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Produção de lúpulo cresce no Brasil

Em terceiro lugar no ranking mundial dentre os países que mais produzem cerveja no mundo, o Brasil produz cerca de 15,4 bilhões de litros de cerveja anualmente, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja(Sindcerv).

 

Um dos principais ingredientes utilizados em sua fabricação, o lúpulo, responsável pelo amargor e aroma da bebida, tinha toda sua demanda importada de países como EUA e Alemanha, o que tornava o processo mais caro e com qualidade reduzida, devido ao tempo de armazenamento e transporte. Mas, atualmente o cenário começou a mudar com plantações de lúpulo no Brasil.

 

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Foto: Stéfano Gomes Kretzer

 

No país, a produção saltou de 9 toneladas de lúpulo, em 2020, para 24 toneladas, em 2021, conforme dados da Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo), um crescimento de 160%.

 

“O mercado cervejeiro brasileiro é cada vez mais exigente e demanda insumos de qualidade, visto que estamos competindo com um mercado internacional. E o lúpulo é fundamental para indústria cervejeira do país, influenciando diretamente na qualidade final e competitividade do produto, trazendo cada vez mais valor e prestígio para a cerveja produzida completamente com matérias-primas do Brasil”, explica Stéfano Gomes Kretzer, agrônomo especialista em lúpulo.

 

“Estamos apenas começando a nos consolidar com a produção nacional, ainda importamos cerca de 3.200 toneladas de lúpulo por ano, então, é de extrema importância que todo produtor, cada tonelada do que produzimos tenha excelente qualidade para conseguir ter maior aceitação do mercado e ter maior sucesso na produção da cerveja e podermos depender cada vez menos do mercado externo”, afirma Kretzer. 

 

O especialista explica que a plantação do lúpulo envolve vários detalhes técnicos, desde a implantação e desenvolvimento de plantas até a comercialização do lúpulo, não podendo haver margem para erros durante o cultivo, sob o risco de baixa produtividade e baixa qualidade, o que atrapalha na comercialização do produto final.

 

Foto: Stéfano Gomes Kretzer

 

Produção nacional de lúpulo

 

O cultivo do lúpulo em solo brasileiro aumenta a cada dia, promovendo ganhos para os produtores, gerando maior renda e empregos. O lúpulo que temos aqui é o mesmo que temos no exterior, porém com a característica brasileira.

 

“É o chamado ‘terroir’, termo muito utilizado quando falamos de vinhos, mas que também se encaixa no mundo da cerveja. Ele expressa, em termos qualitativos, de tipicidade e de identidade do solo onde, neste caso, o lúpulo está sendo cultivado”, explica Kretzer.

 

A produção deste importante insumo para a fabricação da cerveja tem um cultivo complicado. Por isso, a recomendação é ter uma consultoria de um engenheiro agrônomo para ajudar neste cultivo. 

 

Projeto de lúpulo da Embrapa

 

A Embrapa está frente de um projeto de pesquisa com o objetivo de fortalecer iniciativas de agricultura familiar no cultivo de lúpulo na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Este projeto tem como foco o desenvolvimento de tecnologias adequadas para o pequeno produtor.

 

A produção de lúpulo na região serrana fluminense está entre as pioneiras em viabilizar variedades tropicalizadas da planta, que são aquelas que já passaram por um processo de adaptação ao clima e solo de regiões do Brasil. O solo precisa apenas ser bem drenado e apresentar uma boa aeração. O cultivo está sendo testado em todos os tipos de climas brasileiros e, na maioria deles, tendo sucesso.

 

“O lúpulo se adapta bem, desde solos arenosos até solos bem argilosos”, explica o consultor cervejeiro Renan Furlan.

 

Tendência do Clima

 

A semana entre 07 e 11/02 será marcada por uma frente fria no Oceano aliada a umidade proveniente da Amazônia que irá organizar instabilidades mais intensas sobre áreas produtoras do Sudeste. No centro-sul de Minas Gerais os volumes podem variar de 70 a 130mm nos próximos 5 dias. A chuva pode ocorrer na forma de tempestades e trazer transtornos para algumas lavouras.

