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Chuva e frio diminuíram o ritmo da colheita do café

A produção total dos Cafés do Brasil foi estimada em um volume físico equivalente a 54,7 milhões de sacas de 60kg para a safra de 2023. Tal estimativa inclui obviamente a produção de 37,9 milhões de sacas da espécie de Coffea arabica, as quais equivalem a 69,3% da produção nacional, e, adicionalmente, 16,8 milhões de sacas de Coffea canephora, espécie no caso que contempla os cafés conilon e robusta, que correspondem a 30,7% da safra nacional total. Os dados são do boletim de acompanhamento de safra brasileira de café 2023, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Área de café

A área da cafeicultura, cujas lavouras estão de fato produzindo nesta safra 2023 no Brasil, totaliza 1,87 milhão de hectares, sendo que 1,48 milhões de hectares são destinados ao café arábica, e aproximadamente 390 mil hectares são de canephora (robusta e conilon), o que permite estimar que a produtividade média total dos Cafés do Brasil será de 29,2 sacas por hectare, considerando a safra total de 54,7 milhões de sacas citada anteriormente, com as duas espécies de cafés cultivadas no país.

Tendência do Clima

Com a passagem da frente fria e a ocorrência de chuva, o ritmo da colheita do café diminuiu. A chuva deve chegar de forma isolada também a áreas do Cerrado Mineiro. A partir desta segunda metade da semana o tempo seco volta a ganhar força e a predominar sobre o centro-sul. 

Na semana entre 06 e 12 de junho há previsão para a passagem de uma nova frente fria sobre o centro-sul do país. O sistema deve avançar pela região Sul a partir da metade da semana, provocando chuvas intensas entre o Rio Grande do Sul e o Paraná, onde os acumulados podem ultrapassar 100 mm em algumas localidades, do dia 6 ao dia 12 de junho. Mais uma vez a chuva deve chegar a partes do Centro-Oeste e do Sudeste, com mais intensidade nas áreas mais ao sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Temperatura

Entre quinta-feira (01/06) e domingo (4/06), ainda faz frio sobre áreas produtoras do Paraná, Mato Grosso do Sul e Sudeste, mas não há previsão para frio extremo. Além disso, não há previsão para novo declínio acentuado das temperaturas durante a primeira quinzena de junho. Um novo episódio de frio mais intenso está previsto para a Região Sul na última dezena do mês, mas ainda assim não há indicativo para frio intenso em áreas produtoras de milho segunda safra, cana de açúcar e café.

Produção mundial de café

A produção mundial da cafeicultura deverá atingir o equivalente a 171,3 milhões de sacas de 60kg, das quais 98,6 milhões de sacas serão da espécie de C. arábica, que corresponderão a 57,5% da safra global, e 72,7 milhões de sacas de C. canephora, que representarão em torno de 42,5% da produção mundial no ano-cafeeiro 2022-2023, de acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC).

Safra cafés do Brasil

Caso os números se confirmem, a safra estimada para os cafés do Brasil, irá corresponder a 32% da produção global, incluindo obviamente as duas espécies citadas. A produção de café arábica no Brasil equivale aproximadamente 38,5% da produção de C. arabica em nível mundial, e a produção brasileira de C. canephora poderá chegar a 23% da produção dessa espécie (robusta+conilon) em nível mundial.

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

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Clima favorece início da colheita do algodão na BA e MT

A produção de algodão em pluma deve atingir 2,90 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 13,6% em relação à safra 2021/2022 e 6,1% em relação ao levantamento anterior. Este aumento foi ocasionado por ampliação da área e ganho de produtividade, de acordo com o último boletim Agro da Conab.

Colheita do algodão no Oeste da Bahia deve acelerar nas próximas semanas

De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), os trabalhos de colheita da safra 2022/23 de algodão no Brasil estão em ritmo normal. Até dia 26/05 o Paraná já alcançava 10% da área colhida; São Paulo, 12%; Mato Grosso do Sul, 3%; Minas Gerais, 8%. Mato Grosso e Bahia iniciaram a colheita e os clima irá colaborar para o avanço dos trabalhos nas próximas semanas nestes dois estados.

