros. As etapas de produção de carne de frango envolvem cerca de 4 milhões de trabalhadores diretos e indiretos, o que gera cerca de 500 mil empregos nas agroindústrias, além de 100 mil famílias produzindo nas granjas.

Por ser uma proteína leve, saudável, versátil e acessível a carne de frango ganhou cada vez mais protagonismo na mesa dos brasileiros nos últimos anos. Em 2022, o consumo médio registrou 45,2 kg por habitante. Um aumento expressivo, quando comparado com o consumo registrado em 1986, quando cada brasileiro consumia, em média, 10kg do alimento por ano.

Imagem fonte: ABPA

Esta grande evolução no cenário da avicultura está, também, associada à ciência e tecnologia aplicada no modelo avícola brasileiro, que é referência mundial em produtividade. 

Antigamente, os frangos precisavam de até 105 dias para atingir o peso para o abate e eram necessários 3,5 kg de ração para cada 1kg de ganho de peso. Hoje, o frango completa o ciclo de crescimento em 40 dias, e consome 1,6kg de ração para cada 1kg de ganho de peso. 

O avanço na produtividade de frango se deve a um conjunto de fatores, entre eles a ambiência, a genética e a nutrição. A estrutura das instalações fornece um ambiente controlado, o que proporciona condições ideais para o desenvolvimento das aves, com baixo nível de estresse térmico e ganho de peso. Além disso, avanços em pesquisa genética voltada para ganhos sustentáveis de peso, juntamente com estudos relativos à nutrição animal, foram primordiais. Com isso, o frango é mais produtivo e tem mais saúde.

Você sabia?

Agora vamos falar sobre o produto! Você sabia que o Triptofano, encontrado em abundância na carne de aves, desempenha também um papel na produção de melatonina, que ajuda a regular os padrões de sono, da niacina ou vitamina B-3 e nicotinamida também conhecida como vitamina B-6. Veja no quadro, a quantidade de Triptofano que pode ser encontrada em porção de 100g de alguns alimentos.

Além disso, a carne de frango está entre os alimentos mais completos em nutrientes necessários para uma alimentação saudável. São fontes importantes de proteína, aminoácidos essenciais e vitaminas, com baixo teor de gordura. Para se ter uma ideia, em uma porção de 100g de carne de frango, são consumidas 28g de proteína, 9,8mg de vitaminas e apenas 5,8g de gordura. Ou seja, além de saborosa é nutritiva e muito saudável.

Agora que você conhece um pouco mais sobre este importante alimento, nada melhor do que celebrar este dia saboreando carne de frango.

Foto: frango assado – Getty Images
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Semeadura do milho segunda safra foi finalizado

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),100% do milho segunda safra foi semeado. Em Mato Grosso, o solo permaneceu com umidade suficiente para o desenvolvimento das lavouras, principalmente nas áreas semeadas tardiamente.

Em Mato Grosso do Sul, mesmo com a redução das chuvas, a umidade do solo permanece adequada para as lavouras. Em Goiás, a redução das chuvas, nos últimos dias, não comprometeu o desenvolvimento na maioria das áreas.

No Paraná, grande parte das lavouras apresentam boas condições, favorecidas pelas retorno das precipitações.

Em São Paulo, o plantio está finalizado. Em Minas Gerais, as lavouras apresentam bom desenvolvimento em função das chuvas e da umidade do solo. A incidência de cigarrinha está sendo controlada.

No Maranhão, as lavouras apresentam boas condições, favorecidas pelas ocorrência das precipitações. No Piauí, a cultura se estabelece em boas condições, em sua maioria.

No Tocantins, a maioria das áreas encontram-se em enchimento de grãos e as precipitações foram benéficas às lavouras. No Pará, o plantio se concentra no Polo de Santarém e as precipitações frequentes favorecem o desenvolvimento.

Foto: arquivo istock

Tendência do Clima

A partir da quarta-feira (10/05), uma frente fria avança pela costa do Sudeste provocando chuvas apenas sobre a faixa leste da região. No interior do Sudeste e do Centro-Oeste há previsão para aumento da umidade, das nuvens, mas não tem previsão para chuva significativa. Entre a sexta-feira e o final de semana a chuva deve aumentar entre o Espírito Santo, norte de Minas Gerais e interior da Bahia.

