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Chuva durante o ciclo da soja no RS beneficou a formação dos grãos

A colheita da soja registrou avanço gradual no Rio Grande do Sul, de acordo com levantamento da Emater/Ascar-RS. Houve interrupções devido às precipitações, bem como retomada e aceleração após a diminuição da umidade. Contudo, a umidade presente no solo ainda não permite estender a colheita para o período noturno, pois ocasiona dificuldades no deslocamento das plataformas de corte, resultando em maior adesão de solo úmido em suas partes inferiores. A estimativa é que 8% da área cultivada tenha sido colhida. A projeção aponta aumento no ritmo da operação nos próximos dias, pois a área em fase de maturação atinge 42%.

A produtividade demonstra incremento à medida que as lavouras menos precoces finalizam seu ciclo, reforçando as previsões de uma safra altamente satisfatória na maior parte do Estado. Destaca-se o peso dos grãos, o qual se apresenta consideravelmente superior ao das safras anteriores, contribuindo, de forma significativa, para os resultados positivos das lavouras. A adequada qualidade na formação dos grãos é atribuída ao padrão regular de precipitações ao longo do ciclo da cultura, pois ocorreu apenas um breve período de estiagem, que não comprometeu o potencial produtivo na maior parte do Estado.

Foto: Getty Images

A produtividade estadual projetada é de 3.329 kg/ha. Nas lavouras em estágio de enchimento de grãos, que representam 46% da área total cultivada, observa-se pressão significativa de ferrugem-asiática, especialmente nas folhas localizadas no terço inferior das plantas. Essa situação está sendo continuamente monitorada e controlada, identificando-se pequenas regiões onde houve queda precoce das folhas devido ao controle ineficaz à doença.

Leia também: Área plantada cresce e produção de soja chega a 156,5 milhões de toneladas, segundo Agroconsult

Outono mais seco deve beneficiar o corte e moagem da cana

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A diferença do amendoim argentino e brasileiro

A World Peanut Meeting 2024, realizada na semana passada em Córdoba, na Argentina, destacou o cenário do amendoim no mundo e evidenciou as diferenças dos mercados da Argentina e do Brasil, relacionando o destino das exportações dos países com um melhor controle de pesticidas e de aflatoxinas.

Conforme dados apresentados durante o evento, a Argentina demonstrou sua capacidade de concentrar suas vendas de amendoim em grãos para a Europa, de maior valor agregado, representando impressionantes 62% de suas exportações totais. Por outro lado, o Brasil direciona a maior parte de suas exportações (70%) para mercados secundários, como Rússia e Argélia. Essa diferença é atribuída, principalmente, à maior exigência dos mercados primários em relação à presença de aflatoxinas e ao uso de produtos químicos.

Para o ano de 2024, a Argentina planeja exportar 800 mil toneladas de grãos de amendoim, com 60% destinados à Europa. Enquanto isso, o Brasil projeta 300 mil toneladas do produto, com apenas 15% direcionadas para o mercado europeu. Esses números reforçam a necessidade dos produtores brasileiros realizarem uma minuciosa análise das estratégias de produção nas próximas safras.

De acordo com Rodrigo Chitarelli, diretor presidente da CRAS Brasil, que esteve no evento e acompanhou de perto o “Circuito del maní” – dia de campo com os produtores argentinos na cidade de General Deheza -, o mundo está muito mais criterioso e atento à qualidade.

“Para aproveitar todo o potencial do mercado global de amendoim, é fundamental melhorar o relacionamento entre os produtores e apresentar um controle mais eficiente dos defensivos agrícolas no Brasil. Temos condições mais favoráveis, com possibilidade de expansão de áreas e um clima propício, mas é preciso aprimorar as práticas de plantio para competir em mercados de maior valor agregado, aumentando assim as margens na operação”, comentou.

A União Europeia, por exemplo, possui altos padrões quando se trata da importação de amendoim e seus subprodutos, com exigências para limite máximo de resíduos de pesticidas (LMR) e uma lista de substâncias autorizadas. Os produtos importados são submetidos a testes para garantir que estejam em conformidade com os padrões europeus.

Da mesma forma, os países da UE estabelecem teores máximos de aflatoxinas no amendoim e seus subprodutos, que devem ser testados antes da exportação. As aflatoxinas são toxinas naturais produzidas por certos tipos de fungos do gênero Aspergillus, que podem infectar várias culturas agrícolas, especialmente em condições de calor, umidade e danos causados por insetos, que criam pontos de entrada para os fungos, além de secagem e armazenamento inadequados e o uso de sementes não certificadas.

