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Top Farmers reúne produtores de soja, milho, cana, café e algodão

Comemorando 10 anos d edição, o Top Farmers 2024 reuniu médios e grandes produtores de todo o Brasil para debater o desenvolvimento das competências para o campo, na cidade de Campinas, no interior de São Paulo.

Pesquisadores e especialistas trouxeram informações importantes sobre segurança alimentar, soluções ambientais, tendências de mercado legislação, comercialização, ESG, e mudanças climáticas. Profissionais do Agro apresentaram uma análise aprofundada sobre os rumos do mercado nacional e internacional das commodities (soja, milho, trigo, algodão, cana e café).

Representantes de diversas empresas mostraram aos produtores presentes o que há de mais tecnológico em silos para armazenagem, soluções para gestão administrativa e de operação dentro do campo.

A pauta de clima foi um assunto muito discutido já que os produtores aguardam as chuvas plantadeiras para iniciar a safra 24/25, embora algumas regiões brasileiras já tenham iniciado o processo de semeadura.

Em 2025 o Top Farmers também vai integrar um novo projeto do grupo, o Congresso Conecta Agro, que reunirá todos os eventos em um único local e data, levando conhecimento, inovação e tecnologia a produtores rurais do Brasil inteiro com eventos regionais.

“Ano que vem a gente cresce ainda mais, rumo a um ecossistema de acesso ao mercado, trazendo lideranças do agronegócio para discutir o futuro e saber o que precisamos para atender essa demanda mundial por alimentos.”, finaliza Luciana.

Conselho Curador do Top Farmers

Criado exclusivamente esta edição comemorativa de 10 anos, o evento contou executivos de várias empresas líderes do setor em um compromisso de criar uma agenda com metas ambiciosas até 2030 para tratar de assuntos como:  transição energética, crise climática e a segurança alimentar global.

Luciana Martins, Diretora do Conecta, realizadora do evento enfatizou que o Brasil é o país que irá trazer a segurança alimentar para o mundo de forma sustentável. Veja:

Outubro: Encoffee no Palácio de Cristal em Uberlândia/MG

Para o segundo semestre, a agenda de eventos do Grupo Conecta apresenta o 8º Encoffee – Encontro de Gestão dos Cafeicultores, que vai reunir produtores, cooperativas, empresários e pesquisadores nos dias 1 e 2 de outubro, no Palácio de Cristal, em Uberlândia (MG). O evento irá contar com informações climáticas importantes. Em novembro, será a vez do Enmcoop. O Encontro Nacional das Mulheres Cooperativistas, será realizado em Florianópolis/SC, nos dias 19 e 20 de novembro. Todas as mulheres do agronegócio podem participar e as inscrições já estão abertas.

Leia também: Déficit hídrico na cana-de-açúcar supera 1.000 mm nesta safra

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Clima seco preocupa cafeicultor

No sul de Minas e no Triângulo mineiro os cafeicultores estão de olho no céu à espera de chuva. O tempo seco e as altas temperaturas tem impactado o café, especialmente as árvores mais novas.

Foto: Café – produtor Helton – Campo Belo – MG

De acordo com os meteorologistas da Climatempo, para o fim de semana (21 e 22/09), há uma tendência que possa ocorrer algumas pancadas de chuva de fraca intensidade e com baixos acumulados em áreas entre o Vale do Paraíba e o sul de Minas.

Tempo seco e o impacto no café arábica

Essa intensificação do tempo seco favorece o processo final da colheita do café, mas pode impactar na florada e formação dos grãos, pois sem chuva o café arábica não consegue iniciar o processo de florada e acaba atrasando outras fases fenológicas ao longo do ano.

Café conilon

No Espírito Santo e Sul da Bahia, a umidade do solo tem sido um pouco melhor e a florada do café conilon já foi despertada na região. As chuvas que vem ocorrendo na região tem favorecido as áreas produtoras.