A tendência é que na segunda metade da semana a chuva fique concentrada sobre a metade Norte do Brasil, enquanto o ar seco e frio vai ganhar força sobre o centro-sul. As chuvas devem se intensificar e são esperados volumes acima de 100 mm em áreas do interior do Matopiba e do interior do Norte do país.

Já no centro-sul a previsão é para declínio acentuado das temperaturas na segunda metade da semana. Tanto as mínimas, quanto as máximas devem ficar mais baixas sobre os três estados do Sul do país e grande parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Porém, o frio deve ser mais intenso entre o interior do Rio Grande do Sul e no sul do Paraná onde são esperadas mínimas abaixo de 10°C em diversas localidades. Porém, o risco para frio extremo, com potencial para geadas ficará restrito as regiões de serra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, especialmente na madrugada da quinta-feira, que promete ser a mais gelada da semana. Em áreas de milho segunda safra não há previsão para extremos de temperatura mínima.

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

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Soja apresenta redução de produção no Rio Grande do Sul

A área cultivada de soja no Rio Grande do Sul é de 6.513.891 hectares. A nova estimativa de produtividade finalizada em 29/04, é de 1.923 kg/ha, representando redução de 38,58% em relação à inicial. Com isso, a produção da oleaginosa, na safra 2022/2023, deverá resultar em 12.525.882 toneladas, ou seja, redução de 39,09% na produção inicialmente estimada, que era de 20.563.989 toneladas.

Estiagem desigual nas regiões

Além de indicar nova redução da safra, o levantamento aponta os efeitos desiguais da estiagem nas diversas regiões do estado. A safra se aproxima mais da normalidade a leste do estado gaúcho, onde as perdas de produtividade foram inferiores a 5% na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul. Já a oeste do estado, como na de Santa Rosa, onde os danos foram mais graves, as perdas estimadas atingem 67%.

Colheita

A colheita evoluiu para 80% e está próxima da finalização em algumas regiões. As lavouras em maturação somam 17%, e ainda restam 3% em enchimento de grãos. Após a colheita, os produtores realizam o manejo das lavouras de onde a soja foi retirada, especialmente a correção da acidez do solo e a semeadura de plantas de cobertura.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, é cultivada a maior área do Estado, com 1.048.091 hectares. A estimativa inicial era de 2.546 kg/ha. Foi revista em março para 1.663 kg/ha e, no momento, está em 1.556 kg/ha, sendo 38,88% menor do que a produtividade inicial. Os danos são mais concentrados na Fronteira Oeste, onde parte das lavouras não apresentaram viabilidade econômica para a realização da colheita. Na região, 70% das lavouras foram colhidas, mas o ápice é em Uruguaiana, com 90%.

Na de Caxias do Sul, a estimativa inicial era de 3.535 kg/ha. Na primeira revisão, passou para 3.399 kg/ha e, no momento, para 3.365 kg/ha, significando um decréscimo de 4,81% em relação à estimativa da época do plantio. A safra está muito próxima da normalidade, sem maiores prejuízos, apesar de algumas lavouras terem sido mais afetadas e apresentarem baixa produtividade, decorrentes da má distribuição de precipitações. A colheita avançou significativamente e já supera 70% da área cultivada na região.

Tendência do Clima

A partir da quarta-feira (10/05), uma frente fria avança pela costa do Sudeste provocando chuvas apenas sobre a faixa leste da região. No interior do Sudeste e do Centro-Oeste há previsão para aumento da umidade, das nuvens, mas não tem previsão para chuva significativa. Entre a sexta-feira e o final de semana a chuva deve aumentar entre o Espírito Santo, norte de Minas Gerais e interior da Bahia.

A tendência é que na segunda metade da semana a chuva fique concentrada sobre a metade Norte do Brasil, enquanto o ar seco e frio vai ganhar força sobre o centro-sul. As chuvas devem se intensificar e são esperados volumes acima de 100 mm em áreas do interior do Matopiba e do interior do Norte do país.

Já no centro-sul a previsão é para declínio acentuado das temperaturas na segunda metade da semana. Tanto as mínimas, quanto as máximas devem ficar mais baixas sobre os três estados do Sul do país e grande parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Porém, o frio deve ser mais intenso entre o interior do Rio Grande do Sul e no sul do Paraná onde são esperadas mínimas abaixo de 10°C em diversas localidades. Porém, o risco para frio extremo, com potencial para geadas ficará restrito as regiões de serra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, especialmente na madrugada da quinta-feira, que promete ser a mais gelada da semana. Em áreas de milho segunda safra não há previsão para extremos de temperatura mínima.