Tendência do Clima

O risco de temporais continua no centro-sul do Brasil. Veja os detalhes no vídeo da meteorologista Nadiara Pereira:

Exportações brasileiras de algodão

As exportações brasileiras de algodão ficaram bem abaixo do volume esperado para o mês de abril/2023. A China e a Turquia, principais compradores da pluma brasileira, têm adquirido menores volumes. O setor tem procurado ampliar a exportações para novos clientes.

A queda do consumo interno e das exportações devem fazer o estoque final da safra atual chegar a 1,91 milhões de toneladas, aumento de 32,9% em relação à safra anterior, a menos que haja uma melhora na situação econômica global, com queda dos juros e melhora no consumo, os preços tendem a cair, principalmente diante da entrada da nova safra, a partir de junho.

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Falta de chuva na Bahia prejudica lavouras de feijão de sequeiro

A colheita da primeira safra de feijão está praticamente finalizada em todo o país. Apesar da redução na área cultivada, uma recuperação na produtividade do feijão traz leve aumento no volume total produzido, em comparação à safra anterior.

Segunda safra

Em alguns estados produtores já há inicio de colheita da segunda safra, tais como Paraná e Santa Catarina. No Sul do país, a colheita já se iniciou, porém ainda de modo tímido, e deverá se intensificar nas próximas semanas.

Na Bahia, falta de chuvas regulares prejudica lavouras de sequeiro. Com a intensificação da colheita da segunda safra, espera-se movimento de queda dos preços no feijão cores e no preto. Condições climáticas favoráveis indicam um bom aumento de produtividade do cores, o que deverá culminar em aumento de produção, apesar da queda de área.

De acordo com o Boletim AgroConab, as boas expectativas fazem com que o mercado espere bons volumes do produto na 2ª safra, o que resulta na restrição do movimento de alta dos preços, com as cotações se acomodando em patamares mais baixos.

Estoque de passagem deve permanecer reduzido, situação comum para o produto, que é uma cultura de ciclo curto e plantada ao longo de todo o ano. Com movimentação lenta, compradores permaneceram retraídos à espera da entrada da safra, que deverá forçar reajustes negativos.

Com o início da colheita da segunda safra, o movimento de alta tende a perder força e os preços a se acomodarem em patamares mais baixos. A balança comercial é reduzida na comparação com o tamanho do setor. Para a temporada 2022/2023, a projeção é de estabilidade nas exportações e importações. Identifica-se um mercado comprador consolidado, porém sem perspectiva de expansão, em função da expressiva redução no plantio, e do limitado mercado internacional de caupi, tipo de grão exportado pelo país.

O mercado segue na expectativa de realização dos bons volumes da oferta previstos para a 2ª safra.

Tendência do clima

O mês de maio vai se despedindo com mudanças no tempo sobre o centro-sul do país. O risco de temporais na quarta-feira aumenta sobre o centro-sul e oeste de SP, estados do PR e em SC, devido à baixa pressão que se forma na costa do Sudeste. As temperaturas seguem mais amenas, inclusive no estado de MS. A Chuva também retorna ao DF enquanto as instabilidade se espalham sobre o Triângulo de MG, leste e norte de MT. Pancadas localmente fortes entre o AM, PA, MA e norte do TO. Na costa leste nordestina, aumento das instabilidades desde Recife a Aracaju.

Tempo firme volta a predominar no Centro-Sul devido à atuação de uma alta pressão atmosférica, os dias serão de sol e temperaturas baixas no amanhecer. Pancadas de chuva permanecem ocorrendo no Norte e no Nordeste, sendo volumosas no AM e em RR.

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Chuva acima da média favorece início da safra de cana no centro-sul

O início da safra de cana de açúcar começou no mês de abril no Centro-Sul (2023/2024), e registrou 18,5% de ganho em TCH (toneladas de cana por hectare) em relação à safra passada, crescendo de 70,6 para 83,7 TCH na média da região, segundo o último boletim de Olho na Safra, divulgado pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

A alta da produtividade está relacionada aos elevados volumes de chuva registrados na safra 2022/23 e pelo menor estágio médio de corte entre os meses de abril de 2022 e 2023, variando de 3,7 para 3,3, respectivamente, indicando um canavial mais jovem. Regionalmente, as produtividades médias registradas foram muito superiores às da safra passada, com exceção do estado de Goiás, que registra uma produtividade similar. Goiás foi o estado que menos sofreu com a seca registrada em 2021, mantendo a produtividade.

