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Ventos ocorridos nas regiões das Missões e moroeste do RS causaram acamamento nas lavouras de canola

A cultura da canola está em pleno desenvolvimento no Rio Grande do Sul. 33% dos cultivos estão em florescimento, 59% em enchimento de grãos, 7% em maturação, e 1% foi colhido. O aspecto geral da maioria das lavouras é considerado adequado. Os ventos ocorridos nas regiões das Missões e Noroeste causaram acamamento nas lavouras em fase final de enchimento de grãos, afetando principalmente a parte superior das plantas, enquanto o terço inferior não apresentou alterações. Essa condição deve garantir boas perspectivas para a colheita, sem impactar significativamente a produtividade.

Em São Luiz Gonzaga, onde se encontra a maior área plantada na região, foi realizado levantamento das perdas decorrentes do vendaval. As perdas por acamamento de algumas áreas estão estimadas em 5%.

Em Bagé, as lavouras encontram-se nas fases de floração e enchimento de grãos, e uma pequena área está iniciando a maturação. De modo geral, o potencial produtivo da cultura está satisfatório, exceto nas áreas semeadas no final da janela recomendada, que foram severamente afetadas pela estiagem de julho, resultando em estande de plantas desuniforme e insuficiente. Um dos pontos positivos do cultivo tem sido a baixa incidência de doenças, apesar do clima adverso em agosto, caracterizado por elevados acumulados pluviométricos.

Foto: Getty Images

Em Frederico Westphalen, 60% dos cultivos estão em florescimento e 40% em enchimento de grãos. Áreas mais tardias apresentam maior potencial produtivo, devido às condições ambientais mais favoráveis durante seu estabelecimento, resultando em um estande de plantas mais uniforme. A expectativa atual de produtividade é de 1.540 kg/ha.

Em Ijuí, a cultura está avançando o estádio de floração para a formação e enchimento de grãos, mantendo bom potencial produtivo, embora haja variação nas expectativas de produtividade entre as lavouras. As áreas que não apresentaram bom estabelecimento inicial das plantas, não conseguiram compensar plenamente o potencial produtivo, mesmo com o aumento da emissão de ramos laterais. Até o momento, 1% da área foi colhida, e 6% encontra-se em fase de maturação.

Em Passo Fundo, os cultivos estão em floração (30%) e enchimento de grãos (70%). A produtividade esperada é de 1.500 kg/ha. Em Santa Maria, as lavouras apresentam ótimo desenvolvimento e boa situação fitossanitária. Atualmente, 40% estão em fase de enchimento de grãos, e 9% em fase de maturação. A produtividade média está estimada em 1.646 kg/há.

Em Santa Rosa, 18% das lavouras encontram-se na fase de floração; 66% em enchimento de grãos; 14% em maturação; e 2%, semeadas precocemente, foram colhidas. A produtividade nessas lavouras está abaixo da esperada e variou entre 1.000 e 1.200 kg/ha. As lavouras semeadas mais tarde, em junho e julho, apresentam expectativa de produtividade superior, podendo atingir 2.000 kg/ha.

A Emater/RS-Ascar projeta 134.975 hectares cultivados no Estado, e a produtividade inicial está em 1.679 kg/ha.

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Mudanças climáticas podem impactar oferta de alimentos

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático. Cenários climáticos desfavoráveis podem, elevar os custos de produção, diminuir a produtividade, impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços. A informação faz parte do informe técnico produzido pela Conab – Companhia Nacional de Abastecimento.

O documento traz uma análise para o leite, frutas e hortaliças:

Leite

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas. A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto. Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor. Houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário. Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Frutas

A irregularidade da chuva provocou estresse hídrico e prejudicou o desenvolvimento de várias frutas. No caso da banana, os preços sofreram elevação por conta de sua baixa produção, o que ocorreu devido à acentuada irregularidade das chuvas que prejudicou o desenvolvimento dos cachos. Os preços devem continuar elevados pelo menos até início de novembro, quando deverá chegar ao mercado a nova safra da banana nanica advinda do Vale do Ribeira, norte catarinense e norte mineiro, e, em dezembro, a safra da banana prata, oriunda principalmente de Minas Gerais e Bahia.

