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Conexão Agroclima: Chuva acima da média marca fevereiro

O impacto do clima nesta safra 22/23 irá determinar a qualidade dos grãos e o volume de produção e produtividade. O primeiro Conexão Agroclima do ano com o prognóstico do clima ocorreu nesta última terça-feira (31/01).

 

Desta vez, o destaque da Live foi um levantamento sobre os impactos da chuva e estiagem na safra e um prognóstico para o mês de fevereiro: onde o clima fará diferença na colheita?

 

 

Os produtores rurais de todo o país estão no campo realizando os tratos culturais e acompanhando o desenvolvimento da nova safra 22/23. Por isso, convidamos a produtora de soja Grazi Camargo, de São Sepé, no Rio Grande do Sul para comentar sobre os impactos da estiagem em sua região. 

 

“É o terceiro ano consecutivo de seca com chuvas muito isoladas e espaçadas. A última vez que choveu na minha lavoura foi no dia 04/12 e acumulou 40 milímetros, ou seja, não cai uma gota significativa para o desenvolvimento da soja, há aproximadamente 60 dias. O solo está muito seco, a soja já está murcha e amarelada com perdas acima de 50% dependendo da cultivar que foi utilizada. O prejuízo é de milhões”, comenta Camargo.

 

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Foto: Grazi camargo – impacto da seca nas lavouras de São Sepé – RS

 

É importante o produtor estar conectado com as informações de acompanhamento de clima para realizar o planejamento e o monitoramento do potencial produtivo das lavouras para o mês. 

 

“O fenômeno La Niña está na fase de enfraquecimento e a transição para neutralidade climática deve acontecer até o início do Outono/23”, comenta a meteorologista Nadiara Pereira.

 

Acompanhe no link abaixo como fica o clima durante o mês de fevereiro em todo o Brasil:

 

 

 

A ferramenta ideal para monitorar a intensidade e deslocamento da chuva em alta resolução: O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!   

   

 

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Chuvas fortes podem impactar colheita no SE e CO

A área de soja alcança 5,2% colhido no Brasil, de acordo com o levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Veja abaixo como estão as condições das lavouras por Região:

 

Centro-Oeste

 

Em Mato Grosso, a colheita começa a ganhar ritmo, mesmo com as chuvas constantes. As lavouras permanecem em boas condições. Em Goiás, os produtores iniciaram a  colheita, mas o excesso de precipitações tem atrasado as operações. Em Mato Grosso do Sul, a colheita foi pontual, sobretudo nas áreas semeadas em setembro. Nas demais áreas, as lavouras estão em boas condições, mas há relatos do aumento de ataques de lagartas.

 

Sul

 

No Rio Grande do Sul, as chuvas irregulares e as altas temperaturas continuam a prejudicar o desenvolvimento das lavouras, causando o encurtamento do ciclo, a baixa estatura, a queda de folhas basais e o abortamento de flores em boa parte do estado. As condições são variáveis dentro da mesma região. No Paraná, a colheita foi iniciada, porém está atrasada em relação à última safra. Houve atraso na semeadura devido ao excesso de chuvas. A maioria das lavouras se encontra na fase reprodutiva, apresentando boas condições.

 

Foto: Getty Images

 

Sudeste

 

Em Minas Gerais, a colheita deve se intensificar nos próximos dias, haja vista a grande quantidade de áreas sendo dessecadas. O excesso de chuvas causou o abortamento de flores e o aumento da incidência de doenças fúngicas. Em São Paulo, a maioria das lavouras apresenta bom estado fitotécnico.

 

Nordeste

 

Na Bahia, as lavouras continuam com bom desenvolvimento e a colheita teve seu início em áreas irrigadas. No Maranhão, o plantio está atrasado, alcançando 95% da área, mas as lavouras apresentam bom desenvolvimento.

 

Norte

 

No Tocantins, a colheita teve seu início em áreas irrigadas.

