Categorias
Noticias Agrícolas

Chuva no RS irá impactar negativamente o resultado final da safra de grãos 23/24 do BR

As fortes chuvas registradas no Rio Grande do Sul trarão impactos negativos para o resultado final do atual ciclo. De acordo com o 8º levantamento da safra de grãos 23/24, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa para a produção nesta temporada está em 295,45 milhões de toneladas de grãos. 

A área semeada para a soja na safra 2023/2024 teve um ajuste a partir da identificação de novas áreas de cultivo no Maranhão, Goiás, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. O mesmo foi verificado para o milho 2ª safra. 

Perdas no Rio Grande do Sul

“Não é possível ainda ter precisão nas perdas para o setor no Rio Grande do Sul. Os níveis de água estão elevados e o acesso às propriedades é difícil, impossibilitando que se faça uma avaliação mais detalhada. E vale ressaltar que neste primeiro momento a preocupação é com as vidas e com a garantia do abastecimento, fazer com que as pessoas atingidas pelas chuvas tenham o direito ao básico, como a alimentação”, reforça o presidente da Companhia, Edegar Pretto.

Arroz

Atualmente, a produção para o arroz está estimada em 10,495 milhões de toneladas. Porém, as frequentes e volumosas chuvas registradas no Rio Grande do Sul, principal produtor do grão no país, resultarão em perdas nas lavouras da cultura no estado. Os prejuízos ainda estão sendo mensurados, mas pelo menos 8% da área gaúcha para a cultura registrará perdas devido às volumosas chuvas. Nos demais estados, a colheita avança favorecida pela estabilidade climática. Até o dia 5 deste mês cerca de 80,7% da área semeada em todo país já estava colhida. A qualidade dos grãos colhidos é satisfatória, com bons rendimentos também na quantidade de grãos inteiros.

Soja

Em virtude dos ajustes de área e produtividade, neste levantamento, caso a condição de catástrofe climática não tivesse ocorrido no Rio Grande do Sul, a produção brasileira de soja, estimada nesse levantamento, seria superior a 148,4 milhões de toneladas. No entanto, a estimativa atualizada de produção da oleaginosa é de 147,68 milhões de toneladas, redução de 4,5% sobre a safra anterior. Com a atualização realizada, área total cultivada na safra 2023/24 é de 45,7 milhões de hectares, 3,8% superior ao semeado na safra passada. Porém, as produtividades foram inferiores às da safra passada em quase todo o país, reflexo das condições climáticas adversas ocorridas durante a implantação e desenvolvimento da cultura, com falta e excesso de precipitações em épocas importantes no desenvolvimento da cultura.

Milho

O levantamento da Companhia também estima uma colheita de milho em 111,64 milhões de toneladas, redução de 15,4% se comparada com a temporada passada. A primeira safra do cereal teve, na maioria dos estados produtores, produtividades inferiores às obtidas no último ciclo, influenciadas por condições climáticas adversas ocorridas. Na segunda safra do grão, as condições não são uniformes. Em Mato Grosso, a maioria das lavouras encontram-se em enchimento de grãos, com bom desenvolvimento e boa reserva hídrica no solo. Porém, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e parte do Paraná, a redução das precipitações em abril provocou sintomas de estresse hídrico em diversas áreas.

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

Está aberta a inscrição do II EMSEA – Encontro Nacional aplicado as Mudanças Climáticas. Venha participar

Categorias
Noticias Agrícolas

Clima, pragas e doenças impactam safra de tomate industrial 2024

As condições climáticas adversas, a influência do fenômeno El Niño, a alta proliferação de pragas devem afetar expressivamente a produtividade das lavouras. Os produtores do tomate industrial brasileiro vivem mais um ano desafiador com a expectativa de retorno ao patamar de 2022. É o que aponta o recente levantamento feito pela Tomate BR, associação brasileira dos processadores e utilizadores de tomate industrial.

Segundo Vlamir Breternitz, diretor da Tomate BR, a área de cultivo deve ultrapassar 19 mil hectares, uma revisão das projeções divulgadas pela associação no início deste ano, quando se esperava um aumento de 7% do espaço ocupado pelas plantações. A produção deve alcançar em torno de 1,7 milhão de toneladas e os números das colheitas devem ficar bem próximos dos registrados em 2022, conforme mostra a projeção mais recente da entidade.

