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El Niño deve contribuir para plantio da safra verão no Sul, mas pode atrasar semeadura do milho 2ª safra

O cenário do mercado de grãos no Brasil tem preocupado os produtores. Desde janeiro, os preços da soja caíram significativamente. No entanto, uma recente normalização dos preços e a recuperação das condições das lavouras brasileiras contribuíram para melhorar a situação.  Mas como a lavoura é uma indústria a céu aberto, tudo indica que o fenômeno El Niño deve ajudar o produtor.

“A expectativa é que a primeira safra de grãos do Brasil seja boa na Região Sul, mas pode ter problema na Região Norte. Dependendo de como o clima interfere na soja, existe risco de um atraso no plantio da soja, podendo trazer reflexos na produtividade dessa lavoura. Esse cenário pode refletir no milho segunda safra. Tudo depende da interferência do El Niño. Já vi esse cenário se reverter algumas vezes ao longo desse processo. Aí sim os preços do milho podem trazer oportunidades aqui. A gente projeta para novembro uma valorização suave da soja, podendo apresentar maior volatilidade dependendo do impacto do El Niño, ressalta Alberto Pessina, consultor de mercado e fundador da Agromove.

Foto: milho- Sônia Bonato – Ipameri – Goiás

Ainda de acordo com Pessina, as chuvas interferiram nas condições das lavouras de soja nos Estados Unidos, enquanto as exportações brasileiras da oleaginosa estão se normalizando, o que pode melhorar as condições do mercado.

Carne bovina

No mercado de carne bovina, a situação segue a tendência de queda nos preços devido à baixa exportação, causada pela demanda externa abaixo do esperado e a alta oferta de animais para abate. Mas o especialista ressalta a importância do produtor olhar além dos preços, considerando também as oportunidades de repor animais baratos.

“Agosto segue com margens apertadas ao pecuarista, mas o cenário pode mudar com o desincentivo à produção: uma redução dos confinamentos pela baixa atratividade pode mudar este cenário. O mercado de carne bovina enfrenta desafios diferentes. A produção elevada e a queda nas exportações levaram a um aumento substancial da oferta interna, impactando fortemente os preços”, finaliza Pessina.

Veja também: Clima é favorável mas preço desanima produtor de aveia no Paraná

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Plano Safra tem R$5,1 bi adicionais para agronegócio e agricultura familiar

O Governo Federal decidiu antecipar contratações que ocorreriam ao longo do ano agrícola e com isso o BNDES disponibilizará, a partir desta quarta-feira (30/08), R$ 5,1 bilhões adicionais no âmbito dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGFs) do Plano Safra 2023-2024.

Desse total, R$ 3,4 bilhões serão destinados à agricultura empresarial, com destaque ao programa Moderfrota, que terá R$ 1 bilhão para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. Para a agricultura familiar, há R$ 1,7 bilhão adicionais por meio do Pronaf. Por meio dos PAGFs o BNDES financia custeio e investimento agrícola em suas diversas finalidades, como projetos de ampliação e modernização da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, dentre outras.

Foto: Getty Images

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destaca o esforço do Banco para apoiar o fomento à agricultura de precisão. “É a maior participação do BNDES na história do Plano Safra, tanto para a agricultura comercial quanto para a agricultura familiar. No primeiro semestre, o Banco aumentou em 54% o desembolso para o agro, quando comparamos com o mesmo período do ano passado. Todo esse esforço vem acompanhado de um aprimoramento de gestão, em que o BNDES monitora em tempo real as propriedades rurais para que os empréstimos não sejam destinados a áreas de desmatamento irregular”, explica. 

O BNDES é um grande apoiador do setor agropecuário e seus recursos chegam aos produtores rurais e suas cooperativas, principalmente por meio de agentes financeiros parceiros. No Plano Safra 2023/24, já foram protocolados mais de R$ 11,5 bilhões via instituições parceiras, dentre agências de fomento, bancos de montadoras, cooperativas de crédito, bancos cooperativos, bancos privados e bancos públicos. Esse modelo de operação permite uma distribuição descentralizada de recursos por todo o país, facilita o desenvolvimento da política pública de apoio à agropecuária e já alcançou cerca de 57,5 mil produtores rurais e suas cooperativas desde 1° de julho de 2023.