 

Tendência do Clima

 

Nos próximos dias, a tendência é que ocorram chuvas fortes no Sudeste e Centro-Oeste. A precipitação pode impactar a colheita. Veja no vídeo abaixo a análise do clima para os próximos dias com a meteorologista Nadiara Pereira 

 

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Plantio do milho segunda safra alcança 3,9% no Brasil

O plantio de milho segunda safra 22/23 atingiu 3,9% da área estimada no Brasil. Os dados correspondem ao dia 28/01 do relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em igual período do ano passado, os trabalhos de semeadura haviam sido concluídos em 14,5% da área.

 

Milho 1ª safra

 

Já o milho primeira safra está com 7,8% da área colhida no país, de acordo com o boletim semanal da Conab de 30/01.

 

Desenvolvimento do milho preocupa no RS

 

No Rio Grande do Sul, as chuvas irregulares diminuem a eficiência dos tratos culturais, em especial as aplicações de fertilizantes nitrogenados, além de prejudicar o desenvolvimento das lavouras. A colheita avança, com produtividades variando dentro da mesma região, com tendência de redução.

 

No Paraná, a maior parte das lavouras se encontram com bom desenvolvimento. A colheita iniciou-se na região sudoeste. Em Santa Catarina, a maior parte das lavouras se encontra na fase reprodutiva e em boas condições, porém observa-se o aumento populacional da cigarrinha.

 

Foto: Simone Vargas – Campina do Simão – PR

 

Condições do milho no Sudeste

 

Em São Paulo, mesmo diante do alongamento do ciclo, devido às baixas temperaturas de dezembro, as lavouras estão em boas condições. 

 

Em Minas Gerais, a maioria das lavouras está completando o enchimento de grãos e com boas expectativas de produtividade devido às condições climáticas favoráveis.

 

Chuva favorece milho em Goiás

 

Em Goiás, o bom regime de chuvas favorece o desenvolvimento das lavouras.

 

Milho apresenta bom desenvolvimento: Nordeste

 

Na Bahia, as lavouras apresentam excelente desenvolvimento, mas há registros de aumento de ocorrência de lagartas.

 

No Piauí, a semeadura nas áreas de alta tecnologia foi finalizada e as lavouras apresentam bom desenvolvimento.

 

Tendência do clima

 

Para esta semana as previsões indicam que a atuação de corredor de umidade no interior do Brasil e um sistema de baixa pressão atmosférica próximo a costa do Sudeste vão organizar instabilidades mais intensas entre o Sudeste, Centro-Oeste e Paraná. Estão previstos volumes de 50 a 70mm de chuva sobre áreas produtoras do sul e triângulo Mineiro, de São Paulo, sul de Goiás, Mato Grosso do Sul e do norte do Paraná.

 

Nas áreas produtoras do cerrado mineiro e goiano e em Mato Grosso as chuvas serão mais isoladas e com volumes moderados, em torno de 30mm estão previstos ao longo dos próximos 5 dias.

 

No Matopiba são esperadas chuvas mais expressivas, entre 70 e 100mm no norte do Maranhão e norte do Piauí, enquanto na Bahia o tempo seco vai predominar ao longo da semana.

 

Já, no Rio Grande do Sul são esperados episódios de chuva na segunda metade da semana, que devem se espalhar sobre grande parte das áreas produtoras, mas devem ser passageiros e com baixos volumes. Devem trazer apenas alívio pontual para algumas lavouras.

 

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

AgroclimaPRO é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações.  

 

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Seca provoca falta de hortaliças e verduras

Os produtores de hortaliças e verduras de São Borja (RS) foram afetados pela estiagem. Há falta generalizada de verduras e hortaliças para atender ao mercado local, de acordo com a Emater/Ascar-RS.

 

Em Ijuí, o desenvolvimento das olerícolas segue abaixo do esperado devido, principalmente às elevadas temperaturas. Esse fator exige maior aporte de irrigação para mitigar os danos do calor.