“Para entrar no continente é necessário realizar regularmente testes laboratoriais e auditorias das práticas de produção e armazenamento. A produção da CRAS Brasil possui certificados como o FDA, ISO 22000, o Fosfa, a Halal, a Kosher, entre outras, que garantem atenção às normas referentes à saúde alimentar em toda a sua cadeira de produção” completa Chitarelli.

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Área plantada de milho segunda safra será 3,9% menor, em relação à safra passada

A nova estimativa divulgada pela Agroconsult, aponta um ajuste de área para o milho segunda safra. O tamanho da área plantada no país é de 16,3 milhões de hectares, com redução de 3,9% se comparada à safra passada. O motivo é a queda nos preços dos insumos nas últimas semanas que levou os produtores a definirem a área nas regiões mais tardias, aponta a consultoria em seu mais recente levantamento.

A produção está estimada em 96,4 milhões de toneladas, com queda de 10,9% sobre 22/23.

O Rally da Safra prosseguirá em maio e junho, com seis equipes avaliando as lavouras de milho segunda safra. As áreas visitadas respondem por 97% da área de produção de soja e 72% da área de milho.

Leia também: Área plantada cresce e produção de soja chega a 156,5 milhões de toneladas, segundo Agroconsult

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Foto: Carla Rossato -Santa Mariana- Paraná
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Área plantada cresce e produção de soja chega a 156,5 milhões de toneladas, segundo Agroconsult 

A Agroconsult, organizadora do Rally da Safra, atualizou a área da safra de soja 2023/24 para 46,4 milhões de hectares – 753 mil hectares acima da última projeção. A estimativa de produção subiu para 156,5 milhões de toneladas (4,3 milhões de toneladas a mais em relação à última projeção), com produtividade média estimada em 56,2 sacas por hectare.

Em comparação com os números da Conab, as novas estimativas da Agroconsult para a safra 23/24 apontam um aumento de 707 mil hectares na área plantada da região Centro-Oeste, de 445 mil hectares na região Sudeste, de 78 mil hectares no Sul e de 59 mil hectares no Nordeste, totalizando a diferença de 1,2 milhão de hectares. Somente a região Norte sofreu um ajuste de 39 mil hectares a menos que nos dados oficiais.

“Diferentemente das estimativas oficiais, este ano, utilizamos uma técnica com a ajuda de imagem de satélite para apurar o tamanho da área plantada”, comenta André Pessoa, CEO da Agroconsult.

Produção de soja em números

Já em relação à produção de soja 23/24, os dados apontam aproximadamente 10 milhões de toneladas a mais em relação à Conab. Do total, 5,4 milhões de toneladas resultam da diferença entre as produtividades estimadas para os estados e 4,2 milhões de toneladas referem-se às diferenças nas estimativas de área plantada.

Levando em consideração o impacto das adversidades climáticas e a queda dos preços da saca que comprimiram as margens do produtor, no comparativo com os dados oficiais a estimativa de safra não aponta para uma quebra desastrosa ou imensamente expressiva.

Do ponto de vista técnico as avaliações em campo trouxeram um trabalho refinado. Somente em 2024, foram mais de 70 com três equipes rodando o país. Um número recorde de visitações, uma amostragem de mais de 1400 lavouras de soja em 15 estados visitados.

“Isso foi necessário para apurar os impactos da influência do clima na soja 23/24 nos meses iniciais das lavouras, especialmente no Centro-Oeste que apresentou pouca chuva e temperatura elevada. Uma safra de contrastes”, analisa o executivo.

Os técnicos em campo observaram que em algumas regiões, o clima impactou de forma mais intensa e negativa e em outras localidades a interferência do clima foi até positiva, como foi o caso do Rio Grande do Sul.

“As lavouras precoces sofreram muito, especialmente no Centro-Oeste. Mas com o avanço no desenvolvimento as produtividades foram melhorando e no final o que se observa nesta análise é uma quebra importante de potencial produtivo, com uma certa frustração, mas sem confirmar catástrofes”, pontua André Pessoa.