Veja também: Colheita do algodão está em ritmo final nas áreas produtoras

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Nova frente fria irá contribuir para manutenção da umidade do solo no RS

Ao longo da quinta-feira (19/09), uma frente fria avança sobre o Rio Grande do Sul e provoca chuva de fraca a moderada intensidade. A precipitação irá auxiliar na umidade do solo. Vale destacar que essas chuvas não serão recorrentes e a tendência é que no final de semana (21 e 22/09), o tempo firme com temperaturas máximas mais elevadas retornam ao estado.

No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o tempo firme e seco favorece os trabalhos de colheita do milho que está no final. Por outro lado, o calorão intensifica e diminui a disponibilidade de água no solo na região. Na Bahia e no Maranhão, os trabalhos em campo continuam progredindo com o tempo seco.

Veja no mapa abaixo a tendência de chuva para os próximos dias:

Leia também: Umidade baixa dificulta plantio da soja em MT, GO e triângulo mineiro

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Umidade baixa dificulta plantio da soja em MT, GO e triângulo mineiro

Com o fim do vazio sanitário, os produtores aguardam as chuvas regulares para iniciar o plantio da nova safra de verão soja 24/25. Em grande parte das áreas produtoras de MT, GO e Triângulo, a umidade do solo está baixa devido a intensificação do tempo seco e as altas temperaturas. De acordo com os meteorologistas da Climatempo, não há previsão de chuva ao longo dos próximos dias para as áreas produtoras de soja.

As áreas produtoras do oeste de Mato Grosso devem até ter instabilidades e chuvas de baixos acumulados, mas essas chuvas não devem ser recorrentes.

No Paraná e Rio Grande do Sul, as chuvas tendem a ter maiores acumulados, porém também não apresentam um formato regular.

Leia também: Chuva de Setembro favorece trigo gaúcho em fase reprodutiva

Tudo o que você precisa saber sobre a primavera de 2024

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Climatempo discute a nova revolução do clima no Fórum do Agronegócio em Londrina

A Sociedade Rural do Paraná realizou nesta segunda-feira (16/09), 5ª edição do Fórum do Agronegócio. Representantes de diversos setores da Agricultura e Pecuária brasileira estiveram reunidos Parque Ney Braga, em Londrina para debater as perspectivas do Agronegócio e os impactos econômicos, sociais e de clima.

A primeira mesa-redonda contou com a participação das principais entidades representativas para discutir o cenário atual do agronegócio, suas perspectivas futuras e as estratégias necessárias para fortalecer e tornar o setor mais resiliente.

Mudança climática: risco para o produtor

Mudança climática representa um risco real para o produtor brasileiro e o tema foi destaque durante a segunda mesa-redonda. Com o objetivo de destacar as práticas de mitigação adotadas pelo agro e apresentar formas de preparar o produtor rural na prevenção dos riscos climáticos no setor agrícola, o time de especialistas trouxeram informações importantes sobre a diversificação das tecnologias e soluções sustentáveis para a agricultura tropical do Brasil.

Caio Souza, head de Agronegócios da Climatempo defendeu o que ele chama de nova revolução do clima. “Temos que democratizar a informação meteorológica, aplicar os dados de clima para cada cultura e repassar o conhecimento para as cooperativas e produtores”, conta Souza.

Foto: Henrique Campinha

As mudanças climáticas são reais e vão continuar pressionando algumas regiões importantes produtoras “Há a necessidade de pensar nos riscos a curto, médio e longo prazo. O que não se mede não se gerencia e o que não se prevê, não se planeja”, analisa o head da vertical Agro da Climatempo.

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior disse que a agroindústria do estado é pujante e uma referência em desenvolvimento sustentável. “O Paraná está deixando de ter uma economia baseada apenas no plantio dos grãos, para industrializar estes produtos, transformando em proteína, em mercadorias de maior valor agregado. Fazemos isso ao mesmo tempo que estamos atentos às questões climáticas e à sustentabilidade. O mercado global reconhece que a agroindústria do Paraná é um exemplo disso”, disse o governador.

