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Bactéria revoluciona aplicações tecnológicas em resposta ao clima

Capital goiana do agronegócio, Rio Verde possui um grande potencial produtivo e cresce em ritmo acelerado, impulsionado pelo campo. Ao caminhar pela Tecnoshow, uma das feiras mais importantes do calendário agrícola brasileiro, a equipe do site Agroclima encontrou soluções sustentáveis para aumentar o desempenho das lavouras.

O que chamou a atenção foi uma solução biológica e muito tecnológica fundamentada à partir de uma bactéria. O desenvolvimento e a avaliação desta nova tecnologia levou em consideração as características climáticas relacionada a temperatura e radiação solar. Veja:

Imagens: Agronews

Tecnologia pode ser utilizada com o sistema convencional e plantio direto

O plantio convencional exige a preparação do solo de forma mais intensiva, ou seja toda a vegetação do terreno é removida e a terra é revolvida por meio da aração e da gradagem. Enquanto o plantio direto é conservacionista, mantendo a cobertura morta sobre o terreno. Os dois métodos são muito utilizados no Brasil e têm vantagens e desvantagens.

A umidade do terreno é um fator a ser avaliado para a escolha entre plantio convencional e plantio direto. Como a cobertura morta acaba conservando a umidade do solo, essa técnica não é indicada para culturas que podem ser prejudicadas por essa condição e para áreas com pouca permeabilidade ou clima muito úmido naturalmente. Por outro lado, o uso da cobertura é muito eficiente para controlar a temperatura do solo, reduzir a compactação, a erosão e a lixiviação no terreno e até mesmo para diminuir a infestação de plantas daninhas. Tudo isso faz do plantio direto o sistema ideal para agricultores preocupados em manter a sustentabilidade das suas áreas produtivas.

Imagens Agronews

Qual melhor horário para aplicação?

Um erro que pode ser muito comum é não respeitar as condições climáticas na hora de realizar uma aplicação nas lavouras. Períodos com altas temperaturas, radiação solar muito intensa podem não favorecer a absorção pela planta, assim como temperaturas muito baixas.

Imagens Agronews

O monitoramento do clima é importante para saber qual o horário da melhor janela ideal de temperatura para o período de aplicação. Por isso, saiba como as mudanças climáticas impactarão o seu negócio. Obtenha o relatório completo!

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Lavoura de milho – divulgação Corteva

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Safra 23/24 de cana atinge recorde histórico impulsionado por condições climáticas

A produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2023/2024 registra 713,2 milhões de toneladas e estabelece novo recorde na série histórica acompanhada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa um aumento de 16,8%, quando comparado ao ciclo passado. De acordo com o boletim, a área colhida também registrou um leve crescimento de 0,5%, estimada em 8,33 milhões de hectares, enquanto que o rendimento médio teve um incremento de 16,2%, saindo de 73.655 quilos por hectare para 85.580 kg/ha.

As condições climáticas e os investimentos do setor proporcionaram esse resultado, com destaque para a recuperação da produtividade no centro-sul do país. No Sudeste, região que concentra a maior produção de cana-de-açúcar, houve aumento no volume colhido em 21%, quando comparada à safra anterior, totalizando 469 milhões de toneladas. A área colhida reduziu 0,6%, enquanto que a produtividade média aumentou, justificado pelas melhores condições climáticas e dos investimentos para a renovação das lavouras, com uma estimativa de 91.987 kg/ha.

Centro-Oeste: aumento de área e de produtividade

Já na segunda maior região produtora de cana, o Centro-Oeste, foi verificado aumento tanto na área como na produtividade deste ciclo. As condições climáticas apresentadas proporcionaram o adequado desenvolvimento das lavouras, com um rendimento médio de 81.537 kg/ha, em uma área de aproximadamente 1,78 milhão de hectares.

Clima favoreceu lavouras do Sul do Brasil

O clima também beneficiou as lavouras do Sul, que apresentaram uma produtividade de 73.860 kg/ha, alta de 13,4% à obtida na temporada anterior. Após sucessivas reduções da área colhida, a atual safra também apresentou aumento de área, o que resultou em uma produção de 38,73 milhões de toneladas de cana.

