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Safra 2023 de café indica uma produção de 54,94 milhões de sacas

A primeira estimativa para a safra de café em 2023 aponta para uma produção de 54,94 milhões de sacas de café beneficiado. Mesmo neste ano de bienalidade negativa, a previsão inicial sinaliza uma produção 7,9% superior à colhida em 2022, que fechou em 50,9 milhões de sacas, de acordo com o 1º Levantamento da Safra de Café 2023, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 

A área total destinada à cafeicultura no país em 2023, contabilizando as duas espécies mais cultivadas no país (arábica e conilon), totaliza 2,26 milhões de hectares, aumento de 0,8% sobre a área da safra anterior, com 1,9 milhão de hectares destinados às lavouras em produção e 355,5 mil hectares em formação.

 

“Nas últimas safras, a estabilidade na área brasileira de café tem sido compensada pelos ganhos de produtividade, representado pela mudança tecnológica observada na produção cafeeira no país”, ressalta o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

 

Café arábica

 

Para o café arábica, as estimativas iniciais da Conab apontam para uma retomada de produção em Minas Gerais, principal estado cafeicultor do país, o que impacta positivamente sobre a perspectiva nacional, mesmo com os efeitos da bienalidade negativa sobre muitas das regiões produtoras.

 

“De maneira geral, há um aumento na área total do país em produção em relação ao ciclo passado, bem como uma estimativa de incremento na produtividade média, impulsionado, particularmente, pelos rendimentos médios esperados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná”, explica o superintendente substituto de Informações da Agropecuária, Rodrigo Souza.

 

A expectativa de produção neste primeiro levantamento é de 37,43 milhões de sacas de café arábica beneficiado, sendo 14,4% superior ao volume obtido em 2022.

 

Foto: arquivo istock

 

Café Conilon

 

Depois de uma safra recorde em 2022, a perspectiva para a temporada atual sinaliza uma certa redução no potencial produtivo, particularmente em razão de intercorrências climáticas registradas no Espírito Santo, principal estado produtor da espécie, o que impactou fortemente as lavouras em fases iniciais do ciclo.

 

“Mesmo com o aumento na área em produção, a estimativa para o rendimento médio deve sofrer um decréscimo em relação à safra anterior”, revela o gerente de Acompanhamento de Safras da Companhia, Rafael Fogaça.

 

Isso impacta, consequentemente, na perspectiva de produção total, que está avaliada, nesse primeiro levantamento, em 17,51 milhões de sacas de café conilon beneficiado, 3,8% menor que o volume nacional obtido na safra passada.

 

São Paulo

 

Para o estado de São Paulo é esperada uma produção de 4,72 milhões de sacas da espécie arábica, representando crescimento de 7,7% em comparação ao resultado obtido em 2022.

 

Bahia

 

Na Bahia, o crescimento previsto é de 0,6% na produção total, com 3,62 milhões de sacas em todo o estado, sendo 1,23 milhão de sacas de arábica e 2,39 milhões de sacas de conilon.

 

Rondônia

 

Em Rondônia, a produção deve chegar em 2,94 milhões de sacas de conilon, acréscimo de 5,1% em comparação à safra passada.

 

Paraná

 

No Paraná, onde o cultivo é unicamente de café arábica, há previsão de crescimento de 47,2% na produtividade, com produção chegando a 733 mil sacas.

 

Rio de Janeiro

 

No Rio de Janeiro, a produção estimada em 259,6 mil sacas de café arábica reflete redução de 11,8% em relação à safra passada.

 

Goiás

 

No estado de Goiás também sinaliza redução de 16% na produção, e deverá produzir 233,3 mil sacas de café em 2023.

 

Mato Grosso

 

Já em Mato Grosso, a previsão é de crescimento de 2%, alcançando um volume de 232,5 mil sacas, resultado do início de produção dos cafezais clonais inseridos a partir de 2020.

 

La Niña

 

Nos últimos ciclos, as lavouras de café foram prejudicadas pelos efeitos climáticos, em especial, pelo tempo seco sob influência do fenômeno La Niña, e pelas geadas ocorridas no inverno de 2021, que impactaram negativamente na produção de 2022.

 

“A restrição dos estoques, influenciada pelas adversidades climáticas que limitaram a produção do café arábica em 2021 e 2022, inibiu a exportação de café em 2022”, informa o superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira.

 

O café brasileiro foi comercializado internacionalmente com 145 países, sendo Estados Unidos e Alemanha os principais destinos. Em termos de valores, a exportação de café atingiu em 2022 o maior valor já registrado na série histórica do produto. Apesar da queda na quantidade exportada pelo Brasil, o preço elevado do café no exterior permitiu que a exportação do produto alcançasse US$ 9,2 bilhões em 2022, correspondendo a um aumento de 45% na comparação com o valor observado em 2021. 

