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La Niña afeta os rendimentos do feijão primeira safra

A área projetada de feijão 1ª safra no Rio Grande do Sul é de 30.561 hectares. A produtividade estimada inicialmente é de 1.701 kg/ha, de acordo com a Emater/Ascar-RS.

 

A cultura tem fases de desenvolvimento distintas em função da época de semeadura no estado gaúcho. Em Caxias do Sul, maior produtora da leguminosa, as lavouras são semeadas mais tardiamente, após os períodos mais frios, e estão em sua totalidade em desenvolvimento vegetativo.

 

Nas demais regiões, a colheita já está sendo efetuada e aproxima-se da finalização na regional de Santa Rosa (90%); está bastante adiantada na de Frederico Westphalen (72%); nas de Ijuí, Lajeado, Porto Alegre, Santa Maria e Soledade, foram colhidos em torno de 50%; nas de Erechim e Passo Fundo, a colheita não ultrapassa 20%.

 

Foto: Simone Vargas – Campina do Simão – PR

 

La Niña impacta os rendimentos

 

A diminuição do volume de chuvas em decorrência do fenômeno La Niña também afeta os rendimentos de forma variável. As regiões mais atingidas são as de Santa Maria e  Pelotas, com expectativa de redução de produtividade entre 30% e 40%. Em uma segunda faixa, entre 10% e 20%, estão as de Frederico Westphalen, Ijuí e Santa Rosa. As perdas situam-se entre 5% e 10% nas de Erechim e Soledade. Nas demais, não há diminuição na produtividade até o momento.

 

Impacto do La Niña no desenvolvimento da safra de soja

 

Em Santa Catarina, as chuvas melhoraram as condições das lavouras de feijão que estão em boas condições. Apesar da incidência de doenças e pragas, não há perdas significativas.

 

No Paraná, cerca de 25% da área foi colhida. As chuvas nos últimos dias foram benéficas em regiões que estavam sob restrição hídrica.

 

Em Minas Gerais, a colheita foi iniciada. No geral, lavouras estão em boas condições e os grãos colhidos apresentam rendimento satisfatório. Registram-se perdas pontuais por incidência de mofo-branco, principalmente no sul do estado.

 

Em Goiás, a colheita alcança quase ¼ da área total. No sudoeste goiano, as operações estão bem adiantadas. No leste do estado, principal região produtora, as chuvas e o plantio mais tardio postergam a colheita.

 

Veja a tendência do clima aqui

 

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Déficit hídrico preocupa produtor de arroz da Fronteira Oeste

A área estimada de arroz pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) é de 862.498 hectares. A produtividade projetada é de 8.226 kg/ha. As lavouras estão com 82% em desenvolvimento vegetativo, 15% em floração, e 3% já iniciaram a formação dos grãos, de acordo com o último levantamento (12/01) realizado pela Emater/Ascar-RS.

 

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Na Fronteira Oeste, em Maçambará, as perdas pelo déficit hídrico alcançam 10%, e alguns produtores estão com dificuldades até para manter a irrigação intermitente (paliativa) nas lavouras devido à rápida redução nos reservatórios. Alguns talhões de cultivo já foram abandonados.

 

Em São Gabriel, houve uma recuperação parcial nas barragens e cursos d’água utilizados para irrigação após as chuvas de forte intensidade registradas no Ano Novo, sendo possível melhorar a uniformidade e altura da lâmina de água.

 

Na região da Campanha, em Hulha Negra, alguns produtores que dependem de arroios, rios e barragens de pequeno porte para irrigação já reduziram o bombeamento com o objetivo de preservar a água para a fase reprodutiva. A segunda aplicação de ureia está sendo realizada apenas nas áreas com maior investimento e nas que se encontram na fase de diferenciação da panícula. Essa estratégia de manejo visa estimular a formação de maior número de grãos por panícula, reduzir as perdas e maximizar o aproveitamento do fertilizante nitrogenado devido ao seu fracionamento, combinado com a primeira aplicação logo antes da entrada da água na lavoura. 