Nordeste apresenta discreta redução de área

Na região Nordeste, a estimativa de produção de cana-de-açúcar é de 56,48 milhões de toneladas, discreta redução de 0,7% quando comparada à safra passada. O aumento da área, continuando o movimento observado na safra passada de investimentos na recuperação de áreas anteriormente cultivadas, contribuiu para a produção semelhante à última safra, apesar da redução de produtividade. Já no Norte, o incremento de área e as produtividades semelhantes à última safra resultaram em aumento de 3,1% na produção.

Como fica o clima nas áreas produtoras de cana?

Uma frente fria, que avança pela costa do Brasil, espalha instabilidades sobre áreas entre o litoral do Espírito Santo e da Bahia, neste sábado. Na retaguarda deste sistema, uma massa de ar de origem polar avança sobre o Sul e é responsável pelo predomínio do tempo seco e declínio das temperaturas. Neste sábado (20/04), há condições para geada nos pontos mais altos da serra gaúcha e catarinense. O ar seco deve se espalhar por áreas do Sudeste, de Mato Grosso do Sul, Goiás, centro-sul do Piauí, interior da Bahia, sul do Maranhão e leste de Tocantins, até o domingo (21/04) e inibe as condições de chuva.

Até domingo (21/04), a chuva deve se espalhar sobre áreas produtoras do Mato Grosso e da Região Norte do país. As chuvas devem ocorrer com moderada a forte intensidade também entre o Amazonas, sul do Amapá  e Pará e nas áreas litorâneas da costa norte e leste do Nordeste.

Será um fim de semana, típico de Outono, nas áreas produtoras do Rio de Janeiro, Cerrado Mineiro, Triângulo Mineiro. Quanto as temperaturas, o destaque ficam por conta do avanço de uma massa de ar polar. Com isso, é esperado um declínio acentuado nas temperaturas mínimas que podem chegar a valores inferiores a 10°C em diversas localidades do Sul e até mesmo em algumas áreas do Sudeste, especialmente áreas mais elevadas de São Paulo e Sul de Minas Gerais. No entanto, não há risco de frio extremo para as áreas de cana de açúcar. As temperaturas também devem sofrer um ligeiro declínio sobre o Centro-Oeste, onde as mínimas podem chegar a valores Inferiores a 15°C em algumas localidades.

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Foto: arquivo istock
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Comercialização da soja safra 23/24 alcança 41,6% da produção estimada

Levantamento realizado pela DATAGRO Grãos mostra que, até o dia 5 de abril, a comercialização brasileira da safra 2023/24 de soja alcançou 41,6% da produção esperada, abaixo dos 43,0% observados em igual período do ano passado, além de muito distante dos 71,5% do recorde da safra 2019/20 e dos 57,6% da média dos últimos cinco anos. 

Porém, o avanço mensal foi de 8,4 pontos percentuais, bem superior aos 2,2 p.p. registrados no mês anterior, apesar de aquém dos 9,2 p.p. em 2023 e dos 9,1 p.p. da média normal. “O ritmo melhor dos negócios ficou dentro de nossa expectativa, pois a valorização dos preços foi confirmada, além de absorver a alavancagem de recursos para a compra de insumos da safra de inverno e da safra 2024/25”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da DATAGRO Grãos

Considerando a atual estimativa de produção em 146,3 milhões de toneladas, os produtores brasileiros negociaram, até a data analisada, 60,9 mi de t de soja. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava maior em termos relativos e absolutos, chegando a 68,9 mi de t. 

Safra 2024/25 

As negociações da safra 2024/25 também andaram um pouco melhor no período analisado. O levantamento da DATAGRO Grãos aponta para 2,7% da expectativa de produção compromissada, salto mensal de 1,4 p.p., acima dos 0,9 p.p. em semelhante época do ano passado, mas abaixo dos 3,1 p.p. da média plurianual. Dessa maneira, o fluxo está aquém dos 4,3% compromissados em 2023 e muito distante dos 19,9% do recorde da safra 2020/21, além de abaixo dos 9,8% da média plurianual. 
 
