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A cor do ovo altera o valor nutricional?

Queridinho na mesa da família brasileira, os ovos fazem parte de uma dieta equilibrada e é ingrediente essencial em muitas receitas. Mas afinal, a cor do ovo influencia no seu valor nutricional?

Segundo a zootecnista Rebeca Horn Vasconcelos,  a cor dos ovos de galinha não interfere em seu sabor, qualidade ou valor nutricional. “Sua cor está ligada a questões genéticas. A formação da casca e sua pigmentação é um processo independente do seu conteúdo interno”, explica Rebeca.

“De fato é possível saber ou deduzir a cor da casca do ovo a partir da raça da galinha. De acordo com estudos, galinhas vermelhas/marrons tendem a pôr ovos de casca escura, em tons acastanhados. Na realidade todos os ovos em essência são brancos”, é o que explica a zootecnista.

A casca dos ovos de galinha são compostas de carbonato de cálcio, um cristal de cor branca, devido a isso, todos os ovos são brancos a princípio.

Foto: Getty Images

“A mudança de cor acontece no momento que ele está passando pelo oviduto – órgão de estrutura tubular que liga o ovário da ave à cloaca, que é a cavidade por onde sai o ovo – e é imerso em uma substância lubrificante que facilita a saída e colore o ovo, e no caso de aves que possuem maiores concentrações desse líquido os ovos saem vermelhos”, relata a profissional. 

Mas apesar da coloração da casca, não existe nenhuma diferença nutricional entre eles. O que pode acontecer é que ovos maiores, por conta do tamanho, vão entregar mais nutrientes (colesterol, proteínas, calorias) do que ovos pequenos. Mas e a cor da gema? “Então, isso está associado à alimentação dos animais. As galinhas com um dieta mais rica em carotenóides possuem gemas mais amarelas, isso geralmente acontece com galinhas criadas livres, pela diversidade de nutrientes na alimentação, que pode ser incluída também na ração”, pontua a zootecnista.

Diferença nos preços

O consumidor deve se questionar do porquê mesmo possuindo o mesmo valor nutricional alguns ovos possuem diferenças de preços. A explicação está no fato de que algumas raças de galinhas colocam ovos com mais facilidade e mais quantidade, enquanto outras podem precisar de mais ração ou tempo para isso. E, no final, essa demora e maior custo para o criador é revertido no valor do produto final. 

Leia também: Safra de algodão 22/23 de MT pode ter recorde histórico de produtividade

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Safra de algodão 22/23 de MT pode ter recorde histórico de produtividade

A safra de algodão 2022/2023 no Brasil tem apresentado resultados promissores nos principais estados produtores. Diferente do ciclo passado, quando problemas climáticos prejudicaram o desenvolvimento vegetativo e a formação de capulhos e resultaram em produtividades abaixo da média. Segundo estimativas da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o país deve colher três milhões de toneladas de pluma, acréscimo de 18% em relação a 2021/22 e considerado um patamar histórico.

O ciclo atual do algodão ocupa 1,67 milhão de hectares, o que coloca o Brasil entre os quatro maiores produtores mundiais, atrás de China, Índia e Estados Unidos. Mato Grosso, com 1,2 milhão, é o maior produtor nacional.

Foto: arquivo istock

Bom volume de chuva

Márcio Souza, coordenador de Projetos e Difusão de Tecnologias do Imamt – Instituto Mato-grossense do Algodão, destaca que no Estado o plantio de algodão sofreu em média dez dias de atraso. A semeadura aconteceu entre o final de janeiro e 10 de fevereiro e preocupou os produtores que temiam que faltasse chuva no mês de maio, trazendo efeitos negativos para a produção como na safra passada. No entanto, houve bom volume de chuvas, que chegaram até junho na maioria das regiões.

O cenário de precipitações estende o ciclo da cultura no campo, mas, por outro lado, ajuda a garantir bom potencial produtivo e qualidade de fibra. Esta é a expectativa de entidades e cotonicultores até o momento, com cerca de 26% da área colhida. “Acreditamos em recorde de produção nas lavouras da BR-163. Sapezal e Campo Novo do Parecis vão produzir muito bem, assim como o Sul do Estado, e Vale do Araguaia ficará dentro da média. No ano passado se falava em 235 arrobas por hectare em caroço, mas esse ano esperamos produtividade média de 300@/ha, com regiões passando disso. Será um dos melhores anos historicamente em MT”, indica o coordenador do Imamt.