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Meteorologia prevê frio com risco de geadas isoladas

A nova avaliação da safra de milho efetuada em 456 municípios gaúchos manteve a produtividade estimada em março, de 4.440 kg/ha, significando redução 39,49% em relação à inicial, que era de 7.337 kg/ha. A área de cultivo no Rio Grande do Sul está estimada em 810.380 hectares, e a produção em 3.597.897 toneladas de grãos.

A redução de produtividade é decorrente da má distribuição e da irregularidade das chuvas, principalmente entre dezembro e fevereiro, quando grande parte dos plantios foram afetados nas fases reprodutivas, prejudicando a formação de espigas e sementes. Essa má distribuição de precipitações aconteceu dentro do território de um mesmo município, mas, em âmbito estadual, a insuficiência de umidade foi mais grave a Sudoeste, Oeste e Centro, e menos grave a leste e nordeste do Rio Grande do Sul.

Em Bagé, a estimativa de produtividade atual é de 2.540 kg/ha, sendo 53,76% inferior aos 5.493 kg/ha esperados inicialmente. Os danos são mais concentrados na Fronteira Oeste, principal produtora regional. Na de Caxias do Sul, a produtividade está estimada em 6.400 kg/ha, sendo o melhor resultado entre as regiões do Estado. Mesmo assim, há decréscimo de 18,69% em 7.871 kg/ha projetados inicialmente. De modo geral, a qualidade dos grãos é considerada satisfatória.

Veja a tendência do clima

Em Erechim, a estimativa de produtividade é de 4.820 kg/ha, representando redução de 49,25% dos 9.497 kg/ha projetados. Nos municípios próximos a Ijuí e Cruz Alta, os cultivos sofreram forte impacto causado pela estiagem e apresentam plantas de baixa estatura, assim como redução do tamanho das espigas. Nas lavouras onde há plantas verdes, a infestação de cigarrinhas está muito alta, e há sintomas de injúrias decorrentes do ataque desses insetos. Na de Lajeado, a redução estimada é de 38,15%. A produtividade inicial é de 6.031 kg/ha e a atual, de 3.730 kg/ha. Na de Passo Fundo, a reestimativa atesta produção de 5.420 kg/ha, representando redução de 41,54% em 9.271 kg/ha, projetados inicialmente. A colheita foi encerrada.

Em Pelotas, a produtividade foi reavaliada em 2.780 kg/ha, significando redução de 44,39% em relação à expectativa inicial, que era de 4.999 kg/ha. A colheita segue em ritmo lento com aproximadamente 40% colhidos, e 25% estão maduros.

Na de Porto Alegre, a estimativa inicial de produtividade decresceu de 4.432 kg/ha para 3.590 kg/ha, representando redução de 19%. Na de Santa Maria, a projeção atual é de 2.610 kg/ha, significando redução de 55,02% em 5.802 kg/ha projetados. É a cultura mais prejudicada pela estiagem, chegando a perdas de 80% nos municípios mais atingidos. A colheita foi retomada lentamente. Foram colhidas 70% das lavouras, e 10% estão em maturação. Na de Santa Rosa, a produtividade atual está estimada em 4.930 kg/ha, representando quebra de 40,24% em 8.249 kg/ha projetados. Apenas 1% das lavouras está na fase de floração/pendoamento. Em fase de enchimento de grãos são 8%, maturação são 2% e a área colhida alcança 89%.