A laranja é outra fruta que poderá vir a ter problemas com o estresse hídrico. 85% da produção está concentrada no cinturão citrícola composto pelo estado de São Paulo e pelo Triângulo Mineiro, regiões bastante afetadas pela estiagem e pelas queimadas, informa o estudo da Conab.

Como o Brasil é o maior produtor do mundo de laranja e de suco e os estoques do produto estão baixos, a tendência é que a indústria continue demandando fortemente a fruta, num contexto em que a safra prevista será baixa e, provavelmente, a safra 2025/26 também. Tal situação provocará menores excedentes da fruta para o atacado e para o mercado de mesa, colaborando para que os preços se mantenham elevados por longo período.

Foto: Getty Images

Hortaliças

Ainda de acordo com o estudo técnico da Conab, as hortaliças tendem a apresentar preços declinantes nesta época. A ausência de chuvas, lavouras sem sistema de irrigação poderão ser fortemente prejudicadas. Além disso, segundo a Ceagesp, no interior paulista há comprometimento de algumas lavouras que foram atingidas pelas queimadas. Com relação à alface, colaboradores do Hortifruti/Cepea relatam perda na qualidade da hortaliça devido à queima de borda motivada pelas temperaturas elevadas, pressionando os preços recebidos pelos produtores para baixo. Neste contexto, é previsível a elevação de preços nos próximos meses, o que será impulsionado também pela chegada do verão.

Preço

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas. Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo. Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Veja também: Chuva começa a pipocar no Tocantins, mas plantio começa em Outubro

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Chuva começa a pipocar no Tocantins, mas plantio começa em Outubro

Uma mudança na circulação dos ventos sobre o Brasil está permitindo o aumento da umidade em algumas áreas entre o Maranhão e Tocantins. O calorão com o aumento da umidade foram a combinação perfeita para a formação de nuvens carregadas que provocaram pancadas de chuva com raios e ventos fortes sobre algumas localidades do estado, na última terça-feira (24/09). Houve registro de chuva em Santa Fé do Araguaia (TO), Dois Irmãos (TO) e Imperatriz (MA).

Foto: Divulgação : imagens feitas por pessoas que passavam por Imperatriz, na hora da chuva

Em Tabocão (TO), um temporal acompanhado de fortes ventos derrubou a estrutura de um estacionamento de um posto de combustíveis as margens da BR-153. Ninguém se feriu.

Foto: Divulgação

na tarde desta quarta-feira (25/09), a capital Palmas também registrou pancadas de chuva com registro de uma rajada de vento d e91km/h, segundo dados do aeroporto local.

Será que a temporada de chuva está começando?

A atmosfera está começando aos poucos a trazer chuva para a região entre o sul do Maranhão e o centro-norte do Tocantins. Os produtores rurais estão preocupados porque o vazio sanitário termina dia 30 de setembro e o início do plantio da nova safra estará liberado no primeiro dia de Outubro. Porém, o déficit hídrico do solo e as altas temperaturas observadas no campo impossibilitam o plantio da nova safra.

De acordo com a meteorologista Josélia Pegorim, até segunda-feira (30/09) essas pancadas de chuva ainda poderão acontecer em vários municípios do Tocantins por causa da presença do ar úmido e do calor que ajudam a formar as nuvens de chuva.

“Vale destacar, que a chuva não é generalizada. Isso significa que não são todos os locais do Tocantins que irão registrar chuva. A tendência para os próximos dias é de uma precipitação irregular, pipocando entre um local e outro dentro do estado. A chuva só deve se tornar mais frequente e regular no decorrer do mês de novembro e até lá mesmo com a ocorrência de chuva o calorão de 40ºC, ainda será observado no estado tocantinense”, alerta Pegorim.

Mapa com tendência de chuva para o período da Primavera na Região Norte

Foto: Getty Images

Veja também: Clima favorece avanço da semeadura do milho no RS

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Soja: Cooperados da Frísia devem cultivar 112 mil ha no Paraná

Após uma safra afetada pela oscilação climática, como foi a de 2023/2024, os cooperados da Frísia devem ter um ano com o cenário dentro da normalidade. A expectativa é que os sojicultores produzam 112 mil hectares de soja no Paraná, com uma produtividade média por hectare que varia entre 68 e 70 sacas. O plantio foi iniciado no dia 20 de setembro nas regiões mais quentes, no entanto, a maior proporção deve ocorrer no mês de outubro nas regiões mais frias onde a cooperativa atua.

