A estiagem está prejudicando os canaviais pernambucanos. A perda da safra deste ano rendeu prejuízo de R$ 600 milhões e a falta d’água está danificando as plantas da cana de açúcar que podem gerar seis safras, piorando ainda mais o setor sucroenergético.
De acordo com dados da Agência Pernambucana de Água e Clima, o déficit de chuva chegou a 80% nos canaviais em abril e a situação fica mais grave nas Matas Sul e Norte onde choveu 7% e 25% da média esperada, respectivamente. Em Lagoa de Itaenga, por exemplo, choveu apenas 7 milímetros quando a média é de 242mm.
Além disso, as chuvas de maio ainda não chegaram, aumentando o prejuízo para o setor. A primeira estimativa de perda divulgada pela AFCP era de 20% da safra, porém, a entidade já fala em 30% de redução. A cada mil toneladas de cana perdida, corresponde a seis desempregados diretos no campo. A redução de mão de obra também deve ocorrer nos parques indústrias das usinas, pois com a falta da matéria-prima, a moagem começará mais tarde e terminará mais cedo.