“O ano de 2023 foi um dos mais rigorosos da última década com o tomate e este ano as projeções eram mais otimistas, porém estamos enfrentando diversas dificuldades. As altas temperaturas nos meses de janeiro, fevereiro e março contribuíram para a ponte migratória de agentes transmissores de viroses, a exemplo da mosca branca, vindos de culturas como a soja. Com isso, as primeiras lavouras sofreram sérios danos e algumas tiveram até mesmo que ser erradicadas”, explica Breternitz. 

Impacto do clima no tomate: Chuvas intensas

Ainda sobre as adversidades climáticas, de acordo com o diretor da Tomate BR, as chuvas intensas, registradas no mês de março, dificultaram também o transplante das mudas, atrasando o cronograma e reduzindo a área de algumas lavouras.

“Os produtores perderam muitas mudas ainda em viveiro, devido a este atraso no transplante. E alguns reduziram o espaço do plantio justamente para não adentrarem suas colheitas em meses de maiores riscos climáticos, levando em conta que a partir do segundo semestre teremos a presença de outro evento climático, a La Niña, caracterizada por fortes chuvas a partir do mês de setembro, nas regiões onde se concentram as principais lavouras do país”, conclui o executivo.

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

Está aberta a inscrição do II EMSEA – Encontro Nacional aplicado as Mudanças Climáticas. Venha participar

Categorias
Noticias Agrícolas

Soja debaixo de água em Santa Vitória do Palmar

A sexta-feira (09/05) amanheceu com um cenário de prejuízo total para a produtora de soja Renata Alves de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul.

Ao percorrer a área de 62 hectares, a produtora se deparou com a enchente que cobriu a lavoura de soja que estava no ponto certo de colher com as vagens abrindo.

Fotos: Renata Alves – produtora em Santa Vitória do Palmar – RS

A produtora conta que diante do prejuízo total de suas lavouras calcula que o prejuízo será de aproximadamente meio milhão de reais somente nesta área. “Não tenho seguro porque não uso banco para financiamento das lavouras. Pretendo vender uns terneiros para cobrir o prejuízo”, relata Alves.

Fotos: Renata Alves – produtora em Santa Vitória do Palmar – RS

De acordo com a Emater/Ascar/RS, a situação no município de Santa Vitória do Palmar, é bastante crítica. Do total de área semeada pelos produtores da cidade, apenas 30% haviam sido colhidos.

Veja como fica a previsão do tempo para o Rio Grande do Sul

Nesta sexta-feira (10/05), novas áreas de instabilidade voltam a se espalhar pelo Rio Grande do Sul, com possibilidade de chuva forte entre o centro, norte, serra, vales e leste gaúcho. Em Porto Alegre, o sol aparece entre muitas nuvens e a partir da tarde a previsão é de pancadas de chuva que vem com forte intensidade. No oeste, campanha e sul do estado o dia é chuvoso.

No sábado (11/05), o dia fica chuvoso no oeste, campanha, sul, centro e Porto Alegre, sendo que em alguns momentos a chuva pode vir com forte intensidade. No noroeste, norte, nordeste e serra sol entre muitas nuvens e pancadas de chuva que podem ser mais intensas.

O domingo (12/05), será chuvoso em grande parte do Rio Grande do Sul. Em alguns momentos a chuva vêm forte entre as missões, nordeste, serra, vales, centro, leste e Porto Alegre. No noroeste e norte do Estado o sol aparece entre nuvens e a chuva ocorre com menor intensidade.

Na segunda-feira (13/05), o dia permanece chuvoso em grande parte do Rio Grande do Sul. Nas áreas do noroeste, norte, nordeste, serra, vales e litoral a chuva pode ser mais forte em alguns períodos do dia. No oeste e parte da Campanha o céu fica nublado e pode garoar. As temperaturas começam a cair entre a Campanha e o oeste gaúcho. 

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

Está aberta a inscrição do II EMSEA – Encontro Nacional aplicado as Mudanças Climáticas. Venha participar

Categorias
Noticias Agrícolas

Prejuízo chega a 100% nas lavouras de milho de Lajeado e Caxias do Sul

De acordo com o último boletim da Emater/RS-Ascar (09/05), em Lajeado e Caxias do Sul, as lavouras de milho apresentaram prejuízos expressivos, que chegaram a 100%. Até, o início das chuvas a colheita do milho chegou a 86% da área cultivada no Estado. Em Caxias do Sul, cerca de 25% das lavouras da região ainda não foram colhidas, e as perdas decorrentes da chuva ainda não foram quantificadas.