Segundo André Pavlak, coordenador de Assistência Técnica Agrícola (Astec) da Cooperativa Frísia, as perspectivas para a safra de soja deste ano são mais otimistas em comparação à anterior, com condições de plantio mais favoráveis. “Em anos com previsões climáticas como as atuais, costumamos alcançar produtividades dentro da média histórica, embora seja apenas uma estimativa. Mesmo com a instabilidade climática no ano passado, os resultados surpreenderam”, destaca Pavlak.

Na safra 23/24 foram plantados 116 mil hectares de soja, 4 mil hectares acima da atual. O motivo da queda foi que parte da área de soja migrou para feijão. Entretanto, a produtividade média da atual safra deve ser melhor, acima do ano passado, que fechou com 65 sacas.

“Estamos vivendo um conjunto de fatores que acaba definindo o desafio. Temos custos altos, sim, mas o que está mais complicado não são basicamente os altos valores dos insumos. Depois da pandemia de Covid-19, tivemos mudanças nos custos fixos do produtor, que ficaram mais altos. Tivemos um recuo de custo dos insumos, principalmente a parte de químicos e fertilizantes, mas, no contexto geral, os valores ainda não voltaram aos níveis pré-pandemia. Considerando o clima para a nossa região de atuação, esperamos que seja uma safra que permita se produzir dentro da média. Em termos agronômicos, nas regiões mais favoráveis, o produtor terá, entre outros desafios, o controle do mofo branco e ferrugem asiática”, conta o coordenador.

Tendência Climática

A tendência é que a chuva neste ano seja abaixo da média durante a semeadura, em outubro, mesmo assim espera-se que as condições sejam melhores, não tão agressivas ao ponto de gerar um replantio alto. Já para o mês de novembro, a tendência é que a chuva seja dentro da média, o que deve proporcionar uma boa população de plantas.

A colheita de soja deve começar a partir da segunda quinzena do mês de janeiro, sendo o ponto forte da colheita em março e abril. As principais regiões produtoras de cooperados da Frísia em soja são Tibagi, com 40 mil hectares, Carambeí, com 13 mil hectares, e Ponta Grossa, com 12 mil hectares.

Veja também: Clima favorece avanço da semeadura do milho no RS

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Clima favorece avanço da semeadura do milho no RS

O clima tem favorecido o avanço da semeadura do milho no Rio Grande do Sul que alcançou 43% da área projetada na safra 24/25. A manutenção do teor de umidade do solo em níveis adequados favoreceu a germinação, a emergência e o crescimento vegetativo inicial da cultura. As lavouras apresentam desenvolvimento e estande de plantas satisfatórios.

Em relação ao aspecto fitossanitário, a principal praga da cultura, a cigarrinha-do-milho segue em níveis inferiores em relação à safra anterior com ocorrências em todas as regiões, com uma concentração maior no noroeste e região central do estado.

Foto: Francieli Estraih –

Em Erechim, a semeadura das lavouras alcançou 50% da área prevista. Em Frederico Westphalen, 60% e em Ijuí, 66%. Em Santa Rosa, a semeadura alcançou 81% da área projetada. O desenvolvimento da cultura foi inferior ao esperado em decorrência da baixa incidência solar, provocada pela fumaça das queimadas da Região Amazônica. O estádio fenológico é V2 e V3.

Para a Safra 24/25 a Emater/RS-Ascar projeta o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade está estimada em 7.116 kg/ha.

Previsão do tempo para os próximos dias

As chuvas intensas previstas para o Rio Grande do Sul podem provocar transtornos e atrapalhar as atividades no campo para o plantio do milho primeira safra. As chuvas devem manter o solo com níveis de umidade elevados.

A quarta-feira (25/09), será marcada com a passagem de uma frente fria que vai manter o tempo instável sobre o estado. No decorrer do dia, a chuva deve se espalhar, e haverá condições para chuva forte acompanhada por raios e ventos na serra gaúcha, planalto gaúcho, no litoral norte do RS e em parte das missões, com previsão de que a chuva chegue ao final do dia, já no período da noite. Em áreas localizadas na faixa central do RS, que percorre a região da Grande Porto Alegre/RS, região central, parte dos vales gaúchos e nas missões, risco para eventuais temporais localizados a partir da tarde. Em Porto Alegre/RS, risco elevado para chuva forte durante o período da noite. Haverá condições para rajadas de vento moderadas – variando entre 40 e 50 km/h – sobre áreas do noroeste, norte e na serra gaúcha. Na campanha gaúcha, na fronteira oeste do RS, região central, nas missões, na Grande Porto Alegre, nos vales, sul e litoral gaúcho, rajadas entre 51 e 70 km/h, ao longo do dia.