Conforme exercício inicial realizado pela consultoria – a intenção de plantio sai em julho –, a projeção para safra 2023/4 é de 160,5 mi de t, o que representaria um crescimento de 9% ante a temporada atual. 

Milho 

As negociações da safra 2023/24 do milho de verão no Centro-Sul do Brasil também andaram de forma mais acelerada no período analisado. O levantamento da DATAGRO Grãos aponta para 19,9% da expectativa de produção compromissada, salto mensal de 8,4 p.p., acima dos 5,4 p.p. apontados no levantamento anterior, mas abaixo dos 16,0 p.p. em semelhante época do ano passado e dos 14,7 p.p. da média plurianual. Dessa forma, a comercialização se encontra aquém dos 25,5% compromissados em igual momento de 2023 e muito distante dos 36,0% da média normal. 

“Em números absolutos, temos vendas de 3,6 mi de t, de uma safra de 18,2 mi de t. Em 2023, nessa mesma época, tínhamos vendas de 5,1 mi de t”, comenta França Junior. 

A comercialização da safra de inverno 2024 da região, estimada em 81,9 mi de t, chegou a 19,5%, contra 14,4% no levantamento anterior, 22,4% na mesma data do ano passado e média plurianual de 39,2%. 

Veja também: La Niña pode provocar mudanças no escoamento de produtos das Regiões Norte e Centro-Oeste

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Modelos preveem impacto das mudanças climáticas na produção agrícola no Cerrado

Com o uso de modelos matemáticos calibrados para as condições do Cerrado, pesquisadores conseguiram simular as emissões do gás de efeito estufa (GEE) óxido nitroso (N2O) sob diferentes sistemas de manejo para um período de 50 anos e constataram que, com o aumento da temperatura ao longo do tempo, essas emissões serão cada vez maiores, enquanto a produção de biomassa e o rendimento de grãos diminuirão.

Veja abaixo no podcast Agrotalk, a entrevista com o pesquisador Fernando Macena:

Onde ouvir o podcast AgroTalk 

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Todos os conteúdos do podcast AgroTalk também estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Podcasts Connect da Apple. Ao acessar as plataformas é só procurar por AgroTalk.

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PIB da Agropecuária cai 4,0% por conta dos impactos climáticos

Depois de um 2023 de crescimento excepcional, com alta de 15,1%, é prevista queda de 4,0% para o PIB da Agropecuária em 2024, de acordo com estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O setor vem sendo impactado pela redução nas safras de culturas relevantes, como soja e milho, que apresentam projeções revistas para baixo por conta dos impactos climáticos negativos provocados pelo fenômeno El Niño.

Ainda de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a previsão é alta de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. Para o PIB industrial, a instituição projeta alta de 2,1% para este ano, segundo o Informe Conjuntural do primeiro trimestre. A expectativa é que o crescimento seja mais equilibrado entre os setores, com aumento de 2,0% da Indústria da Construção e 1,7% da Transformação, diferentemente de 2023, quando ambos caíram. A Indústria Extrativa mantém um crescimento elevado (+3,1%), mas não será protagonista como no ano passado.

“As quedas da inflação e dos juros, o aquecimento do mercado de trabalho e a possibilidade de mais acesso ao crédito são os principais fatores que vêm dando mais estímulos à economia desde o final de 2023. Apesar da projeção para o PIB ser menor que o ano passado, a composição do crescimento esperado para 2024 é positiva e mais equilibrada”, destaca o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Segundo o relatório trimestral da CNI, a inflação seguirá em desaceleração e encerrará 2024 com 3,6%. Outra projeção da instituição é que o Banco Central reduzirá a taxa básica de juros, Selic, para 9,0% ao ano (a.a.) até o fim deste ano. É relevante destacar que, mesmo que a Selic atinja esse nível, a política monetária seguirá contracionista em todo o ano de 2024, ainda que com menor intensidade que em 2023.