 

Nas áreas produtoras do cerrado mineiro, do norte de São Paulo, norte de Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e interior de Mato Grosso estão previstos volumes moderados, de 30 a 50mm. Nestas áreas as chuvas devem ocorrer alternadas com períodos maiores de tempo seco.

 

Nas áreas produtoras da Região Sul são esperadas apenas chuvas isoladas e com baixo acumulado, especialmente na segunda metade da semana, devido a passagem rápida de uma frente fria pela região.

 

No Matopiba o tempo seco predomina sobre a Bahia e estão previstas chuvas mais intensas, com volumes entre 50 e 70mm sobre o extremo norte do Tocantins, no Maranhão e oeste do Piauí.

 

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Efeito da estiagem reduz estimativa de produtividade do milho

A estiagem no Rio Grade do Sul provocou o estiolamento dos colmos das plantas (na ausência de luz não obteve um crescimento uniforme) e acarretou no aumento do número de plantas acamadas e de difícil recolhimento na operação de corte. Essa situação está contribuindo para a antecipação da colheita do milho, mesmo de grãos com umidade acima do ideal, entre 25% e 28%.

 

A Emater/Ascar-RS realizou uma nova avaliação dos efeitos da estiagem em relação à
produtividade em 463 municípios do Estado. A estimativa inicial de produtividade em Porto Alegre, mostra uma redução próxima de 10%. Nas regiões de Lajeado, Passo fundo e Soledade, 20%. Em Erechim, Ijuí, Pelotas e Santa Rosa, entre 35% e 40% e em Bagé, Frederico Westphalen e Santa Maria, são pouco superiores a 50%.

 

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A colheita do milho avançou na Fronteira Oeste, atingindo 70% da área plantada em Maçambará. Mesmo com as plantas totalmente secas, os grãos ainda apresentam umidade elevada. Em Manoel Viana, os produtores estão apreensivos com o atraso do plantio das áreas de safrinha, pois poderão aumentar os riscos de perdas futuras decorrentes de baixas temperaturas, a partir do mês de maio. Em Quaraí, somente as primeiras lavouras implantadas entre agosto e setembro apresentaram alguma produção. As áreas estabelecidas posteriormente apresentam perdas irreversíveis. As lavouras ainda enfrentam problemas devido ao ataque de caturritas nas espigas em fase de maturação. 

 

Em Caxias do Sul, nas regiões dos Campos de Cima da Serra e das Hortências, onde
é cultivado cerca de 65% do total da área da regional, as chuvas ocorrem de forma regular, e há poucos relatos de perdas de produtividade em razão da deficiência hídrica. Já em parte da Região da Serra, os danos em lavouras em fase de floração e de enchimento de grãos se agravaram em função da ausência de chuvas e das altas temperaturas no período. 

 

Foto: Paola Anghinoni – São Domingos – SC

 

Tendência do Clima 

 

A terça-feira (07/02) será com tempo firme e muito sol no Rio Grande do Sul, os índices de UR são baixos, podendo ficar abaixo de 12% na Fronteira Oeste. No litoral norte, ainda há condições de chuva mais fraca e pontual. Capital e demais áreas com tempo firme e muito calor. Veja os detalhes dos próximos cinco dias com o meteorologista Willians Bini: 

 

 

 

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Soja no Paraná apresenta boas condições de desenvolvimento

A maioria das áreas de soja do Paraná (81%) apresentam boas condições de desenvolvimento, de acordo com o levantamento (31/01), realizado pela Departamento de Economia Rural (Deral).     

 

Ainda de acordo com o relatório, 66% se encontra em fase de frutificação, 16% em maturação, 13% em floração e 5% em desenvolvimento vegetativo. 

 

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Foto: Simone Vargas – Campina do Simão – PR

 

A sojicultora Simone Vargas, de Campina do Simão (PR), pensou em lecionar em uma escola, mas desistiu e optou por ficar no campo. Sua rotina é a maior parte do tempo no campo aprendendo sobre cultivo, desenvolvimento da safra e máquinas agrícolas. Quando sobra um tempinho busca conhecimento sobre gestão de fazendas e agricultura 4.0 na internet. 