 

Nos cultivos em ambientes protegidos, a necessidade de uso de nebulização para diminuir a temperatura tem provocado o aumento da incidência de doenças que se beneficiam do ambiente úmido e quente. Nos cultivos a campo, as plantas apresentam pouca incidência de doenças, mas observa-se uma alta infestação de tripes, diabrótica e pulgões.

 

Cultivo no pico do verão não é economicamente viável

 

Na região do Vale do Caí, a estiagem provocou perdas perceptíveis nas culturas de grãos não irrigados. Historicamente, em janeiro, há uma redução drástica das áreas de cultivo de hortaliças em Bom Princípio, pois o calor, nessa época, é intenso, e as plantas ficam com a produtividade abaixo do esperado e mais susceptíveis a ataques de pragas e doenças. De acordo com a Emater-RS, há relatos de produtores que perderam lavouras de pimentão, alface e repolho e culturas como abóbora cabotiá e beringela que sofreram com abortamento de flores, ocasionando baixa produção. 

 

Foto: arquivo istock

 

Em Pelotas, as hortaliças que não requerem irrigação estão fortemente prejudicadas. Já as hortaliças folhosas, mesmo com o uso de irrigação, devido às altas temperaturas e à intensa evapotranspiração, foram prejudicadas em relação à sua qualidade, comprometendo até mesmo o seu aspecto visual. Em Santa Rosa, a situação das hortas domésticas e comerciais está novamente crítica devido ao clima seco, ao sol forte e às altas temperaturas. Os produtores relatam murchamento e queimaduras nas
folhas de diversas espécies de hortaliças.

 

Essa condição climática exige irrigação contínua e a utilização de sombrite para reduzir os raios ultravioletas da radiação solar na tentativa de proporcionar condições mínimas de desenvolvimento das hortaliças. Nas estufas, a temperatura está bastante alta, o que reduz o desenvolvimento das plantas devido ao aumento excessivo da temperatura do substrato e da solução hidropônica e de fertirrigação. Observa-se uma intensificação do ataque de pulgão nas hortaliças, assim como o aumento da incidência de ácaro nas culturas devido à predominância do clima seco. 

 

A falta de chuva também aumenta os prejuízos dos produtores localizados na região de Soledade. As culturas não irrigadas de abóbora, moranga, milho verde e melancia, apresentam perdas expressivas de produção e qualidade. Já, boa parte das áreas irrigadas não dispõe de água suficiente para a demanda hídrica das culturas, pois os reservatórios estão com baixos volumes. 

 

Tendência do Clima

 

No último dia do mês de janeiro (31/01), uma frente fria afastada no oceano, ajuda reforçar o fluxo de umidade no Rio Grande do Sul. Dia de sol e pancadas de chuva forte entre tarde e noite na região central, litoral norte, áreas de serra e em Porto Alegre. Mesmo com o aumento das nuvens carregadas, bastante calor e ar abafado. Não chove em Uruguaiana e no extremo sul gaúcho as pancadas são mais isoladas.

 

Calor ganha força no interior gaúcho

 

Fevereiro (01/02) começa com mais sol no Rio Grande do Sul. O volume de chuva diminui em relação aos últimos dias e as pancadas são mais isoladas e de curta duração em Porto Alegre, extremo norte e na Região Serrana. O calorão volta a ganhar força, principalmente no interior e já não há previsão de chuva nas demais áreas do estado, inclusive em Santa Rosa, Bagé e Santa Maria.

 

Nesta terça-feira, (31/01), às 19h no Youtube da Climatempo, o Conexão Agroclima irá abordar ao vivo o tema chuva x estiagem: onde o Clima fará diferença na colheita. Fique ligado em nossas redes sociais para obter o link e assistir a Live com as informações para o mês de fevereiro.  

   

Como monitorar o Clima na sua fazenda?