Foto: Henrique Campinha

O governador disse ainda que existe uma emergência climática em curso e que no Paraná a força tarefa está empenhada para conter os incêndios e crimes ambientais. Até agora, o governo do estado subsidiou R$ 24 milhões para ações de combate a incêndios florestais.  

Segundo o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Marcelo Janene El-Kadre, os produtores rurais estão conscientes do papel que têm no combate aos incêndios. “O produtor rural está comprometido com uma conduta ambientalmente responsável. O setor tem se adaptado porque entende que um ambiente degradado resulta em consequências negativas para o solo, para a água e para o ambiente em geral”, disse.  

As discussões também incluíram na pauta do evento a segurança alimentar à partir da responsabilidade dos diferentes atores da cadeia no processo de assegurar que os alimentos cheguem com qualidade e de forma segura e eficiente ao consumidor final e a importância de comunicar os avanços, ações e boas práticas do agronegócio para pessoas fora da porteira, de maneira eficaz e transparente.

O objetivo do evento em analisar, a partir de diferentes perspectivas os desafios do agronegócio e sua contribuição para um futuro resiliente, equilibrado para promover a segurança alimentar.

“Acreditamos que o tema não poderia ser mais assertivo analisando o contexto atual dos eventos extremos de clima que impactam economicamente na cadeia do agronegócio. Nosso objetivo sempre foi proporcionar discussões fundamentadas e apresentar soluções práticas que atendam às necessidades do setor”, destacou o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Marcelo Janene El-Kadre.

Foto Carla Rossato

Veja também: Chuva de Setembro favorece trigo gaúcho em fase reprodutiva

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Chuva de Setembro favorece trigo gaúcho em fase reprodutiva

A ocorrência de chuvas de intensidade variável já registradas no Rio Grande do Sul beneficiou as lavouras de trigo nas diferentes etapas do ciclo. A precipitação restaurou os níveis de umidade do solo, favorecendo igualmente o crescimento e a formação de espigas e grãos. Antes das chuvas, foram identificados sintomas iniciais de deficiência hídrica em algumas regiões, mas sem comprometer significativamente o desenvolvimento das lavouras.

A nebulosidade, causada pela dispersão de fumaça das queimadas no Norte e Centro-Oeste do Brasil, reduziu a incidência de luz solar nas lavouras do Estado, atenuando o efeito positivo da insolação no desenvolvimento das plantas.

Maior parte do trigo está em desenvolvimento vegetativo

A maior parte das lavouras de trigo encontra-se em fase reprodutiva (38% em floração e 19% em enchimento de grãos), e 43% das lavouras ainda estão em desenvolvimento vegetativo.

A expectativa de rendimento estadual permanece inalterada. A área cultivada, é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista está em 3.100 kg/ha, de acordo com a Emater/Ascar-RS.

Leia também: Seca e alta temperatura impactam produtividade do trigo no PR

Veja no podcast Agrotalk desta semana: Qual o efeito do fogo sobre o solo?

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

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Centro-Sul atinge 45 milhões de toneladas de cana moídas na última quinzena de agosto

As unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 45,07 milhões de toneladas ante a 46,58 milhões da safra 2023/2024, na segunda quinzena de agosto. Uma queda de 3,25%. Os dados fazem parte do levantamento da União da Indústria de Cana de Açúcar e Bionergia (ÚNICA).

No acumulado desde o início da safra 2024/2025 até 1º de setembro, a moagem atingiu 422,61 milhões de toneladas, ante 406,64 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2023/2024 – um avanço de 3,93%.

Ao término da segunda metade de agosto, 258 unidades estavam em operação no Centro-Sul, sendo 239 unidades com processamento de cana-de-açúcar, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e dez usinas flex.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na segunda quinzena de agosto atingiu 155,34 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 153,92 kg por tonelada na safra 2023/2024 – variação positiva de 0,92%. No acumulado da safra, o indicador marca 137,27 kg de ATR, ligeiro aumento de 0,02% em relação ao mesmo período do último ciclo.