 

“Deixei de ser professora porque aumentou a área de produção e não acha gente para trabalhar, então optei por ficar no campo. Eu sempre gostei de trabalhar com máquinas e hoje me sinto realizada. Atualmente, com a soja no campo realizo uma vistoria nas lavouras para acompanhar o desenvolvimento. A chuva dos últimos dias tem beneficiado a cultura, mas é bom ficar de olho para identificar qualquer problema ou doença e entrar com um manejo eficiente”, conta Vargas.

 

Vídeo: Simone Vargas – Campina do Simão – PR – lavoura de soja    

 

La Niña, seca e calor provocam perdas na soja no RS 

 

O Rio Grande do Sul enfrenta pela terceira vez os impactos do La Niña. O resultado é a seca que dificulta o desenvolvimento das lavouras de soja safra verão, principalmente em áreas da Fronteira e região das Missões. A falta de chuva significativa, calor e radiação solar aumenta a taxa de evapotranspiração e o potencial produtivo da soja não é bom.

 

Em Caxias do Sul (RS), as lavouras de soja apresentam boas condições de desenvolvimento e nas áreas de serra a deficiência hídrica está mais acentuada. Por isso, há perspectiva de redução de rendimento de grãos. Em Erechim, na regional da Emater/Ascar, a soja apresenta sintomas de estresse, e poderá haver redução na produtividade. A estimativa aponta perdas de 20% em lavouras no município de Barra do Rio Azul.

 

Em Frederico Westphalen, com as últimas chuvas registradas houve uma recuperação parcial no desenvolvimento das plantas.  Em Ijuí, as precipitações, mesmo em baixo volume e irregulares, contribuíram para o crescimento das plantas, que ainda está abaixo do esperado. As temperaturas elevadas e o sol intenso têm provocado o enrolamento e o murchamento de folhas nos horários de pico de calor, comprometendo a eficiência fisiológica da fotossíntese e dando aspecto de planta murcha. À noite, com a diminuição da temperatura, as plantas recuperam a turgescência. 

 

Em Pelotas, houve avanço e finalização da semeadura, possibilitada pela recuperação da umidade. A maior parte das lavouras apresenta falhas no estande de plantas e diferenças no desenvolvimento, decorrentes dos efeitos da estiagem. Com a ocorrência de chuvas, as perdas na produtividade foram estancadas, e é possível que ainda ocorra uma recuperação, se as chuvas se normalizarem. 

 

Na regional de Porto Alegre, o plantio foi concluído. Estão em desenvolvimento vegetativo 70% da cultura. Em Santa Maria, foram implantadas 97% das lavouras previstas e em função da pouca disponibilidade de água nos solos, o desenvolvimento vegetativo da lavoura está aquém do esperado, o que compromete o potencial produtivo da cultura. 

 

Em Santa Rosa, a área semeada passou de 97% para 99% e na maior parte da regional da Emater, a situação permanece crítica. A maior parte das lavouras está em floração, fase que exige maior disponibilidade de umidade, aumentando a preocupação com as perdas de produtividade. Acredita-se que as perdas, nessas lavouras, já sejam irreversíveis. No período, os produtores suspenderam os tratamentos fitossanitários em função das altas temperaturas, com exceção da semeadura mais tardia, onde foram realizadas as aplicações de herbicidas. 

 

Veja como fica a tendência do clima:

 

 

 

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O agronegócio em Maringá

A cidade de Maringá, localizada no estado do Paraná, tem sua economia fundamentada na agricultura, pecuária, atividades comerciais, agroindustriais, de confecções, educação e saúde. Além disso, a cidade é sede de uma das mais importantes cooperativas do Brasil, a Cocamar.

A atividade agrícola em Maringá é diversificada e conta com a produção de diversas culturas, como: Café, milho, trigo, algodão, feijão, amendoim, arroz, cana-de-açúcar, e, principalmente, soja.