Nesta quinta-feira (26/09), a chuva permanece desde cedo sobre o Rio Grande do Sul, com destaque para risco elevado para temporais e chuva volumosa sobre a Grande Porto Alegre, na região central, nas missões gaúchas e no noroeste do RS. A temperatura fica amena.

Na sexta-feira (27/09), a frente fria se afasta e o tempo volta a fiar firme. Apesar disso, ainda pode chover na Grande Porto Alegre, na serra e nos vales gaúchos, principalmente entre a madrugada e manhã. Não há mais previsão de chuva forte para nenhuma das áreas do estado gaúcho.

A chuva dá uma breve trégua no sábado, mas os meteorologistas adiantam que à partir de segunda-feira (30/09), as condições para chuva devem retornar ao estado.

Veja também: Pará tem autorização para iniciar semeadura da soja

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Play na Chuva: Pará tem autorização para iniciar semeadura da soja

O Pará já possui autorização para iniciar o plantio da nova safra 24/25 em todo o estado. Mas, o produtor está à espera das chuvas plantadeiras.

De acordo com o presidente da Aprosoja-Pará o estado se divide em três períodos para a semeadura da soja (Região I4, II5, III6). A medida visa racionalizar o número de aplicação de fungicidas e reduzir os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas no controle desta praga. A portaria nº 1.111/2024, foi publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O Pará tem vivenciado um grande crescimento na fronteira agrícola do agronegócio da soja. A área plantada vem aumentando a cada safra. Porém, as condições do clima não estão favoráveis para o arranque do plantio na maior parte do estado. Sem chuva regular e altas temperaturas observadas, dificilmente uma semente vinga no chão sem umidade suficiente. Muitas áreas, localizadas no sul do Pará que já deveriam ter iniciado a semeadura, estão atrasados.

A boa notícia que de acordo com os meteorologistas da Climatempo, à partir desta terça-feira (24/09), já são esperados pancadas de chuva em algumas áreas do estado. A chuva também está prevista para ocorrer na quarta-feira (25/09) e na quinta-feira (26/09). Veja o acumulado par ao período no mapa abaixo:

“A chuva desta semana em algumas regiões do Pará ainda irregular e mal distribuída, sem grandes acumulados. Porém, em alguns momentos e localmente pode cair forte sobre algumas localidades”, prevê o meteorologista Marcelo Pinheiro.

Vale destacar que na maior parte do estado, o tempo seco e muito quente vai manter o déficit hídrico muito acentuado, alertam os meteorologistas.

No Podcast Agrotalk: Primavera quente com La Niña? Veja o prognóstico

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Exportação de produtos florestais para Europa cresce 27% 

As exportações de produtos florestais brasileiros para a Europa cresceram 27,1% no primeiro semestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados são do relatório produzido pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). A venda chegou a US$ 1,84 bilhão, contribuindo para uma alta do setor de 14,7%, o que alavancou a economia brasileira no segmento.

Conforme aponta o levantamento, o total de exportações de produtos florestais teve acréscimo de 13,8%, enquanto o percentual para importações foi de apenas 3%. O principal produto do setor é a celulose, que registrou aumento na exportação de 19%, comparado aos seis primeiros meses do ano anterior. 

Quando o assunto é madeira, a diretora executiva do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), Renata Brito, revela que as exportações de produtos madeireiros no primeiro semestre deste ano foram estáveis, mas que um ponto em específico chama a atenção. “As exportações permaneceram estáveis quando levamos em conta todos os produtos madeireiros, mas mesmo com desafios logísticos, o valor exportado chegou a R$ 164,7 milhões de acordo com informações tabuladas pela Wooflow. Ao comparar o resultado com o do ano passado, nos deparamos com um aumento de 17% no valor exportado, que foi impulsionado pela valorização do dólar”. 