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na segunda quinzena de agosto totalizou 3,26 milhões de toneladas, registrando queda de 6,02% na comparação com a quantidade observada em igual período na safra 2023/2024 (3,47 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da safra até 1º de setembro, a fabricação do adoçante totalizou 27,17 milhões de toneladas, contra 26,15 milhões de toneladas do ciclo anterior (+3,90%).

O diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, esclarece que a proporção de cana-de-açúcar direcionada para a fabricação do adoçante também apresentou retração na segunda metade de agosto, alcançando 48,85% da matéria-prima utilizada na produção de açúcar neste ano, ante 50,75% registrada na mesma quinzena da safra anterior. 

Nesse contexto, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul na segunda metade de agosto atingiu 2,45 bilhões de litros, sendo 1,56 bilhão de litros (+10,27%) de etanol hidratado e 888,93 milhões de litros (-0,14%) de etanol anidro. No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de setembro, a fabricação do biocombustível totalizou 20,46 bilhões de litros (+7,14%), sendo 13,0 bilhões de etanol hidratado (+16,34%) e 7,46 bilhões de anidro (-5,84%).

“Os dados de produção da segunda quinzena de agosto ainda não retratam de forma efetiva o impacto das queimadas nas lavouras do Centro-Sul, especialmente em São Paulo, onde os incêndios ocorreram de forma mais intensa a partir do dia 22 de agosto”, acrescenta Rodrigues.

Prejuízos com os incêndios são diversos

Levantamento parcial realizado pela UNICA junto a empresas responsáveis por cerca de 75% da produção do estado de São Paulo indicou que pelo menos 231,83 mil hectares de cana-de-açúcar foram atingidos pelos incêndios em território paulista na segunda metade de agosto. Desse total, 132,04 mil hectares foram em lavouras que ainda seriam colhidas e a área restante – 99,79 mil hectares – em locais onde a cana-de-açúcar já havia sido colhida ou lavoura de cana-planta.

“Os prejuízos associados à queima são diversos. Nas áreas em que a cana já havia sido colhida, o fogo pode exigir a necessidade de nova condução de tratos culturais, com suplementação de fertilizantes, pulverização foliar e aplicação de herbicidas, além do risco de não rebrota e o consequente replantio de parte da lavoura. Nas áreas onde a cana ainda seria colhida, o impacto dos incêndios pode incorporar a perda de qualidade da matéria-prima, a alteração do cronograma de colheita das usinas e a impossibilidade de processamento nos locais onde a colheita não pode ser realizada em tempo hábil para evitar maior degradação da cana-de-açúcar queimada”, explica Rodrigues.

Esse cenário deve ampliar a dificuldade para a fabricação de açúcar e intensificar a queda de rendimento agrícola da lavoura, concluiu o executivo.

Etanol

Do total de etanol obtido na segunda quinzena de agosto, 14% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 348,63 milhões de litros neste ano, contra 236,53 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2023/2024 – aumento de 47,39%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 3,13 bilhões de litros – avanço de 26,92% na comparação com igual período do ano passado.

Leia também: Brusone do trigo, típico de zonas tropicais, se expande para regiões de clima frio e seco

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Brusone do trigo, típico de zonas tropicais, se expande para regiões de clima frio e seco

Com potencial para afetar 13,5 milhões de hectares e risco de reduzir em 13% a produção mundial de trigo, o fungo causador da brusone, doença que causa impactos importantes na produção do cereal está sendo favorecido pelas mudanças climáticas. As estimativas fazem parte de um estudo: Vulnerabilidade da produção de trigo à brusone sob mudanças do clima, publicado na Nature Climate Change.