 

Tendência do Clima

 

O mês de Janeiro deve fechar com chuvas acima da média sobre o Sudeste e parte do Centro-Oeste do Brasil. Veja o balanço e a tendência do clima com o meteorologista Willians Bini:

 

 

No dia 31/01, às 19h no Youtube da Climatempo, o Conexão Agroclima irá abordar ao vivo o tema chuva x estiagem: onde o Clima fará diferença na colheita. Fique ligado em nossas redes sociais para obter o link e assistir a Live com as informações para o mês de fevereiro.  

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Chuvas em excesso e baixa temperatura na lavoura

A agricultura é uma atividade extremamente dependente de condições climáticas e, mesmo empregando as melhores técnicas de plantio, a cultura pode sofrer estresses no início do seu ciclo, que colocam em risco seu potencial produtivo. 

 

Neste episódio do podcast AgroTalk vamos abordar quais são esses estresses no começo do ciclo da soja e o que pode ser feito para minimizar e se existem novas tecnologias que atuam diretamente na nutrição e fisiologia das plantas, melhorando seu desenvolvimento inicial.  Confira:

 

 

Onde ouvir o podcast AgroTalk

 

Todos os conteúdos do podcast AgroTalk também estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Podcasts Connect da Apple. Ao acessar as plataformas é só procurar por AgroTalk. Acompanhe aqui lista de todos os episódios do podcast AgroTalk.

 

Acesse a lista de matérias e vídeos do podcast AgroTalk. Se preferir veja também na playlist do Youtube  

 

 

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Chuva sobre metade norte do BR pode impactar atividades no campo

As chuvas fortes atrasam a colheita da soja e o plantio da segunda safra do milho em Mato Grosso. Já, no Rio Grande do Sul, a estiagem agrava a situação de algumas lavouras.

 

Colheita de soja atrasada sobre o Brasil

 

Milho apresenta perda de 50% na área cultivada em Santa Maria

 

Com o atraso na colheita da soja, devido as chuvas que estão dificultando os trabalhos no campo, os produtores de Mato Grosso semearam apenas 2,22% das áreas de milho segunda safra 2022-23, segundo o instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Este número representa um avanço de 1,8 ponto na semana, mas está atrás dos 9,8% registrados no mesmo período do ano anterior e da média histórica, de 7,48%.

 

Veja no vídeo abaixo a tendência para o clima com a meteorologista Nadiara Pereira:

 

 

No dia 31/01, às 19h no Youtube da Climatempo, o Conexão Agroclima irá abordar ao vivo o tema chuva x estiagem: onde o Clima fará diferença na colheita. Fique ligado em nossas redes sociais para obter o link e assistir a Live com as informações para o mês de fevereiro.  

 

Foto: Getty Images

 

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Arroz do RS alcança 74% em desenvolvimento vegetativo

A área estimada de arroz pelo Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA), é de 862.498 hectares. A produtividade projetada é de 8.226 kg/ha. As lavouras gaúchas estão com 75% em desenvolvimento vegetativo, 20% em floração, e 5% já iniciaram a formação dos grãos. De uma forma geral, a sanidade das plantas, é satisfatória.

 

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Em Bagé, na Fronteira Oeste, em Alegrete, os levantamentos realizados pela Emater/Ascar-RS indicam que, no momento, não há perdas expressivas decorrentes dos efeitos da estiagem. Em Quaraí, as lavouras apresentam bom desenvolvimento pela grande disponibilidade de radiação solar, porém já há precauções quanto ao uso da água para evitar que se esgote antes do final do ciclo da cultura. Muitas lavouras apresentam infestação de plantas daninhas. 

 

Em São Borja, os produtores abandonaram mais talhões por falta de água para irrigação. Mesmo em rios de pequeno e médio porte, a situação já está crítica para a manutenção da irrigação. Na Campanha, em Dom Pedrito, 50% da área de arroz já está na fase reprodutiva, com potencial produtivo elevado e reservas hídricas suficientes para a conclusão do período normal de irrigação. 

 

Em Pelotas, as lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, e algumas em floração, favorecidas pelo clima, na maioria dos casos, com boa insolação e altas  temperaturas e o desenvolvimento é considerado ótimo. Contudo, devido à estiagem, os custos de manejo da irrigação têm aumentado em muitas lavouras, considerando a maior necessidade de água e, principalmente, a necessidade de aprofundamento, limpeza e prolongamento os canais de acesso até os levantes em função do baixo nível no qual se encontram.

 

Foto: arquivo istock

 

Em Santa Rosa, as lavouras semeadas em outubro estão em enchimento de grãos, e o encerramento do ciclo e colheita deverá ocorrer em fevereiro e início de março. A disponibilidade de água é a maior preocupação em função da diminuição em barragens e riachos da região. 