 

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Verão marca proliferação do carrapato do boi

Após um ciclo mais lento durante o inverno, o parasita conhecido popularmente como carrapato do boi voltou com força total no Verão. Atualmente, o clima quente e úmido da estação associado a elevada quantidade de chuva se torna o período com maiores condições ambientais para a proliferação. 

 

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a pecuária brasileira soma prejuízos anuais na casa dos US$ 2 bilhões devido à infestação do carrapato do boi, que causa doenças e problemas graves nos animais, como a Tristeza Parasitária, que traz para o gado um quadro clínico de febre, letargia, apatia, desidratação, alteração das mucosas e perda de apetite e de peso. 

 

Foto: arquivo istock 

 

 

“É uma doença que eleva os custos da propriedade com o tratamento do animal infectado e gera prejuízos pela deficiência reprodutiva e alimentar, além de levar a óbito em casos mais graves”, explica Lucas von Zuben, CEO da Decoy. 

 

Tomar medidas de controle já na fase inicial impede o crescimento da proliferação do parasita e o controle se torna mais eficiente no campo. O controle biológico é uma técnica bastante utilizada e que se baseia a proteção dos bovinos a partir do uso de outros organismos vivos que conseguem controlar a população da praga, fazendo com que a densidade populacional desse parasita em questão se mantenha abaixo do chamado nível de dano econômico, isto é, abaixo do nível de prejuízos para os produtores.

 

“Além disso, é importante salientar que o desenvolvimento de cada geração, sofre impacto direto da anterior. Por isso, o sucesso do controle depende da redução do parasita já na primeira geração, explica Zuben. 

 

O especialista ainda destaca a importância de realizar de forma planejada o controle de carrapatos tratando também dos animais e das infestações em pasto a fim de reduzir o o problema respeitando as condições do ambiente e saúde animal.

 

O Brasil já conta com 23 milhões de hectares protegidos por controle biológico, resultando numa economia anual de US$ 13 bilhões por ano ao setor agrícola. 

 

“É importante que o pecuarista planeje a aquisição dos produtos de controle antes da chegada da temporada de chuvas. Enquanto o problema ainda estiver no início, os impactos e prejuízos serão menores e mais fáceis de serem solucionados. Através de um controle assertivo, o rebanho fica livre dos carrapatos e pronto para expressar a melhor produtividade”, finaliza Zuben.

 

Tendência do Clima

 

Nesta semana um corredor de umidade no interior do Brasil e um sistema de baixa pressão atmosférica próximo a costa do Sudeste vão organizar instabilidades mais intensas entre o Sudeste, Centro-Oeste e Paraná. Estão previstos volumes de 50 a 70mm de chuva sobre áreas produtoras do sul e Triângulo Mineiro, de São Paulo, sul de Goiás, Mato Grosso do Sul e do norte do Paraná.

 

Nas áreas produtoras do cerrado mineiro e goiano e em Mato Grosso as chuvas serão mais isoladas e com volumes moderados, em torno de 30mm estão previstos ao longo dos próximos 5 dias.

 

No Matopiba são esperadas chuvas mais expressivas, entre 70 e 100mm no norte do Maranhão e norte do Piauí, enquanto na Bahia o tempo seco vai predominar ao longo da semana.

 

Já, no Rio Grande do Sul são esperados episódios de chuva na segunda metade da semana, que devem se espalhar sobre grande parte das áreas produtoras, mas devem ser passageiros e com baixos volumes. Devem trazer apenas alívio pontual para algumas lavouras.

 

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La Niña trouxe impactos para a cultura do tabaco

A colheita do tabaco está em andamento com algumas áreas produtoras já finalizadas no Rio Grande do Sul. A insuficiência e a má distribuição de chuvas geradas pelo fenômeno La Niña, durante o verão, anteciparam a finalização do ciclo e a maturação das plantas. Houve redução de produtividade nas lavouras mais afetadas, segundo levatamento da Emater/Ascar-RS.