Ampliação do acesso ao crédito – O BNDES disponibiliza no Plano Safra 2023/24 o maior orçamento de sua história. São R$ 38,4 bilhões, aumento de 53% em relação ao Plano Safra anterior, sendo R$ 26,4 bilhões em recursos com juros equalizados dos PAGFs e mais R$ 12 bilhões de recursos do Banco, por meio do BNDES Crédito Rural, que garante perenidade na oferta de recursos ao setor.

Crédito: Agência BNDES de Notícias

Leia também: Com restrição na oferta de frutas, estoques de suco de laranja registram queda de 40,7%

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Com restrição na oferta de frutas, estoques de suco de laranja registram queda de 40,7%

Os estoques brasileiros de suco de laranja (FCOJ Equivalente a 66 graus Brix) em 30 de junho, período que marca a passagem da safra 2022/2023 para a 2023/24, registraram um volume de 84.745 toneladas, uma queda de 40,7% em relação às 143.104 toneladas existentes no mesmo período do ano anterior. O número é resultado de levantamento realizado por meio de auditorias independentes junto a cada uma das empresas associadas à CitrusBR e, posteriormente, consolidado sigilosamente por auditoria externa. Esse valor representa o menor nível de estoque desde o início da série histórica, de 12 anos atrás.

Processamento do suco de laranja

No período, foram processadas 265.292.217 caixas de 40,8 quilos entre membros e não membros, 18% a mais em relação às 224.422.184 caixas produzidas na safra anterior. A produção total de suco na safra 2022/23 foi de 945.529 toneladas, alta de 15% em comparação com as 821.600 produzidas na safra anterior.

Entre os principais motivos para a forte queda destacam-se a diminuição de 2,7 milhões de caixas entre as estimativas inicial e final divulgadas pelo Fundecitrus, cerca de 8 milhões de caixas perdidas devido a problemas durante o processo de colheita e a deterioração do rendimento industrial de suco na fruta. Somados, esses fatores foram responsáveis por enxugar do mercado cerca em cerca de 82.471 toneladas, que deixaram de ser produzidas. “Foram 11,6 milhões de caixas a menos, o que significou uma perda de 43.300 toneladas. O aumento de 269,3 para 280,58 caixas para a produção de uma tonelada de FCOJ equivalente retirou outras cerca de 39.600 toneladas do mercado e isso tudo somado nos trouxe até essa situação”, avalia Netto.

Flórida e outros mercados

Os efeitos dessa redução na oferta do produto foram amplificados pela queda na produção de laranjas na Flórida, que tem enfrentado graves efeitos da doença HLB (greening). Em setembro passado, o Furacão Ian reduziu a produção daquele estado de 41,2 milhões de caixas de 40,8 kg na temporada 2021/22 para 15,8 milhões na safra 2022/23. A perda de 25,4 milhões de caixas levou a um enxugamento de 87.300 toneladas no suprimento de suco no mercado mundial. Além disso, outros países produtores como México e Espanha enfrentaram secas severas e reduções nas colheitas, ao mesmo tempo em que contavam com uma forte demanda por laranjas em seus mercados de frutas frescas.

Estoques em 30 de junho de 2024

Considerando as primeiras estimativas para a safra 2023/2024 realizadas pelo Fundecitrus, que apontam uma redução de 1,6% na produção, somados aos problemas de Brix na produção de suco de laranja, é possível prever dificuldades no fornecimento do produto ao longo da temporada. Diante desse cenário, não é viável avaliar as condições de oferta e demanda para os próximos meses e prever os níveis de estoque de suco de laranja para 30 de junho de 2024.

Histórico de estoque de FCOJ equivalente, em toneladas, em 30 de junho dos respectivos anos (em toneladas)

2023:             84.745

2022:          143.104

2021:          316.929

2020:          471.138          

2019:          253.181

2018:          342.967

2017:          107.387

2016:          351.567

2015:          510.393

2014:          534.529                               

2013:          765.924

2012:          662.452

Veja também: Clima é favorável mas preço desanima produtor de aveia no Paraná

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Prazo de declaração do imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) se aproxima: o que você precisa saber

Dia 29 de setembro de 2023 se encerra o prazo para a declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), um tributo federal brasileiro que incide sobre a propriedade rural e desempenha um papel importante na arrecadação de recursos para o município.

O imposto também busca incentivar a produtividade do setor agrícola. Ao tributar a propriedade rural o governo busca equilibrar a distribuição de renda e promover o desenvolvimento sustentável do campo.

“Quem tem propriedade rural e não declara o ITR pode cair na malha fina. O imposto é semelhante ao IPTU, mas a não declaração e punições se assemelham as atribuídas ao Imposto de Renda (IR). A receita pode cobrar a multa em até 5 anos”, explica a advogada ambiental do escritório Pineda & Krahn, Maria Fernanda Messagi.