 

Na região de Soledade, as condições de tempo foram favoráveis ao crescimento e ao desenvolvimento das lavouras. No momento, o que preocupa os arrozeiros são os baixos acumulados de chuva, que não permitem elevar os níveis de água dos reservatórios e cursos hídricos. Assim, os agricultores precisam usar a água de irrigação de forma racionalizada.

 

Tendência do Clima: Chuva forte à vista

 

Na quarta-feira (25/01), há previsão de chuva a partir do período da tarde do centro ao oeste e norte do Rio Grande do Sul. São pancadas isoladas de chuva, com intensidade mais forte e com risco de granizo e ventos na Fronteira Oeste. Em parte da região da Campanha até o litoral norte e a região metropolitana de Porto Alegre, como todo o litoral e centro sul o dia será marcado por tempo firme. 

 

Na quinta-feira (26/01), a chuva forte acontece em todo o Rio Grande do Sul, principalmente durante a tarde e a noite. Há risco para temporais, com raios, granizo e rajadas de vento de mais de 70km/h, inclusive na região metropolitana de Porto Alegre. Os acumulados um pouco mais altos devem ser registrados em pontos do no norte e noroeste e oeste do estado. A sensação é de calor.

 

Na sexta-feira (27/01), tem risco para temporais em todo o Rio Grande do Sul, praticamente, com instabilidade ao longo do dia, e condições para granizo, rajadas de vento de mais de 60km/h e mais queda de granizo. E os maiores acumulados de chuva serão em pontos das áreas que fazem fronteira com o Uruguai e o extremo nordeste do Rio Grande do Sul, mas, não se descartam danos nas demais áreas do estado.

 

No dia 31/01, às 19h no Youtube da Climatempo, o Conexão Agroclima irá abordar ao vivo o tema chuva x estiagem: onde o Clima fará diferença na colheita. Fique ligado em nossas redes sociais para obter o link e assistir a Live com as informações para o mês de fevereiro.  

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Amendoim é resistente à seca e temperatura elevada

Foi realizado no interior de São Paulo, um dia de campo voltado para a cultura do amendoim. O evento reuniu técnicos e pesquisadores de diferentes instituições de pesquisa, empresas do setor produtivo e produtores de diversas regiões do estado.

 

No dia de campo, realizado numa propriedade rural de Regente Feijó, todos os participantes tiveram acesso às informações mais técnicas e específicas, por meio de pesquisadores, técnicos e profissionais da área ligados a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Unoeste e Unesp.

 

O público percorreu as quatro estações que foram montadas dentro da lavoura e assistiram palestras sobre cultivares mais propícias do amendoim para a região, a qualidade das sementes, a fertilidade e nutrição desse tipo de cultura, além da técnica em sistema de plantio direto do amendoim.

 

De acordo o professor Dr. Fábio Rafael Echer, coordenador do Programa de Pós-graduação em Agronomia da Unoeste, foram iniciadas pesquisas sobre viabilidade de produção no oeste paulista, de Marília, passando por Presidente Epitácio até Prudente. O objetivo é reduzir o risco de produção sem ter perda de produtividade e melhorar a comunicação com os produtores rurais.

 

Na região de Prudente, o amendoim viveu o auge do seu ciclo na década de 1950, mas está de volta no radar dos produtores por conta das condições favoráveis existentes no oeste paulista. É que o solo mais arenoso aqui facilita a colheita, e o amendoim é muito mais resiliente a temperaturas elevadas e tolerante à seca.

 

“Mesmo quando há um problema climático o amendoim consegue se sair melhor que o milho e a soja, por exemplo. Isso acaba diminuindo o risco do produtor, o risco de produção. Ele consegue, mesmo numa condição mais adversa, ainda a ter renda”, explica Echer.

 

Há 16 anos cultivando amendoim, o produtor Helder Lamberti plantou nesta safra 275 alqueires de amendoim, o equivalente a 665 hectares. 

 

“Busco técnicas e melhorias em todos os sentidos e a pesquisa é o caminho pra isso, abre porteiras para qualquer segmento do agro. É bom porque ajuda a tirar as dúvidas de produtos, de variedades, de tipos de solo, de plantio, para melhorar a cultura, a produtividade e o resultado melhor na cultura”, opina o produtor.

 

O produtor rural de Marília, André R. Trevisan Pontello, cultiva amendoim há 20 anos para o mercado interno. Pela primeira vez, marcou presença no Dia do Amendoim querendo ampliar ainda mais o que ele já sabe sobre a cultura.

 

“Nosso objetivo é adquirir conhecimento uma vez que o amendoim é o nosso negócio e nosso empreendimento. A gente vem com a ideia de aprender e melhorar cada vez mais nossa produtividade, ter uma melhor colheita, conhecer novos produtos e tecnologias novas pra estar cada vez mais aprimorando nosso negócio”, disse. 