Em Ijuí, as áreas cultivadas maduras para colher apresentam início de germinação dos grãos nas espigas. As lavouras de 2ª safra estão em estádio de maturação e apresentam acamamento de plantas. Em Pelotas, as áreas de milho, apesar de todos esses dias com chuvas, estão com bom desenvolvimento até o momento. As lavouras prontas para colher ainda não apresentam danos pelo excesso de umidade.

Foto: Getty Images

Em Santa Maria, mais de 72% da área cultivada foi colhida, apresentando produtividade média de 4.752 kg/ha. As lavouras que não foram colhidas antes da enchente deverão apresentar perdas próximas a 100%.

Veja como fica a previsão do tempo para o Rio Grande do Sul

Nesta sexta-feira (10/05), novas áreas de instabilidade voltam a se espalhar pelo Rio Grande do Sul, com possibilidade de chuva forte entre o centro, norte, serra, vales e leste gaúcho. Em Porto Alegre, o sol aparece entre muitas nuvens e a partir da tarde a previsão é de pancadas de chuva que vem com forte intensidade. No oeste, campanha e sul do estado o dia é chuvoso.

No sábado (11/05), o dia fica chuvoso no oeste, campanha, sul, centro e Porto Alegre, sendo que em alguns momentos a chuva pode vir com forte intensidade. No noroeste, norte, nordeste e serra sol entre muitas nuvens e pancadas de chuva que podem ser mais intensas.

O domingo (12/05), será chuvoso em grande parte do Rio Grande do Sul. Em alguns momentos a chuva vêm forte entre as missões, nordeste, serra, vales, centro, leste e Porto Alegre. No noroeste e norte do Estado o sol aparece entre nuvens e a chuva ocorre com menor intensidade.

Na segunda-feira (13/05), o dia permanece chuvoso em grande parte do Rio Grande do Sul. Nas áreas do noroeste, norte, nordeste, serra, vales e litoral a chuva pode ser mais forte em alguns períodos do dia. No oeste e parte da Campanha o céu fica nublado e pode garoar. As temperaturas começam a cair entre a Campanha e o oeste gaúcho. 

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

Está aberta a inscrição do II EMSEA – Encontro Nacional aplicado as Mudanças Climáticas. Venha participar

Categorias
Noticias Agrícolas

Rural: Tecnologia cria resistência contra raios em aterramento de cercas

Acertar na escolha de um acerca para sua fazenda ou sítio parece ser uma tarefa fácil, mas na verdade não é. Precisa ser levado em consideração a geografia e o clima do local, a característica do solo e a extensão da cerca na propriedade. Qual tipo de cerca escolher?

São inúmeros os modelos e as finalidades para o uso da cerca na agricultura e na pecuária. O correto, é contar com especialistas e mão de obra especializada para uma melhor economia e de forma bastante sustentável. Durante a Tecnoshow, em Rio Verde Goiás, chamou a atenção a economia da cerca elétrica e a instalação relativamente simples que a Belgo Arames apresentou no estande. Sim, acredite metade do preço de uma cerca convencional.

Durante a visita ao estande da Belgo, a repórter Angela Ruiz ficou curiosa para saber sobre a corrente elétrica diante de uma queda de raio. Veja a explicação do profissional especializado:

Cerca elétrica é mais econômica e sustentável

Se você produtor pensou que a cerca convencional é a mais barata, repense sua estratégia se busca uma solução economicamente mais sustentável apropriada a necessidade. Já pensou usar energia solar na sua rede de cerca elétrica? Sim, é possível. Veja:

Mas existem outros tipos de cerca. O tradicional arame farpado ajuda na contenção de animais pesados, devido à torção alternada dos fios e às farpas dentro das linhas, fazendo com a cerca fique esticada sem muito esforço. Além disso, é de fácil instalação e pode ser usada para cercamento rural ou urbano.

Para facilitar a vida do produtor rural já está disponível um serviço conhecido como Cerca Rápida, que conecta mão de obra e clientes. “Cerca rápida agiliza a montagem e os gestores não precisam se preocupar com a execução do trabalho, algo que fica a cargo da equipe especializada”, explica o gerente de negócios agro da Belgo, Gustavo Nogueira.

