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Clima favorável em 2022 ajudou na recuperação da produção de café

A produção brasileira de café na safra 2023 deverá registrar crescimento de 7,5% em relação ao ciclo passado. Neste ano, a colheita está estimada em 54,74 milhões de sacas beneficiadas contra 50,92 milhões de sacas em 2022, de acordo com o 2º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O bom resultado é esperado mesmo em um ano de bienalidade negativa. Se a estimativa para este ano for comparada com o volume colhido na safra 2021, último ano de bienalidade negativa, o aumento chega a ser de 14,7%.

“Por ser uma cultura perene, a estiagem e as geadas ocorridas ainda em 2021 influenciaram no desempenho produtivo das lavouras de café no ano passado não permitindo que as plantas atingissem seu potencial produtivo. Como as condições climáticas em 2022 foram melhores, é possível verificar uma recuperação dessa produção, principalmente nas áreas produtoras de café arábica”, explica o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Foto: arquivo istock

Café Arábica

Neste ano, a expectativa para o café arábica é que sejam colhidas 37,93 milhões de sacas beneficiadas, o que representa 69,3% da produção de café no país. Se confirmado, o volume representa um incremento de 15,9% sobre a safra de 2022. “Essa alta é explicada tanto pelo aumento de 1,9% na área em produção da espécie, aliado ao ganho de 13,7% no rendimento das lavouras, como verificado em Minas Gerais, maior produtor de arábica”, destaca o gerente de Acompanhamento de Safras da Companhia, Fabiano Vasconcellos.

Café Conilon

Já para o café conilon, a perspectiva para a atual temporada é de uma produção de 16,81 milhões de sacas, redução de 7,6% da safra passada. O aumento esperado na colheita de Rondônia, Bahia e Mato Grosso não compensaram as perdas de produtividade estimadas no Espírito Santo, maior produtor de conilon. “Durante o desenvolvimento do grão no estado capixaba, foram registradas condições adversas, principalmente as fases iniciais do ciclo da cultura, impactando no desempenho dos cafezais”, esclarece Vasconcellos.

Área de produção

De acordo com o levantamento divulgado pela Conab, a área em produção total destinada à cafeicultura no país em 2023, contabilizando as duas espécies mais cultivadas no país (arábica e conilon), totaliza 1,87 milhão de hectares, aumento de 1,7% sobre a área da safra anterior. Já a área em formação, aquela destinada pelos produtores para a introdução de novas plantas ou ainda para realizar tratos culturais, como podas drásticas, está estimada em 375,5 mil hectares em formação, queda de 6% em relação ao ciclo anterior.

Tendência do Clima

O tempo seco favorece colheita do café no interior do Brasil. Veja no vídeo da meteorologista Nadiara Pereira.

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

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Milho no Paraná apresenta boas condições de desenvolvimento

No oeste e sudoeste do Paraná, a maior parte das lavouras de milho da segunda safra está em fase de floração, e as condições são boas e até o momento não foram relatados maiores problemas, exceto pelas temperaturas amenas que podem retardar o ciclo do milho, com maior risco para um eventual sinistro de geada. A queda nos preços das principais commodities, em particular do milho, tem levado alguns produtores a reduzir o investimento nas lavouras.

No sul paranaense as atividades agrícolas seguem normais na região, com destaque para a colheita de milho safra normal, de acordo com o último boletim do Departamento de Economia Rural (DERAL). Os técnicos informam que no caso do milho segunda safra, a maioria das áreas encontra-se em fase reprodutiva, sofrendo um forte ataque de cigarrinha, o que pode comprometer parte da produção dessa cultura.

No noroeste e centro-oeste do estado do Paraná, o milho da segunda safra apresenta um desenvolvimento vegetativo elevado e encontra boas condições climáticas, com noites frias e dias quentes, na região do arenito.

No Norte do Paraná, o milho 2ª safra está em desenvolvimento vegetativo e início de floração, com as lavouras em boas condições.