 

Foto: Getty Images

 

Em Pelotas, a cultura do arroz apresenta um ótimo desenvolvimento, boa sanidade e sem problemas com pragas. A exceção se dá em lavouras irrigadas com água da Lagoa dos Patos e seus afluentes, onde o índice de salinidade é superior ao tolerado pela cultura. Alguns produtores realizam irrigações intermitentes para minimizar o efeito. Esse problema afeta principalmente o município de Pelotas, onde 70% das lavouras utilizam esses mananciais. Também há registros pontuais de falta de água para a irrigação em São José do Norte, afetando lavouras.

 

Em Santa Maria, há dificuldades na manutenção da irrigação, pois os mananciais  diminuíram o nível; alguns estão sem fluxo continuo, como é o caso dos rios São Sepé, partes do Vacacaí e do Soturno. Caso não haja recuperação, poderá haver abandono de lavouras. Os cursos com maiores volumes de água, como o Rio Jacuí, Toropi e Ibicuí, ainda estão em melhores condições, em volumes suficientes.

 

Em Cachoeira do Sul, os orizicultores que utilizam a água da Barragem Capané enfrentam um racionamento, em um esquema de três dias com fornecimento e seis dias sem água a fim de usar com parcimônia o manancial. Em Soledade, as condições climáticas foram favoráveis, e as lavouras estão com ótima performance. De maneira geral, o uso da água de irrigação é racionalizado, evitando desperdícios. Mesmo assim, de forma pontual, alguns produtores já tem dificuldade de irrigar a cultura devido à escassez de água nos cursos hídricos e reservatórios.

 

Tendência do Clima

 

Na quarta-feira (18/01), ainda há condições de chuva no norte gaúcho e a chuva se espalha mais pelo estado, alcançando também todo o litoral, sul do Rio Grande do Sul e na região metropolitana de Porto Alegre. O tempo fica aberto na região de Santa Maria, Campanha e Fronteira Oeste, com calor e ar seco.

 

Na quinta-feira (19/01), sol com pouca nebulosidade na região de Uruguaiana. Por outro lado, a chuva pode cair a qualquer hora na região de Rio Grande. Nas demais áreas gaúchas, inclusive na Grande Porto Alegre, o sol aparece e as nuvens aumentam, com previsão de chuva que pode vir com raios, a partir da tarde. O calor continua pelo estado.

 

Segunda quinzena de janeiro

 

As instabilidades devem ser mais concentradas na faixa norte até o dia 21 de janeiro. Mas, entre os dias 22 e 24 de janeiro, a passagem de uma frente fria, mais um corredor de umidade, uma baixa pressão atmosférica entre o Paraguai e o oeste da Região Sul e áreas de instabilidades ajudam a intensificar e espalhar os temporais por todo o Rio Grande do Sul. Com previsão de vendavais e acumulados pontualmente elevados, além de queda de granizo e alagamentos. 

 

Atenção para as temperaturas que ainda seguem elevadas em todo o estado gaúcho, em especial do centro ao oeste do estado, com risco de onda de calor. Sendo as maiores temperaturas registradas entre 17 e 19 de janeiro, pelo oeste gaúcho. Com calorão previsto até o dia 25 de janeiro.

 

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Valor da Produção Agropecuária fecha 2022 em R$ 1,189 trilhão

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022 fechou em R$ 1,189 trilhão. O valor é o segundo maior em uma série de 34 anos de cálculo desse indicador. O faturamento das lavouras foi de R$ 814,77 bilhões e o da pecuária de R$ 374,27 bilhões.