A brusone é considerada a doença de importância econômica que ataca folhas e espigas, com danos que podem comprometer até 100% do rendimento no trigo. O desenvolvimento do fungo causador da brusone é favorecido por altas temperaturas e umidade, condições presentes em países de clima tropical e subtropical. “O que tem chamado a atenção é a incidência da doença também em condições de clima frio ou mesmo com baixa umidade”, explica o pesquisador da Embrapa Trigo (RS) José Maurício Fernandes.

As temperaturas mais elevadas no inverno gaúcho também resultaram em surtos localizados de brusone na safra de trigo 2023 no Rio Grande do Sul, principalmente na região noroeste do estado, onde as temperaturas mínimas estiveram acima de 15 ºC ao longo da safra. “Num cenário de mudanças climáticas globais, com aumento de temperaturas e variação do regime de chuvas, o fungo vai encontrar novos ambientes para se instalar”, prevê o pesquisador, lembrando que a dispersão dos esporos do fungo pode ser pelo vento ou pelo comércio internacional por meio de grãos e sementes contaminadas.

Nos últimos anos, lavouras com brusone têm sido observadas ao norte de Bangladesh, onde o fungo sobrevive ao clima seco e às baixas temperaturas durante a safra de trigo, especialmente em função de as temperaturas mínimas terem subido nos últimos anos.

A partir dos cenários do futuro do clima, projetados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), pesquisadores das áreas agronômicas e da ciência da computação utilizaram técnicas de modelagem e simulação para estimar os possíveis impactos da disseminação da brusone nos diversos continentes onde o trigo é cultivado, considerando um ambiente de mudanças climáticas que favorece a doença.

Os pesquisadores utilizaram o modelo DSSAT Nwheat, desenvolvido na Universidade da Flórida com atualização colaborativa por diversos centros de pesquisa no mundo, analisando variáveis como aumento das temperaturas, umidade relativa do ar e elevação do CO2 na atmosfera. Para estimar cenários, foram utilizados registros históricos de dados entre 1980 e 2010, projetando mudanças climáticas para o período de 2040 a 2070.

Brusone pode chegar a todos os continentes

Com exceção da Antártida, a brusone do trigo pode se favorecer com as mudanças climáticas e chegar a todos os continentes.

Nos países da América do Sul onde o problema já ocorre, as áreas de trigo vulneráveis à doença passariam de 13% para 30%. As projeções indicam o risco de a doença chegar às lavouras de trigo dos Estados Unidos, México e Uruguai (América); Itália, Espanha e França (Europa); Japão e sul da China (Ásia); Etiópia, Quênia e Congo (África); Nova Zelândia e oeste da Austrália (Oceania).

“Apesar de as condições ambientais do Hemisfério Norte ainda não se mostrarem favoráveis à brusone, em um cenário de aumento das temperaturas e da umidade é provável a incidência da doença nas lavouras de trigo, especialmente em regiões próximas ao mar Mediterrâneo. Da mesma forma, no sul da China, onde o cultivo do trigo tem crescido nos últimos anos”, explica o professor da Universidade da Flórida Willingthon Pavan.

Nas condições atuais, a brusone já representa ameaça a 6,4 milhões de hectares de trigo no mundo. Em um cenário de mudanças climáticas, por volta de 2050, a doença poderia afetar 13,5 milhões de hectares, resultando em redução de 13% na produção mundial de trigo, com perdas que podem chegar a 69 milhões de toneladas de trigo por ano.

“Existem diversas iniciativas no mundo tentando conter a doença, desde o melhoramento de plantas, biotecnologia, estratégias de controle químico e manejo da cultura, mas ainda não conseguimos sucesso total capaz de erradicar o problema da brusone das lavouras de trigo. A resiliência às mudanças climáticas exige o preparo com base em projeções capazes de orientar a tomada de decisão para minimizar as perdas por brusone no trigo e garantir a segurança alimentar do planeta”, conclui Fernandes.