Foto: Patricia Prasniewski – Nova Laranjeiras – PR

Trigo

O trigo continua sendo semeado na região oeste e sudoeste do estado durante o mês de maio, e mais de 50% da área já foi semeada. As condições de umidade do solo estão favoráveis para o plantio do trigo. No sul do estado, os preparativos para o cultivo de trigo, cevada, aveia e azevém seguem com relatos de falta de umidade no solo. Parte dos produtores interrompeu ou desacelerou o plantio de trigo, aguardando melhores condições climáticas. Enquanto isso, o plantio de aveia para cobertura segue normalmente, uma vez que não requer muita tecnologia.

No centro-oeste e noroeste do estado paranaense o plantio das culturas de inverno, especialmente aveia e trigo, está em andamento e com bom desenvolvimento.

O plantio do trigo está quase concluído no norte do Paraná, faltando apenas algumas áreas a serem plantadas. Também houve avanço no plantio de aveia e cereais diversos, esperando-se um aumento no cultivo de culturas de inverno alternativas, como cevada, azevém, centeio e triticale.

Tendência do Clima

Até a sexta-feira (19/05) não tem previsão de chuva significativa entre interior da região Sul, interior do Sudeste, do Centro-Oeste e maior parte do interior Nordestino. As chuvas fortes vão continuar ocorrendo na faixa norte do Brasil, com maiores volumes previstos, que podem variar de 70 até mais de 100 mm, entre o norte do Amazonas, Roraima, norte do Pará e no Amapá.

Chuvas moderadas também devem atingir toda a faixa norte e leste do Nordeste, com volumes entre 30 e 50mm nas áreas mais atingidas. No final de semana, a partir do dia 20 de maio, uma nova frente fria deve chegar ao extremo Sul do Brasil, espalhando instabilidades especialmente sobre o Rio Grande do Sul. Mas devido a uma condição de bloqueio atmosférico, que vai dificultar o avanço desse sistema, a chuva ficará restrita ao estado Gaúcho e a faixa oeste do Sul do país. Alguns episódios de chuva podem atingir o sul de Mato Grosso do Sul e extremo oeste mato-grossense no período de 20 a 24 de maio, mas serão episódios isolados e com baixos acumulados.

Enquanto na maior parte do Brasil Central o ar seco vai continuar predominando até os últimos dias do mês de maio e a tendência é de um declínio mais acentuado da umidade do solo nas principais áreas produtoras de milho segunda safra. As chuvas vão continuar frequentes e com volumes mais expressivos sobre o extremo norte do país e áreas litorâneas do Nordeste. Quanto as temperaturas, nesta semana as madrugadas seguem frias, mas sem previsão de extremos de temperatura mínima, e aos poucos a tendência é que o frio diminua gradativamente. Até o final do mês de maio não tem previsão para novo declínio significativo das temperaturas.

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Greening preocupa citricultor brasileiro

De acordo com a Fundecitrus, a incidência e severidade do greening continuam aumentando nos parques citrícolas, o que representa grande impacto sobre a taxa de queda. Na safra de laranja anterior, a doença foi a segunda maior responsável pela queda de frutos, representando mais de um quarto do índice total de 21,30%. Por conta dessa conjuntura, a taxa de queda está projetada em 21% semelhante à do ano anterior.

A produtividade média nesta temporada é praticamente a mesma do ano anterior, com 918 caixas por hectare e 1,83 caixas por árvore, em comparação com as 912 caixas por hectare e 1,85 caixas por árvore colhidas na safra 2022/23. Em relação à produtividade por setor, destaca-se o Norte, que abrange as regiões do Triângulo Mineiro, Bebedouro e Altinópolis, onde é esperada a maior produtividade do cinturão citrícola nesta safra, 1.088 caixas por hectare, representando um incremento de 25,3% em relação à safra passada.

36 milhões de toneladas de CO2

Neste ano, a 9ª edição da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) trouxe os dados inéditos e preliminares da quantificação do estoque de carbono gerado tanto nos pomares de laranja quanto nas áreas destinadas à preservação da vegetação nativa das propriedades rurais, um território de aproximadamente 600 mil hectares. O trabalho começou em 2022 e foi realizado pela Embrapa, com financiamento da Innocent Drinks.

