A média de produtividade dos canaviais colhidos no mês de julho no Centro-Sul (98 t/ha) foi 24,1% superior à registrada na safra passada (78,9 t/ha). No acumulado da safra, a produtividade segue a mesma tendência, com variação positiva de aproximadamente 22% (93,6 t/ha nesta safra, contra 76,5 t/ha em 2022/23). Os dados são do Boletim de Olho Na Safra, divulgado hoje pelo CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).
Os destaques de crescimento da produtividade em julho foram Araçatuba (35,8%), São Carlos (33,5%) e Mato Grosso do Sul (31,5%).
Foto: arquivo istock
Já a qualidade da matéria prima (ATR) colhida no mês de julho foi inferior em praticamente todas as regiões, com exceção dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Essa menor riqueza no mês de julho pode ser atribuída à melhor distribuição de chuvas que ocorreu na região Centro-Sul que, consequentemente, contribuiu para o melhor armazenamento de água no solo. Com mais água no solo a cana tende a maturar menos, diminuindo a produção de açúcar.
O valor de ATR de julho afetou negativamente o acumulado da safra para esse indicador, porém, na média do Centro-Sul os valores estão praticamente iguais, sendo 129,8 kg/tc em 2022/23 para 129,5 kg/tc nesta safra. As maiores quedas foram observadas em São Carlos (-6,2%), Piracicaba (-5,9%) e São José do Rio Preto (-3%).
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As exportações de vinhos e espumantes brasileiros cresceram 1,7% de janeiro a junho de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022. Em valores, no primeiro semestre deste ano, as vinícolas brasileiras exportaram o total de USD 5.775.799, sendo Uruguai, Estados Unidos, Paraguai e China os principais destinos para os rótulos nacionais. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A maior parte do market share das exportações do setor (80,94%) é de vinhos tranquilos, mas o segmento de espumantes tem apresentando um dinamismo surpreendente. Considerados o carro-chefe na promoção setorial no mercado internacional, os espumantes elaborados pelo método tradicional tiveram aumento de 5,4% nas exportações de janeiro a junho de 2023 em relação aos seis primeiros meses do ano anterior.
Já as exportações dos espumantes elaborados pelo método Charmat dobraram de valor, com crescimento de 108%. A categoria passou de USD 114,9 mil em 2022 para USD 239,3 mil este ano.
Foto: Getty Images
Brasil: maior produtor de espumante da América Latina
O Brasil é o sexto maior produtor de vinhos do Hemisfério Sul e o maior produtor de espumantes da América Latina. “Os vinhos brasileiros vêm ganhando reconhecimento internacional como resultado de esforços na promoção através de entidades como o Consevitis-RS e a ApexBrasil, aliados a investimentos das vinícolas no mercado externo. Esse crescimento demonstra a pujança do setor frente às adversidades econômicas.
Hoje, temos um engajamento muito mais alto em relação ao passado. Temos vinícolas com brand ambassadors (embaixadores de marca) e escritórios próprios nos Estados Unidos e na China, por exemplo. A perspectiva é de que esse crescimento seja ainda maior até o final do ano, quando as principais negociações internacionais são realizadas. A continuidade da parceria com a ApexBrasil para promoção internacional é extremamente importante para que esse crescimento possa ser continuado a longo prazo”, afirma o gerente de promoção para mercado externo do Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul ( Consevitis-RS), Rafael Romagna.
Recorde em 2022
No ano passado, o setor bateu recorde em relação a ações promocionais executadas pelo projeto e, consequentemente, a valor exportado. Foram comercializados USD 13,6 milhões, um incremento de 10,5% em relação a 2021.
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A Biomarketing anuncia a grande honraria concedida ao sócio-diretor, José Luiz Tejon. Reconhecido como Personalidade 2023, no prêmio Ney Bittencourt de Araújo ABAG 2023.
Tejon foi homenageado no 22º Congresso Brasileiro de Agronegócio, realizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e recebeu a condecoração de Roberto Rodrigues, presidente da Academia Brasileira de Ciências Agronômicas (ABCA).