Desafios

Apesar do otimismo trazido pela boa condição climática, doenças e pragas exigiram atenção dos produtores de algodão também nesta safra. O alto volume de chuvas até o mês de março e a frequência de precipitações até abril formou um ambiente de favorabilidade para a Mancha alvo (Corynespora cassiicola), principalmente, além de Mancha da ramulária (Ramulariopsis spp.) e Mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum).

“Dos primeiros 50 dias até 110 dias, a pressão maior foi de mancha alvo, causando severa desfolha das plantas e, em casos mais graves, levou ao abortamento das maçãs. Em seguida, a partir de 120 dias, com ambiente mais seco, a incidência dessa doença reduziu consideravelmente e a Ramulária ganhou importância”, destaca João Paulo Ascari, fitopatologista e pesquisador da Fundação MT.

O especialista explica ainda que os problemas com mofo-branco também ocorreram durante a fase reprodutiva da cultura, muito em função da maior umidade presente. No entanto, a maior incidência de estruturas com podridão foi em regiões mais altas, acima de 500 metros de altitude.

Com relação às pragas, a incidência do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) foi maior em lavouras do Sul de Mato Grosso, de acordo com o coordenador do Imamt. “Para um ou outro produtor causou problema de produção, mas quem realizou o manejo de controle de forma mais adequada, respeitando as recomendações preconizadas pela pesquisa, obteve sucesso”. Ele enfatiza que para a próxima safra a espécie precisa ser considerada como preocupação, mas “não que esteja fora de controle, é uma questão de manejo correto de produtos em algumas áreas”.

Por outro lado, Ácaro-rajado (Tetranychus urticae), segundo Souza, está presente em todas as regiões e demanda atenção máxima para a prevenção da sua ocorrência e rotação de produtos disponíveis para controle. “Outra problemática que tem crescido no algodoeiro são as plantas daninhas, sendo o Capim-pé-de-galinha em todas as regiões, a Vassourinha-de-botão na BR-163 e o Caruru, além do Capim-pé-de-galinha, em Sapezal e Campo Novo do Parecis”, acrescenta.

Bahia

Na Bahia, onde foi semeado 312,6 mil hectares, o engenheiro agrônomo e consultor Ezelino Carvalho, membro do Grupo Brasileiro de Consultores de Algodão – GBCA, diz que a atenção da próxima safra deverá ser com o El Niño e o que pode ser feito para minimizar os seus efeitos. “Pode alterar o regime de chuvas e sabemos que para as regiões Norte e Nordeste pode ser mais seco”, define.

O consultor acredita que serão necessárias mais ações preventivas para o controle de lagartas comuns ao algodoeiro, ácaros e também de trípes (Thysanoptera: Thripidae). “É um problema difícil de controlar em anos mais secos, sendo necessárias mais aplicações”, completa.

O consultor alerta, ainda, para a perda de eficiência de biotecnologias desenvolvidas para o controle de lagartas. “Foi motivo de atenção nessa safra e seguirá assim na próxima. De acordo com os dados de campo, esse é um problema que impacta diretamente na rentabilidade da lavoura – custo das tecnologias somada ao custo de inseticidas – e com o clima seco a intensidade de lagartas é maior e, consequentemente, o número de aplicações”, observa Carvalho.

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AgroTalk Especial: Gerenciamento de risco é tema no podcast

Administrar uma fazenda não é tarefa fácil para o produtor rural hoje no Brasil. A lista de itens na planilha é longa quando falamos de gestão dos recursos e dos negócios dentro da porteira.

As variáveis são inúmeras no processo da gestão de uma fazenda eficiente. No episódio desta semana abordamos o gerenciamento de risco, o processo de mapear os processos e entender as necessidades de cada produtor. O que é preciso fazer para mitigar os riscos? Ouça:

Onde ouvir o podcast AgroTalk

Todos os conteúdos do podcast AgroTalk também estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Podcasts Connect da Apple. Ao acessar as plataformas é só procurar por AgroTalk. Acompanhe aqui lista de todos os episódios do podcast AgroTalk.