 

 

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Foto: Emerson Sanchez   

 

Projeções da safra 2022/2023

 

Estimativa da Câmara Setorial do Amendoim aponta que o estado de São Paulo deverá  produzir nesta safra um milhão de toneladas de amendoim casca em uma área cultivada de 230 mil hectares. Na safra passada foram cultivados cerca de 250 mil hectares no estado.

 

Segundo o presidente da entidade, Luiz Antônio Vizeu, houve uma diminuição de 15% na área plantada devido a uma série de fatores, sendo o principal deles a queda no preço pago aos produtores em função da guerra da Ucrânia com a Rússia, em 2022.

 

“Ao todo exportamos 70% da nossa produção, sendo que 50% vai para Rússia e Ucrânia. Entre abril e maio e os preços despencaram, deixando os produtores sem saber muito o que fazer com tanto amendoim. Por outro lado, a China passou a importar muito o óleo de amendoim. Ela duplicou a quantidade de óleo que ela importava normalmente no Brasil, o que acabou consumindo boa parte desse amendoim estocado. Os exportadores também foram deslocando amendoim para outros mercados dentro do possível, e com isso a oferta e demanda voltaram a entrar em equilíbrio, o preço voltou a subir e hoje está num patamar bom para o produtor”, comenta Vizeu. 

 

Hoje um saco de amendoim chega a ser comercializado a até 105 reais. No ano passado, o preço não passava dos 50 reais. 

 

Tendência do Clima

 

No final de janeiro as temperaturas continuam elevadas, na capital paulista e nas demais áreas do estado de São Paulo. Nesta terça-feira, o centro-norte e leste do estado podem ter chuva de moderada a forte, inclusive na Grande São Paulo, no entanto na quarta e na quinta, o tempo fica firme em grande parte do estado, bem como na Região Metropolitana de São Paulo. Mas, as pancadas de chuva voltam a se espalhar pelo estado a partir de sexta-feira (27).

 

No dia 31/01, às 19h no Youtube da Climatempo, o Conexão Agroclima irá abordar ao vivo o tema chuva x estiagem: onde o Clima fará diferença na colheita. Fique ligado em nossas redes sociais para obter o link e assistir a Live com as informações para o mês de fevereiro.  

   

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.  

 

 

 

 

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Colheita de soja atrasada sobre o Brasil

A colheita da soja está atrasada no Brasil, segundo dados da Pátria Agronegócios. A colheita no Brasil alcançou 2,29% da área, ainda mostrando um atraso considerável em relação ao ano passado e à média dos últimos anos. Há um ano, 4,435 da área cultivada com a oleaginosa já havia sido colhida e a média plurianual é de 3,44%. 

 

A perspectiva é de uma colheita (a maior safra de soja da história), estimada em mais de 153 milhões de toneladas.  

 

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As produtoras Patricia Praniewski, de Nova Laranjeiras (PR) e Giovana Pereira de Narandiba (SP) compartilharam um vídeo mostrando as condições da soja. Vejam: 

 

 

O foco de preocupação continua sendo o estado do Rio Grande do Sul, onde as chuvas não acontecem de forma generalizada. Nos demais estados, a colheita vai ganhando ritmo. Veja abaixo o vídeo da previsão para os próximos 5 dias com o meteorologista Willians Bini:

 

 

Leia também: Usinas de cana estão de olho no clima para fevereiro e março

Milho apresenta perda de 50% na área cultivada em Santa Maria

 

No dia 31/01, às 19h no Youtube da Climatempo, o Conexão Agroclima irá abordar ao vivo o tema chuva x estiagem: onde o clima fará diferença na colheita. Fique ligado em nossas redes sociais para obter o link e assistir a Live com as informações para o mês de fevereiro.  

   

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

O AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.  

 

Foto: Getty Images

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Milho apresenta perda de 50% na área cultivada em Santa Maria

A área estimada de cultivo para a safra de milho 2022/2023 no Rio Grande do Sul é de 831.786 hectares, de acordo com dados da Emater/Ascar-RS. A área semeada alcançou 95% da projetada inicialmente. Houve prosseguimento na colheita, efetuada em 18% dos cultivos. Para as lavouras com ciclo mais avançado, as chuvas não diminuíram as perdas de produtividade, que são variáveis, mas mais graves nas regiões Centro e Oeste do Estado.

 

Em termos fitossanitários, permanecem os manejos de controle de plantas invasoras
e de pragas – lagarta do cartucho e cigarrinha do milho –, que estão sendo monitoradas e controladas quimicamente quando necessário.

 

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Em Bagé, na Fronteira Oeste, em Alegrete, as lavouras estão próximas do final do ciclo, e as perdas estimadas são de 40%, mas há possibilidade de aumento desses índices, caso o quadro de déficit hídrico persista. Em Rosário do Sul, os produtores já manejam bovinos para consumir as plantas nas lavouras mais afetadas pela estiagem, pois a formação dos grãos está comprometida. De maneira geral, as perdas estimadas no município são de aproximadamente 50%.