Leia também: Métodos de plantio influenciam a sustentabilidade das pastagens

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Do Brasil para o mundo: Vinho gaúcho é destaque em voos internacionais

Os viticultores brasileiros são a verdadeira força por trás do crescimento da vinicultura no país. Com garra, determinação e uma profunda paixão pela terra, esses profissionais enfrentam desafios climáticos e econômicos com coragem e perseverança. Cada safra é fruto de um trabalho árduo, que envolve não apenas conhecimento técnico, mas também um compromisso inabalável com a qualidade.

Em um setor tradicionalmente dominado por outras regiões do mundo, os viticultores brasileiros têm conquistado seu espaço, mostrando que é possível produzir vinhos de excelência. Com uma força e vontade incansável de superar obstáculos, Ana Cristina Crespani viu que é possível transformar desafios em oportunidades e fazer do vinho brasileiro um símbolo de qualidade e paixão, inclusive nas alturas voando pelo mundo. Conheça essa história no podcast desta semana:

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Seca e alta temperatura impactam produtividade do trigo no PR

O tempo seco tem favorecido a maturação das plantas do trigo e a entrada das máquinas no campo no Paraná. Com isso, os trabalhos de colheita no estado tem sido beneficiada.

A produtividade está abaixo do esperado devido à sequência de estiagens e altas temperaturas. As avaliações de perdas por geada são dificultadas em função da baixa pluviometria, só devendo ser apuradas na colheita.

De acordo com o relatório do Deral – Departamento de Economia Rural a colheita do cereal já alcançou 18% da área projetada na última semana. Nas demais áreas da Região Sul, a colheita não foi iniciada.

No Brasil, a colheita do trigo já atinge 17,7% da área projetada, segundo levantamento da Datagro Grãos.

A colheita está mais adiantada na região central do Brasil. Em Minas Gerais, Goiás/DF e Mato Grosso do Sul, alcançou 97,0%, 95,0% e 90,0%, respectivamente.

Tendência da previsão do tempo para o Paraná nos próximos dias

Nesta quarta-feira (11/09), o tempo segue firme no Paraná com muito calor, principalmente no interior e sem chuva. Alerta para umidade relativa do ar abaixo de 30%, no sul, centro-leste e leste do estado. No oeste e nordeste, os índices devem ficar abaixo de 20%.

A situação é mais delicada em áreas do extremo norte e noroeste do PR, onde a umidade deve atingir níveis emergenciais, registrando índices abaixo de 12% durante as horas mais quentes. Há condições para rajadas de vento moderadas variando de 40 a 50 km/h ao longo do dia e circulação de fumaça em todo o estado.

Na quinta-feira (12/09), o tempo não muda, Será um dia de sol, calor e umidade baixa em todas as áreas do Paraná. A tendência é que seja o dia mais quente da semana.

Na sexta-feira (13/09), instabilidades associadas ao deslocamento de uma nova frente fria avançam sobre o oeste, sudoeste e sul do PR, com condições para chuva variando de intensidade ao longo do dia. Destaque para temporais e chuva mais volumosa na região de Foz do Iguaçu/PR e Francisco Beltrão/PR, podendo vir seguida por eventuais rajadas de vento e descargas elétricas. Nas demais regiões do estado, segue a condição de tempo estável, com temperaturas em elevação gradativa e índices de umidade do ar sofrendo queda acentuada durante as horas mais quentes.

No sábado (14/09), temos o retorno da condição de tempo instável em todo PR. O deslocamento da frente fria deve conduzir o avanço das instabilidades em direção ao estado. Em áreas do oeste e sudoeste, o tempo permanece chuvoso, com condições para chuva mais persistente ao longo das horas e que podem variar de intensidade em alguns intervalos. Nas demais regiões, a chuva deve incidir entre a tarde e noite.

Leia também: Métodos de plantio influenciam a sustentabilidade das pastagens

Seca continua e cafeicultor prevê impactos na safra do sul de MG

Veja no podcast Agrotalk desta semana: Qual o efeito do fogo sobre o solo?

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