Acesse a lista de matérias e vídeos do podcast AgroTalk. Se preferir veja também na playlist do Youtube  

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Área de cultivo de abacate mostra expansão no Brasil

A comercialização de avocado e abacate tropical no Brasil em 2023 tem quebrado recordes, apontam dados do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). De janeiro a maio deste ano, 27.569 toneladas das variedades do fruto foram vendidas pelo seu maior entreposto no país, um crescimento de 54% (9.717 toneladas a mais) em relação às 17.582 toneladas registradas no mesmo período de 2022.

Os números indicam que este é o melhor primeiro semestre da abacaticultura brasileira desde 2007, quando o entreposto que comercializa um quarto do volume produzido de abacate no Brasil passou a fazer esse levantamento.

O IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, estima que a produção de abacate no Brasil tenha crescido cerca de 38,59% entre 2017 e 2021, chegando hoje a ocupar 18,1 mil hectares. Conforme o Instituto a produtividade, na contabilidade deste último ano foi de 301 mil toneladas de abacate, tanto nacional quanto avocado, que é um parente do abacate e muito utilizado na culinária dos países hispânicos.

Estados produtores de abacate

Os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal são os que mais produzem a fruta, mas tem se expandido para outras áreas, como o Ceará, que se beneficia dos momentos de entressafra dos principais produtores brasileiros.

Principais destinos da produção de abacate no BR

Entre 2017 e 2023, a produção dessas regiões apoiou a exportação brasileira do fruto com um total de 56 mil toneladas destinadas ao mercado externo. Nesse período, os principais destinos foram Holanda, Espanha, França e Alemanha no mercado europeu; e Argentina e Uruguai no Mercosul. Cerca de 95% da produção de avocado no país é destinada à exportação.

Foto: Getty Images

De acordo com a Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados), a alta do cultivo das variedades de abacate também contribuiu para que as vendas ao exterior quase triplicassem no primeiro semestre.

Nesse período foram exportadas, no total, 19,9 mil toneladas do fruto (sendo a grande maioria avocado), 175% a mais do que as 7,2 mil toneladas registradas de janeiro a junho de 2022. Já a receita total com a exportação de avocado e abacate tropical nos seis primeiros meses desse ano foi de US$ 30,059 milhões, montante 153% superior aos US$ 11,880 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.

Avanço da área de cultivo de abacate no BR

Segundo a Associação Abacates do Brasil, o crescimento da comercialização do avocado e o seu preço mais acessível se devem à expansão de sua área de cultivo em solo brasileiro nos últimos anos, com um avanço de mil hectares em 2016 para 9 mil hectares em 2022.

“A supersafra mostra que o avocado, assim como o abacate tropical, segue em franca expansão e com um enorme potencial para apoiar o avanço do Brasil na fruticultura mundial, onde hoje o país já ocupa a terceira posição. Mas existe a oportunidade de destinar uma porção cada vez maior do cultivo de avocado para o mercado interno, o que também ajudará a sustentar o crescimento dessa cultura ao longo das próximas décadas”, diz Ligia Falanghe Carvalho, diretora-presidente da Associação Abacates do Brasil.

Leia também: Planta sente frio?

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Planta sente frio?

É Inverno! Nesta época do ano, casacos, cachecóis, uma boa xícara de chá, café, um chocolate quente, são algumas das opções que podem ser usadas para driblar as baixas temperaturas. Mas e suas plantas, será que elas também sentem frio? A resposta é sim, assim como as pessoas, elas também sentem as baixas temperaturas. Por isso, durante os dias frios é importante buscar alternativas para que as plantas fiquem protegidas.