 

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Foto/Reprodução Getty Images

O solo do município de Maringá-PR é caracterizado, em sua maioria, como Latossolo Roxo Distrófico e o clima, por sua vez, é classificado como subtropical, apresentando diminuição de chuvas no inverno. A temperatura média do mês mais frio é de cerca de 17 °C e a temperatura média anual é de 21,5 °C.

 

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Maringá é conhecida como o Vale do Silício paranaense, por ser considerada um dos centros brasileiros mais inteligentes, dado a quantidade de empresas voltadas à área da tecnologia da informação presentes na região. A cidade também é considerada um polo de inovação, visto que existem diversas startups presentes.

 

Texto produzido por Victor Neves, engenheiro agrônomo da Climatempo

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Soja apresenta danos em lavouras do Rio Grande do Sul

No sul e leste do Rio Grande do Sul, foram observados algumas pancadas de chuva irregulares, mas na maior parte do estado não houve precipitações ou a quantidade registrada foi insuficiente para reverter o quadro de estiagem.

 

Os dias de muito calor, secos e com alta intensidade da radiação solar, provocou elevada taxa de evapotranspiração o que impacta o desenvolvimento, florescimento e a fase de enchimento dos grãos da soja. Nas lavouras mais afetadas, as plantas apresentam folhas murchas, desfolha, aspecto amarelado e acentuada queda de flores. 

 

Foto: Grazi Camargo – São Sepé – RS 

 

Produtora relata condições da lavoura no Conexão Agroclima 

 

Em termos fitossanitários, o clima seco favoreceu a incidência de pragas, como tripes e ácaros e de doenças, como oídio, que estão sendo monitorados e controlados à medida que as condições climáticas permitem. Na Região Noroeste, é recorrente também a presença de besouros e de diabrótica nas lavouras, impactando, ainda mais, as condições precárias em função da estiagem.

 

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Na região da Campanha, de maneira geral, as lavouras de soja ainda resistem à falta de umidade nos solos e ao forte calor, embora a intensidade das perdas seja maior devido à entrada na fase reprodutiva e ao crescimento, que se encontra praticamente paralisado. Em Aceguá, os prejuízos são estimados em 25% devido à falta de chuvas expressivas ao longo de todo o mês de janeiro. As melhores lavouras na região estão situadas em Dom Pedrito, detentor da maior área com a oleaginosa no Estado, com 160 mil hectares, e onde foram registradas chuvas nas últimas quatro semanas, apesar de mal distribuídas entre as localidades.

 

De acordo com levantamento (02/02) da Emater/Ascar-RS, as lavouras com cultivares precoces em fase inicial de enchimento de grãos encontram-se em estado mais crítico, com aumento de abortamento de vagens e de folhas por causa do clima adverso. As diferenças de potencial produtivo têm relação direta com o relevo, sendo mais elevado nas várzeas, que são naturalmente mais úmidas e férteis, ao passo que, nas coxilhas arenosas e com solos rasos, torna-se cada vez mais difícil estimar a produtividade mínima necessária para cobrir os custos de produção. Também se observa comportamento diferente entre cultivares no que se refere à tolerância a altas temperaturas e à condição de solo seco.

 

Na Fronteira Oeste, em Manoel Viana, a estimativa de perdas alcança 40%. As lavouras bem estabelecidas  na primeira época de plantio, no momento, enfrentam significativo abortamento de flores e vagens. Em São Gabriel, onde são cultivados 136 mil hectares, as chuvas bem distribuídas, no dia 26/01, amenizaram temporariamente o estresse nas lavouras. As lavouras implantadas em dezembro e janeiro são caracterizadas pelo baixo estande, e continua sendo observada a mortalidade de plantas, que compromete, ainda mais, esse importante componente do rendimento. Alguns produtores ainda aguardam a ocorrência de chuvas para a realização de novos plantios e de replantes. Porém, já há um número considerável de produtores que encerrou a semeadura devido aos riscos de implantação das lavouras em época tão tardia, além das poucas perspectivas de melhoria do clima.