O homenageado é jornalista, especialista em agronegócio e sócio diretor da Biomarketing, a casa de comunicação e marketing que tem o privilégio de escrever e participar ativamente da história do agronegócio.
Durante seu discurso Tejon agradeceu a diretoria e ao conselho da ABAG e ressaltou a importância da ciência ao lado de uma potência Agro humana em liderar o avanço do setor nos próximos anos.
“Receber o prêmio com o nome de Ney Bittencourt de Araújo é particularmente especial já que estivemos lado a lado ao longo de 17 anos, grande parte desse tempo na mesma equipe e acompanhando a saga que foi trazer ao Brasil o legítimo conceito de agribusiness. É muito comovente e me emociono a cada instante que penso e relembro. Ele está sempre presente nas minhas aulas, nas minhas palestras e nos meus textos”, disse emocionado.
Foto: Divulgação Biomarketing
Tejon acredita que ao receber o prêmio suas responsabilidades irão aumentar com relação à educação e a difusão do legítimo conceito de agronegócio para toda a sociedade brasileira. Nossos parabéns Tejon!
As lavouras de trigo se desenvolvem dentro da normalidade no Rio Grande do Sul. De forma geral, 84% das lavouras estão em fase de germinação ou desenvolvimento vegetativo, 14% em floração, e 2% em enchimento de grãos.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, as lavouras apresentam bom aspecto fitossanitário. As operações efetuadas foram aplicações de nitrogênio em cobertura e de herbicidas para controle de plantas invasoras. Em Erechim, a cultura encontra-se em estado vegetativo. Os produtores realizam tratamento fitossanitário e finalizam a adubação nitrogenada. Em Frederico Westphalen, 70% está em fase de germinação ou de desenvolvimento vegetativo, 25% em fase de floração, e 5% em enchimento de grãos. O retorno de chuvas mais significativas observadas na primeira quinzena de Agosto acelerou o crescimento e o processo de floração. A expectativa de produtividade é muito boa, pois a germinação e o desempenho da cultura estão dentro dos parâmetros de normalidade. Além disso, há novamente expectativa de bons rendimentos em função das condições meteorológicas.
Em Ijuí, as lavouras apresentam desenvolvimento satisfatório, porte mais elevado e folhas mais longas e estreitas. Em Passo Fundo, onde o plantio está estimado em pouco mais de 136 mil hectares, a cultura segue se desenvolvendo normalmente com 50% das lavouras em fase de desenvolvimento vegetativo, 40% em fase de alongamento de colmo, e 10% em fase de emborrachamento.
Foto: Grazi Camargo – São Sepé – RS
Em Pelotas, as áreas de trigo permanecem com bom desenvolvimento. A cultura está predominantemente na fase de desenvolvimento vegetativo, ou seja, 88%. As lavouras em fase de florescimento alcançam 12% e estão localizadas em Jaguarão, Piratini, Santana da Boa Vista e Canguçu. Em Santa Maria, 87% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, principalmente na fase de afilhamento, 12% em fase de início de floração, e 1% em fase de enchimento de grão. De modo geral, na região, as lavouras apresentam boa cobertura do solo e adequada população de plantas por hectare.
Em Santa Rosa, a recorrência de chuvas, aliadas à umidade relativa do ar elevada, traz preocupação aos produtores quanto à possibilidade de infestação por giberela e brusone, que causam perdas significativas de produção e de qualidade dos grãos nas lavouras. Diante da alta temperatura foi necessário o monitoramento de focos de manchas foliares e de ferrugem nas lavouras para evitar perdas de produtividade. Em algumas áreas, houve ataques de pulgão.
Em Soledade, o retorno da chuva beneficiou a cultura. No Alto da Serra do Botucaraí, a umidade do solo foi normalizada após as chuvas, e as lavouras retomam o crescimento e o desenvolvimento. De maneira geral, o aspecto das lavouras é bom, sendo um indicativo de que estão bem manejadas em termos nutricionais e fitossanitários. Porém, há casos de lavouras com aspecto de deficiência nutricional. Além disso, há lavouras entrando na fase reprodutiva que apresentam baixa estatura de plantas e doenças. A alta umidade relativa do ar, durante a semana, favoreceu o aparecimento de manchas foliares, ferrugem e giberela.