Foto: Mycchel Legnaghi

No Brasil o inverno pode se apresentar de forma diferente em cada região, com alguns lugares sendo mais secos, outros mais úmidos, temperaturas mais baixas, ventos e geadas em determinados locais e tudo isso na hora de cuidar das plantas deve ser levado em consideração. ” De forma geral, também é importante saber que as nossas plantas sempre irão precisar de cuidados específicos de acordo com cada estação do ano, mas em períodos como o inverno, geralmente elas ficam mais sensíveis e a atenção deve ser redobrada”, explica o engenheiro agrônomo, Marcos Estevão Feliciano.

Planta x água x temperatura

Assim como o corpo humano é composto em boa parte por água (mais de 70%), as plantas também têm cerca de 80% do seu peso constituído por água. As baixas temperaturas podem afetar o fluido, congelando-o e consequentemente afetando as células das plantas influenciando no seu crescimento e reprodução. Além disso, em regiões onde tem geadas, por exemplo, também pode acontecer de se formar finas películas de gelo em volta, cobrindo toda a planta e isso pode fazer com que a radiação solar tenha seus efeitos amplificados, queimando sua superfície.

Vento e luz direta

Outros fatores como o vento, que pode causar a queda de folhas e galhos, a falta de luz direta (que é primordial para algumas espécies), o solo mais úmido, propício para o aparecimento de parasitas ou até o apodrecimento da raiz, são consequências que podem atingir as plantas, caso elas não recebam os cuidados necessários.

O especialista deixa algumas dicas para amenizar os efeitos do frio e permitir que as plantas passem pelo inverno de forma tranquila:

Acomode suas plantas

 Se você tem vasos ou plantas suspensas que ficam em áreas externas, como as sacadas, por exemplo, fica mais fácil remanejá-las. A dica é trazê-las para dentro de casa, mas, sempre que possível, opte por deixá-las próximas às janelas ou locais que recebem mais a luz solar. Iluminação artificial, como a utilização de lâmpadas próximas, também podem ser uma forma de fornecer uma fonte de calor.

Antes de remanejá-las, vale fazer uma “inspeção”, se o seu vaso de planta está limpo, sem folhas e galhos mortos e/ou doentes ou com alguma praga.

Proteja contra o frio

Tanto para as plantas que ficam dentro de casa quanto, nos casos em que não é possível remanejar elas de local, para quem tem jardim externo e plantas direta no solo, por exemplo, a adubação também é uma forma de protegê-las.

A adubação rica em potássio faz com que a planta fique mais resistente ao frio, geadas, pragas e doenças. Já a adubação foliar com fosfito de potássio, favorece a resistência e deixa a planta pronta para reagir a um possível ataque de fungos.

Foto: Mycchel Legnaghi

Regue com cuidado

A frequência de regas deve ser bem menor no período de inverno, pois como as plantas estão em “dormência”, a necessidade de água, que geralmente é usada em processos metabólicos e fotossintetizantes, é menor. Desta forma o excesso de água e umidade pode provocar apodrecimento de raiz ou surgimento de fungos e pragas.

Além de diminuir a frequência, é mais indicado regá-las no período da manhã, pois de tarde e de noite o risco de o solo ficar mais úmido é maior. E o ideal é regar o solo e não as folhas e flores.

Faça podas de manutenção

Realizar podas para retirar galhos mortos, malformados ou doentes, também é uma forma de literalmente limpar a planta e melhor a incidência solar sobre ela. E vale reforçar que o final do inverno é um dos períodos mais propícios para realizar podas, pois é uma forma de já começar a prepará-la para chegada da Primavera, permitindo que cresça ainda mais bonita e saudável.

Leia também: Ausência de horas de frio acelera o florescimento dos pessegueiros

ATENÇÃO: Novo ciclone extratropical no Sul

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Valor Bruto da Produção Agropecuária é de R$ 1,135 trilhão

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deste ano, com base nas informações de julho, é de R$ 1,135 trilhão, alta de 1,9% em relação ao ano de 2022. As lavouras cresceram 4% e a pecuária reduziu seu crescimento em 2,9%. O faturamento das lavouras é de R$ 801,9 bilhões e o da pecuária foi de R$ 333,6 bilhões.