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

Está aberta a inscrição do II EMSEA – Encontro Nacional aplicado as Mudanças Climáticas. Venha participar

Foto: Divino Onaldo – Rio Verde – GO – Divulgação
Categorias
Noticias Agrícolas

Estragos nos campos de soja de Caçapava do Sul mostram que perda na produção será elevada, diz Emater/RS

Até o início das intensas precipitações, ocorridas entre 29/04 e 04/05, as produtividades obtidas na colheita da soja de 76% das áreas eram consideradas satisfatórias. No entanto, em razão do evento climático adverso, a perspectiva da operação para as áreas restantes (24%) mudou abruptamente, e as perdas de produção serão elevadas, podendo atingir até 100% das áreas remanescentes. Algumas infraestruturas de armazenagem de grãos também foram danificadas, o que pode afetar a produção colhida anteriormente.

A situação é preocupante em Dom Pedrito, já que apenas 30% dos 125 mil hectares cultivados foram colhidos. Em Caçapava do Sul, onde 45% foram colhidos, os estragos são impressionantes, pois não apenas houve danos qualitativos aos grãos, mas também perda total em muitas lavouras, que foram alagadas ou tombadas pela força da água. No município de Bagé, onde 40% da área foi colhida, houve falta de energia elétrica, e algumas propriedades ficaram desabastecidas por até 12 dias, impedindo a secagem e a armazenagem da soja nos silos particulares.

Na Fronteira Oeste, o cenário é semelhante. Em São Gabriel, 50% das lavouras foram colhidas antes das chuvas torrenciais, e resta a campo 67 mil hectares que terão perda de 50%; e mil hectares terão perdas totais por ficarem submersos. Em Maçambará, a área colhida alcançou 70%, e as perdas na área restante estão estimadas em 35%. Em Manoel Viana, a colheita atingiu 82%, restando cerca de 10 mil hectares com perdas estimadas em 30%. Em São Borja, onde a colheita alcançou 75%, as perdas estão estimadas em 20%. Em Caxias do Sul, aproximadamente 15% da área ainda precisa ser colhida, mas essas lavouras foram severamente comprometidas, havendo perdas significativas tanto em produtividade quanto em qualidade, além de grande percentual de grãos brotados e deteriorados. Em Passo Fundo, 90% foram colhidos. A situação é mais crítica em Santa Vitória do Palmar, onde apenas 30% foram colhidos, e em Chuí, apenas 9%. Em Santa Maria, aproximadamente 30% das lavouras não foram colhidas e sofrerão perdas totais. Muitas dessas lavouras ficaram submersas. No Baixo Vale do Rio Pardo, muitas lavouras estão inundadas, e as perdas são totais.

O cultivo da safra atual foi impactado com uma pequena estiagem em janeiro/fevereiro e o excesso de chuva em maio. Como resultado, a estimativa de produtividade foi revisada para 3.309 kg/ha.

Mais chuva no fim de semana do Dia das Mães

Nesta sexta-feira (10/05), novas áreas de instabilidade voltam a se espalhar pelo Rio Grande do Sul, com possibilidade de chuva forte entre o centro, norte, serra, vales e leste gaúcho. Em Porto Alegre, o sol aparece entre muitas nuvens e a partir da tarde a previsão é de pancadas de chuva que vem com forte intensidade. No oeste, campanha e sul do estado o dia é chuvoso.

No sábado, o dia fica chuvoso no oeste, campanha, sul centro e POA, sendo que em alguns momentos a chuva pode vir com forte intensidade. No noroeste, norte, nordeste, missões e serra sol entre muitas nuvens e pancadas de chuva que podem ser mais intensas entre o norte, nordeste e parte da serra gaúcha. 

Domingo de tempo fechado e chuvoso em todo o Rio Grande do Sul. Em alguns momentos a chuva vêm forte entre as missões, noroeste, norte, nordeste, serra, vales, centro, leste e POA.

Quando a chuva vai parar no Rio Grande do Sul?