Veja também: La Niña pode provocar mudanças no escoamento de produtos das Regiões Norte e Centro-Oeste

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Novas oportunidades para o empresário rural: Cooperativa abre perspectivas para a safra 2024/25

Líder no Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), com presença significativa no agro brasileiro, a Cooperativa de crédito Sicoob Credicitrus, reuniu um time de jornalistas em sua sede na cidade de Bebedouro, no interior de São Paulo, para adiantar algumas ações que serão realizadas pré, durante e pós Agrishow e apresentou números que justificam índices de crescimento superior ao mercado e à economia brasileira.

A partir desta quarta-feira (17/04), a Cooperativa abre oportunidades de negócios ao empresário rural e produtor cooperado para o próximo ano safra 2024/25. São eles:

. Aquisição de insumos dentro do convênio de intercooperação com a Coopercitrus;

· Custeio agrícola/pecuário;

. Consórcio;

· Máquinas e equipamentos novos;

· Financiamento de veículos;  

· Energia fotovoltaica

Associados vão contar com linhas de crédito especiais na Agrishow

Entre os dias 29 de abril e 3 de maio, em Ribeirão Preto/SP, acontece uma das maiores feiras agrícolas do Brasil e a Cooperativa de Crédito Credicitrus – Sicoob Credicitrus, irá disponibilizar R$ 700 milhões pré aprovados com taxas especiais para produtores associados incluindo os limites pré-aprovados de crédito para custeio agrícola, aquisição de insumos, máquinas e implementos, financiamento de veículos leves e pesados e instalação de sistemas de energia fotovoltaica, além de vantagens exclusivas para aplicações financeiras com renda fixa ou variável e contratação de seguros e consórcios. Atualmente, metade de seus mais de 169 mil cooperados é composta pela cadeia do agronegócio.

Quem passar pela feira irá encontrar no estande da Cooperativa, espaço para relacionamento, área de conhecimento e informação, soluções financeiras e atendimento consultivo para realizar bons negócios que contribuirão para a produtividade e eficiência da produção.

Princípio forte: Relacionamento com os associados

A Cooperativa tem como princípio a proximidade com os associados, o atendimento olho no olho e a construção de um relacionamento sólido baseado nas necessidades do cooperado. O compromisso da instituição em promover o engajamento de seus cooperados e o sucesso deste relacionamento  refletiu no processo decisório e marco importante para a Cooperativa, a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária Digital. Realizada por meio do aplicativo Sicoob Moob entre os dias 3 e 12 de abril, o evento considerado um dos mais importantes da Cooperativa reuniu aproximadamente 70 mil associados. Esse marco de participação reflete a gestão democrática da Cooperativa e ratifica o vínculo de relacionamento com os associados.  

Cooperativa se consolida como a maior em crédito no Brasil

Somente em 2023, a cooperativa acumulou R$ 14,5 bilhões em ativos, captações acima de R$ 10 bilhões e patrimônio líquido superior a R$ 2,6 bilhões. “O valor de ativos significa um aumento de 27,6% em comparação com o ano anterior e de mais de 65% em relação aos últimos dois anos. Já, os números das captações, compostas por depósitos à vista e a prazo somados às aplicações em LCA/LCI, tem crescimento de 32,5% em relação ao ano anterior”, explica Walmir Segatto, CEO da Cooperativa.

Fábio Fernandes, diretor de Negócios da Cooperativa disse que as operações de crédito e CPR (Cédula de Produto Rural) atingiram R$6,9 bilhões, com uma expansão de 32,54% nos últimos dois anos. “Esse avanço demonstra a capacidade da Credicitrus de atender às demandas de crédito de seus associados, consolidando-se como parceira financeira confiável do agronegócio e das demais categorias de cooperados, tanto pessoas físicas quanto jurídicas”, acrescenta o executivo.

Leia também: La Niña pode provocar mudanças no escoamento de produtos das Regiões Norte e Centro-Oeste

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Clima adverso pode favorecer a incidência do bicudo do algodoeiro em MT e Bahia

Com a finalização do plantio do algodão safra 23/24, as projeções indicam uma colheita de 3,4 milhões de toneladas de pluma, o que representa um aumento de 5,9% em relação ao ciclo anterior. A área plantada apresenta crescimento de 12,5% (1,89 milhões de hectares) e, em termos de produtividade, a estimativa também é positiva, com cerca de 121 arrobas de pluma e 298 arrobas de caroço de algodão por hectare, segundo dados recentes divulgados pela Agroconsult.