A advogada ambiental acrescenta que entregar o documento fora do prazo legal ou fazer o preenchimento errado, também pode sofrer consequências, como: levar multa com juros e correção monetária e correr o risco de também ser pego na malha fina.

Foto: Getty images

Como declarar o ITR

A declaração do ITR é realizada por meio do programa online disponibilizado pela Receita Federal, chamado ‘Programa Gerador da Declaração do ITR’, que deve ser baixado pelo computador, neste link.

“Os proprietários devem preencher informações detalhadas sobre a propriedade, tais como localização, área total, destinação da terra, uso do solo e eventuais benfeitorias. É importante que os dados estejam corretos e atualizados para evitar inconsistências e problemas futuros”, enfatiza a advogada.

Após o preenchimento e envio, o contribuinte deve acompanhar o processamento da declaração, verificando se a situação foi entregue ao Fisco.

Maria Fernanda alerta que os maiores erros de preenchimento do formulário são: não declarar, ou declarar a mais, erros nas áreas de Área de Preservação Permanente (APP), de reserva legal ou de vegetação nativa e não comprovar essas áreas.

Para comprovar esse espaço no preenchimento do documento do ITR, é necessário colocar o número do Ato Declaratório Ambiental (ADA), do IBAMA e do Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Se a pessoa não coloca essas áreas no formulário é como se a pessoa não comprovasse esses territórios, que não são tributáveis. Sendo assim, a Receita pode entender que o contribuinte tem mais áreas produtivas do que o declarado”, finaliza Maria Fernanda Messagi.

Leia também: Central El Niño é destaque no podcast Agrotalk desta semana

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Colheita do café avança nas áreas produtoras

No norte do Paraná, a colheita do café está progredindo e se aproxima da reta final, passando pelo processo de secagem dos grãos colhidos para beneficiamento. O ritmo da colheita é mais lento em razão do alto percentual de grãos verdes. Apesar disso, a qualidade dos grãos é boa e a produtividade está dentro das estimativas iniciais.

No noroeste do estado, a maioria das lavouras já foram colhidas. No entanto, há preocupações em relação à queda constante nos preços oferecidos nos últimos meses. No oeste, sudoeste e centro-oeste do Paraná, a colheita do café, está ocorrendo em um ritmo bastante lento, e as produtividades têm variado consideravelmente.

Foto: Getty Images

Também está na reta final a colheita do café na área de ação da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé. Os trabalhos já superam 90%. Até o dia 25/08, seus cooperados já haviam colhido 92.04% da safra cafeeira.

A área de atuação da cooperativa abrange mais de 300 municípios nas regiões do Sul de Minas, Cerrado mineiro, Matas de Minas e região da Mogiana no estado de São Paulo. A regiãi de Matas de Minas é que está com a colheita em ritmo mais avançado e se aproxima do final: 97%. Veja abaixo o percentual:

– São Paulo: 94,56%

– Sul de Minas: 93,74%

– cerrado mineiro: 89,70%

– Mata de minas: 97%

Vamos conferir abaixo como fica o clima nos próximos dias.

Tendência do Clima

Na quinta (31/08), sexta (01/09) e sábado (02/09), a previsão é de tempo firme no sul de Minas e temperaturas altas, principalmente no período da tarde. Em São Paulo, e na maior parte do Rio de Janeiro o tempo segue firme no primeiro dia de Setembro, exceto no Médio Paraíba, onde pode ocorrer chuva de forma fraca e isolada. Nas demais áreas, também há previsão de pancadas isoladas de chuva ao longo do dia. No norte capixaba, a chuva ocorre de forma mais frequente e pode ser mais intensa.

No Paraná, As chuvas ganham intensidade sobre a faixa (oeste, sudoeste e sul) do estado, na sexta-feira (01/09). Há previsão de muita nebulosidade e chuva de moderada a forte intensidade ao longo do dia. No restante do estado, incluindo a capital Curitiba, a condição é de sol entre muitas nuvens, sem chuva.

No sábado, as instabilidades avançam e chove sobre o estado do Paraná de moderada a forte intensidade. Atenção para faixa extremo sudoeste onde a previsão é de tempo chuvoso e com tempestades ao longo do dia. No domingo, a chuva segue atuando e ganha força em todo estado. Ocorre a formação de uma baixa pressão sobre o Rio Grande do Sul que impacta todo Paraná. Há condição de muita nebulosidade e há previsão de pancadas de chuva de moderada a forte intensidade ao longo de todo dia.