Tendência do Clima

Uma frente fria, que está passando pela costa da região Sul, avança rapidamente em direção a costa do Sudeste neste começo da semana. A medida que o sistema avança, ele perde intensidade e por isso as chuvas devem se tornar mais isoladas e com fraca intensidade. Até a terça-feira são esperados alguns episódios isolados de chuva entre o Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, mas a partir da quarta-feira, o sistema vai avançar pela costa do Sudeste provocando chuvas apenas sobre a faixa leste da região. No interior do Sudeste e do Centro-Oeste há previsão para aumento da umidade, das nuvens, mas não tem previsão para chuva significativa. Entre a sexta-feira e o final de semana a chuva deve aumentar entre o Espírito Santo, norte de Minas Gerais e interior da Bahia. A tendência é que na segunda metade da semana a chuva fique concentrada sobre a metade Norte do Brasil, enquanto o ar seco e frio vai ganhar força sobre o centro-sul. As chuvas devem se intensificar e são esperados volumes acima de 100 mm em áreas do interior do Matopiba e do interior do Norte do país. Já no centro-sul a previsão é para declínio acentuado das temperaturas na segunda metade da semana. Tanto as mínimas, quanto as máximas devem ficar mais baixas sobre os três estados do Sul do país e grande parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Porém, o frio deve ser mais intenso entre o interior Gaúcho e sul Paranaense, onde são esperadas mínimas abaixo de 10°C em diversas localidades. Porém, O risco para frio extremo, com potencial para geadas ficará restrito as regiões Serranas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, especialmente na madrugada da quinta-feira, que promete ser a mais gelada da semana. Em áreas de milho segunda safra não há previsão para extremos de temperatura mínima.

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O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

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Exportações de carne suína crescem 16,6% em abril

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 104,5 mil toneladas em abril, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume é 16,6% maior que o embarcado no quarto mês de 2022, com 89,7 mil toneladas. 

Em receita, o saldo das exportações alcançou US$ 251,3 milhões no período, superando em 29,9% o total exportado em abril de 2022, com US$ 193,4 milhões.

No acumulado do ano (janeiro a abril), as exportações de carne suína alcançaram 379,4 mil toneladas, volume 15,9% maior que o embarcado no primeiro quadrimestre de 2022, com 327,3 mil toneladas.  

Em receita, a alta registrada no período chega a 29,7%, com US$ 897,7 milhões entre janeiro e abril de 2023, contra US$ 692 milhões realizados no mesmo período do ano passado.

Foto: ABPA

“As vendas internacionais brasileiras cresceram em oito dos dez maiores países importadores do setor, em especial, nos cinco maiores importadores localizados na Ásia e na América do Sul. Diversos fatores influenciaram o saldo positivo de abril e do quadrimestre, desde questões sanitárias na produção local de mercados asiáticos até mesmo a ampliação das habilitações e novos mercados que começam efetivamente a importar do Brasil. Nos quatro primeiros meses do ano fizemos uma média de quase 95 mil toneladas por mês.”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Entre os principais destinos das exportações, a China se manteve como maior importadora do produto brasileiro, com total de 143,2 mil toneladas registradas entre janeiro e abril deste ano, superando em 20,8% as exportações realizadas no primeiro quadrimestre de 2022.  Outros destaques foram Hong Kong, com 42,2 mil toneladas (+24,8%), Filipinas, com 27,8 mil toneladas (+19,5%), Chile, com 27,3 mil toneladas (+69,3%) e Singapura, com 23,8 mil toneladas (+18,7%). 

No levantamento das exportações por estado, Santa Catarina segue na liderança das exportações brasileiras, com 207,2 mil toneladas exportadas entre janeiro e abril, registrando desempenho 13,7% maior que os embarques realizados em 2022. Em seguida estão o Rio Grande do Sul, com 89,1 mil toneladas (+26,81%), Paraná, com 51,3 mil toneladas (+0,54%), Mato Grosso, com 8,114 mil toneladas (+119%), e Mato Grosso do Sul, com 7,95 mil toneladas (+63,25%).

“A perspectiva de ampliação e abertura de novos mercados e a expectativa de manutenção dos volumes embarcados para a China e outros destinos importantes especialmente na Ásia, com destaque para mercados de alto valor agregado como Japão e Coreia do Sul apontam para níveis de exportação anuais em torno de 1,2 milhão de toneladas em 2023, o que faria o Brasil se aproximar ainda mais do terceiro maior exportador do mundo, o Canadá”, comentou o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

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Pesquisa inédita mostra que cadeia de castanha da amazônia movimenta mais de R$ 2 bi

Saudável, amazônica, protetora de florestas, de culturas e de tradições e com papel fundamental para a economia da sociobiodiversidade brasileira, a castanha-da-amazônia movimenta mais de R$ 2 bilhões por ano, mas ainda remunera mal os principais atores da cadeia de valor: os castanheiros e as castanheiras. É o que aponta o estudo “A Castanha-da-Amazônia: Aspectos Econômicos e Mercadológicos da Cadeia de Valor”

“O estudo mostra que a castanha-da-amazônia tem um potencial de geração de renda enorme em todos os sete estados produtores, mas a forma como a cadeia de valor é estruturada não permite que esse potencial se materialize na forma de remuneração adequada para os mais de 60 mil produtores espalhados pela região”, afirma Luiz Brasi Filho, Coordenador da rede Origens Brasil® no Imaflora.