 

Seca prejudicou algumas regiões 

 

O VBP de 2022 foi marcado por resultados positivos para diversos produtos, crescimento das exportações do agronegócio e dos preços agrícolas. O fator que mais prejudicou o desempenho foi a seca, especialmente na Região Sul e parte do Centro-Oeste, que resultou em prejuízos aos agricultores causados por perdas de produção de soja, milho e feijão. A pecuária também foi afetada devido às perdas de suprimento. 

 

Os produtos que mais se destacaram em 2022 foram o algodão, café, milho, trigo e leite. Esses cinco produtos atingiram, nesse ano, o maior valor do VBP em todo o período histórico. Preços e quantidades produzidas foram os principais fatores que promoveram esses produtos. 

 

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Estimativa para 2023

 

O VBP estimado para 2023 é 6,3% maior que o de 2022, podendo atingir R$ 1,263 trilhão. As lavouras devem ter um aumento real de 8,3%, e a pecuária de 1,9%. Até o momento, os pontos mais relevantes deste ano são de recuperação do VBP da soja que deve atingir R$ 406,4 bilhões. Espera-se um desempenho menos favorável em café, algodão e trigo. 

 

Os cinco primeiros produtos de destaque no VBP de 2023 são soja, milho, cana, café e algodão, que representam 83,7% do VBP das lavouras. 

 

Leia também: semana começa com calor e muita chuva no Sudeste

 

O que é o VBP?

 

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

 

O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês. 

 

Foto: Getty Images

 

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Produtor está de olho no clima para controlar ferrugem na soja

O programa monitora Ferrugem no Rio Grande do Sul, fez um levantamento que apresenta os resultados do monitoramento de esporos do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja, em Unidades de Referência Técnica no estado do Rio Grande do Sul. Esta informação, aliada a outras práticas de manejo da cultura da soja, serve de subsídio para a tomada de decisão dos agricultores.

 

Foto: ferrugem da soja – arquivo Emater/RS/Ascar

 

O período que se destacou por presença de esporos nas regiões Noroeste e Nordeste do Estado. A detecção de esporos é um indicativo da presença do patógeno no ambiente, e nestes locais recomenda-se, aos técnicos e aos produtores, a observância das condições climáticas para o manejo da ferrugem.

 

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Veja mais informações e as ocorrências por estado aqui  

 

Tendência do clima

 

No Rio Grande do Sul, depois da chuvas que trouxeram um alívio nos últimos dias, nesta semana as instabilidades se tornam mais esparsas e são esperados apenas episódios na forma de pancadas isoladas e com baixos volumes de água.

 

Na terça-feira (17) a massa de ar seco atua sobre mais áreas do Rio Grande do Sul, do Uruguaiana até a capital e litoral do estado, como do centro ao sul do estado. Chuva mesmo, apenas no norte do estado, como da serra ao noroeste gaúcho, por conta de áreas de instabilidade. As instabilidades acontecem em todos os períodos do dia, com acumulados pontualmente altos. Destaca-se as altas temperaturas pelo estado previstas na Fronteira Oeste e Missões, como em São Borja, Uruguaiana e Santa Rosa, por exemplo.

 

Na quarta-feira (18) ainda chove no norte e agora a chuva se espalha mais pelo estado, alcançando também todo o litoral, sul  do RS e na região metropolitana de Porto Alegre. A chuva mais forte ainda acontece nas áreas de divisa com Santa Catarina, onde é maior a chance de temporais e acumulados mais altos (especialmente na Serra). O tempo fica aberto na região de Santa Maria, Campanha e Fronteira Oeste, com calor e ar seco.

 

Próximos dias

 

As instabilidades devem ser mais concentradas na faixa norte até o dia 21 de janeiro. Mas, entre os dias 22 e 24 de janeiro, a passagem de uma frente fria, mais um corredor de umidade, uma baixa pressão atmosférica entre o Paraguai e o oeste da Região Sul e áreas de instabilidades ajudam a intensificar e espalhar os temporais por todo o Rio Grande do Sul. Com previsão de vendavais e acumulados pontualmente elevados, além de queda de granizo e alagamentos. 

