Dados da International Network for bamboo and Rattan (INBAR), mostram que o mercado mundial do bambu movimenta 60 bilhões de dólares por ano, em produtos industriais, brotos comestíveis e matérias-primas.
De acordo com a Lista de Espécies da Flora Brasileira, no Brasil, existem 258 espécies e 35 gêneros espalhados pelo país, o que corresponde a 20% da plantação de bambu do mundo. A maior reserva natural de bambu do planeta está localizada no sudoeste da Amazônia Legal, abrange cerca de 180 mil quilômetros quadrados de florestas com a presença da planta.
Essas plantações se iniciam na Cordilheira dos Andes, nos territórios peruano e boliviano, e se estendem até o estado do Acre e parte do Amazonas. Essa imensa mancha verde cobre cerca de 40% das florestas acreanas, o equivalente a 4,5 milhões de hectares com bambus nativos, segundo dados do ZEE- Zoneamento Ecológico-Econômico do estado.
Existem cultivos de bambu no Maranhão, destinados à produção de biomassa para geração de energia para o setor industrial, principalmente cervejarias e cerâmicas. Na Paraíba e Pernambuco, os 15 mil hectares com a planta destinam-se à produção de celulose e papel para embalagens para cimento.
São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Paraná investem em cultivos comerciais com foco na produção de painéis, broto e fitocosméticos, informa a Aprobambu – Associação Brasileira de Produtores de Bambu.
Prático e perene
Prático, o bambu é uma planta que possui uma excelente capacidade de absorver o gás carbônico (CO2) da atmosfera. É capaz de substituir a madeira e se renova sem a necessidade de replantio. Com o bambu, podem ser produzidos talheres, potes, biomassa, tecidos, móveis, instrumentos musicais e alimentos. Além disso, a planta possuiu características muito parecidas com as do aço, com resistência às forças de compressão e altas trações.
Perene, de rápido crescimento e de fácil regeneração, o bambu pode produzir por mais de 30 anos, sem a necessidade de replantio e algumas espécies crescem até 20 centímetros por dia.
Uma das principais particularidades do manejo dessa gramínea é a colheita seletiva, com retirada anual de colmos maduros. Em bambuzais nativos deve ser colhida metade das plantas por touceira.
Em cultivos plantados, a partir dos cinco anos é possível colher de 20% a 50% dos colmos com potencial econômico, dependendo da espécie e finalidade de uso, explica o pesquisador da Embrapa Acre Elias Miranda.
O pesquisador explica, ainda, que a extração regular, com base em orientações técnicas, ajuda a:
– planejar a produção, facilita a colheita e permite o surgimento de novas plantas.
Bambu no Brasil é alternativa de renda
Uma pesquisa da Embrapa revela que o bambu pode de ser manejado em áreas nativas e isso se torna uma opção de renda na agricultura familiar. Com técnicas de colheita adequadas o vegetal rebrota com facilidade e pode produzir por muito tempo.
Guilherme Korte, presidente da Aprobambu, considera as pesquisas essenciais para direcionar investimentos para suprir a demanda crescente por bambu no Brasil e em outros países. Temos imensas reservas naturais com espécies de Guadua tão resistentes, leves e flexíveis quanto a madeira convencional, que podem ser aproveitadas, e um clima propício para o cultivo da planta em todas as regiões, inclusive como alternativa para recuperação de áreas degradadas.
O caráter renovável e os usos múltiplos fazem do bambu uma excelente alternativa de produção para agricultores familiares e uma opção de negócio sustentável para a região, com benefícios econômicos, sociais e ambientais, destaca.
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