Veja abaixo os números do levantamento para cada estado:

Chuva beneficiou soja no estado gaúcho

No Rio Grande do Sul, as chuvas do final de fevereiro foram benéficas e trouxeram bons resultados nas primeiras áreas colhidas. Os técnicos avaliaram lavouras no estado na semana de 18 de março e, em abril, retornarão para confirmar os dados. A estimativa de produtividade passou de 55 para 57,2 sacas por hectare.

Houve revisão positiva também em Minas Gerais, que, com a regularidade das chuvas, passou de 57 para 63,4 sacas por hectare. Com boas perspectivas de produtividade no leste do estado, Goiás saiu de 59 para 62,2 sacas por hectare. No Mato Grosso, a produtividade foi alterada de 52,5 para 53,1 sacas por hectare. Para a Bahia, a estimativa passou de 60 para 63,8 sacas por hectare.

São Paulo e Paraná: menor produtividade média

As revisões negativas ocorreram nas produtividades do estado de São Paulo, de 55 para 48 sacas por hectare, Paraná, de 58 para 56,1 sacas por hectare e no Mato Grosso do Sul, com redução de 57,5 para 51,2 sacas por hectare.

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Produtor rural pode pedir Recuperação Judicial?

Os pedidos de recuperação judicial por produtores rurais tiveram crescimento de 535% em 2023, de acordo com levantamento da Serasa Experian. A crescente nos casos acende o alerta para as questões jurídicas inerentes a estes pedidos. 

Nesta semana, o podcast AgroTalk bateu um papo com Filipe Denki, advogado, especialista e Diretor da Comissão Nacional de Falência e Recuperação Judicial do Conselho Federal da OAB.

O advogado traz informações sobre os aspectos jurídicos envolvidos no pedido. Acompanhe abaixo:

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Nova avaliação mostra queda no PIB do Agro

O PIB do agronegócio brasileiro, caiu 2,07% no quarto trimestre de 2023. Diante disso, o PIB do agronegócio fechou o ano com queda de 2,99%. Os dados foram pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

Pesquisadores das duas instituições destacam que, até o segundo trimestre, o agronegócio vinha se recuperando da queda observada em 2022. No entanto, as baixas consecutivas nos dois últimos trimestres reverteram a tendência positiva. Apesar disso, considerando-se o desempenho da economia brasileira como um todo, o PIB do agronegócio correspondeu por 23,8% do PIB do País.

O desempenho do agronegócio foi afetado negativamente pela queda dos preços em todos os segmentos. Esse cenário só não se agravou devido à excepcional produção agrícola e ao crescimento na produção pecuária e laticínios e no volume de abates. Inclusive, estes fatores impulsionaram a demanda por insumos e agrosserviços, de acordo com os pesquisadores.

Redução no preço das culturas

No setor primário, houve reduções significativas nos preços de culturas importantes, como algodão, café, milho, soja e trigo, além de bovinos, aves e leite. Nas agroindústrias, queda no preço de biocombustíveis, produtos de madeira, óleos vegetais e na indústria do café, entre outros. Os preços mais baixos influenciaram também as indústrias de laticínios e de abate e processamento de carne e pescados.

Insumos

O PIB dos insumos caiu 23,57% no ano, com quedas nos ramos agrícola (-27,92%) e pecuário (-9,32%). Esse desempenho foi influenciado pela significativa diminuição do valor bruto da produção, principalmente devido à baixa nos preços dos fertilizantes, defensivos agrícolas e rações para animais.

Segmento primário

O PIB recuou 1% em 2023, sustentado pelo desempenho da agricultura, que cresceu 5,11% no ano. Pesquisadores do Cepea/CNA indicam que o avanço no primário agrícola foi impulsionado pelo aumento da produção, com safras recordes, e pela redução dos custos de produção, devido à queda nos preços dos insumos, como fertilizantes e defensivos agrícolas. Por outro lado, na pecuária houve forte redução de 10,61% no ano. Apesar do aumento na produção ao longo de 2023 e da diminuição dos custos com alimentação dos animais, atividades importantes como a produção de leite, bovinos e frangos para corte registraram consideráveis quedas nos preços.

Agroindustrial

A baixa no ano, de 2,05%, reflete o desempenho negativo das agroindústrias de base agrícola (-3,43%), contrastando com o crescimento observado nas de base pecuária (4,07%). Na indústria agrícola, apesar dos menores custos e do aumento modesto da produção, a queda no valor da produção devido à redução nos preços exerceu pressão sobre o resultado. Já na indústria pecuária, o desempenho positivo foi principalmente atribuído à redução nos custos com insumos, em contrapartida à queda no valor da produção, influenciada pelo comportamento desfavorável dos preços.