 

Atenção para as temperaturas que ainda seguem elevadas pelo Rio Grande do Sul, em especial do centro ao oeste do estado, com risco de onda de calor. Sendo as maiores temperaturas registradas entre 17 e 19 de janeiro, pelo oeste gaúcho. Com calorão previsto até o dia 25 de janeiro.

 

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Previsão agro: semana começa com calor e muita chuva no Sudeste

Segunda-feira (16), a semana já começa com calor e muita chuva sobre o Sudeste. O último final de semana foi marcado por recordes de temperatura e temporais entre o Sul e Sudeste. A previsão para os próximos cinco dias ainda é de elevados acumulados entre Santa Catarina e sul de Minas Gerais.

 

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Mapa Climatempo

 

Enquanto isso, a Argentina encerra com a pior safra de trigo dos últimos anos, por conta da seca e das geadas que impactaram negativamente a produção.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

Embora Minas Gerais se destaque com a maior produção nacional de café, o estado também poderá bater recorde na safra de grãos 2022/2023. A área de produção de grãos no Estado foi ampliada em 4,3%, chegando a 4,2 milhões de hectares.

 

Assista ao vídeo com o meteorologista e head de agronegócios, Willians Bini:

 

 

Nas próximas semanas a atenção volta-se para a distribuição e os volumes de chuva para o Centro-Oeste, que já iniciou o processo da colheita de soja. Até o momento, 0,85% da área total de soja já foi colhida em todo o Brasil.

 

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Produtores iniciam colheita da soja em Mato Grosso

Os produtores rurais de Mato Grosso ligaram os motores das colheitadeiras e estão no campo. Foi dada a largada para o início da colheita da soja em algumas localidades do estado.

 

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a colheita da soja safra 22/23 está estimada em 41, 46 milhões de toneladas.

 

“O momento é de um início de colheita que passou por muitas dificuldades relacionadas ao clima e formação de preço, mas o desenvolvimento da cultura é considerado satisfatório. A preocupação agora é com o excesso de chuva na hora da colheita que está em fase inicial nas áreas produtoras do estado”, comenta Fernando Cadore, presidente da Aprosoja-MT.

 

Foto: arquivo istock

 

Tendência do clima

 

Nos últimos dias, com o enfraquecimento do corredor de umidade sobre o interior do Brasil, as instabilidades tornaram mais esparsas sobre as áreas produtoras do Centro-Oeste e do Sudeste. No entanto, pontualmente às chuvas ainda continuaram correndo com forte intensidade.

 

No Sul do País, a chuva voltou a se espalhar e beneficiou as lavouras do Rio Grande do Sul, que apresentavam estresse por falta de umidade. O norte gaúcho foi mais beneficiado pelas chuvas, mas diversas localidades do Estado receberam mais de 50mm desde a última quinta-feira(12).

 

No decorrer desta semana as instabilidades mais intensas vão atuar sobre o Norte do país e parte do Nordeste, onde tem previsão para altos volumes de água, que podem ultrapassar 100 mm, em áreas entre o Acre, norte de Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão e Piauí.

 

Sobre as áreas produtoras entre interior do Sudeste e do Centro-Oeste não há previsão para invernada, mas ainda tem previsão para chuva forte em áreas produtoras de Mato Grosso e entre Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais.

 

No sudeste a chuva deve ganhar mais intensidade especialmente na segunda metade da semana. Já no Rio Grande do Sul, depois da chuvas que trouxeram um alívio nos últimos dias, nesta semana as instabilidades se tornam mais esparsas e são esperados apenas episódios na forma de pancadas isoladas e com baixos volumes de água.