 

Na região da Campanha, a situação é menos grave, e em Dom Pedrito 35% das lavouras alcançaram a fase reprodutiva e apresentam bom potencial produtivo. Considerando os riscos climáticos da cultura, as lavouras de escala maior foram implantadas em áreas com sistema de irrigação. Nas pequenas propriedades com produção destinada ao autoconsumo, o cultivo ocorre em condição de sequeiro, mas há perdas decorrentes do estresse hídrico.

 

Em Caxias do Sul, as lavouras apresentam desenvolvimento satisfatório e sem perdas significativas na expectativa de rendimento inicial. Em Erechim, 20% das lavouras foram colhidas, a produtividade varia entre 2.400 e 6.000 kg/ha, consolidando os danos pela estiagem. Em Frederico Westphalen, as lavouras implantadas em início de agosto têm rendimentos acima de 6.000 kg/ha. No entanto, a maior parte dos cultivos foram implantados a partir da 2ª quinzena, e a redução esperada na produtividade aproxima-se de 45%.

 

Foto: Getty Images 

 

Em Santa Maria, estima-se uma perda de até 50% na área cultivada, com destaque  negativo nos municípios de Itaara, Nova Palma, Quevedos, Santiago e Unistalda, que alcançam 70%, e em Paraíso do Sul e Tupanciretã, 80%. Os acionamentos para acesso ao Proagro foram crescentes e atingiram 175 comunicações de perdas, registradas pelos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar na região. Os técnicos  estão realizando as perícias a campo a fim de viabilizar o acesso dos produtores aos recursos e de minimizar os prejuízos. 

 

Em Santa Rosa, houve prosseguimento da semeadura. As perdas de produtividade  estão consolidadas, pois 35% das lavouras estão em maturação, e 55% foram colhidos. Também foram colhidas áreas destinadas à produção de sementes. Os equipamentos de colheita fazem a coleta de espigas inteiras com a palha para posterior debulha. Relatos das unidades recebedoras de grão indicam que este apresenta tamanho diminuto em função da estiagem, mas ainda viáveis ao uso como sementes. As lavouras de milho em emergência têm sofrido forte infestação por cigarrinhas, exigindo grande esforço no controle para evitar o enfezamento na fase reprodutiva do milho. 

 

Em Pelotas, os plantios foram retomados a partir da ocorrência de chuvas em volumes satisfatórios. No entanto, as lavouras que foram severamente prejudicadas  pela estiagem foram cortadas para alimentação animal direta ou para silagem de baixa qualidade. Alguns municípios, em decretos de emergência, apontam perdas elevadíssimas nas lavouras: 90% em Capão do Leão e em Pedro Osório e 80% em Santana da Boa Vista.

 

Em Soledade, a ocorrência de chuvas favoreceu os cultivos em diferentes fases, como lavouras com implantação no cedo (período intermediário do zoneamento agrícola),  com implantação tardia e em implantação em restevas de tabaco. De modo geral, as lavouras apresentam desempenho satisfatório, porém, em parte da região, o déficit hídrico provoca a paralização do crescimento. Nos casos de perdas elevadas, os agricultores estão acionando o Proagro.

 

Tendência do Clima

 

Nesta terça-feira (24/01), o ar seco predomina em todo o estado, impedindo a formação de nuvens de chuva em todo o estado. Com o predomínio do sol e o tempo aberto, as temperaturas voltam a atingir valores altos na Campanha e na Fronteira Oeste, além da UR ficar abaixo de 20%. 

 

Na quarta-feira (25/01), a circulação dos ventos favorece o aumento da chuva no estado gaúcho. O sol ainda predomina, será um dia bem quente pelo interior e na região da Fronteira Oeste. Durante a tarde, nuvens carregadas espalham chuva pelo centro-oeste e sul gaúcho. Há previsão de temporais e chuva forte. No litoral e em Porto Alegre, as pancadas são isoladas e a chuva é mais passageira. Tempo firme na Região Serrana e no extremo norte gaúcho.

 

O calor volta a ganhar destaque. As temperaturas voltam a bater os 39°C nestes próximos dias.

 

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Usinas de cana estão de olho no clima para fevereiro e março

A chuva registrada nas cidades produtoras de cana de açúcar do estado de São Paulo tem favorecido a cultura. Por outro lado, os dias consecutivos sem radiação solar, ou seja com o predomínio de nuvens sem a presença do sol por várias horas do dia podem interferir no teor de dulçor da planta que está no canavial. 

 

“O sol também é essencial para o desenvolvimento da cana porque colabora com o processo de maturação”, explica o engenheiro agrônomo da Coopercitrus de Sertãozinho (SP), Rodrigo Ortolan.  