A conclusão inicial é que em todo o parque citrícola há um estoque de aproximadamente 36 milhões de toneladas de carbono. “Isso mostra que a importância das áreas agrícolas para a mitigação das mudanças climáticas se deve ao fato de que funcionam, ao mesmo tempo, como fonte e sumidouro de carbono. Quando bem manejadas, contribuem para o aumento do estoque de carbono. A citricultura, pelos números que temos levantado, desempenha um papel fundamental nessa atuação ambiental”, explica o pesquisador da Embrapa Territorial, Lauro Rodrigues Nogueira Junior, coordenador do levantamento. 

Para a realização do trabalho foram utilizadas laranjeiras que melhor representassem as plantas do cinturão citrícola em idades diversas. Em campo, as plantas foram medidas e, depois, separadas em tronco, galhos, folhas e raízes. Em laboratório, essas amostras frescas foram secadas em estufa para a determinação da porcentagem da biomassa de cada parte.

Utilizando uma equação alométrica, os pesquisadores envolvidos obtiveram como resultado a estimativa do estoque de biomassa seca, que foi estendido para todo o cinturão citrícola. Por meio de análises químicas de amostras foi determinado o carbono elementar da planta, chegando-se a uma média ponderada de 47% de carbono por quilo de biomassa seca. Ou seja, para cada quilo, 470 gramas é carbono.

Leia também: Chuva favoreceu crescimento dos frutos da laranja no parque citrícola de SP e MG

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VBP da Agropecuária de 2023 é estimado em R$ 1,216 trilhão

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023, com base nas informações de safras de abril, é estimado em R$ 1,216 trilhão, 4,7% superior em relação ao valor de 2022, que foi de R$ 1,161 trilhão.

As lavouras têm previsão de faturamento de R$ 868,96 bilhões, que é o maior VBP desde 1989. O crescimento real do VBP das lavouras é de 8% em relação a 2022.

A previsão para a pecuária é de faturamento de R$ 347,9 bilhões, com retração de 2,6% em relação ao ano passado. 

Um conjunto de produtos formado por cana-de-açúcar, feijão, laranja, milho,soja e tomate, apresenta neste ano recorde de faturamento. Entre estes, milho, soja e cana-de-açúcar, representam 72,8% do VBP das lavouras.

Outros produtos que têm apresentado bom desempenho são amendoim (11,2%), banana (14,0%), cacau (8,2%), cana-de-açúcar (10,1%), mandioca (37,3%), milho (6,5%), soja (10,5%), tomate (13,3%), feijão (20,9%) e laranja (28,3%).

A Pecuária mostra-se favorável para suínos, ovos e leite. Carne bovina e de frango têm apresentado retração do VBP neste ano. Na pecuária, os preços estão em alta para suínos, leite e ovos.

Os preços agrícolas mostram-se acima dos vigentes no ano passado para vários produtos relevantes, como amendoim, arroz, banana, cacau, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca e tomate.

Foto: Getty Images

Exportações

O mercado internacional gerou uma receita de exportações de U$ 50,6 bilhões de janeiro a abril (Agrostat, 2023) A tendência é de beneficiar os produtos exportados e dessa forma trazer uma significativa contribuição à Balança Comercial.

Foram particularmente beneficiados com o comércio internacional, os estados de Mato Grosso. com, 21,4% das exportações, São Paulo 15,3%, Paraná. 10,81%, Rio Grande do Sul 9,17% e Minas Gerais 8,58%.

Leia também: Chuva favoreceu crescimento dos frutos da laranja no parque citrícola de SP e MG

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Chuva favoreceu crescimento dos frutos da laranja no parque citrícola de SP e MG

A safra de laranja 2023/24 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, principal região produtora de laranja do mundo, é estimada em 309,34 milhões de caixas (40,8 kg). O volume projetado apresenta uma queda de apenas 1,55% em relação à safra passada, que encerrou em 314,21 milhões de caixas, segundo levantamento da Fundecitrus.