Tendência do Clima
Nesta quarta-feira (23/08), uma frente fria se desloca e ocorrem pancadas de chuva ao longo do dia. Na região centro-leste do Rio Grande do Sul, a previsão é de muita nebulosidade, acompanhada por chuva ao longo de todo o dia. É importante estar atento para o risco de temporais, principalmente na região nordeste do estado, incluindo a capital Porto Alegre. Na região oeste, noroeste e norte do estado o sol aparece, mas há previsão de pancadas de chuva com raios ao longo de todo o dia. Vale ressaltar que na faixa extremo norte, não há previsão de chuva.
Na quinta-feira (24/08), a circulação dos ventos favorece a formação de instabilidades em algumas regiões do Rio Grande do Sul. É importante ficar atento à faixa extremo norte, onde o dia será marcado por muita nebulosidade e há previsão de pancadas de chuva de fraca a moderada intensidade. Na parte central, incluindo a capital Porto Alegre há previsão é de chuva apenas no período da manhã. Já na região centro-sul, o cenário será de sol e nuvens ao longo de todo o dia.
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Dados do segundo levantamento da safra de cana de açúcar 22/23, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indicam a segunda maior estimativa de produção de açúcar da série histórica no estado (24,4 milhões de toneladas). Prevista em 328,2 milhões de toneladas, a produção de cana abrange uma área de 4,025 milhões de hectares, com uma produtividade de 81.529 kg/ha.
Clima foi favorável para a alta produtividade da cana 23/24
De acordo com o levantamento, a safra 2023/2024 de cana vem com uma retomada de produtividade em todas as regiões do centro-sul, e no caso particular do estado de São Paulo, ela ocorre em razão do clima favorável que propiciou a alta do rendimento, com chuvas consecutivas nos meses de janeiro e fevereiro. Foram precipitações acima da média, e por consequência da produção volumosa, algumas unidades de produção estão considerando a possibilidade de estender a moagem até o mês de dezembro.
Foto: Getty Images
Produção de açúcar no estado de São Paulo
O estado de São Paulo detém 59,7% da produção brasileira de cana-de-açúcar. Estimada em 40,89 milhões de toneladas, a produção brasileira de açúcar conta com a importante contribuição paulista, com mais da metade da produção nacional. Atualmente o estado possui cerca de 150 unidades de produção em atividade de moagem.
Produção nacionalde cana de açúcar 23/24
Com uma produtividade acima de 78 mil quilos por hectare, a produção nacional de cana-de-açúcar deverá chegar a 652,9 milhões de toneladas na safra 2023/24. Se confirmado, o volume representa um crescimento de 6,9% (42,1 milhões de toneladas colhidas a mais que na temporada passada). O incremento é esperado devido à melhora no desempenho das lavouras, uma vez que as condições climáticas, para essa temporada, vêm se apresentando ainda melhores que na safra 2022/23.
Em relação ao etanol de cana, a estimativa de produção é de 12,15 bilhões de litros, também uma importante contribuição dentro da estimativa nacional (27,72 bilhões de litros).
Tendência do Clima
No Sul, uma nova frente fria avança a partir desta terça-feira (22/08), e provoca chuva sobre a faixa leste dos três estados ao longo desta semana, mas não deve se espalhar pelo interior. O sistema deve avançar para costa do Sudeste a partir da sexta-feira e aliada a intensificação de uma área de baixa pressão atmosférica deve intensificar as instabilidades e espalhar chuvas de forte intensidade sobre a faixa leste da região, interior de São Paulo e parte do interior de Minas Gerais.
Os maiores volumes de água, de 70 até 100 mm, tendem a atingir as áreas litorâneas de São Paulo, Rio de Janeiro, zona da mata Mineira e Espírito Santo. Entre o próximo sábado (26/08) e o domingo (27/08) o sistema, inclusive, deve organizar a umidade Amazônia sobre interior do Brasil, aumentando as instabilidades, não somente sobre interior do Sudeste, mas também sobre o interior do Centro-Oeste, onde há previsão para tempo mais nublado durante o final de semana e podem ocorrer episódios de chuva isolados e de fraca intensidade entre o interior de Goiás e Mato Grosso.