 

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Impacto do La Niña no desenvolvimento da safra de soja

As equipes do Rally da Safra 2023 estão no campo nesta 20ª edição para avaliar lavouras de soja que se desenvolvem sob a influência do La Niña pela terceira safra consecutiva. Neste ano, 28 equipes vão avaliar mais de 1.500 lavouras em 12 estados, percorrendo cerca de 60 mil quilômetros. 

 

La Niña

 

O fenômeno geralmente é associado ao clima mais seco e irregular no Sul do que no restante do país e, muitas vezes, torna mais complexas as estimativas de produção. No ano passado, duas situações podiam ser vistas no Brasil: boas condições no Cerrado e áreas muito prejudicadas no Sul, levando, na época, a um corte de 10,3 milhões de toneladas nas estimativas preliminares do Rally.

 

Verão 22/23: La Niña

 

Neste momento, porém, a situação é bem melhor do que a verificada no início de 2022. Embora o clima na região esteja um pouco mais seco que o esperado, especialmente no Rio Grande do Sul, o estado mais prejudicado na safra anterior – os danos ainda não são significativos. Veja a tendência do clima aqui

 

Segundo a Agroconsult, organizadora do Rally, a produção brasileira de soja é estimada em 153,4 milhões de toneladas, volume 19% acima da safra anterior, numa área plantada 3,9% maior, de 43,2 milhões de hectares. Mas as lavouras gaúchas, por exemplo, ainda vão precisar de chuva nas próximas semanas para preservar a produtividade e garantir essa previsão de safra.

 

Levantamento preliminar

 

Segundo os levantamentos preliminares do Rally, o desempenho das primeiras lavouras no estado é inferior ao que os produtores esperavam, principalmente na região oeste, devido à chuva irregular no início da temporada – mas isso poderá ser compensado pela soja de ciclo médio e tardio, favorecida pelo clima mais úmido desde meados de dezembro. Essas áreas serão avaliadas por outras três equipes que vão percorrer o Sudeste (a partir de 22 de janeiro), voltar ao Médio-Norte e ao Oeste (do dia 29 em diante) e rodar pelo Leste do estado (começando em 4 de fevereiro). A produtividade pré-Rally no estado é estimada em 60 sacas por hectare – abaixo do recorde de 61,2 sacas por hectare da safra passada.

 

Foto: Fazenda Rio do Meio – Brasil Agro – Bahia  

 

Sul

 

Em mais um ano de La Niña, o Rio Grande do Sul é o estado que apresenta as maiores indefinições em relação ao potencial das lavouras. É imprescindível que as chuvas regularizem ao longo dos meses de janeiro e fevereiro para que se consolide a produtividade pré-Rally, estimada em 51,5 sacas por hectare, contra 27 sacas por hectare na safra passada. Para Santa Catarina, as estimativas pré-rally apontam para 59,6 sacas por hectares (46,6 sacas por hectare em 2021/22).

 

O Paraná deve também apresentar uma grande recuperação no seu potencial produtivo, hoje estimado em 61,5 sacos por hectare. A região oeste é a única do estado que, por ora, sente os efeitos da estiagem. A partir de 15 de janeiro, a primeira equipe do Rally percorrerá o estado, passando pelo oeste e norte.

 

Centro-Oeste

 

No Mato Grosso do Sul, as lavouras encontram-se em boas condições, em especial no Norte do estado. A produtividade pré-Rally é estimada em 59,5 sacas por hectare, um salto diante da safra passada, com 44,9 sacas por hectare, quando o Sul do estado foi afetado pela estiagem.

 

Goiás, que na safra passada atingiu seu recorde de produtividade com 67,2 sacas por hectare, apresenta potencial reduzido em função da estiagem que afeta as lavouras precoces, porém as de ciclo médio e tardio estão em ótimas condições de desenvolvimento e podem suprir o potencial perdido das precoces. A Agroconsult estima a produtividade pré-Rally no estado em 62,9 sacas por hectare.

 

Em Minas Gerais, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e a produtividade é projetada em 63,3 sacas por hectare (63,6 na safra anterior).