Foto: Getty Images

Produtividade

Os destaques positivos em produtividade são o Paraná, que aumentou em quase 60%, Araçatuba (+33,6%), e Mato Grosso do Sul (+29%).

A qualidade de matéria-prima (ATR) foi praticamente igual à registrada em abril de 2022 (ganho de 0,9%), com perdas mais evidentes em Goiás e Piracicaba.

Tendência do Clima para os próximos dias nas áreas de cana

Entre esta terça (30/05) e a quarta-feira (31/05), muitas áreas de instabilidade provocam chuvas fortes entre a Região Sul, partes do Sudeste e do Centro-Oeste. As áreas mais atingidas serão o Vale do Itajaí em Santa Catarina, Paraná, metade sul de São Paulo e de Mato Grosso do Sul. Até a quarta-feira, os volumes de chuva podem ultrapassar 50 mm nesses estados. A chuva pode vir acompanhada por rajadas de vento, eventual queda de granizo e além de paralisar as atividades de corte e moagem da cana de açúcar, pode provocar transtornos.

A chuva deve espalhar também, mas de uma forma mais isolada entre o sul de Mato Grosso, sul de Goiás, metade sul e leste de Minas Gerais. No extremo sul de Minas Gerais, assim como no Rio de Janeiro a chuva pode chegar de uma forma moderada. Na segunda metade da semana o tempo seco volta a ganhar força e a predominar sobre o centro-sul.

Temperatura

Apesar do começo desta semana gelado sobre o Rio Grande do Sul, a tendência é que o frio diminua ao longo dos próximos dias e não há previsão pra novo declínio muito acentuado das temperaturas e frio intenso com risco para cultivos nesta primeira quinzena de junho. Um novo episódio de frio mais intenso está previsto para a região Sul na última dezena do mês, mas ainda assim não há indicativos para extremos em áreas produtoras de cana de açúcar.

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Colheita da soja avança e está na reta final

A reduzida ocorrência de precipitações no segundo período do mês de maio permitiu o avanço da colheita da soja, que alcançou 97% da área cultivada no Rio Grande do Sul. No entanto, a presença prolongada de orvalho e neblina, em alguns dias, resultou em baixo rendimento operacional devido às poucas horas de condições adequadas para o trabalho das colheitadeiras, além de resultar em grãos com alto teor de umidade.

Foto: Grazi Camargo – São Sepé – RS

As chuvas excessivas no início de maio, provocaram atrasos e houve perdas por debulha natural, grãos danificados, especialmente nas cultivares que já estavam prontos para a colheita naquele período. Já nas cultivares de implantação mais tardia, cujo ciclo estava em finalização quando ocorreram os grandes volumes de chuva, não foram observados maiores problemas em relação a perdas na lavoura.

Correção do solo

Nas lavouras onde a colheita já terminou, os produtores estão planejando estratégias de manejo e correção do solo, como coleta de amostras de solo, encaminhamento para análise laboratorial e aplicação de corretivos de acidez. O clima seco e a baixa umidade do solo contribuíram para o desempenho positivo da operação de distribuição de calcário. A implantação de plantas de cobertura de inverno foi pouco significativa devido à baixa umidade do solo e à dificuldade de realizar o plantio em solo seco e compactado. No entanto, a necessidade de aumentar a matéria seca para melhorar as características físicas do solo tornou-se uma questão de grande importância, pois nas lavouras com manejo adequado do solo, as produtividades da soja foram superiores em comparação às demais, mesmo diante do déficit hídrico.

A área cultivada de soja no Estado, na safra 2022/2023, é de 6.513.891 hectares. A produtividade estimada é de 1.923 kg/ha, representando redução de 38,58% em relação à projeção inicial.