Temperatura
Quanto as temperaturas, faz calor no interior do Brasil e a à partir da próxima sexta-feira uma massa de ar de origem polar sobre o Sul do Brasil, provoca declínio acentuado das temperaturas. São esperadas temperaturas bastante baixas, especialmente durante o final de semana, com risco para ocorrência de geadas entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e extremo sul paranaense. As temperaturas devem sofrer uma ligeira oscilação entre Mato Grosso do Sul, São Paulo eu sou de Minas Gerais, mas estas áreas não há previsão para frio extremo.
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O déficit de armazenagem de grãos produzidos no Brasil é um problema que preocupa a cadeia agrícola brasileira. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Esalq- (USP), divulgaram um estudo chamado Diagnóstico da Armazenagem Agrícola no Brasil. O documento revela que 61% dos produtores rurais ouvidos em todas as regiões do Brasil não possuem infraestrutura de armazenamento de grãos.
A perda de qualidade dos grãos aumenta ainda mais quando o produto fica exposto a céu aberto e as condições climáticas extremas: como chuva forte, granizo e estiagem severa. No episódio de hoje vamos entender sobre a estrutura e capacidade de armazenagem, risco econômico e de exposição ao clima, gargalos logísticos e conhecer sobre o silo bolsa que é uma solução vantajosa para escalonar a produção. Acompanhe:
Onde ouvir o podcast AgroTalk
Todos os conteúdos do podcast AgroTalk também estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Podcasts Connect da Apple. Ao acessar as plataformas é só procurar por AgroTalk. Acompanhe aqui lista de todos os episódios do podcast AgroTalk.
Acesse a lista de matérias e vídeos do podcast AgroTalk. Se preferir veja também na playlist do Youtube
Na próxima sexta-feira acontece a Live: Rally Agroclima Cooperativas, ao vivo no perfil @agroclima no Instagram, às 18h.
O meteorologista da Climatempo Willians Bini e o especialista Elestor, da Cooperativa Auriverde irão comentar sobre os impactos do clima nas áreas produtoras dos cooperados e como a cooperativa irá se preparar para a safra que será impactada pelo fenômeno El Niño.
Venha tirar todas as suas dúvidas sobre clima x El Niño na próxima safra e fique por dentro da previsão climática para o oeste de Santa Catarina.
Nos vemos sexta-feira!
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Ocorrências de seca e geadas são condições que trazem perdas e dúvidas de como proceder na ensilagem, prática destinada à conservação de forragem. Tanto a seca quanto a geada ocasionam uma quebra de ciclo no desenvolvimento da planta, seja em estágio inicial, intermediário ou do terço final. Esse estresse na planta abre oportunidade para o aparecimento de microrganismos oportunistas como fungos e leveduras e uma modificação de perfil e desafios fermentativos do material para ensilagem. Entretanto, mais prejudicial do que o estresse da planta é o estresse causado no produtor de silagem, que é pego desprevenido e é levado a tomar decisões erradas que podem impactar ainda mais as perdas.
Nessas situações adversas, a primeira e principal recomendação é não tomar nenhuma decisão por dicas ou indicações que não tenham sido provindas de um técnico qualificado na área. Decisões devem ser tomadas com base em informações do material e da propriedade em questão e nunca de forma generalizada.
A melhor ação no momento do desafio ambiental, que consideramos ser a bússola que direciona o produtor nas melhores decisões, é imediatamente providenciar uma análise do teor de matéria seca (MS). Somente com base nos resultados desta técnica é possível diagnosticar os desafios e partir para o melhor plano de contenção de perdas.
Foto: Getty Images
Por exemplo, no caso de uma geada que ocorra em um momento no qual a planta ainda esteja muito nova, o teor de matéria seca será baixo, o que poderá levar muita água para o silo caso seja ensilada.