Clima e forte pressão do bicudo do algodoeiro

Os agricultores da Bahia e de Mato Grosso devem ficar atentos aos desafios no campo em meio a condições climáticas adversas e a forte incidência do bicudo-do-algodoeiro, um dos principais alvos que acomete até 90% das lavouras.

Segundo o engenheiro agrônomo, Roberto Rodrigues, a proliferação do bicudo-do-algodoeiro foi ocasionada devido às populações tardias da safra anterior que se associaram a novas colônias, bem como condições climáticas adversas, que dificultaram o controle dessa praga.

“Outros fatores agravantes estão atrelados ao aumento na área de cultivo de algodão no Brasil nesta safra e a sua alta capacidade de reprodução. Como resultado, todas as lavouras estão sendo impactadas pela evolução crescente do bicudo-do-algodoeiro – inseto que ataca todo o ciclo reprodutivo da cultura, podendo comprometer a produção da lavoura quase que por completo se não tiver um manejo correto e eficiente”, ressalta Rodrigues.

“As perdas causadas pelo ataque de pragas e doenças afetam não apenas os cotonicultores, mas também as pessoas que usam produtos à base de algodão. A falta de matéria-prima pode elevar o preço de uma infinidade de produtos, principalmente as roupas”, reforça Rodrigues.

Foto: Getty Images

Tendência climática para os próximo dias nas áreas produtoras de algodão

A chuva deve ocorrer com maior frequência e abrangência nesta semana em áreas produtoras do Centro-Oeste, especialmente Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Essas chuvas serão importantes para a recuperação de algumas lavouras, porém podem favorecer a pressão e o surgimento de pragas e doenças em algumas lavouras.

Nas áreas mais ao norte do Brasil as chuvas devem ocorrer de forma mais generalizada sobre os estados da Norte e grande parte do interior da fronteira agrícola do Matopiba. Mas em relação aos últimos períodos são esperados menores volumes acumulados de precipitação entre o Tocantins, Pará, Maranhão e Piauí. Nestas áreas os episódios devem ocorrer ainda com frequência, mas serão mais moderados, com volumes entre 30 e 50 mm no decorrer dos próximos 5 dias. Na faixa leste do Nordeste pode chover forte, especialmente no litoral da Bahia e de Alagoas, com volumes superiores a 70 mm até a sexta-feira. Já no interior da Bahia e áreas mais ao sul do Piauí a expectativa é de predomínio do tempo seco.

Manejo de praga é essencial para a cultura do algodão

O algodão é uma das principais commodities produzidas no Brasil, principalmente no Centro-Oeste, liderado por Mato Grosso (67% da produção) e Oeste da Bahia (22% da produção), porém está presente em mais 16 estados brasileiros. No entanto, o manejo de pragas ainda é uma das principais preocupações do cotonicultor brasileiro e importante entrave na escalada rumo a uma maior produtividade.

Para se ter uma ideia, para combater alvos como o bicudo-do-algodoeiro e o complexo de lagartas, pulgões e ácaros, os produtores fazem uma média de 26 aplicações de inseticidas durante o ciclo da cultura. Em seguida, vem o investimento em fungicidas, adotado por 100% dos agricultores, com uma média de oito aplicações por ciclo.

“O ideal é o produtor buscar no mercado um produto um único produto que une ação inseticida e fungicida para combater múltiplos alvos com muito menos aplicações, contribuindo assim para o aumento da produção e melhorando a qualidade da fibra do algodão”, explica o engenheiro agrônomo.    

Veja também: La Niña pode provocar mudanças no escoamento de produtos das Regiões Norte e Centro-Oeste

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Centro-Oeste foi a região brasileira mais afetada pelas altas temperaturas e estiagem

O atraso na safra de grãos e o comportamento de recuo no preço do litro do diesel estão entre os principais fatores da baixa no preço médio do frete por quilômetro rodado em março, de acordo com dados da mais recente análise do Índice de Frete Edenred Repom (IFR). A média nacional foi de R$ 6,20 em redução de 1,4% ante fevereiro. 