Tendência do Clima

Com a chegada de uma nova frente fria a umidade aumenta em algumas áreas agrícolas. Veja os detalhes no vídeo abaixo com o meteorologista Willians Bini:

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Fertilizantes especiais apresentaram crescimento em 2022

O mercado de fertilizantes especiais teve mais um período de crescimento em 2022, encerrando o ano com um crescimento médio de 33,2%, quando faturamento chegou a R$ 22,193 bilhões. O dado integra o relatório de inteligência de mercado, publicado na nona edição do Anuário da Associação Brasileira de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo). 

Ainda que o aumento de preços tenha impactado o faturamento, a variação foi menor do que a observada em 2021. O aumento médio dos preços foi de 12,6% a 16,4%, dependendo da categoria de produto, o que nos permite concluir que houve crescimento real desta indústria.

Fatores como a expansão da adoção dos produtos da indústria pelos agricultores em função do aumento da percepção de valor; o crescimento da área plantada de culturas de grande importância econômica e o valor agregado aos produtos, decorrente dos ganhos tecnológicos incorporados favoreceram os resultados positivos. O maior investimento em tecnologia, considerando a atratividade dos preços das commodities agrícolas, também influenciou o desempenho do setor. 

O presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, Clorialdo Roberto Levrero, ressalta o protagonismo dos agricultores nos resultados do setor, uma vez que compreendem cada vez melhor os benefícios da utilização dos fertilizantes especiais para o aumento da produtividade no campo. “Nossa indústria possui uma ampla variedade de soluções e entrega ótimos resultados a partir da compreensão das particularidades de cada produtor, de cada perfil de negócios e do ambiente onde está inserida a produção” explica Levrero.

Ao detalhar o crescimento do setor, o presidente da entidade esclarece que os dados apresentados se referem ao valor de venda da indústria para revendedores de insumos (51,5%), para cooperativas (10,1%) e para produtores (38,5%). Em função desses percentuais, o valor total do mercado de fertilizantes especiais a preços pagos pelos produtores é significativamente superior.

Investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Por parte da indústria de fertilizantes especiais, Levrero pondera a importância dos investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). “A expansão da adoção dos produtos da indústria pelos agricultores tem relação direta com a evolução tecnológica dos produtos. A percepção de agregação de valor à produção é cada vez maior”, detalha o presidente da Abisolo. Ele acrescenta que, em 2022, os investimentos em PD&I foram da ordem de R$ 460 milhões ante a R$ 440 milhões no ano anterior. 

Outro ponto destacado no capítulo de inteligência de mercado do Anuário da Abisolo é o crescimento dos negócios em todas as categorias de produtos, com destaque para os fertilizantes minerais especiais, com o crescimento de 37%, seguidos pelos fertilizantes orgânicos (25,5%) e pelos organominerais (22,7%). Quando analisado o desempenho dos produtos, considerando o seu modo de aplicação, o maior destaque foi para os produtos para aplicação via solo que tiveram crescimento de 66,2% em relação ao ano anterior, seguidos pelos de aplicação via folha (22,6%), os para aplicação via sementes (17,9%) e o para aplicação via fertirrigação e hidroponia (3,8%).

Maiores estados consumidores de fertilizantes

Ainda de acordo com o relatório, os estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso. Goiás e Paraná foram os maiores consumidores de fertilizantes especiais (20,22%, 16,4%, 13,46%, 10,86% e 9,39%, respectivamente).

Em relação às expectativas para 2023, o presidente informa que o setor segue otimista. “A evolução tecnológica da indústria e o espaço para o aumento de adoção, são indicadores seguros de crescimento sustentado nos próximos anos. A pesquisa que realizamos indica uma expectativa de crescimento médio de 32% em 2023”, apontou Levrero.

O Mercado dos Condicionadores de solo de base orgânica em 2022

Este setor teve crescimento de 16,2% se comparado com o faturamento obtido em 2021. Parte importante deste crescimento se justifica em função do aumento da conscientização, pelos produtores, da importância da construção e da recuperação do solo para o aumento da eficiência dos processos nutricionais e para melhoria da performance da produção.

A maior expansão se deu nos condicionadores sólidos (51,9%). Os condicionadores líquidos apresentaram retração nas vendas (8,4%).