Arte: CEPEA

Agrosserviços

A baixa no ano foi de 1,31%, pressionados pela queda de 3,24% nos agrosserviços agrícolas – os agrosserviços pecuários cresceram 4,06%. De maneira geral, esses resultados espelham as dinâmicas dos segmentos a montante, destacando especialmente os aumentos de produção dentro e fora da porteira.

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Sojicultor irá fechar o ano com resultado negativo. Culpa do El Niño

Um número expressivo de sojicultores brasileiros fechará o ano com resultados negativos, aponta a DATAGRO Grãos em sua revisão do perfil projetado para a renda dos produtores da oleaginosa na safra 2023/24.

“Apesar do recuo nos custos de produção, tivemos também a queda expressiva nos preços, ficando a possibilidade de renda positiva atrelada ao bom desempenho na produtividade – e mesmo nos casos positivos, no geral, com desempenho inferior aos três últimos anos”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista da DATAGRO Grãos. 

El Niño trouxe a irregularidade da chuva nos campos

Observa-se que as variáveis que determinam a lucratividade bruta, definida através da relação entre a receita obtida, custo de produção e produtividade, pendem para o lado positivo apenas para os sojicultores que conseguirem colher bem. “No lado limitante, consideramos queda expressiva na expectativa de produtividade média, muito abaixo da expectativa inicial e do recorde do ano passado. Apesar do bom nível tecnológico, a influência de um fenômeno El Niño de forte intensidade trouxe duros impactos por conta da irregularidade das chuvas”, diz França Junior. 

A consultoria reduziu o potencial de produtividade média da safra 2023/24 dos 3.592 kg/ha da estimativa preliminar de julho de 2023 para os atuais 3.233 kg/ha. “E com viés de baixa no próximo levantamento”, ressalta o economista. Em caso de confirmação, esse desempenho seria 10% inferior aos 3.589 kg/ha do recorde alcançado na safra 2022/23.  

Foi observada expressiva retração nos custos operacionais de produção da safra 2023/24 de soja nos estados do Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, líderes nacionais na produção da oleaginosa. Porém, esse recuo acontece sobre uma base muito elevada, depois dos fortes aumentos registrados nas safras 2021/22 e 2022/23. “Esse é o segundo fator fundamental para a definição da renda desta temporada, e o único positivo aos ganhos dos produtores. De saldo, temos a diminuição de gastos com insumos e alguma retração no padrão da taxa de câmbio na temporada, mas, por outro lado, o aumento expressivo nos custos fixos”, ressalta.

Em relação à receita, analisando os três principais componentes – Bolsa de Chicago, prêmios de exportação e taxa de câmbio –, a sinalização inicial aponta preços domésticos abaixo dos excepcionais observados de 2020 a 2023, retornando para patamares aquém da média.  

“Depois de 17 anos seguidos de renda dominantemente positiva aos produtores brasileiros de soja, a temporada da safra 2023/24 corre o risco de ter resultados negativos para a maioria. Só conseguirá atingir o 18º ano de lucratividade bruta favorável aqueles produtores que obtiveram sucesso na produtividade média”, analisa França Junior.

“A princípio, temos sinalizações abaixo dos resultados ainda positivos de 2023, e muito abaixo dos excepcionais números de 2020, 2021 e 2022, com indicação de custos de produção menores, mas cenário pior de preços domésticos e produtividades seriamente comprometidas”, finaliza. 

Veja também: Clima preocupa produtor de milho no Paraná

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Clima faz preço da cesta de Páscoa subir em São Paulo

Peixe, azeite e arroz, são ingredientes comuns da Páscoa brasileira. Porém, estes produtos estarão mais caros nas gôndolas dos supermercados e feiras livres em 2024 na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).

Os itens subiram no comparativo com o a ano passado, segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.

Na perspectiva da Federação, impactos climáticos são determinantes nesse fenômeno da elevação dos preços. Observe na tabela abaixo o aumento em 2024, aliás, maior do que o observado na última Páscoa.