“Fechamos o primeiro trimestre de 2024 com uma queda acumulada de 2,5% no preço médio do frete por quilômetro rodado. Já no comparativo com março de 2023, quando o valor estava a R$ 7,97, a redução no preço chega a 22%”, destaca Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom. 

De acordo com pesquisa realizada no início de abril pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), há uma projeção de que poucos produtores de soja do estado consigam cobrir os custos com a lavoura. O Centro-Oeste foi a região brasileira mais afetada pelas altas temperaturas e estiagem, que impactou diretamente o setor agro. 

O preço do diesel, item que compõe uma grande fatia do preço do frete, também segue tendência de redução no País. Segundo a análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o tipo comum fechou março a R$ 5,96 e o S-10 a R$ 6,07, ambos com redução de 1%, em relação a fevereiro. Já no acumulado do trimestre, o comportamento de preço do combustível registrou pequenas oscilações percentuais, entre recuos e altas. 

“Nos próximos meses, as variações no valor do frete devem continuar refletindo o desempenho de determinados setores da economia, principalmente o agronegócio, além de fatores como preço do combustível, que segue em defasagem com o mercado internacional”, reforça Fernandes.

O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição, levantado com base nas 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom. A Edenred Repom, marca da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil, há 30 anos é especializada na gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga, líder no segmento de pagamento de frete e vale-pedágio com 8 milhões de transações anuais e mais de 1 milhão de caminhoneiros atendidos em todo o Brasil.

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Chuva paralisa colheita da soja no RS

As chuvas fortes no Rio Grande do Sul tem dificultado o trânsito das máquinas no campo. As atividades de colheita foram suspensas, em algumas lavouras que receberam um maior volume de precipitação no último fim de semana.

Na região de Soledade, a alta umidade relativa do ar e as pancadas de chuva, no final da semana, acarretaram a desaceleração da colheita. Na maioria das lavouras a soja apresenta rendimentos entre 3.300 e 3.600 kg/ha; algumas alcançam mais de 4.800 kg/ha; e outras, com tecnologia menos avançada, ficam abaixo de 3.000 kg/ha.

Foto: Getty Images

Na região da Fronteira Oeste, em Manoel Viana, a colheita está mais adiantada, alcançando 30% da área cultivada. A produtividade continua a variar entre 2.400 e 3.600 kg/ha. Em São Gabriel, 10% da área foi colhida, mas a produtividade está abaixo da estimada na pré-colheita, levando a um aumento no número de produtores acionando o Proagro, de acordo com a Emater/Ascar-RS.

Em Pelotas, a produtividade está bastante diversificada, variando entre 2.400 e 3.300 kg/ha, em função das diferentes épocas de semeadura, dos estágios de desenvolvimento das plantas de soja e dos danos por doenças fúngicas.

As lavouras mais produtivas alcançam até 3.900 kg/ha. Na região, a maioria das lavouras ainda está na fase de enchimento de grãos (52%); maduras e prontas para colheita representam 29%; e em floração, 4%. Foram colhidos 15% dos cultivos.

Tendência do Clima

A formação de um ciclone extratropical e uma intensa frente fria nesta semana vão ser responsáveis por fortes tempestades no Sul do Brasil. Especialmente entre o interior Gaúcho e sudoeste Paranaense são esperadas chuvas fortes e há risco para ventania e transtornos especialmente entre esta segunda e a terça-feira. Algumas localidades podem receber mais de 100 mm de precipitação nestas áreas. A chuva deve paralisar momentaneamente atividades no campo, mas por outro lado beneficia as lavouras de milho segunda safra do Paraná.

Quanto as temperaturas, o destaque ficam por conta do avanço de uma massa de ar polar, que vai acompanhar a passagem da frente fria pelo centro-sul do país. Com isso, é esperado um declínio acentuado nas temperaturas na segunda metade da semana. As temperaturas mínimas podem chegar a valores inferiores a 10°C em diversas localidades do Sul.

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Como o agro vai reagir diante das mudanças climáticas?