 

No Norte e Nordeste do Brasil, as lavouras se desenvolvem sob boas condições climáticas, o que vem garantindo o seu potencial produtivo. A safra de soja da Bahia é estimada em 65,5 sacas por hectare e, no MAPITO (Maranhão /Piauí /Tocantins), a previsão é de 56,4 sacas por hectares (58,1 em 2021/22).

 

Milho

 

A produção de milho verão (1ª safra) certamente é a mais afetada pela La Nina. A estiagem ao longo do mês de setembro e outubro já retirou quase 2 milhões de toneladas dessa safra, estimada agora em 29,6 milhões de toneladas, volume 20,5% maior que 2021/22, em área plantada de 5,37 milhões de hectares (5,42 milhões em 2021/22).

 

O Rio Grande do Sul novamente é o estado mais afetado, já que o clima irregular prejudicou a formação e o enchimento de grãos. Nos demais estados as lavouras apresentam bom desenvolvimento.

 

A etapa de avaliação do milho 2ª safra começará em 15 de maio, com seis equipes – as duas primeiras percorrem o oeste e o médio-norte do Mato Grosso. A perspectiva atual é que, mesmo com o atraso no plantio de soja de algumas regiões, há calendário para o avanço da área de milho para 17,5 milhões de hectares.

 

A produção prevista é de 101,3 milhões de toneladas, um crescimento de 9,7% sobre a safra anterior. Esso cenário elevaria a produção total de milho do país para 130,9 milhões de toneladas.

 

28 equipes em campo

 

As lavouras de soja serão avaliadas por 18 equipes do Rally da Safra até o dia 04 de abril. Quatro equipes farão visitas técnicas aos produtores entre abril e maio. Outras seis percorrerão as lavouras de milho segunda safra em maio e junho. O levantamento ocorre durante a fase de desenvolvimento das lavouras e colheita e os técnicos percorrerão polos produtores em 12 estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins, que respondem por 95% da área de produção de soja e 72% da área de milho.

 

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Plantio do milho primeira safra entra na reta final

O plantio do milho primeira safra também entra na reta final, restando apenas áreas no Rio Grande do Sul e no Matopiba para concluírem as operações, de acordo com o quarto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 

As condições climáticas variaram nas regiões produtoras, com excesso de precipitações em Goiás e Minas Gerais, e baixos volumes ou mesmo ausência de chuvas no Maranhão e no sul do Brasil. A produção prevista para este ciclo é de 26, 46 milhões de toneladas, 5,7% superior ao obtido na temporada passada.

 

Foto: Patricia Prasniewski – Nova Laranjeiras – PR 

 

Arroz

 

Para o arroz, a Conab prevê uma redução de área de 9,3%, estimada em 1,5 milhão de hectares, com previsão de produção de 10,4 milhões de toneladas. Também é esperado uma queda de 1,8% na área total prevista a ser semeada de feijão. Já a colheita somando as 3 safras do produto pode chegar a 2,96 milhões de toneladas.

 

A abertura oficial da colheita do arroz está próxima: 14, 15 e 16 de fevereiro. O evento vai acontecer em Capão do Leão (RS). A previsão é de tempo firme para os dias do evento. Produtores vão poder colher sem ser interrompidos por chuva.

 

Trigo

 

Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. Com a colheita encerrada, a produção do cereal atingiu um novo recorde, estimada em 9,8 milhões de toneladas, volume 27,2% acima quando comparado à safra passada. O resultado é influenciado tanto pelo crescimento da área quanto pelas boas condições climáticas.

 

Tendência do clima

 

Até o dia 15 de janeiro, a previsão indica condições de chuva sem áreas produtoras da Região Sul. A partir do dia 16/01, o tempo volta a ficar seco em grande parte do Rio Grande do Sul, exceto no norte e nordeste do estado, em Santa Catarina e Paraná onde podem acontecer pancadas de chuva.