Essa diferença, pouco expressiva, mantém a produção no mesmo patamar da safra anterior e dentro da faixa média dos últimos dez anos. Na comparação com o volume médio produzido na última década, a safra atual mostra um leve acréscimo de 1,04% Uma das causas dessa variação é o ciclo bienal de produção, que resulta em uma menor carga de frutos por árvore na safra de ciclo negativo, como é o caso desta temporada. Assim, enquanto na safra anterior o número médio de frutos por árvore aumentou em cerca de 5%, nesta ocorreu uma queda na mesma proporção.

Chuva favoreceu crescimento dos frutos

A incidência das chuvas já traz bons resultados no crescimento dos frutos, que já apresentam um peso ligeiramente maior do que o da safra passada neste mesmo período. Espera-se que esse bom desenvolvimento dos frutos continue até o encerramento da safra. Assim, o peso das laranjas no momento da colheita está projetado em 165 gramas (247 frutos por caixa), o que representa um aumento de 3,71% em relação ao peso médio de 159 gramas registrado na safra anterior (256 frutos por caixa) e 1,23% acima do peso médio das últimas dez safras (163 gramas, o que resulta em 250 frutos por caixa).

“Caso as premissas utilizadas para projetar a safra se concretizem, ou seja, o aumento do peso médio das laranjas e uma leve redução da taxa de queda de frutos, será possível minimizar o impacto decorrente da diminuição da quantidade de frutos”, avalia o coordenador da 9ª edição da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), Vinicius Trombin.

As primeiras chuvas significativas após o período de estresse hídrico no ano passado foram registradas em agosto nas regiões de Avaré, Itapetininga e Duartina. Essas chuvas propiciaram o florescimento das laranjeiras em sistema de sequeiro localizadas nessas áreas. A partir de outubro, as chuvas alcançaram todas as regiões do parque em volume expressivo. 

Foto: Arquivo istock

Para o presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco, a estimativa de produção está em linha com a expectativa do citricultor. “Entramos, agora, em um período produtivo tecnicamente menor, mas nem por isso menos desafiador. O compromisso em manter a alta produtividade mesmo em cenários adversos é uma especialidade do citricultor e contaremos, com certeza, com o profissionalismo cada vez mais forte desses profissionais no dia a dia do campo”, diz. 

O gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, reforçou que a estimativa da produção na safra 2023/24 corresponde, naturalmente, ao ciclo de produção dos pomares de citros e que os cuidados devem ser redobrados para as doenças e pragas. “Isso ocorre em diversas culturas e na laranja não é diferente. Encerramos uma safra positiva e estamos abrindo essa com um cenário bastante otimista proporcionado pelas chuvas para tentar mitigar o ciclo bienal da citricultura. A atenção do citricultor deve estar presente, mais uma vez, no manejo eficiente das doenças, especialmente o greening”, frisa.  

Tendência do Clima

Nesta semana o tempo seco vai predominar em grande parte do interior do Brasil e nas áreas produtoras de laranja de São Paulo e de Minas Gerais. Até a sexta-feira não tem previsão de chuva significativa e o frio persiste. Veja como fica o clima nos próximos dias, no vídeo abaixo com o meteorologista Willians Bini

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Tempo firme e seco favorece retomada dos trabalhos nos campos de arroz

A área cultivada de arroz no Rio Grande do Sul é de 889.549 hectares. A produtividade está estimada em 7.744 kg/ha, o que consiste em uma expectativa de produção 5,86% menor do que os 8.226 kg/ha, projetados no início do plantio. Restam 2% a ser colhido e a operação em campo foi retomada com o tempo firme e seco.

Em Santa Vitória do Palmar, Pelotas e Arroio Grande a produtividade permanece entre 8.500 e 10.600 kg/ha, sendo considerada excelente. As chuvas foram de grande importância para recuperar os níveis das aguadas. A Barragem do Chasqueiro, que pode irrigar até 19.600 hectares, aumentou a sua capacidade de armazenamento para 25,6%.