 

Transição do fenômeno La Niña para neutralidade climática deve acontecer até o final do verão

 

Na região de Frederico Westphalen, localidade de Alpeste, foram cultivados 660 hectares de tabaco em 479 propriedades. A produtividade projetada era 2.134 kg/ha, e a atual 1.985 kg/ha, representando redução de 7% devido à estiagem.

 

Em Herveiras, dos 1.400 hectares com a cultura, cerca de 1.000 foram afetados pela estiagem, reduzindo a produtividade inicial de 2.200 kg/ha em 25%, prejudicando 440 produtores. Em Sobradinho, 1.850 hectares em 550 propriedades foram atingidos, e a produtividade atual é estimada em 1.470 kg/ha, representando quebra de 30% na projetada. 

 

Em Canguçu, dos 8.600 hectares plantados, cerca de 4.300 em 3 mil propriedades, foram afetados, e a produtividade inicial de 2.250 kg/ha é atualmente estimada em 1.845 kg/ha, com redução de 18%.

 

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Foto: Aline Anacleto – lavoura de tabaco

 

Em Pelotas, os produtores continuaram realizando a colheita e a secagem das folhas nas estufas e os manejos culturais, como controle de pulgões e desbrote. A cultura foi fortemente atingida pela estiagem, com diminuição da qualidade das folhas, além da redução do peso, decaindo a classificação e o valor do produto comercializado.

 

Em Santa Rosa, a colheita foi concluída. O clima seco e quente prejudicou o desenvolvimento das folhas baixeiras, reduzindo a qualidade do produto. Já em Soledade, nas regiões topográficas de menor altitude, a colheita do tabaco está em finalização. Em sucessão, em parte da área, estão sendo semeados milho e soja, contudo, a outra parte está sendo preparada para o próximo plantio, com a construção de camalhões e a semeadura de plantas para a cobertura do solo.

 

Nas áreas de maior altitude (centro serra, alto da serra do Botucaraí), a colheita está adiantada, com mais de 60% das folhas colhidas. No geral, as lavouras têm bom aspecto e boa sanidade, assim como as folhas, que apresentam boa qualidade. A estiagem causou impactos pontuais no resultado produtivo das lavouras.

 

Leia também: Onde o clima fará diferença na hora da colheita?

 

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Período sem chuva afeta desenvolvimento das pastagens

As condições adversas do tempo seguem prejudicando o desenvolvimento das pastagens e afetando a oferta de alimentos para as criações. Muitos produtores do Rio Grande do Sul que planejaram a implantação de pastagens ao longo do verão não conseguiram fazer a semeadura por falta de condições adequadas. O resultado é a baixa oferta de forrageira para os rebanhos. Mesmo nos locais com pastagens cultivadas já estabelecidas, o impacto da estiagem afetou também a realização da adubação, prejudicando a manutenção das plantas.

 

As áreas de campo nativo continuam sem oferta de espécies forrageiras, e restam somente plantas não forrageiras ou de baixo valor nutricional, facilitando ainda mais a invasão e o estabelecimento de espécies exóticas, que são mais adaptadas ao ambiente adverso. 

 

Em Bagé, a oferta de pastagens está cada vez mais reduzida, assim como a disponibilidade de água para os animais. Em Quaraí, foram registradas queimadas em áreas de campo nativo, com comprometimento de aproximadamente 620 hectares, segundo o Corpo de Bombeiros local.

 

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Foto: Getty Images

 

Em Caxias do Sul, existem áreas com pastagens em excelente desenvolvimento, enquanto, em outras praticamente paralisadas. Em Pelotas, na região com maior número de bovinocultures de leite, a ocorrência de chuvas provocou o retorno do desenvolvimento das forrageiras. Já nas áreas mais ao sul e a oeste, onde não foram registradas precipitações, houve agravamento da baixa oferta de pasto.

 

Em Soledade, a continuação da ocorrência de chuvas esparsas beneficiou a melhora na oferta de forragem nos campos nativos e nas pastagens cultivadas. Em Erechim, apesar do crescimento das pastagens favorecido pelas precipitações, a oferta de alimentos ainda está abaixo das necessidades das criações, principalmente para as matrizes leiteiras.