 

Em Quaraí e em Rosário do Sul, ocorreram chuvas entre 40 mm e 80 mm, e os produtores realizaram o plantio das áreas liberadas pós colheita do trigo e de integração com pecuária, entregues no final do ano. 

 

Tendência do Clima – Ciclone extratropical provoca chuvas no Sul do país

 

Mudanças no tempo estão sendo previstas com a formação de um ciclone extratropical. Veja os detalhes para os próximos dias no vídeo do meteorologista Willians Bini. 

 

 

 

Radar Meteorológico: Chuva
 

Para acompanhar toda essa mudança das condições de clima, a intensidade e deslocamento da chuva em alta resolução, a equipe Agro da Climatempo preparou o Radar Meteorológico.

 

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Fique de olho de onde vem e para onde vai a chuva, monitore tudo desde a intensificação ou dissipação de um sistema meteorológico. 

 

Foto: Patricia Prasniewski – Nova Laranjeiras – PR

 

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Alta nas exportações de suco de laranja

Os embarques totais de suco de laranja brasileiro no período de julho a dezembro, que marca os primeiros seis meses da safra 2022/2023, fechou com um volume total de 586.313 toneladas (FCOJ Equivalente a 66º Brix). O número representa alta de 17,19% em relação ao mesmo período da safra passada, quando foram exportadas 500.323 toneladas.

 

Já em faturamento, as exportações somaram US$ 1,1 bilhão no período, volume 37,73% acima da receita de US$ 803,8 milhões registrada entre julho e dezembro de 2021. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e compilados pela CitrusBR.

 

Foto: Getty Images

 

De acordo com o diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto a alta nos estoques era esperada por diversas razões.

 

“A primeira dela é que a quebra da safra anterior foi significativa e faltou produto, conforme divulgamos em fevereiro do ano passado”, comenta.

 

“A segunda razão é que essa restrição de oferta fez os estoques baixarem a níveis críticos, então era esperada uma movimentação de suco para reabastecer os principais mercados”, avalia.

 

Segundo Netto, embora o cenário seja melhor do que na safra anterior, a disponibilidade de suco continua restrita.

 

“A safra da Flórida é a menor de todos os tempos e a produção brasileira está na média baixa, o que nos leva a um cenário bastante desafiador do ponto de vista de oferta de produto”. 

 

Principais destinos 

 

Entre os diferentes destinos a Europa continua a ser o principal mercado das exportações brasileiras, com uma participação de 57,49%, seguida de Estados Unidos (30,01%), China (6,83%), Japão (2,39%),e Austrália (1,02%). Outros destinos representam 2,26%. 

 

Mercado

 

Para a Europa as exportações totalizaram 337.044 toneladas, crescimento de 6,53% em relação a safra 2021/2022. Em faturamento, os embarques somaram US$ 649 milhões, valor 25,89% maior em relação aos US$ 515,5 milhões registrados no mesmo período da safra passada. 

 

Os Estados Unidos registraram embarques de 175.936 toneladas de FCOJ Equivalente a 66º Brix, alta o de 66,42% ante as 105.717 toneladas exportadas na safra 21/22. Em receita houve crescimento de 95,43%, com um total de US$ 349,2 milhões enquanto na safra passada a receita foi de US$ 78,6 milhões. Já as exportações de suco de laranja para o Japão registraram queda de 30,72% nos seis primeiros meses da safra 22/23, com um volume de 14.014 toneladas.

 

No mesmo período da safra passada, os embarques foram de 20.228 toneladas. O faturamento recuou 17,08%, com US$ 26,9 milhões ante os US$ 32,4 milhões da safra passada. No caso da China, as importações de julho a dezembro da safra 22/23 somaram o total de 40.042 toneladas, volume 3,73% maior em relação as 38.603 toneladas registradas no período na safra 2021/2022. Em faturamento, os valores ficaram praticamente estáveis com leve queda de 0,56%, com US$ 46 milhões ante os US$ 46,2 milhões faturados na safra anterior.