Em Porto Alegre, onde aproximadamente 97% das áreas já foram colhidas, houve redução no ritmo da operação, que ainda ocorre nas lavouras de cultivares de ciclo tardio. Em Santa Maria, a colheita do arroz está próxima da finalização, totalizando 97%.

Em Santa Rosa, a colheita já foi encerrada. Percebem-se resultados favoráveis acerca da safra de arroz 2022/2023 em razão da manutenção dos preços, que estão em patamar mais elevado, se comparado à evolução negativa da cotação da maioria dos demais grãos, além da produtividade estar acima da esperada em parte das lavouras. Alguns rizicultores avaliam retomar o cultivo em áreas que estavam em tendência de queda no plantio desde a safra 2021/2022.

Em Soledade, a colheita avança. A produtividade está próxima à projetada, e os grãos apresentam boa qualidade e rendimento de engenho.

Tendência do Clima

Tempo firme em todo o Rio Grande do Sul. O sol continua aparecendo no céu e sem chuva pelo estado gaúcho. Além disso, as temperaturas permanecem baixas. Ressalta-se que as temperaturas baixas seguirão nas próximas semanas.

O tempo firme segue em todo o estado até o dia 19 de maio, com chuva previsão de chuva a partir de 20 de maio. Porém, os temporais mais fortes por parte do estado gaúcho devem ocorrer entre os dias 23 e 28 de maio, devido à passagens e formações de frentes frias. Acompanhe nesta página do Agroclima as notícias com a tendência do clima para os próximos dias e o monitoramento desta chuva.

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Índice de compra de fertilizante continua favorável ao agricultor

Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de abril fechou em 0,96, ante 0,97 de março. O cenário é o mais favorável dos últimos 22 meses para o produtor rural, já que quanto menor o indicador, melhor é a relação de troca e revela boa rentabilidade para o produtor rural.

Seguindo os meses anteriores, o fertilizante foi o fator que mais impactou na composição do índice, com queda média de aproximadamente 7%, liderada pelo superfosfato simples e seguida pelo fosfato monoamônico, cloreto de potássio e ureia. A correção no preço dos fertilizantes resume-se em função de uma postergação da safra nos hemisférios Norte e Sul.

As commodities, por sua vez, registraram aumento médio de 1,7% em relação a março, refletindo a apreensão do mercado sobre a produção de açúcar no cenário mundial. Países como China, Tailândia, Índia e Europa enfrentaram problemas de produção desta commoditie, enquanto o Brasil aguarda a evolução da safra.

Por outro lado, com o reflexo da entrada da safra recorde de soja brasileira, as boas perspectivas da safrinha brasileira e o início do plantio de soja e milho nos Estados Unidos, provocou o crescimento da oferta de muitos produtos no mercado.

A atenção do agronegócio segue voltada para a safra brasileira de grãos. Com a proximidade do período de plantio no mercado nacional, a preocupação se volta para a concentração logística no abastecimento, desde portos, plantas fabris até o usuário final.

Metodologia

A metodologia consiste na comparação em relação à base de 2017, indicando que quanto menor a relação mais favorável o índice e melhor relação de troca. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

A fonte para o cálculo dos preços dos fertilizantes no porto brasileiro é a CRU, empresa de consultoria internacional. Já os preços das commodities são apurados pela média do mercado brasileiro, em dólar, calculados com base nas publicações feitas pela Agência Estado e CEPEA.

O índice de preços de fertilizantes inclui os valores de MAP, SSP, Urea e KCL ponderados pelas participações respectivas de seu uso no país. Já o das commodities inclui soja, milho, açúcar, etanol e algodão, ponderado pelo consumo de fertilizantes.

O índice é também ponderado pelo câmbio, considerado 70% dos fertilizantes (custo) e 85% das commodities (receita).