Segundo o estudo, o elo produtivo não chega a absorver nem 5% da movimentação total da cadeia, e há situações em que a margem de lucro do produtor é inexistente. Por outro lado, a pesquisa estima que as margens dos elos seguintes variam de 12% a 30%.

A pesquisa inédita entrevistou produtores, associações, cooperativas, usinas comunitárias e privadas, empresas e atores-chave da academia e do mercado multinacional para tentar responder a essas e outras questões numa tentativa de traduzir parte da complexidade dessa cadeia tão importante para povos indígenas e povos e comunidades tradicionais produtores de castanha.

Segundo André Machado, representante do secretariado-executivo do OCA, o estudo aponta que a cadeia da castanha é complexa com diversas variações no seu funcionamento por ser uma cadeia longa, geralmente com vários intermediários e canais de distribuição pulverizados. Há diversos tipos e quantidades de elos, etapas e atores – que variam a depender da área de produção e origem; a logística de escoamento é bastante complicada e o volume das safras são de difícil previsão. Além disso, o perfil, localização e maturidade das organizações comunitárias é muito heterogêneo, assim como a demanda dos compradores.

Castanha-da-Amazônia: protetora de culturas e do meio ambiente

Ao contrário de suas ‘concorrentes’, como castanha de caju, nozes, macadâmia e outras nuts, a castanha-da-amazônia é proveniente quase exclusivamente do agroextrativismo com coleta realizada por povos indígenas e povos e comunidades tradicionais da Amazônia. Isto torna a castanheira e seu fruto elementos centrais para a conservação da maior floresta tropical do mundo e para os modos de vida dos povos e comunidades que a produzem. Esses atributos também possibilitam que a castanha-da-amazônia e seus produtores se tornem símbolos de um novo paradigma de desenvolvimento em que o Brasil é protagonista.

O estudo mostra, no entanto, que, apesar dos inúmeros atributos socioambientais que a castanha carrega, eles estão longe de ter um peso significante na decisão de compra por parte do setor industrial e comercial, e que o preço é o principal fator para tomadas de decisão sobre compras nos elos finais da cadeia de valor.

Para Machado, isso mostra que existe espaço para o desenvolvimento de um comércio mais justo, com maior sensibilização de consumidores e compradores dispostos a pagar mais pelo valor ‘invisível’ que os produtos da sociobiodiversidade carregam, mas que essa solução sozinha não dá conta de resolver todos os problemas de estruturação da cadeia.

“O estudo propõe que qualquer solução possível para a valorização do trabalho do extrativista exige um conjunto inteligente de esforços privados, públicos e da sociedade civil para maior valorização do produto, melhoria dos serviços prestados para a cadeia e novas e modernas regulações e políticas públicas de suporte e incentivo a essa atividade tão importante para o planeta”, afirma Machado.

Acesse e compartilhe o estudo completo em: www.observatoriodacastanha.org.br

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

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Agricultores plantam árvores para cultivar pimenteira do reino

Nativa da América Central, a árvore leguminosa gliricídia apresenta rápido crescimento e tem se mostrado um ótimo suporte da pimenteira-do-reino em um sistema sustentável desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental (PA). O uso da gliricídia como tutor vivo da pimenteira-do-reino em substituição às estacas de madeira evita o corte de árvores da floresta, melhora a produtividade do pimental e diminui os custos ao produtor. A prática, que reduz drasticamente o impacto ambiental da atividade, ganha cada vez mais adeptos no estado do Pará, segundo maior produtor de pimenta-do-reino do país.

Os especialistas registraram a redução em 28% dos custos ao produtor com o novo sistema, quando comparado ao tradicional com estacas de madeira. “Além disso, o manejo dessa planta proporciona o aumento do teor de matéria orgânica no solo e a diversificação de microrganismos, a fixação de nitrogênio do ar e consequente redução do uso de fertilizantes nitrogenados e o favorecimento de um microclima nos pimentais”, ressalta o analista da Embrapa João Paulo Both. Esse conjunto de vantagens faz com que o pimental no tutor vivo da gliricídia tenha mais longevidade e tempo de produção em relação ao sistema tradicional.