 

 

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Chuva forte retorna em áreas agrícolas de MS

Levantamento de Safras & Mercado (27/01), indicava que o plantio da safrinha de milho em Mato Grosso do Sul alcançava 4,3% da área prevista de 2,196 milhões de hectares, até essa data. A produção esperada para a safrinha é de 12,954 milhões de toneladas, abaixo das 13,116 milhões de toneladas obtidas em 2022. O rendimento médio das lavouras deve chegar a 5.900 quilos por hectare, contra os 5.997 quilos por hectare colhidos no ano passado.

 

Em Dourados (MS), o plantio de milho safrinha está previsto para iniciar na segunda quinzena de fevereiro e deverá ocupar uma área de 180 mil hectares, segundo a consultoria Coperplan.

 

Foto: Getty Images

 

O produtor está no campo de olho no céu. Os trabalhos com a soja e o plantio da safra de algodão avançam no Brasil Central e monitorar o clima é muito importante nesta fase. De acordo com o meteorologista Willians Bini, as condições do tempo vão mudar no Mato Grosso do Sul. Veja no vídeo abaixo:

 

 

 

Radar Meteorológico: Chuva

 

Para acompanhar toda essa mudança das condições de chuva irregular e espaçada para chuva forte no Brasil central, assim como a sua intensidade e deslocamento da chuva em alta resolução, a equipe Agro da Climatempo preparou o Radar Meteorológico.

 

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Excesso de chuva tem dificultado plantio de algodão em MT

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) informou o progresso do plantio da safra 2022/2023 de algodão no Brasil. Os dados são do relatório do dia 26/01.

 

Segundo a Abrapa, já foram semeados 91% da área prevista no estado de São Paulo. Em Goiás, 84%; Mato Grosso, 47%; Mato Grosso do Sul, 98%; Bahia, 82%; Minas Gerais, 85%; Piauí, 100%; Paraná, 100% e Maranhão, 73%. No geral, o Brasil já concluiu aproximadamente 57,31% do plantio em todo o país. 

 

Excesso de chuva dificulta trabalho no MT

 

A quantidade e o excesso de chuva tem dificultado os trabalhos em campo para o cultivo do algodão. O plantio está 19.1% mais lento em Mato Grosso, se comparado com a safra anterior.

 

Tendência do Clima 

 

No decorrer desta segunda metade da semana uma frente fria vai espalhar instabilidades pelos três estados do Sul do País. No entanto, sobre o Rio Grande do Sul a chuva será muito espaçada e não deve atingir todas as áreas produtoras. No meio oeste gaúcho, onde a situação de estiagem é mais crítica, não há condições de chuvas significativas. Os maiores volumes de água devem se concentrar entre o norte de Santa Catarina e do Paraná, com acumulados entre 50 e 70 mm até o próximo final de semana.

 

Mais uma vez, esse sistema deve reforçar as instabilidades sobre interior do Brasil e ao longo dos próximos dias tem previsão para chuvas volumosas entre São Paulo, sul e triângulo mineiro, interior de Mato Grosso do Sul e áreas mais ao sul de Goiás e de Mato Grosso. Nessas áreas, o excesso de chuva previsto para fevereiro deve impactar as atividades de colheita da soja e retardar o processo de plantio do milho segunda safra, assim como os trabalhos de plantio do algodão.

 

São esperadas chuvas expressivas também no extremo norte do país e partes do Matopiba, especialmente no norte do Tocantins e no Maranhão. Já no interior da Bahia, assim como no norte de Minas Gerais, norte do Espírito Santo norte de Goiás, a expectativa é apenas de chuva bastante isolada e com baixo acumulado.

 

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Foto: arquivo Istock

 

Meta: Produtor de algodão quer vender para o Egito  

 

Os produtores brasileiros têm como objetivo responder por 20% da demanda do algodão importado pelo Egito nos próximos dois anos e se organizam para ir em busca dessa fatia ainda no primeiro semestre deste ano. A meta foi estipulada pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) após o mercado egípcio ter sido aberto para o algodão brasileiro.