No decorrer da segunda quinzena de maio, com a expectativa de enfraquecimento do bloqueio atmosférico, e até rompimento efetivo, o Rio Grande do Sul terá vários períodos com predomínio de sol, frio e sem chuva. Mas outras frentes frias vão passar pelo estado, só não ficarão paradas por lá. Assim, ainda teremos eventos de chuva até o fim do mês, intercalados com os dias de sol e frio, mas que não trarão chuva tão persistente e volumosa como se observa desde o fim de abril e na primeira semana de maio de 2024.

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

Está aberta a inscrição do II EMSEA – Encontro Nacional aplicado as Mudanças Climáticas. Venha participar

Foto: Getty Images
Categorias
Noticias Agrícolas

Onda de calor já provoca impacto no milho segunda safra no PR e SP

A onda de calor que atinge parte do interior do Brasil já está dando sinais na agricultura de alguns estados. O tempo quente e seco que predomina há alguns dias tem provocado a queda da umidade do solo. O milho segunda safra em desenvolvimento está sentindo os efeitos do calorão.

Débora Cristina é produtora em Luiziana, no noroeste do Paraná e já sente os efeitos da onda de calor em suas lavouras. As folhas das hastes do milho já começaram a dobrar. “O milho poderia dar 270 sacas por alqueire, mas por causa do tempo seco, alta temperatura e a falta de chuva se conseguir tirar 120 sacas por alqueire, será muito”, relata a produtora. No oeste de São Paulo, região que também está sob a influência do bloqueio atmosférico vive a produtora Giovana Pereira que plantou milho. De acordo com Pereira, o milho está na fase vegetativa e o calor tem prejudicado o desenvolvimento da cultura. Veja o vídeo da duas produtoras:

O impacto da temperatura elevada nos campos de milho

De acordo com o engenheiro agrônomo Hayver Olaya Tellez, condições de alta temperatura prolongada geram impactos negativos.  Estes efeitos variam segundo os estágios fenológicos da planta, podendo ir desde redução significativa da germinação das sementes até senescência prematura. Em condições de temperatura elevada se produz aceleração do processo metabólico e nos períodos mais frios, o metabolismo diminui. Essa oscilação metabólica acontece normalmente quando a cultura se encontra dentro dos limites extremos de tolerância do milho, entre 10°C e 30°C. Condições ideais desde emergência até floração no milho estão entre 24°C a 30 °C.

Foto: Débora Cristina – Luiziana – Paraná

O que a alta temperatura é o estresse hídrico causa no metabolismo do milho?

As plantas em condições de calor extremo tem um consumo energético elevado aumentando a demanda por água, o que acelera o desenvolvimento e florescimento do cereal. Tellez explica que isso gera alterações no crescimento, plantas desiguais, diminuição da produção e qualidade dos grãos, aumento da sensibilidade a pragas e doenças. Em condições de temperatura superior a 35°C, ocorre diminuição da atividade da redutase do nitrato, reduzindo o rendimento e a composição proteica dos grãos.   

Atividade enzimática da planta

Temperaturas extremas diminuem a atividade enzimática adequadamente. Na fase vegetativa, as plantas procuram acelerar seu desenvolvimento e florescimento. Já na polinização, temperaturas acima de 33°C diminuem a viabilidade e germinação do grão de pólen ocasionando redução da produção de grãos. “Temperaturas noturnas superiores a 24°C proporcionam um aumento da respiração, ocasionando uma diminuição da taxa de fotossimilados”, acrescenta o engenheiro agrônomo.

Há perda de Biomassa?

Períodos prolongados de temperatura extrema geram perturbações no desenvolvimento adequado do milho. A fase de florescimento do milho é onde a produção será definida. ” O produtor deve estar atento, pois o aumento da transpiração e danos no sistema radicular reduzem a absorção de água e nutrientes, diminuindo a produção de biomassa e qualidade do grão no milho”, finaliza Tellez.

Onda de calor continua no Brasil Central

O bloqueio atmosférico persiste nos próximos dias sobre parte do Brasil Central e o tempo quente e seco será observado em várias áreas agrícolas o que pode causar transtornos as lavouras de milho segunda safra. Observe que no mapa abaixo as áreas em vermelho podem registrar temperaturas mais de 5ºC acima da média.