Leia também: Especial AgroTalk Agrishow Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação para o Agronegócio

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Variedade de semente de milho é destaque na AgroBrasília

O milho é uma cultura produzida nas lavouras do Sul, Sudeste, Centro-Oeste Nordeste e Norte do Brasil, seja para o consumo humano ou para alimentação animal, como proteína fundamental na ração de bovinos de leite, aves e suínos.

O grão é destaque na feira AgroBrasília 2023 que acontece até o próximo sábado (27/05), e mostra importância desta commoditie na balança econômica brasileira. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção de milho desse ano deve ser recorde, alcançando 119,9 milhões de toneladas, 8,8% maior que em 2022. 

Foto: Angela Ruiz – AgroBrasília 2023

Esse crescimento gera uma demanda por sementes que auxiliem o agricultor a produzir mais, com menor impacto ambiental. Por isso, durante a AgroBrasília o que se viu em diversos estandes expositores o investimento em pesquisa e desenvolvimento de híbridos que aumentem o potencial produtivo e ao mesmo tempo que sejam menos impactados pelas variações climáticas. A tecnologia empregada nas sementes mostra para o produtor que há recursos mais tolerantes às pragas e doenças, que é fundamental para contribuir com uma agricultura sustentável. 

Tendência do Clima

No boletim, a meteorologista Eliana Gatti comenta sobre o risco de temporal para o centro-sul do país nos próximos dias. Assista:

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

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Conheça o vinho mais indicado para o Outono

O outono possui suas características próprias, e costuma ser um período de preparação para o clima mais frio do ano, que é o inverno. O outono é conhecido por ser um período marcado pela queda das folhas das árvores, queda na umidade relativa do ar e diminuição da chuva.

No Brasil, a estação termina no dia 21 de junho quando o Inverno chega de vez. Sendo assim, os hábitos mudam assim como os alimentares. Portanto, destacamos neste período o consumo de vinho por seus apreciadores. Sendo assim, os vinhos tintos de corpo médio acabam sendo uma opção ideal para o outono. Com acidez moderada e aroma de frutas vermelhas, é um vinho versátil e que combina tanto com pratos indicados para serem consumidos com tintos leves ou com tintos encorpados. 

Ele pode ser considerado até um vinho coringa, pois ele combina com ocasiões mais formais e também com ocasiões mais descontraídas. Se for um vinho ainda com pouca ou nenhuma passagem por madeira melhor ainda, pois deixa a bebida ainda mais com a cara do outono”, explica o enólogo Ricardo Henriques.

Se a ideia for apreciar um vinho acompanhado de uma refeição, é preciso ficar atento em relação ao prato que será servido. No outono, a massa acaba sendo um prato visto com frequência, seja no almoço de domingo com a família, ou então em um jantar. Para quem não abre mão da massa um vinho cabernet sauvignon é sugestivo. Robusto, com bons taninos e boa presença de acidez, ele apresenta aromas de frutas vermelhas e negras. 

“É importante também ficar atento em relação ao teor alcoólico do vinho, pois um cabernet sauvignon costuma ter um alto teor alcoólico, e isso pode aumentar a sensação de calor, então se for um dia mais quente do outono, talvez o ideal seja procurar algo mais leve”, pontua Henriques.

Para quem prefere algo mais descontraído, a pizza é um prato de fácil aceitação, e harmoniza com um vinho tinto suave, que costuma ser um vinho mais doce. Outro prato que é bastante consumido tanto no outono como no inverno é o queijo. Assim como o vinho, existem vários tipos de queijo, então o vinho indicado para cada tipo vai variar de acordo com o queijo selecionado. 

“Se for um queijo maduro, o ideal é servi-lo acompanhado de um vinho tinto mais encorpado, para não deixar que a bebida passe despercebida”, diz Henriques.

As temperaturas mais amenas do outono também são um convite para saborear um clássico da culinária italiana: o risoto. O prato que leva arroz frito com cebola e que é cozido aos poucos com caldo de carne, ave ou peixe também combina perfeitamente com um vinho Syrah, que normalmente são encorpados e com acidez média, além de apresentar aromas de especiarias doces. Na hora de servir a sobremesa, é possível também aproveitar para apreciar um bom vinho.