Os produtos que apresentam melhor desempenho neste ano são mandioca (42,9%), laranja (27,2%), banana (16,8%), tomate (15,9%), cacau (13,8%), cana-de-açúcar (11,6%), amendoim (10,6%), feijão (10,4%), arroz (9,3%), uva (7,5%), soja (2,5%) e milho (1,4%). Esse grupo de produtos beneficia-se de preços favoráveis e, em vários casos, quantidades produzidas mais elevadas.

Foto: Getty Images

No levantamento da Conab, a projeção é de safra recorde de 320 milhões de toneladas previstas para a temporada 2022/2023 que sustenta essa posição. O resultado se deve ao aumento da produtividade de 11,8% e à expansão de área da ordem de 5% em relação ao ano passado. Esse crescimento de área de grãos passou de 74,6 milhões de hectares de área plantada, em 2022, para 78,2 milhões de hectares, em 2023.

Pecuária

Na pecuária, os aumentos do VBP ocorrem na carne suína, leite e ovos.O efeito de preços mais baixos tem repercutido no decréscimo do VBP de alguns produtos, como algodão, café, mamona e trigo.

Veja quais são os 5 produtos com maior VBP

Os cinco produtos classificados com o maior VBP são soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, que respondem por 81,6% do VBP das lavouras.

Ao longo destes últimos 18 meses, observou-se que o VBP tem crescido a taxas relativamente menores. Pode-se atribuir esse decréscimo do crescimento real do VBP aos preços de milho e soja que têm apresentado tendência de redução. Veja o gráfico:

Leia também: Grande amplitude térmica tem favorecido infestações de mosca das frutas nos pomares gaúchos

Ausência de horas de frio acelera o florescimento dos pessegueiros

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Ausência de horas de frio acelera o florescimento dos pessegueiros

Os pessegueiros estão com grande emissão de brotos novos e folhas. Na região administrativa da Emater-RS/Ascar de Caxias do Sul, os produtores estão preocupados com o baixo acúmulo de horas de frio, que continuou acelerando o florescimento e a brotação dos pomares. Variedades mais precoces e cultivadas em locais mais quentes já estão em plena frutificação, o que exige a execução da prática cultural de raleio de frutos. As variedades de ciclo médio já estão em pleno florescimento, mesmo em áreas de maior altitude.

As variedades mais tardias, como Eragil, Chiripá e Barbosa, ainda não apresentam sinais de reinício do ciclo vegetativo. As principais práticas culturais efetuadas foram a poda de inverno, o raleio de frutas, as adubações em cobertura e os tratamentos fitossanitários. Em Erechim, onde há área de 64 hectares da cultura, a ocorrência de temperaturas altas intensificou a floração.

Em Porto Alegre, na Região Metropolitana, os produtores estão preocupados com a desuniformidade dos estágios em uma mesma planta, que pode apresentar desde flores até frutas desenvolvidas. Essa situação dificulta o manejo, afetando a produtividade e a qualidade das frutas. A falta de horas de frio é a principal causa dessa desuniformidade, e há riscos de perdas de frutas nos próximos estágios.

Em Santa Rosa, os produtores finalizaram os trabalhos de inverno, como podas, tratamento com calda bordalesa e adubação de manutenção. Algumas variedades já apresentam brotação nova e iniciam a floração. Em Soledade, os pomares estão em pleno período da prática de poda seca e poda de inverno. A maioria das variedades está em plena floração. Os poucos dias de frio não são suficientes para suprir a demanda de horas para boa parte das variedades cultivadas na região.

Tendência do Clima

Na quarta-feira (16/08), o tempo continuará firme em grande parte do Rio Grande do Sul. Os ventos persistirão soprando com intensidade do centro do país, contribuindo para a elevação das temperaturas. Haverá a condição de céu com sol entre algumas nuvens em boa parte do estado. No extremo sul, algumas instabilidades se intensificam provenientes do sul do Brasil a partir da noite, trazendo previsão de chuva fraca a moderada, podendo vir acompanhada por raios.

Na quinta-feira (17/08), a formação de um cavado (área alongada de baixa pressão) sobre a Argentina contribuirá para a instabilidade em boa parte do Rio Grande do Sul. Espera-se chuva moderada a forte, especialmente na parte centro-sul e nordeste do estado. Para a faixa noroeste, o tempo permanecerá firme, com sol entre nuvens.