Veja também: Central El Niño está no ar!

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Central El Niño está no ar!

A Primavera está chegando com suas características próprias da estação e junto com ela o El Niño que continuará influenciando a nova estação. Aliás, de acordo com a última atualização dos modelos, o fenômeno irá atuar pelo menos até o início do Outono de 2024. Diante disso, a equipe Climatempo reuniu um time para criar a Central El Niño. A Central conta com toda a estrutura de consultoria meteorológica, informações, análise, mapas e dados para contribuir com seu planejamento e operações.

Para entender um pouco mais como a Central funciona, o podcast AgroTalk foi conversar com o meteorologista e head de comunicação da Climatempo, Willians Bini. Confira:  

Onde ouvir o podcast AgroTalk

Todos os conteúdos do podcast AgroTalk também estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Podcasts Connect da Apple. Ao acessar as plataformas é só procurar por AgroTalk. Acompanhe aqui lista de todos os episódios do podcast AgroTalk.

Acesse a lista de matérias e vídeos do podcast AgroTalk. Se preferir veja também na playlist do Youtube  

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Clima é favorável mas preço desanima produtor de aveia no Paraná

No norte do Paraná, as culturas de inverno implantadas, como trigo, aveia Preta e aveia grão branco, estão se desenvolvendo satisfatoriamente e se encontram em estágio de enchimento de grãos e maturação. Onde a colheita começou, os rendimentos têm se mantido dentro das estimativas iniciais.

Clima favorável e preço desanimador

Nesta safra, apesar das boas perspectivas de rendimento das culturas de inverno e das condições climáticas favoráveis, muitos produtores estão desanimados devido aos preços de mercado, que estão mais baixos do que no mesmo período do ano anterior. Além disso, os altos custos de produção que tiveram que enfrentar também contribuem para esse desânimo. As culturas de aveia estão sendo incorporadas ao solo para a adubação verde, aguardando o plantio das culturas de verão, como a soja na próxima safra.

Foto: Getty Images

Chuva e calor atrai o brusone

No oeste, sudoeste e centro-oeste paranaense, a grande maioria das áreas de trigo está em fase final de frutificação e maturação. Foi observada uma incidência de brusone, principalmente nos plantios iniciais, devido às chuvas e ao calor. Isso já está acarretando uma diminuição na produtividade inicial. No entanto, os produtores têm adotado os controles necessários, visando evitar perdas. A colheita está acontecendo em um ritmo lento, uma vez que está competindo com a colheita do milho.

No sul do estado, algumas áreas de aveia branca também foram colhidas, mas a produtividade provavelmente será um pouco menor do que o esperado, devido à alta incidência de ferrugem. As lavouras de trigo e cevada estão em desenvolvimento vegetativo ou floração, em sua maioria. Algumas áreas já passaram pelo processo de colheita, apresentando resultados satisfatórios em termos de rendimento. Os agricultores seguem realizando os monitoramentos e os tratos culturais necessários.

Tendência do Clima: Tempestades no Paraná

Neste último dia de Agosto (31/08), o tempo permanece firme em boa parte do Paraná. A condição será de sol entre algumas nuvens, sem chuva. Para a faixa noroeste, o tempo segue com previsão de pancadas de chuvas de fraca intensidade ao longo de todo o dia.

Na sexta-feira (01/09), as chuvas ganham intensidade sobre a faixa centro-oeste do estado. Uma baixa pressão se forma sobre a faixa oeste do estado e a previsão é de muita nebulosidade e chuva de moderada a forte intensidade ao longo do dia. No litoral, o tempo volta a ficar instável, mas há previsão de pancadas de chuva de fraca intensidade. No restante do estado, incluindo a capital Curitiba, a condição é de sol entre muitas nuvens, sem chuva.

No sábado (02/09), instabilidades avançam sobre o estado. Há previsão de chuva em todo o Paraná. Para todo estado a condição será de muita nebulosidade e há previsão de chuva moderada a forte intensidade. Atenção para faixa extremo sudoeste onde a previsão é de tempo chuvoso e com tempestades ao longo do dia.

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Chuva pode colaborar para aumento da safra de verão gaúcha

A Emater/Ascar- RS divulgou nesta terça-feira (29/08), durante a Expointer, em Esteio no Rio Grande do Sul que a tendência de chuva prevista para os próximos meses e a influência do El Niño poderão contribuir para uma maior produtividade ao final da safra verão 23/24 no Rio Grande do Sul.