Matéria seca muito baixa
Numa condição de matéria seca muito baixa, o excesso de água será o problema e uma ação aplicável seria apenas esperar mais tempo, acompanhar e deixar a lavoura ganhar mais matéria seca (5 a 10 dias extras antes do corte podem ser suficientes). Não se deve considerar ensilar um material com teor de matéria seca inferior a 25%, sendo o ideal mirar entre 28% e 33%. A condição de menor teor de matéria seca exige uma queda de pH rápido para uma fermentação desejável, o que evita a ocorrência de fermentação butírica, a qual prejudicará o consumo da silagem por parte dos animais.
Para esse cenário, recomenda-se o uso de inoculantes formulados com bactérias homofermentativas, ou seja, inoculante que possua quatro bactérias e quatro enzimas que, em conjunto, potencializam a fermentação, trabalham como um time olímpico de revezamento, com cada bactéria atuando em faixas de pH e momentos diferentes. As enzimas auxiliam no aumento da digestibilidade da fibra e liberam açúcares, originalmente indisponíveis no material.
Matéria seca muito alta
Já quando o problema for um incidente ambiental como a geada em uma lavoura com estágio mais avançado de desenvolvimento ou até mesmo se a seca aparecer e elevar o teor de matéria seca além do que era planejado, a estratégia de contenção de perdas será diferente.
Com um cenário de matéria seca muito alta, o maior desafio de fermentação em um contexto de menos água ou sendo mais específico, materiais com matéria seca superior a 33%, é, sem dúvida, a formação de fungos e leveduras. Plantas com teores de matéria seca mais altos têm características distintas e deve ser considerado o uso de inoculantes à base de L. buchneri. O alto teor de carboidratos solúveis (açúcares) e o alto teor de MS em materiais nesta condição podem resultar em um risco considerável de menor estabilidade após a abertura, o que se traduz, usualmente, em aquecimento da massa, que ocorre devido ao ingresso de oxigênio. Isso acontece porque os açúcares solúveis são usados como substrato por fungos e leveduras e levam à deterioração aeróbia. Graças à capacidade de produzir ácido acético, o L. buchneri tem reconhecida ação de controlar fungos e leveduras ao produzir esse ácido.
A recomendação de inoculantes nesta situação serão cepas heterofermentativas puras de Lactobacillus buchneri, ou uma formulação heterofermentativa mista.
Como saber então qual inoculante utilizar?
O primeiro ponto a se considerar em inoculantes é que a formulação precisa fazer sentido do ponto de vista de fermentação e queda de pH. Em avaliação da maior entidade de segurança alimentar Europeia (EFSA, 2013), nenhum inoculante que possua menos do que 100.000 UFC/g de inoculação final foi capaz de entregar a proteção e fermentação esperada desta tecnologia. Portanto, é preciso ter atenção quanto a formulações que possuem muitas cepas, porém em sua descrição não são específicas em informar a concentração de Unidades Formadoras de Colônia (UFC).
Outro ponto de atenção é o fator é o preço. Como já dizia o ditado popular, “quando a esmola é muita, todo santo desconfia”. Assim, desconfie de produtos apresentados como muito completos a preços muito abaixo da média do mercado.
Um aspecto que não pode ser ignorado refere-se a condições de armazenamento e prazo de validade. Isso porque inoculantes são “bactérias vivas” e têm vida útil. Dessa forma, não adquira produtos vencidos, principalmente se não tiver a data confirmada da colheita definida, pois você poderá inocular grande parte do produto morto. Não armazene este produto em local que passa por temperaturas muito elevadas ou em contato direto com o sol. Após aberto é recomendada a sua utilização completa.
Durante a aplicação, em muitos casos, a inoculação não é homogênea, pois, após a diluição, há formação de corpo de fundo no tanque da automotriz. Isso ocasiona uma inoculação ineficiente em que parte do material recebe pouco produto e outra parte, muito. Com esses cuidados, manejo estratégico e orientação correta, a chegada de eventos inesperados como geada e seca não será tão traumática e não trará tantos impactos na produção da silagem.