Na sexta-feira (18/08), a formação de um ciclone extratropical na altura do Uruguai entre tarde/noite, acompanhado por uma frente fria, intensificará as instabilidades por todo o estado. Na faixa centro-sul, é prevista a ocorrência de temporais. Já na região centro-norte, predominará a nebulosidade, com previsão de chuva de moderada a forte intensidade, entre noite e madrugada de sábado. 

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Grande amplitude térmica tem favorecido infestações de mosca das frutas nos pomares gaúchos

Na região administrativa da Emater-RS/Ascar de Bagé, em São Borja e em Quaraí, os produtores continuam a colheita nos pomares. A produtividade está abaixo da média histórica devido aos efeitos da estiagem durante o período de primavera/verão passado. Os frutos apresentam boa qualidade, e estão sendo comercializados em mercados institucionais, feiras municipais e direto aos consumidores.

Em Alegrete, a colheita está em fase final nas áreas de produção de bergamota Ponkan e laranja do Céu. Os dias de grande amplitude térmica tem favorecido infestações de mosca-das-frutas nos pomares de bergamota Ponkan e de laranja de umbigo.

Foto: Fundecitrus

Em Erechim, a colheita de laranja Valência está em ritmo acelerado, e o preço está melhorando semanalmente. O preço para a indústria é de R$ 650,00/t, e a fruta in natura está a R$ 1,00/kg. Bergamota Montenegrina está em colheita, e os frutos apresentam calibre satisfatório.

Em Frederico Westphalen, devido ao tempo quente dos últimos períodos, houve início de brotação e de florescimento dos pomares, o que exigiu a realização de tratos culturais e de adubação, recomendados para essa fase fenológica.

Em Santa Maria, segue a colheita de citros, principalmente de bergamota Ponkan e de laranja de umbigo. Nos pomares, os produtores estão realizando os tratamentos de inverno para o controle de pragas e doenças. Já, em Santa Rosa, a maioria das variedades de citros estão iniciando novas brotações, mas algumas variedades de laranja seguem em colheita, como de umbigo e Valência. Há ataque de pragas nas mudas novas de citros, principalmente de pulgão e larva-minadora.

Em Soledade, segue a colheita de laranja de umbigo de ciclo médio. Também inicia a colheita de bergamota Montenegrina no Baixo Vale do Rio Pardo. Já para a laranja suco, os produtores ainda aguardam a colheita, pois o grau Brix segue abaixo do padrão recomendado. No entanto, alguns estão realizando colheitas parciais.

Tendência do Clima

Nesta terça-feira (15/08), as temperaturas ficam amenas pela manhã no Rio Grande do Sul, mas as tardes voltam a ter temperaturas mais elevadas. Dia de sol, sem chuva em todas as regiões gaúchas. Na quarta-feira (16/08) não há mudanças no padrão de tempo. Dia de sol com poucas nuvens, sem previsão de chuva. Tardes ensolaradas e com temperaturas mais altas. Pode ventar ao longo do dia, mas sem grandes alertas.

Na quinta-feira (17/08), há possibilidade de chuva entre tarde/noite no extremo sul do Rio Grande do Sul. Próximos dias com tardes cada vez mais quentes, em especial no interior.

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Mandioca está em fase final de ciclo em Santa Rosa/RS

Em Santa Rosa, a cultura da mandioca está em final de ciclo, mas há colheita em andamento em algumas lavouras remanescentes. Em várias áreas, foi observada uma queda de folhas muito acelerada provavelmente por ataque de bactérias. Já se inicia o preparo das áreas para o plantio ainda em agosto. Muitos produtores têm relatado a necessidade de buscar mudas em outras regiões e estados vizinhos, uma vez que a oferta local será muito pequena para a demanda. Diversos produtores estão aguardando a boa umidade no solo para iniciar o plantio neste mês.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Lajeado, em São Sebastião do Caí, a maioria dos produtores encerrou a colheita de aipim deste ano, e não há problemas. fitossanitários significativos. O novo plantio iniciará a partir de setembro.