Artigo: por Leandro Viegas, Administrador, bacharel em Direito; CEO da Sell Agro

Hora é chuva demais, hora é seca demais. Os últimos anos para o agronegócio brasileiro tem sido um espelho das mudanças climáticas as quais o mundo está passando por conta principalmente do aquecimento global. Este é um fenômeno resultante do aumento das temperaturas na terra devido à crescente concentração de gases de efeito estufa. E questões relacionadas à atividade humana e indústria, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.

Neste cenário de eventos climáticos extremos e que podem impactar significativamente a produção de alimentos, o setor está cada vez mais vigilante.  Secas prolongadas, inundações repentinas e ondas de calor intensas representam apenas algumas das ameaças que os agricultores podem ter que enfrentar cada vez mais daqui para a frente. Prova disso, por exemplo, é que de acordo com estudo publicado na revista Nature Climate Change, aproximadamente 28% das áreas agricultáveis do Centro-Oeste brasileiro deixaram de estar no padrão climático ideal para o plantio de soja e milho, e projeta-se que, se não forem adotadas medidas sustentáveis, esse número chegue a 50% até 2030 e 74% em 2060.

O ano de 2023 e o início de 2024 têm revelado exatamente isso. As secas, por exemplo, causaram sérios prejuízos ao crescimento das culturas e reduziram os rendimentos das colheitas na região central do País. Agricultores em áreas propensas à seca muitas vezes enfrentam desafios adicionais na gestão dos recursos hídricos, buscando soluções como sistemas de irrigação mais eficientes ou o cultivo de variedades de plantas mais resistentes à situação de estresse.

Por outro lado, as inundações repentinas ocorridas no Sul resultaram em perdas catastróficas de colheitas e danos à infraestrutura agrícola. As enxurradas em campos de cultivo podem levar ainda à erosão do solo, à perda de nutrientes, prejudicando a produtividade agrícola a longo prazo.

Medidas para mitigar os impactos das mudanças climáticas

Diante desses desafios, os agricultores estão adotando uma série de medidas para mitigar os impactos das mudanças climáticas em suas operações. Isso inclui a adoção de práticas agrícolas altamente planejadas, o investimento em tecnologias de monitoramento climático, o desenvolvimento de variedades de culturas mais resistentes como fez a Embrapa recentemente e a diversificação das atividades agrícolas para reduzir o risco.

Ou seja, ao mesmo tempo em que é castigado pelas mudanças climáticas, o agronegócio tem à frente e nas mãos da classe produtora, indústria agrícola e profissionais, uma grande oportunidade de contribuir positivamente para frear os efeitos. Vale destacar o manejo agroecológico, a rotação de culturas e sistemas agroflorestais, que não só ajudam a mitigar os impactos negativos, como também ajudam a reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Além disso, podemos detalhar que a adoção de novas ferramentas, como sensores, drones e análise de dados pode melhorar a eficiência no uso de recursos como água, fertilizantes e defensivos. À primeira vista isso pode ser considerado como um gasto. Mas à medida que esses reflexos climáticos vão avançando e que o produtor consegue enxergar no campo e principalmente nos resultados, isso passa a ser um investimento.

Outra frente que pode ser explorada em larga escala é a agricultura regenerativa, propõem recuperar ecossistemas, como terras degradadas por exemplo, utilizando do solo para elevar o sequestro de carbono e também devolvendo recursos como água e minerais na recuperação da biodiversidade. Essa modalidade também tem grande impacto no auxílio a diminuição dos efeitos adversos do clima.

Podemos perceber que o setor reconhece a que está comprometido em encontrar e em colocar em prática cada vez mais soluções inovadoras e sustentáveis para garantir a segurança alimentar e a resiliência do agro brasileiro. Avançar, ou não? Adotar, ou não? Investir ou não? São dúvidas que ficam. A questão é que as alterações são fatos, e o que se puder adotar para minimizar isso para a sociedade e para a atividade, sem dúvida deve passar a ser estratégia dentro das propriedades. Não é um caminho fácil, mas é necessário para que haja um equilíbrio e para que a atividade consiga ter continuidade e destacando o País como celeiro da produção mundial de alimentos.

Veja também: La Niña pode provocar mudanças no escoamento de produtos das Regiões Norte e Centro-Oeste

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