“Por conta do final refrescante e por ser suavemente adocicado, o espumante Moscatel branco harmoniza perfeitamente com uma sobremesa, pois no caso da harmonização com sobremesa, é necessário que o vinho tenha doçura igual ou superior à sobremesa”, ressalta Henriques.

“Para quem prefere apreciar um bom vinho no outono sem nenhum acompanhamento, o ideal é optar por vinhos macios e fáceis de beber, como é o caso do tempranillo, que é um vinho delicado, com boa acidez, taninos elegantes e teor alcoólico de nível médio ou alto”, finaliza o enólogo.

Leia também: Cadeia produtiva é destaque na maior feira de alimentos e bebidas das Américas

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Estimada em 52,5 bilhões receita bruta dos Cafés do BR ocupa o quarto lugar no ranking das lavouras

O total do faturamento bruto estimado para as principais lavouras brasileiras no presente ano em curso atingirá o montante equivalente a R$ 868,96 bilhões, valor que foi calculado tendo como referência o volume físico e os respectivos preços médios dos produtos a serem recebidos pelos agricultores das 17 principais lavouras brasileiras, cujos dados foram levantados e estudados no período de janeiro a abril de 2023.

Com base nos dados desse estudo, caso seja elaborado um ranking em ordem decrescente dos cinco produtos que apresentaram maior estimativa de faturamento, tem-se o seguinte: soja, em primeiro lugar, com R$ 368,85 bilhões, valor que equivale a 42,4% do total das lavouras pesquisadas; em segundo, destaca-se o milho com R$ 156,27 bilhões (18%); na terceira posição vem a cana-de-açúcar com 107,87 bilhões (12,4%); na sequência, em quarto, o café com R$ 52,53 bilhões (6%), e, em quinto, o algodão com R$ 31,51 bilhões, cujo valor corresponde a 3,6% do valor total das lavouras pesquisadas.

Foto: Getty Images

Em relação à receita estimada dos Cafés do Brasil, foco principal desta análise, vale destacar que em 2023 o faturamento bruto exclusivo do café da espécie arábica deverá atingir o montante de R$ 41,3 bilhões, o qual equivale a 78,6% do total do setor cafeeiro nacional. E, adicionalmente, que a receita do café da espécie conilon será de R$ 11,2 bilhões, valor que representa aproximadamente 21,4% do total de R$ 52,5 bilhões, citado anteriormente, que inclui obviamente as duas espécies.

Os dados e números que fundamentam esta análise para divulgação no Observatório do Café foram extraídos do Valor Bruto da Produção – VBP Abril/2023, documento que é elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa desde 2005. Tais edições, a partir de julho de 2014, também passaram a ser disponibilizadas no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Leia também: Especial Agrotalk Agrishow: Agropolo Vale inova em tecnologia e no fomento da cadeia produtiva

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Excesso de chuva influenciou semeadura mais tardia da soja

O alongamento do ciclo da soja e o excesso de chuvas provocaram a implantação mais tardia das lavouras, o que resultou em consequências negativas para a segunda safra de milho, na avaliação da Agroconsult, organizadora do Rally da Safra. A primeira consequência diz respeito à limitação do crescimento de área para essa safra. O potencial de expansão de mais de 700 mil hectares no Brasil, estimado inicialmente em janeiro, não ocorreu devido às reduções de área plantada em importantes estados produtores como Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Já no Mato Grosso, o cenário é outro. Com o terceiro melhor ritmo de plantio da história, o estado deve apresentar um crescimento de mais de 400 mil hectares na área plantada, contribuindo para que a área plantada no país fosse mantida nos mesmos 16,7 milhões de hectares da temporada passada.

A segunda consequência do plantio tardio das lavouras diz respeito ao risco climático. Segundo levantamento da Agroconsult, cerca de 70% das lavouras do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais foram implantadas na janela de alto risco, geralmente associada a plantios ao longo dos meses de março e abril. No Paraná e no Sul do Mato Grosso do Sul, o potencial produtivo de pelo menos 60% das lavouras ainda não está definido e as produtividades estão sujeitas à seca e às geadas ao longo de junho, quando ao menos 10% da área plantada nos dois estados estarão em período de pendoamento.