Culturas analisadas: soja, milho, açúcar, etanol (cana-de-açúcar) e algodão.

Dados referentes a abril/2023.

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Chuva atrapalha colheita do café no Espírito Santo e Bahia

De acordo com o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a área total destinada à cafeicultura no país em 2023 (arábica e conilon) totaliza 2,26 milhões de hectares, aumento de 0,8% sobre a área da safra anterior, com 1,9 milhão de hectares destinados às lavouras em produção, com crescimento de 3,3% em relação ao ano anterior e 355,5 mil hectares em formação, com redução de 11% em comparação ao ciclo anterior.

Vale destacar que, nos ciclos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar tratos culturais mais intensos nas lavouras, promovendo algum tipo de manejo como poda, esqueletamento ou recepas em áreas que só entrarão em produção nos próximos anos.

Nas últimas safras, a estabilidade na área brasileira de café tem sido compensada pelos ganhos de produtividade, representado pela mudança tecnológica observada na produção cafeeira.

Espírito Santo

A produção está estimada em 14.553 mil sacas com uma expectativa de redução de 13% na produção, causada pelo longo período de estiagem, aliado às baixas temperaturas e ano de baixa bienalidade, sobretudo, no arábica.

Já o café conilon capixaba possui uma produção estimada em 11.460 mil sacas, redução de 7,3% em relação à safra anterior. Arábica: a produção deverá ser de 3.093 mil sacas, 29,1% abaixo do volume colhido na última safra.

Bahia

A estimativa de produção é de 3.624 mil sacas com crescimento previsto em 0,6% na produção total. Arábica: 1.231 mil sacas e conilon: 2.393 mil sacas.

Chuva atrapalha colheita no Espírito Santo e Bahia

A colheita do café começou em várias áreas produtoras brasileiras. Porém, o avanço de uma frente fria pode atrapalhar momentaneamente a colheita nos estados da Bahia e do Espírito Santo. Veja o vídeo da meteorologista Eliana Gatti.

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Foto: Angela Ruiz – Café
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Exportações do agronegócio alcançaram recorde de 50,6 bilhões

Nos primeiros quatro meses deste ano, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram recorde de US$ 50,6 bilhões, o que representa um crescimento de 4,3% na comparação com o mesmo período em 2022, quando as vendas foram de US$ 48,53 bilhões.

De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) a expansão se deu em função do aumento da quantidade exportada (+2,3%), bem como do índice de preço dos produtos (+1,9%).

O aumento na quantidade exportada de milho (+6,05 milhões de toneladas) e soja em grãos (+1,05 milhão de toneladas) foi o que mais contribuiu para a expansão no índice de quantum.

O agronegócio representou quase metade das vendas externas totais do Brasil em 2023, com participação de 49%. No ano anterior o share do agronegócio na pauta exportadora brasileira foi de 47,7%. A exportações totais registraram crescimento de 1,6%, como resultado do crescimento do agronegócio, uma vez que os demais setores tiveram queda de 0,8% no período.

As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo), carne de frango e suína, milho, celulose e etanol foram recordes no quadrimestre.

Resultados de abril

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 14,7 bilhões em abril deste ano. Os principais recordes no mês foram para soja em grãos, carne de frango e carne suína.

A participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras subiu para 53,9% em abril. Os demais produtos exportados pelo Brasil registraram exportações de US$ 12,61 bilhões (-10,7%).

Soja em grãos

A soja em grãos registrou exportações de 14,34 milhões de toneladas em abril (+25,0%). A safra 2022/2023 com previsão de produção de 154,81 milhões de toneladas (+23,3%), impacta favoravelmente este resultado.

De acordo com a análise da SCRI, trata-se de um dos maiores volumes já exportados pelo Brasil, somente ultrapassado por três vezes em toda a série histórica (abril de 2020, com 14,85 milhões de tonelada; abril de 2021, com 16,11 milhões de toneladas e maio de 2022, que teve 14,97 milhões).