Azeite o mais caro ingrediente da Páscoa

O exemplo mais evidente é o azeite, que está 42,8% mais custoso na RMSP do que há um ano. Isso se explica pelas condições climáticas adversas que prejudicaram a colheita nos países produtores da Europa nos últimos meses. No Brasil, o fenômeno El Niño também atrapalhou a produção de itens como batata-inglesa, tomate e alho. A consequência é a elevação de preços em 34,7%, 17,5% e 9%, respectivamente. 

O pescado, por sua vez, parte essencial do almoço de Páscoa, subiu 5,2%, enquanto os chocolates em barra e em pó, ao contrário, apontaram quedas relativas em comparação a 2023, considerando que a inflação do período foi de 4,5%. “Ainda que mais gente esteja empregada, e a renda tenha subido, a pressão dos alimentos tende a dificultar um pouco mais a compra dos ingredientes para os eventos relacionados à data, ou mesmo para o tradicional ovo de chocolate”, pontua Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP. 

É importante salientar que o estudo não capta a variação de preços dos ovos de chocolate em específico, já que, por ser uma produção sazonal e diferenciada, o produto não entra na catalogação feita pelo IBGE. Da mesma forma, é fundamental ressaltar que a comparação entre os preços dos ovos e dos outros formatos do produto (como em barra) é indevida, porque são alimentos com estruturas de produção diferentes. 

Veja também: Clima preocupa produtor de milho no Paraná

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Março termina com chuva forte nas áreas produtoras do sul, cerrado e triângulo mineiro

Um corredor de umidade que desce da Amazônia sobre o interior do Brasil favorece a formação de fortes instabilidades ao longo desta semana sobre áreas produtoras do Sudeste e do Centro-Oeste.

Veja no mapa. As áreas mais atingidas por chuvas fortes cobre a Alta Mogiana Paulista, sul, Cerrado e Triângulo Mineiro, norte de Mato Grosso do Sul, Goiás e principalmente Mato Grosso. Essas áreas podem receber entre 60 e 100mm até o final de semana. Com o tempo mais encoberto e com chuvas, as temperaturas ficarão mais amenas, com máximas inferiores aos 30 graus em grande parte destas áreas. Essa condição deve provocar paralizações nos tratos culturais e plantio do milho segunda safra, mas por outro lado favorece a manutenção da umidade do solo de uma forma mais homogênea.

Também estão previstas chuvas fortes ao longo desta semana sobre áreas produtoras de Rondônia, Acre, sul do Amazonas, no Pará, Tocantins, Maranhão e Piauí. Nestas áreas as chuvas também podem provocar transtornos e paralizações nas atividades no campo, já que o solo se encontra bastante encharcado. O tempo seco vai predominar durante a maior parte da semana sobre o Sul do País e no interior da Bahia.

Veja também: Clima preocupa produtor de milho no Paraná

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Temperatura volta a subir nas áreas produtoras de feijão do Paraná

O último boletim semanal agropecuário elaborado Departamento de Economia Rural (Deral), no Paraná mostra que até o dia 21/03, as lavouras de feijão do estado tiveram uma piora devido ao calor excessivo. Atualmente 93% da área apresenta condições boas, ante 98% na semana anterior. As lavouras medianas 6% do total e as ruins 1%, ante 2% e nenhuma antes, respectivamente.

Apesar desta piora, o quadro ainda é positivo para que haja uma boa safra. A expectativa de uma boa produção tem pressionado as cotações, ainda que de maneira precoce, tendo em vista que apenas 1% das lavouras está em maturação e que a colheita só ganhará volume em abril.

Foto: Getty Images

Para que estes preços menores se efetivem ao produtor, e cheguem ao consumidor futuramente, as condições climáticas precisam se manter favoráveis no Paraná, que detém a maior área dedicada à cultura de feijão no outono.

Tendência do Tempo para os próximos dias

Nesta terça-feira (26/03), o tempo segue firme com sol na maioria das regiões do estado do Paraná. Há uma possibilidade de um pouco de chuva nas cidades paranaenses que fazem divisa com São Paulo, no litoral e na capital. Não há risco de temporais. 

Na quarta-feira  (27/03), a tendência é de chuva fraca ainda no leste e norte do Paraná. Nas demais regiões do estado, tempo firme e calor à tarde. As temperaturas voltam a subir até o final da semana, inclusive em Curitiba.

O mapa abaixo mostra a tendência de chuva para o Brasil durante o Outono.

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