 

Foto: Getty Images

 

O alto volume de precipitação tem dois lados para a cultura da cana: ao mesmo tempo em que favorece a produtividade da lavoura, o excesso de chuva pode resultar em uma cana-de-açúcar menos doce e mais custo para a usina. 

 

“Cana gosta de chuva e água no solo para produzir bem e desenvolver uma boa quantidade de toneladas de cana por hectare. Quanto maior essa produção de cana por hectare e horas de sol suficiente no processo de maturação, o acúmulo de açúcar vai ser grande. A falta de luminosidade nesta fase impacta lá na frente (corte/colheita) em um teor de açúcar menor”, relata o engenheiro. 
 

 

Acumulado de chuva em Janeiro/2023

 

O mês de Janeiro está sedo marcado por um alto volume de chuva. Em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde há um polo canavieiro muito importante, o volume de precipitação desde o dia 01 até até 7h00 do dia 20/01, alcançava aproximadamente 270 milímetros. Os dados são do CIIAGRO. Veja o gráfico abaixo:  

 

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Análise climática para Londrina: o que esperar para 2023?

 

Tendência do Clima 

 

A partir deste final de semana (21 e 22/01), a chuva deve aumentar sobre áreas produtoras entre São Paulo, Minas Gerais, norte de Mato Grosso do Sul e Goiás, devido a atuação de um ciclone próximo a costa do Sudeste que vai organizar a umidade e as instabilidades mais intensas sobre estes estados. Nestas áreas pode chover mais de 70mm.

 

Em Mato Grosso, as chuvas devem ocorrer na forma de pancadas isoladas e com volumes moderados entre 30 e 50mm. Já no Sul do Brasil, as chuvas devem ocorrer na forma pancadas moderadas no norte paranaense, enquanto nas demais áreas são esperados episódios muito esparsos e no sul e oeste gaúcho o tempo seco vai predominar.

 

De acordo com a meteorologista Nadiara Pereira, as condições do clima se mostram favoráveis para a próxima safra que deve ser colhida em meados de março/abril.  Há uma expectativa de um Outono mais seco que deve beneficiar o corte da cana de açúcar no centro-sul do Brasil. 

 

No dia 31/01, às 19h no Youtube da Climatempo, o Conexão Agroclima irá abordar ao vivo o tema chuva x estiagem: onde o clima fará diferença na colheita. Fique ligado em nossas redes sociais para obter o link e assistir a Live com as informações para o mês de fevereiro.  

   

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

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Análise climática para Londrina: o que esperar para 2023?

A Safra 2022-2023 foi a terceira seguida sobre a influência do fenômeno La Niña. Para o produtor rural da região Sul do Brasil, que acompanha as previsões climáticas e conhece seus efeitos, havia a preocupação de termos mais uma safra penalizada pelo fenômeno. Mas em termos meteorológicos, os padrões nunca se repetem igualmente, e outros fatores acabam contribuindo para que, apesar do mesmo fenômeno climático, as variáveis meteorológicas tenham comportamentos distintos.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

Essa safra 2022-2023 teve uma maior influência negativa sobre o extremo sul do Brasil. O Estado do Paraná, em termos climatológicos, fica localizado numa área de transição, onde o mesmo fenômeno climático pode trazer maiores ou menores consequências.

 

Vamos analisar o comportamento das chuvas no município se Londrina durante o segundo semestre de 2022, e traçar um cenário para o decorrer de 2023, além de trazer um panorama em termos de projeções climáticas.

 

Histórico de chuvas:

 

Em uma análise de chuvas observadas, a distribuição delas ao longo dos meses é tão importante quanto os volumes mensais acumulados. Vamos pensar em dois exemplos. A climatologia de uma cidade específica, para um determinado mês, é de 200 mm. Qual das situações é mais favorável para a agricultura:

 

1.       2 eventos de chuva, cada um de 100 mm acumulados por dia

2.      10 eventos de chuva, cada um com 20 mm acumulados por dia

 

É natural que a segunda opção é muito mais benéfica para o solo, para o balanço hídrico e para o desenvolvimento da cultura. Por isso é importante sempre analisarmos qual o comportamento das chuvas durante um determinado período. O gráfico abaixo mostra o comportamento das chuvas em termos de acumulado mensal para Londrina. No mesmo gráfico (rachurado) temos a climatologia mensal, que representa a média dos últimos 30 anos.

 

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O destaque fica para os meses de agosto, setembro e outubro, que tiveram chuva dentro ou acima da média, além de uma boa distribuição mensal. Para a agricultura na região, esse período é fundamental para garantir um bom balanço hídrico e manter a umidade do solo. Apesar das chuva abaixo da média entre novembro e dezembro, essas chuva também foram bem distribuídas, e foram suficientes para manter um bom balanço hídrico.