Foto: Getty Images

No momento, as estimativas de produtividade para essas regiões são positivas, apesar dos desafios. No Paraná, a estimativa é de 96 sacos por hectare, 6% acima da safra passada, e no Mato Grosso do Sul, 91 sacos por hectare, 3% abaixo da safra passada. O estado que apresenta o maior potencial de recuperação em relação à safra passada é Minas Gerais, com produtividade estimada em 92,4 sacos por hectare, 43% acima da anterior. Juntos, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, que correspondem a 31% da produção nacional de milho segunda safra, possuem 20 milhões de toneladas ainda suscetíveis ao comportamento climático, até o final do seu ciclo.

No Mato Grosso e em Goiás, com a safra mais adiantada, a maior parte do potencial produtivo está consolidada e será muito difícil ocorrer quebras. A boa distribuição de chuvas ao longo dos meses de março e abril indica o bom potencial da safra, o que deve levar os dois estados a baterem recordes de produtividades. No Mato Grosso, a produtividade deve alcançar 116 sacas por hectare, contra 104,5 sacas na temporada passada. Em Goiás, a expectativa é de 114 sacas por hectare, contra 81,3 sacas na safra anterior.

Nesse cenário, a produção da segunda safra de milho é estimada pela Agroconsult em 102,4 milhões de toneladas, com aumento de 11% em relação à safra passada. No período pré-Rally, em janeiro último, a projeção era de 101,4 milhões de toneladas. No encerramento da etapa soja, a estimativa era de 97,2 milhões de toneladas. Boa parte do desempenho atual se deve ao Mato Grosso, que poderá superar, pela primeira vez, a marca de 50 milhões de toneladas de milho segunda safra, contra 42,7 milhões de toneladas na temporada passada.

“As equipes do Rally estarão em campo num momento importante da safra, avaliando o potencial das lavouras implantadas tardiamente, bem como toda a expressão do potencial das regiões onde o clima e tecnologia favorecem recordes de produtividade”, afirma André Debastiani, coordenador do Rally da Safra. “Os produtores mantêm boas as expectativas e há um viés de alta para a produtividade”, explica.

Tendência do Clima

Com a produção do milho primeira safra estimada em 29,9 milhões de toneladas – 15% acima da safra anterior – em uma área plantada de 5,3 milhões de hectares (queda de 3%), o Brasil deverá colher 132,3 milhões de toneladas nesta temporada. “Uma vez consolidada essa produção recorde, passaremos a ter dois grandes desafios pela frente. O primeiro é dar destino interno a essa produção. A Agroconsult estima, atualmente, o consumo de milho em 80,4 milhões de toneladas, 8,2% acima da safra passada. Temos um bom momento do mercado de carnes que, com a queda de preços do milho, passa a ter melhores condições de adquirir o produto. E há também incremento na produção de etanol de milho, que já soma 13,6 milhões de toneladas”, diz o coordenador do Rally.

O segundo desafio será o logístico, tanto para exportar 54,1 milhões de toneladas, conforme estimativas da Agroconsult, como também para armazenar toda a produção, especialmente no segundo semestre: com os armazéns repletos de soja, o milho será armazenado a céu aberto. E com o volume recorde também de exportação de soja, de farelo de soja e de açúcar, o sistema portuário brasileiro será colocado em teste.

Rally em campo

As duas primeiras equipes técnicas da etapa milho começam a avaliar as lavouras entre 21 e 28 de maio no Médio-Norte e no Oeste do Mato Grosso, passando pelas regiões de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Tapurah, Sorriso, Sinop, Campo Novo do Parecis e Sapezal. De 29 de maio a 4 de junho, a expedição percorrerá o Sudeste e Leste do Mato Grosso e Norte do Mato Grosso do Sul; no início de junho chegará ao Sudoeste de Goiás. As duas últimas equipes viajarão em junho pelo Sul do Mato Grosso do Sul e Oeste do Paraná.