 

Em Santa Maria, a estiagem tem afetado o desenvolvimento das pastagens e em Santa Rosa, nas áreas sem registro de chuvas em janeiro, praticamente não há mais oferta de forragem. A pouca umidade no solo inviabiliza a formação de novas pastagens cultivadas.

 

Em Frederico Westphalen, as pastagens perenes de verão reagiram com o retorno das chuvas, mesmo que esparsas. Porém, o cenário ainda é de falta de pastos e de água. Em Ijuí, as forrageiras anuais de verão estão antecipando o ciclo e já apresentam emissão de flores. Houve registro de aumento da incidência de pulgões nas culturas do capim sudão e sorgo forrageiro, que necessitam de maior monitoramento e controle.

 

Milho

 

Em Passo Fundo, a estiagem também tem comprometido parte significativa das lavouras de milho destinadas à produção de silagem, diminuindo a massa total produzida e a qualidade do produto armazenado. 

 

Leia também: Onde o clima fará diferença na hora da colheita?

 

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Clima favorece a colheita e o trabalho das abelhas

Os apicultores gaúchos observam leve melhora na atividade das abelhas devido ao aumento da disponibilidade de floradas após as chuvas registradas. O mercado do mel está aquecido. Em Caxias do Sul, houve aumento no fluxo de néctar, porém ainda de forma distinta, conforme a região. Há lugares onde ainda é necessário fornecer alimentação artificial, sob pena de perder enxames. Em Ijuí, houve registro de aumento da formação de novos enxames, o que tem pressionado os produtores a disponibilizar mais espaço nas colmeias. 

 

Em Lajeado, os apicultores realizaram revisões nas colmeias, seguiram as colheitas, fizeram trocas de rainhas e realizaram a colocação de iscas para a captura de enxames. Em alguns locais, praticamente não há disponibilidade de mel para a comercialização, e, em outros, há bons estoques aguardando melhores preços.

 

Em Passo Fundo, as colheitas estão com rendimentos abaixo do esperado em função da baixa disponibilidade de floradas. Ainda são observadas enxameações e capturas
para a formação de novas colmeias.

 

Nas de Pelotas, Porto Alegre e Soledade, muitos municípios estão com a colheita em
andamento. As condições do tempo vêm favorecendo a colheita e o trabalho das abelhas, porém, em diversos municípios, a produtividade está abaixo da esperada.

 

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Foto: arquivo istock

 

Tendência do Clima

 

Neste sábado (28/01), no Rio Grande do Sul, a chuva cai leve e isolada na região de Tramandaí, nas demais áreas do estado, bem como em Porto Alegre as pancadas devem ocorrer, especialmente a partir da tarde, exceto na região de Rio Grande que pode ocorrer a qualquer hora do dia e na região de Bagé e Uruguaiana, que as pancadas são esperadas pela manhã e à tarde.

No domingo (29/01), o risco para temporais aumenta no centro-norte do RS, por conta de uma área de baixa pressão no Rio Grande do Sul. Há condições para pancadas de chuva em todas as áreas do estado, bem como em Porto Alegre. Chove em vários momentos do dia na região de Rio Grande. Em Bagé a chuva deve ser isolada e passageira.

 

Na segunda-feira (30/01), a baixa pressão agora na costa gaúcha, mantém as instabilidades na maior parte do estado, com previsão para pancadas de chuva na maior parte do RS. Há risco para chuva com até forte intensidade no norte do estado, na região de Passo Fundo, por exemplo. Em Porto Alegre, a chuva deve ser isolada e passageira. 

 

Veja também:  Onde o clima fará diferença na hora da colheita?