Veja abaixo como fica o clima para o Rio Grande do Sul nos próximos dias

Uma frente fria passa pelo Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, 8 de maio, e, na próxima quinta-feira, 9, o ar frio polar que vem com esta frente fria vai esfriar o Uruguai e até o Rio Grande do Sul. Áreas no sul gaúcho devem amanhecer com temperaturas um pouco abaixo de 10 °C. No próximo fim de semana, 11 e 12 de maio, uma segunda frente fria deve chegar ao Brasil e ao norte da Argentina com mais força. É esta frente fria que deve dar as primeiras “marretadas” no bloqueio atmosférico, começando a abrir o caminho para outras frentes frias.

A massa de ar polar que vem com esta segunda frente fria deve entrar forte no Sul do Brasil, gelando os três estados e mantendo as nuvens carregadas afastadas do Rio Grande do Sul por dois ou três dias. Deve esfriar até o Mato Grosso do Sul e áreas ao sul e oeste de Mato Grosso. O ar frio vai chegar em parte do Sudeste e baixar a temperatura.

Vai parar de chover no Rio Grande do Sul?

No decorrer da segunda quinzena de maio, com a expectativa de enfraquecimento do bloqueio atmosférico, e até rompimento efetivo, o Rio Grande do Sul terá vários períodos com predomínio de sol, frio e sem chuva. Mas outras frentes frias vão passar pelo estado, só não ficarão paradas por lá. Assim, ainda teremos eventos de chuva até o fim do mês, intercalados com os dias de sol e frio, mas que não trarão chuva tão persistente e volumosa como se observa desde o fim de abril e na primeira semana de maio de 2024.

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

Está aberta a inscrição do II EMSEA – Encontro Nacional aplicado as Mudanças Climáticas. Venha participar

Categorias
Noticias Agrícolas

Temporais: 78% dos municípios foram afetados por catástrofe climática

De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o número de vítimas fatais subiu para 90 e já são mais de 78% dos municípios do estado atingidos pela catástrofe climática. Ao todo são 388 cidades afetadas, 99,8 mil casas danificadas ou destruídas. Um prejuízo da ordem de R$4,6 bilhões. O levantamento foi atualizado no dia 07 de maio, pela CNM.

Esse total de prejuízos é parcial e foi informado pelos municípios e será atualizado pelos gestores a medida que água baixar e novos levantamentos forem realizados.

Principais setores privados afetados:

1)                  Agricultura: R$ 435 milhões em prejuízos;

2)                  Pecuária: R$ 134,7 milhões em prejuízos;

3)                  Indústria: R$ 92 milhões em prejuízos;

4)                  Comércios locais: R$ 37,5 milhões em prejuízos;

5)                  Demais serviços: R$ 52,2 milhões.

Foto: Luciane Medeiros – Voluntária do Grupo do Bem de Carazinho – Cruzeiro do Sul – RS

Climatempo ALERTA ainda para a possibilidade de novos transtornos; a semana será instável e qualquer chuva é preocupante dentro deste cenário. 

O Grupo do Bem de Carazinho (RS), está na região afetada prestando assistência. São voluntários que se organizaram para levar suprimentos e ajudar na gerência de crise. Para colaborar use a chave pix 00478638035.

Categorias
Noticias Agrícolas

2 milhões de hectares de soja era o montante que faltava para colher no RS

O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de soja no Brasil. De acordo com o último boletim da Emater/RS, do dia 02/05, os trabalhos de colheita chegaram em 76% da área total da média estadual. O restante não haviam sido colhido, representando aproximadamente cerca de 2 milhões de hectares e 6,5 milhões de toneladas.. As estimativas precisas das perdas deste montante ainda não são possíveis, no momento por causa das inundações.

Maria de Lourdes Maldaner, é produtora de soja no município de São Gabriel (RS) e contou que as chuvas foram bastante fortes e atingiram os campos de soja que estavam prontos para colheita. Veja no vídeo:

Imagens: Maria de Lourdes Maldaner

De acordo com Maldaner, no último fim de semana a água começou a baixar nos campos. Nesta segunda-feira (06/05), com o predomínio do sol e a trégua da chuva os trabalhos no campo foram retomados e concentrados na colheita. Porém, a umidade da soja está muito elevada e isso pode impactar no resultado da produtividade do grão.

Produtividade pode ser impactada

Antes da inundação a colheita estava um pouco mais atrasada nos municípios de maior altitude nos Campos de Cima da Serra, como Vacaria e Bom Jesus. Em Erechim, a incidência e a previsão de recorrência de chuvas podem levar à redução da produtividade em função da impossibilidade de colheita em algumas áreas.