No sistema tradicional de cultivo da pimenteira-do-reino o tutor é obtido do tronco de árvores. “Para a implantação de um hectare de pimenta-do-reino é necessário o corte de 25 a 30 árvores para a produção de tutores para a pimenta”, conta o pesquisador da Embrapa Oriel Lemos. O impacto ambiental da atividade, a escassez e o preço elevado da madeira foram importantes motivações para a pesquisa buscar uma alternativa, segundo o cientista.

Redução de custos ao produtor

A aquisição das estacas de madeira, o chamado tutor morto, é o item que mais pesa no bolso do agricultor. “A estaca de madeira aqui na região chega a custar de 25 a 30 reais, enquanto que a estaca de gliricídia não passa de 5 reais”, conta o pipericultor (produtor de pimenta) Osvaldo Donizete, do município de Capitão Poço, na região nordeste do estado do Pará. É nesse município que está o maior número de pimentais no tutor vivo de todo o estado.

Um hectare de pimenta com o tutor morto (sistema tradicional) custa ao produtor, em média, 58.251 reais. Já com a tecnologia do tutor vivo (sistema sustentável) esse mesmo hectare custa 41.715 reais. Isso representa uma redução de 16.535 reais, o que equivale a 28% de economia ao produtor em cada hectare de pimenta.

Foto: Ronaldo Rosa – pimenteira do reino

Solos mais férteis

Experimentos mostram que a gliricídia melhora a fertilidade do solo e atua na fixação de nitrogênio. “Esse elemento é um dos nutrientes mais exigidos pela pimenteira-do-reino e a gliricídia é uma leguminosa capaz de realizar fixação biológica de nitrogênio. Então, vimos que há uma resposta positiva com relação à produção de grãos verdes de pimenta”, afirma Both.

Ele explica que a gliricídia produz rapidamente grande quantidade de folhas, que acumulam nutrientes. E o manejo dessa planta nos pimentais envolve podas de condução e podas drásticas. “A cada quatro meses podem ser colhidos cerca de 50 quilos de biomassa por planta adulta. Esse material picado e colocado sobre o solo é decomposto em até 16 dias, liberando os nutrientes para o solo”, explica Both.

A adubação verde, segundo o especialista, é um ganho adicional importante dessa tecnologia. Ela ajuda a reter a umidade, diminui a incidência de plantas invasoras, estimula a presença de organismos no solo, os quais melhoram a aeração e transformam a matéria orgânica em adubo mineral.

Resultados positivos no campo

O Pará é o segundo maior produtor de pimenta-do-reino do Brasil, com uma produção de 36 mil toneladas em 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As maiores produções se concentram nos municípios de Tomé-Açu, Capitão Poço, Igarapé-Açu e Baião, localizados na mesorregião nordeste do estado.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de pimenta-do-reino, só perdendo para o Vietnã. Em 2021, segundo o IBGE, a produção nacional foi de 118 mil toneladas de grãos secos de pimenta-do-reino em uma área de quase 38 mil hectares, movimentando quase 2 bilhões de reais no agronegócio brasileiro.

Espírito Santo e Pará são os maiores produtores de pimenta-do-reino do País, com uma produção de 72 mil e 36 mil toneladas em 2021, respectivamente.

Os principais países compradores da pimenta-do-reino brasileira são Alemanha, Vietnã, Emirados Árabes e Estados Unidos.

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Especial Agrotalk -Agrishow: Pecuarista analisa o preço da arroba do boi

O atual momento do preço da arroba do boi e da saca da soja deixam o pecuarista e o produtor rural apreensivo. Porém, a retomada do consumo no mercado interno e a necessidade de importação podem acarretar em um cenário mais favorável.

Para comentar este assunto convidamos a pecuarista Andressa Biata que faz uma análise dos preços no Mato Grosso do Sul.

Biata também revela neste episódio como foi retornar para casa e assumir junto com a mãe todo o legado familiar e manter a empresa em patamares saudáveis de gestão.

Andressa que é cheia de energia também comenta os desafios de ser mãe, empresária e embaixadora da maior feira da América Latina: Agrishow. Veja:

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