 

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Verão mais chuvoso do que o normal em algumas áreas produtoras

A colheita da soja está começando nas principais áreas produtoras do Brasil, mas o clima já tem dificultado as atividades em alguns estados. É o caso de Mato Grosso, que enfrentou muita chuva, principalmente entre a primeira e a segunda semana de janeiro, devido à atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), fenômeno comum no verão, caracterizando por um intenso corredor de umidade que costuma provocar chuvas volumosas e duradouras sobre as áreas de atuação, muitas vezes configurando períodos de invernada.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

 

Algumas áreas entre o Sudeste e o Centro-Oeste, onde já costuma chover muito em janeiro e o volume normal para o mês se aproxima de 300mm, algumas localidades registraram desvio de mais de 150mm acima da média antes de fechar o mês. Além das chuvas paralisarem momentaneamente as atividades no campo, os períodos de tempo fechado também impactam o desenvolvimento das lavouras, já que com menores períodos de luminosidade o ciclo da cultura prolonga.

 

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Precipitação acumulada e desvio da precipitação de 01 a 26 de janeiro de 2023. Fonte: INMET e análise Climatempo.

 

  • INFORMAÇÕES SOBRE AS LAVOURAS DE SOJA E A COLHEITA ATÉ O MOMENTO

 

Em Mato Grosso, o ritmo da colheita nas lavouras na primeira quinzena de janeiro era de 1,79 p.p., atrás do observado na safra 21/22 e 1,17 p.p. em relação à média dos últimos cinco anos segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). A área colhida passava de 2% no Estado.

 

Com o grande volume de chuvas e a baixa luminosidade nas últimas semanas, o ciclo da soja aumentou em algumas regiões, o que dificultou a retirada da oleaginosa. Apesar das interrupções na colheita, devido às precipitações ocorridas principalmente na primeira quinzena de janeiro, não foram relatadas perdas de qualidade do grão. As lavouras têm apresentado boas produtividades e as que se encontram na fase de enchimento de grãos apresentam ótimo desenvolvimento. No Paraná, a colheita teve início na segunda quinzena de janeiro, porém, ainda de forma pontual. A expectativa é que a partir da primeira semana de fevereiro ganhe volume. A safra apresenta um atraso em seu ciclo, devido ao plantio um pouco mais tarde e fatores climáticos no desenvolvimento das plantas.

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

 

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), o tempo mais chuvoso no Sudeste prejudicou o desenvolvimento de algumas lavouras. Em Minas Gerais, o excesso de chuvas causou abortamento de flores, principalmente no terço inferior das plantas. Além disso, a alta umidade, associada a temperaturas amenas, aumentou a incidência de doenças fúngicas, principalmente o mofo-branco. Mas, apesar do excesso de chuva impactar o início da colheita em algumas áreas e trazer danos pontuais para lavouras, as chuvas de uma forma geral foram favoráveis para a manutenção da umidade no solo e a grande maioria das lavouras que ainda se encontra em desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos apresenta bom desenvolvimento, como mostra o mapa de condições das lavouras da CONAB. A exceção é o Rio Grande do Sul, que vem enfrentando uma estiagem prolongada, devido aos efeitos do fenômeno La Niña, que influencia o clima pelo terceiro verão consecutivo.

 

A falta de umidade no estado ainda não permitiu a finalização do plantio da soja. Segundo a EMATER – RS entramos na última semana de janeiro com 98% da área semeada no Estado. O desenvolvimento das lavouras é bastante desigual, influenciadas também pelo tipo de solo e época de semeadura. Em algumas áreas, as lavouras apresentam encurtamento de ciclo, redução de estande, amarelecimento das folhas basais e perdas de produtividade.

 

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Condição das lavouras de verão nas principais regiões produtoras. Fonte: CONAB

 

  • O QUE ESPERARAR PARA A COLHEITA ENTRE FEVEREIRO E MARÇO

 

A partir de fevereiro, os produtores aceleram a colheita da soja nas principais áreas produtoras do Brasil e com um padrão parecido com o mês de janeiro, que vai favorecer a concentração da umidade sobre o centro-sul do país, as chuvas tendem a ficar acima da média em alguns estados e podem impactar as atividades de colheita da soja em alguns momentos.