Foto: IBF

Indicadores

Os indicadores do preço da madeira de Mogno Africano, uma árvore exótica e nobre, tiveram aumento expressivo no mercado internacional. A madeira em lâmina passou de €1.516 em julho de 2023 para €2.052 em julho de 2024. O produto seco ao ar livre foi de €541 em agosto do ano passado para €846 neste ano. Quando considerada seca em estufa, o valor foi de €916 em julho de 2023 para €986 no mesmo período deste semestre. 

O cenário favorável coloca o setor florestal como o quarto melhor colocado de exportações no agro brasileiro. Renata ressaltou como o segmento tende a crescer nos próximos anos.

“Precisamos pensar que o setor de florestas comerciais está aliado à sustentabilidade, com as mudanças climáticas e a necessidade de uma economia cada vez mais alinhada ao meio ambiente, a demanda por produtividade deve caminhar ainda mais ao lado do conceito Environmental, Social, and Governance, conhecido como ESG, que tem como um de seus princípios a economia verde. No IBF, nós atendemos a demanda da indústria por madeira e fazemos isso por meio do reflorestamento comercial, na contramão do desmatamento”.

O IBF mantém um Polo Florestal com mais de 5.100 hectares em Pompéu, cidade localizada em Minas Gerais, onde promove o reflorestamento comercial do Mogno Africano. Além dos brasileiros, que aplicam no setor florestal para obter lucro a longo prazo, há investidores internacionais que também confiam no Brasil para produzir madeira.

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Congresso de Marketing do Agro debate tendências com auditório lotado

Na última quinta-feira (19/09), a Associação Brasileira de Marketing do Agro (ABMRA), reuniu na cidade de São Paulo, um time de profissionais de agência de publicidade, mídia, jornalistas especializados em Agronegócio, líderes e especialistas para participar da 16º edição do Congresso Brasileiro de Marketing do Agro. O evento trouxe insights, grandes ideias e tendências que irão nortear o marketing do agronegócio.

O público com mais de 500 pessoas lotou o auditório e pode acompanhar de perto em torno de uma organização impecável debates importantes sobre como construir equipes de alta performance, o mundo dos dados utilizado para estratégias de marketing, criação de marcas fortes e comunicação 360ºC.

Henrique Rodrigues, country manager da BB Media trouxe dados sobre o mercado e hábitos digitais e explorou junto com os demais palestrantes da mesa redonda o uso inteligente dos algoritmos com dados na criação de estratégias de marketing.

Marcelo Brito, secretário executivo do Consórcio Amazônia Legal, disse a sustentabilidade de fato é um valor percebido pelos produtores e consumidores. A sustentabilidade e as boas práticas agregam valor as marcas.

“A boa comunicação colabora para a reputação da marca Agro Brasil. Quanto melhor você for, melhor será seu gerenciamento e reputação no mercado. Por exemplo, pecuarista que rastreia sua produção tem risco menor no mercado e consegue vender melhor seus produtos com boa reputação”, explica.

Brito deixou uma provocação no ar: que imagem queremos mostrar para nossos vizinhos e projetar o Agro brasileiro para o mundo?

Ricardo Nicodemos, presidente da ABMRA, acredita que a comunicação positiva, assertiva sendo transmitida de forma verdadeira e coesa levará o Agro Brasileiro a patamares elevados.

“Precisamos levar a marca Agro Brasil para o Brasil e o mundo e mostrar a importância deste setor para a segurança alimentar”, comenta o executivo.

Outro painel bastante interessante foi sobre a composição de times de trabalho. Especialistas concordaram que é preciso extrair o melhor de cada um dentro da equipe e formar um time de alta performance. Para que isso aconteça é preciso formar times multidisciplinares capazes de transformar os desafios do dia a dia em resultados concretos e assim, colaborar para que a empresa atinja sua meta.

A comunicação 360º do Agro foi debatida com entusiasmo. Os palestrantes concordaram que as tendências atuais migram para uma multi plataforma entre o digital e a integração de canais formando um mix de comunicação capaz de potencializar o Agro brasileiro.

Camila Escobar, CEO da marca colombiana Juan Valdez Café, entrou ao vivo e online para mostrar o case e explicar o processo de construir uma marca inovadora para o público.