 

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Projeções Climáticas 2023:

 

A previsão divulgada pelos institutos norte Americanos IRI (Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade da Columbia) e CPC/NOAA (Centro de Previsões e Clima da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), atualizada em 12 de janeiro (figura abaixo) indica que a transição da La Niña para Neutralidade climática deve ocorrer entre fevereiro e abril de 2023. Durante o outono, março-abril-maio a probabilidade é de 82% para a condição Neutra. Depois disso, a previsão passa a indicar a probabilidade maior e aumentando nos trimestres sobrepostos seguintes para ocorrência de El Niño. No entanto, os especialistas da Climatempo seguem cautelosos, já que existem muitas incertezas quanto ao período do outono e inverno de 2023.

 

O El Niño tem os efeitos opostos do La Niña e normalmente intensifica os sistemas meteorológicos sobre o Sul do Brasil. Se essa mudança de sinal se confirmar para o segundo semestre de 2023, os padrões de precipitação para a próxima safra podem ser bem diferentes em relação aos três últimos anos, que foram impactados pela La Niña.

 

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Previsão probabilística de desenvolvimento de fenômenos El Niño ou La Niña ou neutralidade climática para os próximos trimestres,

atualizada em 12 de janeiro de 2023. Fonte: Consenso CPC/NOAA e IRI/Universidade de Colúmbia.

 

Além do enfraquecimento do La Niña, que deve favorecer mudanças na distribuição das chuvas sobre o Brasil, o Oceano Atlântico vem apresentando um aquecimento anômalo nas últimas semanas sobre a costa sul da América do Sul. As águas superficiais mais quentes nesta região devem servir como combustível para os sistemas meteorológicos que aturarão sobre o centro-sul do país no decorrer dos próximos períodos e por isso se esperam chuvas mais expressivas nestas áreas durante o verão, em relação a primavera.

 

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O que esperar para os próximos meses em Londrina?

 

Vimos que apesar do La Niña presente na atual safra, as chuvas observadas sobre Londrina no segundo semestre de 2022 contribuíram para uma boa condição hídrica, especialmente quanto à distribuição dessas chuvas. E agora que o La Niña está processo de enfraquecimento, o que os modelos vêm indicando em termos de chuva para os próximos meses sobre Londrina?

 

Os dois gráficos mostram a previsão diária para os próximos 180 dias de precipitação e temperaturas máxima e mínima. Em termos de distribuição de chuva, podemos notar que até o final de abril, Londrina segue com bons volumes de chuva, e poucos períodos de redução, com menos umidade. Essa condição é suficiente para a manutenção da umidade no solo. Porém, a partir de maio, nota-se uma redução nos volumes e na distribuição das chuva, já indicando o início do período mais seco. Já em termos de temperatura, por enquanto, sem projeções de intensas ondas de frio, porém as massas de ar estarão presentes, trazendo queda nas temperaturas.

 

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Fonte: Agroclima PRO

 

 

A previsão de tempo e clima requer um acompanhamento constante, e algumas alterações podem ocorrer nas projeções dos modelos numéricos. A Climatempo monitora constantemente as previsões, e entrega análises qualificadas e especializas, por localidade e por tipo de cultura.

 

Muita gente deve estar se perguntando: e a próxima safra? Já adiantamos que nesse momento qualquer tipo de projeção para mais do que 6 a 8 meses, está sujeito a mudanças, já que estamos saindo de um La Niña, e os modelos climáticos estão se ajustando. Não deixem de acompanhar as redes sociais e as matérias feitas pelo time de especialistas do Agroclima.

 

Texto produzido por Willians Bini, head de agronegócios da Climatempo

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Soja gaúcha alcança 18% em estágio de floração

A cultura da soja está em implantação no Rio Grande do Sul e já ocupa 98% da área projetada de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada a é de 3.131 kg/ha. Na Metade Sul, as lavouras tem ótimo desempenho nas áreas de várzeas. Em termos regionais, as perdas no potencial de produtividade e as dificuldades no desenvolvimento são mais aparentes nas regiões Oeste e Central, mas de forma pontual nas demais áreas, com exceção da Nordeste, onde, nos Campos de Cima da Serra, a evolução dos plantios é considerada normal.

 

Apesar dos levantamentos indicarem perdas municipais e regionais, é preciso cautela ao generalizar os dados em âmbito estadual, pois, numa eventual manutenção de umidade nos solos em teores adequados, e dependendo do nível de danos, as lavouras têm boa capacidade de recuperação. Mesmo que estejam em floração (18% da área plantada), elas podem se restabelecer, visto que a maior parte das cultivares são de crescimento indeterminado, ou seja, as plantas podem emitir novos pendões e ampliar a estrutura, compensando parte do potencial produtivo afetado.