Tendência do Clima nos próximos dias

Nesta terça-feira (15/08), as temperaturas ficam amenas pela manhã no Rio Grande do Sul, mas as tardes voltam a ter temperaturas mais elevadas. Dia de sol, sem chuva em todas as regiões gaúchas. Na quarta-feira (16/08) não há mudanças no padrão de tempo. Dia de sol com poucas nuvens, sem previsão de chuva. Tardes ensolaradas e com temperaturas mais altas. Pode ventar ao longo do dia, mas sem grandes alertas.

Na quinta-feira (17/08), há possibilidade de chuva entre tarde/noite no extremo sul do Rio Grande do Sul. Próximos dias com tardes cada vez mais quentes, em especial no interior.

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Pão francês, item do café da manhã do brasileiro está mais caro

As recentes variações do preço do trigo no mercado externo têm gerado flutuações no valor do famoso pão francês, alimento insubstituível no café da manhã dos brasileiros. Atualmente, as cotações do grão são influenciadas pelo desenrolar dos eventos no Leste Europeu, principalmente porque a Rússia e a Ucrânia são os maiores produtores da commodity para o mercado global.

O histórico do preço do trigo no país tem sofrido com oscilações desde o início do conflito na Europa. No final de 2022, o Brasil registrou uma redução nos valores, após um aumento significativo de mais de 30% no ano anterior. Essa elevação havia sido impulsionada pelas instabilidades nas cotações do trigo no mercado internacional, principalmente após a invasão russa na Ucrânia.

Foto: Getty Images

Segundo Fábio Pizzamiglio, especialista em comércio exterior, os valores do grão continuarão variando por pressão do mercado externo. “Após eventos como os atuais encerramentos de acordos no Mar Negro, registramos aumento no preço do trigo internacionalmente. Porém, existem outros fatores que auxiliam a equilibrar o preço de produtos variados no grão, como é o caso da valorização do real frente ao dólar e o preço dos combustíveis”, explicou.

A suspensão do acordo entre essas nações gerou preocupações quanto à oferta global do produto. “Houve certa adaptação do mercado externo e as condições atuais de oferta e demanda, aliadas ao aumento da produção de trigo no Brasil, contribuíram para limitar o impacto no preço do pão francês. Porém, os valores ainda podem sofrer alterações em 2023”, pontua Pizzamiglio.

Investimento de outros países

Outros países têm investido fortemente na produção da commodity para o mercado externo. Esse é o caso do trigo da Argentina, um dos principais fornecedores do Brasil, que está em ascensão. Além disso, a produção doméstica também bateu recordes após o início do conflito militar europeu, fato que auxilia a equilibrar os preços.

E o mais recente país a se juntar aos exportadores é asiático. A Índia, uma das grandes produtoras mundiais de trigo e arroz, procura estabilizar os preços desses alimentos essenciais. Recentemente, o governo do país fez a promessa de fornecer milhões de toneladas métricas de trigo e arroz para grandes consumidores, deste modo o país busca mitigar possíveis lacunas na oferta global.

“Ainda precisamos estar atentos aos dados e informações da guerra, mas é essencial que o Brasil continue aumentando a produção do trigo não apenas para o mercado interno, mas como forma de ampliar a participação neste mercado global que está com a demanda aquecida”, analisa o especialista.

Produção brasileira

A produção no Brasil está em crescimento, com uma estimativa de 10,8 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representando um aumento de 7,1% em relação ao ano anterior. Porém, as oscilações nos preços do trigo, tanto em âmbito nacional quanto internacional, têm gerado um ambiente de cautela entre os compradores.

“Atualmente, temos observado, também, que os compradores aguardam a entrada de novas safras no mercado, pensando de forma estratégica para aumentar os estoques do produto”, explica Pizzamiglio. 

No contexto da Bolsa de Mercadorias de Chicago, uma queda acentuada nas cotações do trigo foi observada. No cenário da guerra, a oferta generosa vinda da Rússia para os países aliados internacionalmente, concomitantemente aos preços mais acessíveis da sua mercadoria, exerce pressão sobre os valores. A preferência do Egito pelo trigo russo em licitações de importação reforça essa narrativa.

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