O ambiente de troca de ideias e networking foi ponto importante para os profissionais que participaram desta 16º edição do evento que também destacou o trabalho de jornalistas do Agro. Um concurso premiou no palco os jornalistas Bruno Faustino (TV Cultura/TV Tribuna/SBT, no Espírito Santo) e Divino Onaldo (Programa Morada do campo – Podcast Agro e Prosa, em Goiás) pelo trabalho jornalístico em divulgar o Projeto Marca Agro do Brasil em suas regiões.

Veja também: Podcast Agrotalk traz informações sobre a nova estação Primavera

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Estiagem e chuvas esparsas reduziram estimativa de produtividade do café

A safra de café 2024 está estimada em 54,79 milhões de sacas beneficiadas, redução de 0,5% se comparada com a produção obtida em 2023. O dado faz parte do 3º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O início da atual safra indicava um novo crescimento na colheita, considerando a situação das lavouras na época e o ciclo de alta bienalidade. Mas, a estiagem, chuvas esparsas e mal distribuídas, juntamente com altas temperaturas durante as fases de desenvolvimento dos frutos, reduziram as produtividades previstas inicialmente. Com isso, a produtividade média nacional de café está estimada em 28,8 scs/ha, 1,9% abaixo da obtida na safra de 2023.

Arábica

A estimativa aponta para uma produção de 39,59 milhões de sacas de café arábica, o que ainda representa um crescimento de 1,7% acima da safra anterior. Apenas Minas Gerais, principal produtor de café no Brasil, será responsável pela colheita de 27,69 milhões de sacas desta espécie, redução de 3,4% em comparação ao total colhido na safra anterior. Esta redução se deve às estiagens, acompanhadas por altas temperaturas durante o ciclo reprodutivo das lavouras e agravadas a partir de abril, quando as chuvas praticamente cessaram em todo o estado, com registros de precipitações pontuais e de baixos volumes.

Em São Paulo, o clima também afetou o desempenho das lavouras. Ainda assim, é esperado um crescimento de 8,2% em comparação ao resultado obtido em 2023, podendo chegar a uma produção de 5,44 milhões de sacas neste ano. Cenário semelhante é verificado nas regiões produtoras de arábica no Espírito Santo, Rio de Janeiro e na área do cerrado baiano, onde o incremento projetado deverá ser menor que o inicialmente estimado.

Conilon

Para a variedade conilon, é esperada uma queda de 6% na produção, estimada em 15,2 milhões de sacas. No Espírito Santo, principal produtor de conilon do país, a safra está estimada em cerca de 9,97 milhões de sacas, redução de 1,9%. Já em Rondônia e na Bahia, a colheita deve registrar uma queda expressiva de 16,4% e 13,3% respectivamente. Na Bahia essa diminuição é explicada principalmente pela menor produtividade registrada, enquanto que em Rondônia pela menor área cultivada.

O levantamento mostra ainda que a área total destinada à cafeicultura no país em 2024, para o arábica e conilon, totaliza 2,25 milhões de hectares, sendo com 1,9 milhão de hectares em produção, com crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior, e 345,16 mil hectares em formação, com redução de 4,5%.

Quando a chuva irá retornar?

A Primavera começa no próximo domingo 22 de Setembro. É a estação de transição entre o Inverno e o Verão e marca o retorno das chuvas a medida que a umidade aumenta sobre as regiões, ao longo da nova estação.

A primavera deste ano terá um fenômeno La Niña se desenvolvendo no decorrer da estação. A previsão, até o momento, é de um de La Niña fraco.

Veja aqui onde os efeitos do La Niña serão mais notados.

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Primavera com La Niña?

Com a chegada da nova estação Primavera no próximo dia 22 de Setembro, os produtores ficam de olho no céu à espera das chuvas plantadeiras. As queimadas irão diminuir? O fenômeno La Niña irá impactar o cenário da nova safra?

De acordo com os meteorologistas da Climatempo, durante a Primavera, as pancadas de chuva à tarde e à noite vão ficando cada vez mais frequentes e generalizadas a medida que a atmosfera vai ganhando umidade. A circulação de ventos sobre a América do Sul colabora para a distribuição do ar úmido pelo Brasil.

Veja no podcast desta semana os detalhes de como fica o clima para a estação na sua região. Nosso convidado é o meteorologista Vinicius Lucyrio. Assista:

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