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Na região Administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os trabalhos de preparo do solo nas lavouras de arroz que sofreram paralisação, ao longo de julho, em razão das chuvas foram retomados. Em algumas propriedades, as áreas já estão prontas. Os produtores vêm realizando a revisão do maquinário, principalmente de plantadeiras, e a aquisição de insumos.
Em São Borja, os produtores relatam preocupação com o nível das barragens, que ainda é considerado insuficiente, em razão da proximidade do início do período de plantio. Em Pelotas, muitas lavouras estão adiantadas em relação ao preparo do solo, ao nivelamento e ao entaipamento. Alguns produtores intensificaram o preparo das lavouras para o próximo plantio, efetuando a organização das áreas e a limpeza dos canais de irrigação e muitos ainda mantêm gado em pastoreio para o aproveitamento das restevas, das plantas de cobertura do solo e de forrageiras implantadas.
Foto: Getty Images
Em Soledade, estão sendo realizadas operações de nivelamento e de manejo da água nos tabuleiros para a semeadura das áreas destinadas ao cultivo de arroz pré-germinado, assim como das lavouras com cultivo de arroz irrigado e semeado em solo seco.
Tendência do Clima
Nesta terça-feira (22/08), o tempo muda novamente no Rio Grande do Sul com a passagem de uma nova frente fria. Há previsão de chuva em todo o estado. Na faixa centro-norte, o sol aparece, mas há previsão de pancadas de chuva de fraca a moderada intensidade, que poderão vir acompanhadas por raios. Para o centro-sul, o tempo será de muita nebulosidade e chuva de fraca a moderada intensidade durante todo o dia. Com a passagem da frente fria a metade norte do RS deve permanecer instável na quarta (23/08). Chove com mais intensidade no litoral norte e serra gaúcha. Já na Campanha e Sul o sol aparece de maneira integral, com variação de nuvens pela manhã e céu limpo entre a tarde e à noite.
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Os produtores gaúchos realizam os trabalhos de preparo das áreas para o plantio. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de Maçambará deram início ao plantio e aguardam pelas chuvas para garantir o estande das plantas. Diversos produtores do município optaram pelo plantio de trigo e soja em detrimento de milho devido aos baixos preços do grão.
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Em São Borja, o plantio foi iniciado, mas muitos produtores aguardam melhor umidade do solo, em algumas áreas de coxilha, para evitar falhas de estande. Em Erechim, ocorre a dessecação e o plantio nas áreas de microclima mais quente. Em Frederico Westphalen, a maioria dos produtores estão preparando as áreas para a semeadura. Há, no entanto, áreas que já foram semeadas, principalmente as localizadas próximas do Rio Uruguai, como é o caso dos municípios de Pinheirinho do Vale, Vicente Dutra, Iraí, entre outros.
Em Ijuí, o retorno das precipitações e a alta umidade do ar e de solo não permitiram o avanço da semeadura. Na Região Celeiro, onde a semeadura iniciou nos primeiros dias de agosto, as plantas ainda não emergiram. Os agricultores finalizaram o manejo das plantas de cobertura e estocaram insumos nas propriedades para darem início à semeadura. Alguns produtores, considerando o alto custo de implantação e o baixo preço do milho no mercado, estão dando preferência à cultura da soja.
Em Santa Maria, o trabalho é intenso na preparação das áreas para o novo plantio, principalmente no manejo das plantas de cobertura. Em Cachoeira do Sul, já foi iniciado o plantio da cultura da nova safra. Em Santa Rosa, nos municípios onde os acumulados de chuvas foram menores, a semeadura avançou, atingindo 40% da área em alguns locais. As lavouras recém-semeadas apresentam boa germinação em virtude da temperatura média neste inverno atípico, proporcionando excelente população de plantas em certas áreas. As chuvas favoreceram a germinação nas lavouras semeadas, mas que ainda não haviam germinado, assim como permitiram o bom desenvolvimento inicial das plantas. Alguns produtores devem realizar a semeadura no início de setembro, visando a melhores condições de temperatura e do solo para emergência mais rápida das lavouras. Nas áreas já implantadas, observa-se adequada formação de estande de plantas.
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