 

Sobre o Sul do País, o desvio positivo mais acentuado ainda é esperado para o Paraná, enquanto no Rio Grande do Sul, apesar das chuvas mais regulares previstas, algumas áreas, como a fronteira oeste e região da Campanha, ainda não terão volumes suficientes para cessar a estiagem prolongada. O Estado Gaúcho deve apresentar redução da produtividade das culturas de verão, devido à escassez de umidade, enquanto o Paraná, que deve ter chuvas mais volumosas e frequentes, pode enfrentar problemas na fase inicial da colheita da soja, devido ao excesso de umidade. Outros Estados que podem ter problemas em alguns momentos para as atividades de colheita, devido à expectativa de chuvas acima da média, são Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e áreas mais ao sul de Goiás e Mato Grosso. Inclusive, nestas áreas não se descarta a ocorrência de períodos de invernada, com dias consecutivos de chuvas e com ligeiro declínio da temperatura máxima.  Já a metade norte, entre Goiás e Mato Grosso deve registrar chuvas mais espaçadas e abaixo da média em fevereiro e a colheita deve avançar bem nestas áreas. Ainda em fevereiro, são esperados volumes abaixo da média em parte do Matopiba, especialmente no Tocantins e sul do Maranhão e interior do Piauí, além da maior parte do Estado do Pará e norte do Amazonas.

 

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Anomalia da precipitação prevista para o mês de fevereiro. Fonte: Climatempo.

 

Em março, a umidade volta a ficar mais concentrada sobre a metade norte do Brasil e são esperadas chuvas acima da média entre o Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e grande parte das regiões Norte e principalmente Nordeste do país. Março já não costuma ser tão chuvoso como os meses anteriores sobre a área central do Brasil, mas ainda assim as regiões que terão chuvas acima da média podem enfrentar problemas momentâneos na colheita, especialmente áreas que colhem mais tarde, como o Matopiba. Por outro lado, as chuvas devem ajudar na manutenção da umidade do solo para as lavouras de milho segunda safra do interior do Brasil. Já na região Sul, Mato Grosso do Sul e em São Paulo, o padrão volta a mudar e as chuvas novamente devem ocorrer de forma mais espaçada, com volumes próximos da média ou ligeiramente abaixo da média. Nestas áreas a colheita de grãos das culturas de verão e o início do corte e moagem da cana-de-açúcar devem ser beneficiados.

 

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Anomalia da precipitação prevista para o mês de março. Fonte: Climatempo

 

Texto produzido por Nadiara Pereira, meteorologista da Climatempo.

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Onde o clima fará diferença na hora da colheita?

No Rio Grande do Sul, a estiagem e o forte calor tem preocupado o produtor de milho e leite. Em algumas áreas é possível observar o impacto da falta de chuva no milho com folhas muito secas. Em São Sepé (RS), algumas áreas de soja plantadas para a safra 22/23 foram perdidas com causa do déficit hídrico.

 

Com o terceiro ano marcando a atuação do fenômeno La Niña, a atenção se volta agora para as condições do clima no final do ciclo e a colheita da safra 22/23. No próximo dia 31 de janeiro acontece a primeira live mensal do ano do Conexão Agroclima. 

 

 

A meteorologista da Climatempo, Nadiara Pereira irá trazer uma análise do impacto da chuva e da estiagem no país e as informações para todo o mês de fevereiro. Onde será que o clima irá fazer a diferença na hora da colheita?   

 

Neste dia, o Conexão Agroclima recebe também Lucas Manfrin, engenheiro agrônomo, especializado em gestão da produção agrícola e irá trazer recomendações de como prevenir os danos ocasionados por estresses climáticos. Então fique ligado no Youtube da Climatempo.

 

Para não perder é só clicar no vídeo abaixo no dia 31/01 às 19h. 

 

 

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