Os preços médios de exportação, porém, caíram de US$ 589,03 por tonelada em abril/2022 para US$ 540,30 por tonelada em abril/2023 (-8,3%). A queda dos preços reflete as perspectivas de oferta da oleaginosa nesta safra, que apresenta o maior nível de produção mundial da história, com boas perspectivas para a produção nos Estados Unidos, China, Índia e recorde histórico no Brasil, mesmo com a forte quebra de safra na Argentina.

Com o expressivo volume exportado, o valor atingiu US$ 7,75 bilhões (+14,6%), novo recorde mensal das exportações de soja em grão. A China é a principal importadora do Brasil, adquirindo 70% do volume exportado da oleaginosa.

Carnes de frango e suína  

Apesar da redução mensal das exportações de carne bovina em abril, com reflexos para todo o setor de proteína animal, as exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango devem ter ganhos importantes ao longo de 2023.

Segundo a SCRI, apesar da queda nas vendas externas de carne bovina, as exportações de carne de frango subiram de US$ 801,38 milhões em abril/2022 para US$ 826,63 milhões em abril/2023 (+3,2%), com incremento do quantum exportado em 4,7% e queda de 1,5% no preço médio de exportação. A China foi o país responsável pelo aumento das vendas externas de carne de frango, com alta de 62,7% no volume importado do Brasil.

Também houve incremento das vendas de carne suína, com embarques de US$ 249,40 milhões (+30,5%), com aumento da quantidade exportada (+16,4%) e do preço médio de exportação (+12,1%).

A China continua sendo a maior importadora da carne suína brasileira, com aquisições de US$ 86,15 milhões.

As carnes de frango e suína produzidas no Brasil se beneficiam de limitações de oferta na Ásia por problemas sanitários locais (principalmente Peste Suína Africana e Influenza Aviária).

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Minas Gerais inicia colheita do café

Em várias regiões de Minas Gerais, a colheita de café já começou e para a safra 2023 há uma grande expectativa entre os produtores. De acordo com os dados da Companhia Nacional de Absstecimento ( Conab), mesmo sendo um ano de bienalidade negativa, a produção deve alcançar 55 milhões de sacas, um número superior à de 2022.

Ainda segundo a Conab, a produção cafeeira de Minas Gerais deve ser a maior do Brasil e deve atingir o equivalente a 27,5 milhões de sacas. Já o Sul de Minas deve colher um pouco mais de 13 milhões nesta safra. Portanto, os cafeicultores de Minas Gerais, principalmente os do sul do estado, têm bastante trabalho pela frente.

Acréscimo de 25,2% em comparação ao volume total colhido na safra anterior, justificado pelo aumento da área e, principalmente, pelas melhores condições das lavouras após as últimas safras caracterizadas por climas adversos.

Foto: Café Labareda

A cafeicultura mineira é bastante tradicional e extremamente relevante para a produção nacional do grão. O cultivo acontece em diversas áreas pelo estado, porém existem algumas mesorregiões com características edafoclimáticas importantes que concentram grande parte dessa área produtora tal como o sul e centro-oeste mineiro, o Triângulo, o Alto Paraíba, o Noroeste, a Zona da Mata, o Vale do rio Doce e a zona Central.

Os últimos ciclos têm sido desafiadores para a garantia da prolífica e qualificada produção de café em Minas Gerais. Alguns fatores relacionados ao setor produtivo, especialmente no aspecto climático, foram preponderantes para a redução de potencial produtivo nas duas safras anteriores.

Tendência do clima para os próximos dias

Nos próximos dias o tempo firme vai ganhar espaço sobre todo o centro-sul do Brasil. A chuva acontece com maior intensidade sobre o sul da Bahia, nordeste de Minas Gerais e Espírito Santo. No Norte também chove bastante com altos volumes acumulados. Não vai haver mais ocorrência de geada a partir de sábado.

Uma frente fria avança a Região Sudeste e chega ao Espírito Santo favorecendo a formação de áreas de instabilidade sobre o estado nos próximos dias. Há risco de chuva forte!

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