 

Vale lembrar que a precipitação prevista entre os dias 13 e 15/01 não será suficiente para atender as necessidades dos cultivos de soja, milho e feijão de primeira safra, e a falta de umidade no solo continuará sendo um problema em solo gaúcho.

 

De acordo com os meteorologistas da Climatempo, na segunda quinzena de janeiro de 2023 o destaque será às altas temperaturas pelo Rio Grande do Sul, com risco de onda de calor, com temperaturas na média chegando a casa dos 40°C nas regiões da Fronteira Oeste, Missões, Campanha e parte central do estado.

 

 

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Clima impacta produtividade da soja no RS

A produção de grãos na safra 2022/23 no país está estimada em 310,9 milhões de toneladas, de acordo com o quarto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se confirmado, o volume representa um incremento de 14,5%, ou seja, 39,3 milhões de toneladas a mais a serem colhidas do que na temporada passada.

 

Ajuste no volume de produção

 

Com relação à estimativa anterior, divulgada em dezembro, quando foram projetadas 312,2 milhões de toneladas, os dados mostram um ajuste no volume total produzido, por influência do clima adverso em algumas regiões produtoras, em especial no Rio Grande do Sul, impactando a produtividade principalmente de milho e soja.

 

“O início da semeadura sofreu um leve atraso, influenciado pelo excesso de chuvas e baixas temperaturas em parte dos estados das regiões Sul e Sudeste. Houve também restrições hídricas, aliadas à baixa umidade do solo em parte da região Centro-Oeste e no Matopiba, mas o plantio foi finalizado dentro do calendário agrícola”, destaca a superintendente de Informações da Agropecuária da Conab, Candice Romero Santos.

 

Soja

 

Principal produto cultivado no país, a soja está com o plantio próximo da conclusão, com expectativa de produção para a oleaginosa em 152,7 milhões de toneladas, 22,2% superior à da safra 2021/22. O desenvolvimento das lavouras é considerado satisfatório em grande parte das regiões, com precipitações ocorrendo em bom volume e periodicidade, segundo o levantamento da Conab.

 

No Rio Grande do Sul, a má distribuição das chuvas, tanto em volume como em regularidade, afeta o potencial das lavouras na maioria das regiões. A produtora rural gaúcha Grazi Camargo de São Sepé contabiliza os prejuízos causados pela falta de chuva em sua lavoura.

 

“A soja está amarelada e seca. Chove fraco com pouco volume entre 05 e 10 milímetros e não apaga a poeira da folha da soja. A planta está tão estressada que não reage mais aos tratamentos de fungicida e não responde aos manejos realizados em campo”, comenta Camargo.

 

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Foto: Grazi Camargo – São Sepé – RS

 

Em Rio Pardo (RS), a produtora Camila Santos também reportou que muitas lavouras de soja apresentam aspecto amarelado por conta da falta de chuva. 

 

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Foto: Grazi Camargo – São Sepé – RS

 

Tendência do Clima

 

Uma frente fria deve avançar pelo Sul do Brasil entre a sexta-feira e o final de semana. Há risco de queda de granizo em algumas áreas.  Mais uma vez o sistema passará rápido, mas desta vez deve espalhar de forma mais generalizada as chuvas sobre o interior da região e o Rio Grande do Sul poderá receber volumes moderados de chuva que devem beneficiar lavouras em desenvolvimento. No entanto, os maiores volumes de água devem atingir o norte paranaense, onde até o final de semana estão previstos entre 50 e 70mm. 

 

Até o dia 15 de janeiro, a previsão indica condições de chuva sem áreas produtoras da Região Sul. A partir do dia 16/01, o tempo volta a ficar seco em grande parte do Rio Grande do Sul, exceto no norte e nordeste do estado, em Santa Catarina e Paraná onde podem acontecer pancadas de chuva.