 

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Em Bagé, mesmo em condições de solo seco, alguns produtores avançaram com o plantio e replantio de lavouras. Na Fronteira Oeste, em Alegrete e em Maçambará, há relatos de lavouras que já estão no segundo replante, assim como as áreas irrigadas, onde a falta de umidade e o calor excessivo provocaram a perda da viabilidade das sementes ou o tombamento das plântulas recém emergidas. As chuvas registradas foram de baixo volume, e a distribuição foi desuniforme, aumentando as chances de fracasso para essas novas semeaduras. Em São Borja, ainda restam cerca de 10% da área projetada a ser implantada, aproximadamente 10.000 hectares. Os produtores em geral estão cautelosos, evitando a semeadura antes da ocorrência de chuvas mais expressivas.

 

Na região da Campanha, em Aceguá, os produtores retomaram as aplicações de herbicidas, que estavam paralisadas devido ao nível insuficiente de umidade no solo. Em Hulha Negra, ocorreram ataques de ácaros, justificando a aplicação de inseticidas. As lavouras com porte mais baixo receberam aplicações de fertilizantes foliares para estimular o crescimento antes do início da fase reprodutiva. Para as lavouras que estão em fase de floração e início de formação das vagens, as chuvas registradas foram muito importantes para evitar o abortamento dessas estruturas.

 

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Foto: Veziane Sackser – Dom Pedrito – RS

 

Na de Caxias do Sul, as lavouras apresentam boa sanidade e vigor, e os produtores realizaram tratamentos fitossanitários preventivos. As precipitações, em algumas regiões, foram pouco abaixo da média, mas as condições das lavouras continuaram satisfatórias, mantendo-se a expectativa de bons rendimentos. Em Frederico Westphalen, restam 5% da área de cultivo a ser implantada, especialmente em sucessão a lavouras de milho. A cultura apresenta o desenvolvimento bastante lento, com baixa estatura e sintomas visíveis de déficit hídrico. O controle de plantas invasoras também foi prejudicado, e há elevação da infestação de plantas, como de leiteiro (Euphorbia heterophylla) e de caruru (Amaranthus spp), aumentando a competição por nutrientes e água. 

 

Em Pelotas, as chuvas ocorridas no período favoreceram a recuperação dos cultivos, que, em sua maior parte, estão em desenvolvimento vegetativo. Houve mudança no aspecto visual das lavouras e fechamento de entrelinhas, favorecendo a conservação de umidade nos solos. Os produtores também aproveitaram a reposição de umidade para encerrar o plantio. 

 

Em Porto Alegre, as chuvas favoreceram a retomada do desenvolvimento da cultura. Na Região Centro Sul, em Cerro Grande do Sul, em Dom Feliciano e em Chuvisca, as precipitações foram acompanhadas por granizos, ocasionando perdas. Os agricultores solicitaram cobertura de Proagro.

 

Em Santa Rosa, apesar das precipitações e melhoria do quadro na maior parte da região, persiste a perspectiva de redução de produtividade. Alguns municípios que decretaram situação de emergência pela estiagem apontam redução de até 20% sobre a expectativa inicial. A semeadura avançou pouco, apenas em regiões onde ocorreram chuvas em volume adequado. A área semeada passou de 94% para 97%, em especial nas áreas onde havia milho, que já foi colhido ou cortado para silagem.

 

Na maior parte da Região Fronteira Noroeste, os volumes de chuvas foram adequados, e as lavouras do cedo, em áreas de solos  profundos, cobriram as entrelinhas com o dossel. Entretanto, a situação é heterogênea, já que, em solos mais rasos, as lavouras foram mais prejudicadas.

 

Na Região das Missões, o volume precipitado ainda foi insuficiente, e a maior parte das lavouras apresentam menor porte das plantas, encurtamento dos entrenós e aspecto mais amarelado. As lavouras semeadas em meados de novembro apresentam problemas de estande, e os produtores avaliam realizar a ressemeadura com cultivares de ciclo mais curto.

 

Em Soledade, o déficit hídrico atingiu um número maior de lavouras em florescimento e, de forma pontual, provocou a queda de flores e vagens, afetando o seu potencial produtivo. No entanto, a ocorrência de chuvas proporcionou uma recuperação, ao menos temporária, e os impactos na produtividade ainda são pouco significativos.

 

Tendência do Clima

 

Neste sábado, há condições para pancadas de chuva em todo o estado do Rio Grande do Sul. A chuva aumenta e há risco de temporais na Fronteira Oeste, onde a chuva começa logo cedo. Nas demais áreas do estado, a chuva vem mais no período da tarde, em forma de pancadas intercaladas com períodos de bastante sol. As temperaturas diminuem um pouco, mas longe de fazer frio. A tendência é que no domingo (22/01) as pancadas de chuva continuem sobre o estado com condições para chuva forte acompanhadas de raios ao longo da costa gaúcha, como em Rio Grande, por exemplo.

 

Até a próxima segunda-feira (23/01), há muita água para cair, especialmente em áreas do centro-norte do país, com risco de temporais em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão e Amazonas. 

 

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.  

 

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