De acordo com o boletim divulgado pela instituição, a área plantada em solo gaúcho está estimada em 8,494 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 1,72% se comparado ao ciclo anterior. Se confirmada, a produção de grãos no estado pode alcançar sozinha aproximadamente, 36,1 milhões de toneladas, um aumento de 49,13% se comparado aos 24,2 milhões registrados na safra verão 22/23.

Clima

Se depender do clima, a tendência é que o El Niño já estabelecido contribua para a ocorrência de chuvas durante a Primavera/Verão. Vale destacar que a nova estação inicia no dia 23 de setembro e o prognóstico da Climatempo traz alguns indicativos para nova estação:

  • Setembro será um mês com tempo mais fechado e com grande variação de nuvens e chuva acima da média no Sul;
  • Temporais no Rio Grande Sul podem acontecer por causa da formação de um ciclone no início de setembro;
  • Chuvas irregulares em Manaus;
  • Chuva aumenta em Fortaleza;
  • Goiânia com uma tendência de começar o mês de setembro com chuva e depois volta o predomínio do ar mais seco com altas temperaturas;
  • Região Sudeste apresenta uma tendência de chuva acima da média;
  • El Niño dificulta a formação de um corredor de umidade entre o Norte, Centro-Oeste e o Sudeste;
  • Onda de Calor: maior chance em Setembro e Outubro;
  • Setembro mais quente no centro-norte do Brasil;
  • A temporada do BR-Ó-BRÓ começa com altas temperaturas no Piauí;
  • mais umidade para o café SP e MG
  • maior volume de chuva para soja e milho nas regiões Sul e Sudeste;
  • risco de seca nas regiões Norte e Nordeste;
  • alerta de seca para o café conilon no Espírito Santo;
  • arroz e milho podem sofrer impactos por excesso de umidade e baixa luminosidade;

Milho

O milho deve ter uma recuperação nesta safra em relação a anterior quando sofreu os impactos do fenôeno La Niña. Desta vez, o jogo virou. A estimativa é mais animadora para os produtores. De acordo com o boletim, apesar da área ter uma ligeira queda de 0,7%, a produção será de 6,061 milhões de toneladas, 53,24% acima da registrada anteriormente que foi de 3,955 milhões de toneladas.

Arroz

A área de plantio do arroz está estimada em 902.425 hectares, aumento de 7,44% se comparada ao ciclo anterior que foi de 839,9 milhões de hectares. Está tudo pronto no campo para o início do plantio onde se espera uma produtividade de 8359kg/ha.

Soja

O Boletim da Emater/Ascar-RS aponta uma área plantada de 6,745 milhões de hectares na safra 23/24, um crescimento de 1,30%, frente aos 6,658 milhões de hectares da safra passada. A nova estimativa de safra é uma produção de 22,4 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 73,03% comparado a safra 22/23 que alcançou 12,9 milhões de toneladas de soja.

Leia também: Goiás avança com a colheita do tomate industrial

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Goiás avança com a colheita do tomate industrial

A colheita do tomate industrial em Goiás avança e os trabalhos deverão ser finalizados em outubro.

Segundo a Tomate BR – Associação Brasileira dos Processadores e Utilizadores de Tomate Industrial, o Brasil é o sexto maior produtor de tomate industrial do mundo. Goiás produz cerca de 70% do tomate industrial brasileiro. Ainda segundo a Associação, neste ano, espera-se um aumento da ordem de 6% na área a ser cultivada e cerca de 20% na expectativa de produção.

Clima favoreceu desenvolvimento do tomate industrial em Goiás

As áreas plantadas estão nos municípios de Goianésia, Rialma, Corumbá de Goiás, Vila Propício, Itaberaí, Campinorte e Santa Isabel. Segundo a indústria, o custo da produção vai girar em torno de R$ 35 mil o hectare. Jalles Fontoura, presidente do Conselho de Administração da Goialli, indústria processadora de tomate industrial destaca que as regiões de plantio foram favorecidas pelo clima de cerrado, com janela de seis meses de pouca precipitação. “O plantio ocorreu em áreas favoráveis para a cultura de tomates, oferta adequada de água para irrigação e a utilização de alta tecnologia”, ponderou Jalles.

Após a colheita, o tomate industrial é levado para a fábrica, onde é industrializada e vira extrato, ketchup, molhos, entre outros produtos.