 

Vale lembrar que a precipitação prevista entre os dias 13 e 15/01 não será suficiente para atender as necessidades dos cultivos de soja, milho e feijão de primeira safra, e a falta de umidade no solo continuará sendo um problema em solo gaúcho.

 

De acordo com os meteorologistas da Climatempo, na segunda quinzena de janeiro de 2023 o destaque será às altas temperaturas pelo Rio Grande do Sul, com risco de onda de calor, com temperaturas na média chegando a casa dos 40°C nas regiões da Fronteira Oeste, Missões, Campanha e parte central do estado.

 

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Como monitorar o Clima na sua fazenda?
 

AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.  

 

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Mudanças climáticas e o agronegócio brasileiro

Secas mais severas, episódios de chuva mais intensos e mais frequentes, fortes ondas de calor e de frio fora de época. Os eventos extremos estão cada vez mais se tornando o novo normal, e o agronegócio brasileiro exerce um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas. Como abordado nos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), um dos principais efeitos das mudanças climáticas é o aumento na frequência e intensidade de eventos extremos. Todos esses eventos têm impacto direto na agricultura, uma vez que as culturas precisam de condições específicas para se desenvolver e por consequência resultar numa boa produção.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

Mas, afinal de contas, o que são as mudanças climáticas? Muitas pessoas acreditam que são variações do clima num curto período de tempo, como: nesta semana choveu, mas semana que vem fará sol. No entanto, nessa situação nos referimos às condições do “tempo” e não do “clima”. Quando falamos sobre variações no tempo, são justamente as mudanças anteriormente mencionadas, que ocorrem no curto prazo. Agora, se falamos por exemplo: o mês de janeiro é mais chuvoso no Sudeste do país em comparação ao mês de julho, nos referimos ao clima. Imaginemos o seguinte: e se ao longo dos anos, os meses de janeiro no Sudeste começarem a apresentar um clima mais seco? É aqui que as mudanças climáticas entram. Devido a diversas práticas como desmatamento, queima de combustíveis fósseis, emissões desenfreadas de gases do efeito estufa, e muitas outras, a temperatura média do planeta está aumentando, e esse aquecimento anômalo pode causar mudanças no clima de algumas regiões.

 

O agronegócio é uma das atividades econômicas que mais sofre influência do clima, e consequentemente o zoneamento agrícola do país é estabelecido de acordo com o mesmo. Com as mudanças climáticas, a tendência é que o regime de precipitação das regiões apresente mudanças ao longo dos anos, não permitindo que uma determinada cultura continue sendo produzida no mesmo local que nos dias de hoje, trazendo um grande impacto econômico ao país e também ao mundo.

 

Gradativamente, o agronegócio vem se tornando um aliado na mitigação das mudanças climáticas, levando em consideração tópicos como geração de biocombustível e o mercado de crédito de carbono.  No passado, muitas práticas agropecuárias foram criadas de forma equivocada devido à falta de conscientização e o rápido crescimento da demanda por alimentos. No entanto, com a criação de novas ações e o desenvolvimento de novas tecnologias, o agro tem se tornado cada vez mais sustentável: 

 

  • Maquinários de precisão sendo desenvolvidos para reduzir o desperdício e diminuir a utilização de adubos químicos;
  • Investimento em novas tecnologias para aumento de produção sem desmatamento de áreas florestais;
  • Criação de sistemas de captação de água da chuva para irrigação da plantação;
  • Adaptação de práticas de manejo para evitar a liberação de carbono do solo;
  • Instalação de placas solares em fazendas para geração de energia limpa.

 

Todas essas ações, entre muitas outras, exercem um papel fundamental na mitigação das mudanças do clima. O planeta está em alerta, e cabe a nós decidir se vamos persistir nos erros passados ou contribuir para um futuro sustentável.

 

Quer ter acesso a informações de tempo e clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

 

Texto produzido por Eliana Gatti, meteorologista da Climatempo.