Como os trabalhos estão totalmente paralisados, principalmente nas áreas afetadas pela inundação o impacto para a produção nacional está estimado em um volume sob risco que representa 5% da safra estimada para o país (147 milhões de toneladas), segundo análise da consultoria Cogo Inteligência de Mercado.

Ainda segundo a consultoria, a contabilização das perdas nas áreas não colhidas que sofreram com as inundações poderá influenciar as cotações. Atualmente, as cotações futuras com vencimentos entre julho/2024 e julho/2025 estão ao redor de US$12 por bushel.

Tendência da previsão para o Rio Grande do Sul

Nesta terça-feira (07/05), há previsão de chuva forte em Pelotas e na Campanha Gaúcha, com condição de volumes elevados.  Climatempo prevê volumes em torno 100mm/dia e a condição é de PERIGO EXTREMO.

Além da chuva, ventos acima de 85 km/h, em todas as áreas em roxo e azul-escuro no mapa. Na quarta-feira (08/05), a formação de um ciclone extratropical e de uma frente fria vai ajudar a levar chuva para as demais regiões do estado. 

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

Está aberta a inscrição do II EMSEA – Encontro Nacional aplicado as Mudanças Climáticas. Venha participar

Categorias
Noticias Agrícolas

Chuva: safra de arroz gaúcha deve ser afetada de forma expressiva

As intensas chuvas registradas no Rio Grande do Sul ameaçam a cultura do arroz e acende o alerta para o impacto no abastecimento e o custo de vida das famílias envolvidas na produção do cereal. O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz no Brasil.

A colheita já estava atrasada em relação a anos anteriores e pode ser ainda mais prejudicada. De acordo com a consultoria Cogo Inteligência de Mercado, até o momento, o Rio Grande do Sul colheu 78% da área de arroz da safra 2023/2024, o que equivale a uma área de 709 mil hectares, de um total de 900,2 mil hectares cultivados. Os 22% restantes representam cerca de 200 mil hectares e 1,6 milhão de toneladas.

O Instituto Rio Grandense de Arroz informou em comunicado que 82,9% das lavouras foram colhidas, restando em torno de 150 mil hectares. A região Central é a que apresenta menor percentual de área colhida, com 62%, restando cerca de 45 mil ha. Essa é a região mais afetada com as enchentes.

Ainda de acordo com o Instituto, o difícil acesso a grande parte das áreas afetadas e a falta de previsão do retorno da normalidade dos níveis de água, não é possível informar as perdas que ocorrerão nas lavouras de arroz irrigado do Rio Grande do Sul.

Foto: Getty Images

Em Santa Vitória do Palmar, a segunda-feira nem tinha amanhecido e a chuva começou forte na região com relato de queda de granizo, feito pela produtora Elisa Patela. Veja o vídeo enviado pela produtora nas primeiras horas da manhã quando percorria as áreas.

Tendência do Clima

O potencial de temporais aumenta, entre esta segunda (06/05) e a terça (07/05), em Pelotas e na Campanha Gaúcha, com condição de volumes elevados. Climatempo prevê volumes em torno 100mm/dia e a condição é de PERIGO EXTREMO; além da chuva, podemos ter ventos acima de 85 km/h, em todas as áreas em roxo e azul-escuro no mapa. Na quarta-feira (08), a formação de um ciclone extratropical e de uma frente fria vai ajudar a levar chuva para as demais regiões do estado. 

Estimativa dos prejuízos

Ainda não é possível estimar com precisão o quanto deste montante está perdido. Esse volume sob condição de risco representa expressivos 16% da safra estimada para o país (10,5 milhões de toneladas).

A safra de arroz gaúcha, estimada em 7,4 milhões de toneladas antes das inundações, deverá ser afetada de forma expressiva. Isso pode gerar um déficit no suprimento brasileiro do grão em 2024, ampliando a pressão altista sobre os preços, prevê a consultoria Cogo Inteligência de Mercado.

Proteja seu negócio entendendo os riscos climáticos. Adquira o relatório de mudanças climáticas e tome decisões assertivas!

Está aberta a inscrição do II EMSEA – Encontro Nacional aplicado as Mudanças Climáticas. Venha participar