Tendência do Clima

Nesta semana áreas de instabilidade devem ganhar força e se espalhar mais sobre a região Sudeste e Centro-Oeste. Aliadas ao calor e a umidade proveniente da Amazônia devem gerar chuvas mais generalizadas sobre interior de Minas Gerais e Goiás e de forma mais isolada e com menores volumes acumulados entre São Paulo, Mato Grosso do Sul e até mesmo sobre áreas produtoras de Mato Grosso. Ainda nesta semana são esperados episódios de chuva de moderada intensidade sobre áreas do sul e oeste da Bahia e episódios mais isolados e de fraca intensidade entre o sul do Tocantins, sul do Pará, sudoeste do Amazonas, no Acre e em Rondônia. A partir da sexta-feira (01/09), as instabilidades diminuem sobre o interior do Brasil e as chuvas voltam a ganhar força na região Sul, devido a formação de uma área de baixa pressão atmosférica entre o norte da Argentina e o Paraguai. Até a metade da próxima semana são previstos volumes de precipitação que podem ultrapassar 100 mm entre o norte gaúcho e o interior paranaense. São esperadas chuvas fortes também, associadas a esse sistema, especialmente a partir do final de semana, sobre o extremo sul de Mato Grosso do Sul e Sul de São Paulo, onde algumas localidades podem receber de 50 a 100 mm na primeira semana de setembro.

Temperatura

A massa de ar de origem polar que atua sobre a região Sul perde força e as temperaturas voltam a se elevar ao longo dos próximos dias. No interior do Brasil o calor diminui um pouco, devido ao aumento das chuvas, mas as máximas devem voltar a atingir valores próximos a 40°C sobre o Centro-Oeste, oeste de São Paulo e Triângulo Mineiro durante a primeira semana de setembro.

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Precocidade e produtividade de nova variedade de quiabo potencializam lavouras

As olerícolas cultivadas em pequenas áreas de terra ao redor das cidades tem sido favorecidas pelo clima o que tem permitido o bom desenvolvimento de todas culturas no campo.

O quiabo, por exemplo, é uma cultura importante geradora de renda para os produtores, sobretudo os da agricultura familiar. Constantemente, as empresas buscam inovação e tecnologia para trazer ao mercado variedades que possam ser mais produtivas e rentáveis para o homem do campo, como é o caso da variedade: quiabo tropical.

Com uma planta vigorosa e com ótima sanidade foliar, o quiabo tropical apresenta uma coloração mais clara, formato cilíndrico e uma boa pós-colheita. E entre suas principais características estão, também, a alta precocidade e produtividade – dois pontos que vêm fazendo sucesso entre os produtores.

Foto: Agristar Divulgação

De acordo com o especialista em Cinturão Verde, Roberto Araújo, o quiabo tropical é resultado de um melhoramento da variedade Santa Cruz. “Com ele, a brotação lateral já começa a ocorrer entre 35 e 40 dias. Em épocas consideradas ideais, sua colheita já começa com aproximadamente 55 dias, enquanto outras cultivares, por exemplo, levam de 70 a 80 dias”, explica.

Resultados atrativos para o quiabo

Rafael Martins, agrônomo e produtor rural da Fazenda Viçosa, localizada em São José do Rio Preto, tem como carro-chefe em sua produção a cultura do quiabo. Após o crescimento e sucesso dos negócios, começou a oferecer diversos cursos para outros produtores, principalmente sobre a cultivar, ensinando desde a escolha da área e preparo do solo, até a colheita e comercialização.

“ A variedade tropical tem apresentado ótimos resultados e tenho gostado bastante. É uma opção bem promissora para o mercado”, conta.

Mas, além dos diferenciais e qualidade garantidos pela novidade, Martins ressalta, ainda, cinco motivos que, de acordo com ele, tornam o cultivo de quiabo atrativo.

Foto: Agristar Divulgação

“É um tipo de produção que gera um retorno relativamente rápido, se comparado a outras culturas; possui baixa necessidade de mecanização, visto que praticamente todas as etapas do processo produtivo podem ser feitas manualmente; é uma cultura rústica, ou seja, pouco afetada por pragas e doenças; possui um alto índice de produtividade, principalmente quando se tem sementes de qualidade, como as da variedade tropical, e boas recomendações agronômicas. Por fim, também oferece uma boa rentabilidade por hectare”, finaliza.

Leia também: Clima úmido do inverno favorece o desenvolvimento de doenças foliares

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