 

“O Egito é um importante produtor de algodão, mas o país cultiva especialmente o produto de fibra longa e extralonga, que é premium. Já o Brasil produz o algodão de fibra média” explica Alexandre Schenkel,  presidente da Abrapa.

 

Schenkel acredita que a indústria egípcia utilizará o algodão brasileiro, de fibra média, para fazer blend com o seu algodão de fibras mais longas, e pensa que é possível até responder por mais que 20% das compras internacionais egípcias do algodão.

 

“Vai depender de nós, de eles gostarem do nosso produto. Nós podemos atendê-los bem”, afirma o presidente.

 

Vale lembrar que os períodos de colheita no hemisfério norte (onde estão Egito e Estados Unidos, que são produtores) e sul (onde está o Brasil) são diferentes. 

 

BR é o 2º maior exportador de algodão

 

O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o quarto maior produtor mundial. Diferente de outros países, no entanto, o Brasil tem colheita para atender a demanda interna e ainda exportar. Em dezembro, por exemplo, o país exportou 175,7 mil toneladas de algodão. No acumulado do atual ano comercial para o setor, de agosto a dezembro, a exportação somou 952,1 mil toneladas e teve alta de 14,6% em relação ao mesmo período da temporada anterior.

“O Brasil atingiu qualidade tão boa quanto dos seus concorrentes, como os Estados Unidos, e que o País tem a produção em regiões menos suscetíveis a crises hídricas e climáticas do que os norte-americanos”, completa Schenkel.

 

O Brasil produz ao redor de 2,6 milhões de toneladas e tem demanda nacional de cerca de 700 mil toneladas.

 

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Produtividade das indústrias de café cresceu 85%

Pesquisa recente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo indica que, em termos relativos, a produtividade real da indústria de café aumentou 85% nos últimos dez anos, enquanto a indústria de produtos alimentícios cresceu, em média, 34%, e a da indústria de transformação teve alta de 18%.

 

O levantamento Agronegócio do Café – Produção, Transformação e Oportunidades aponta também que as empresas de beneficiamento de café registraram aumento real de 16% no faturamento líquido de vendas entre 2011 e 2020, saindo de R$ 11,6 bilhões para R$ 13,5 bilhões.

 

Foto: Getty Images

 

A atividade industrial dos produtos de café gerou R$ 4,2 bilhões em valor da transformação industrial, o que representa 1,6% do valor da transformação industrial dos produtos alimentícios, sendo São Paulo o estado com maior destaque no quesito agregação de valor, com R$ 1,1 bilhão. O estado de Minas Gerais aparece logo em seguida, com R$ 929 milhões.

 

Brasil: potência na produção de café 

 

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. Internamente, o setor tem relevante papel em termos econômicos e sociais. No total, são 1.050 unidades industriais de beneficiamento, que ocuparam 20,1 mil pessoas e pagaram, em 2020, mais de R$ 760 milhões em salários e mais de R$ 468 milhões em encargos trabalhistas e sociais, totalizando um gasto com pessoal de R$ 1,23 bilhão.

 

Os paulistas ocupam a segunda posição tanto em número de unidades de produção, o equivalente a 18% do total de empresas de café ativas no país, quanto em geração de empregos no beneficiamento do café, empregando 3,5 mil pessoas. São Paulo é o estado com maior desembolso em gastos com pessoal, R$ 481,2 milhões.

 

Confira na íntegra o estudo Agronegócio do Café – Produção, Transformação e Oportunidades

 

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Focos de ferrugem da soja aumentam no Brasil

Os produtores de soja de todo o Brasil estão de olho no clima para controlar ferrugem na soja. O seu principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos e por consequência a redução da produtividade.

 

Nesta safra, há registro de esporos em diferentes regiões brasileiras desde a Bahia até o Rio Grande do Sul. De acordo com o consórcio antiferrugem, até o dia 31de janeiro já havia sido registrado 56 ocorrências no Paraná, 34 em Goiás, 24 em Mato Grosso do Sul, 15 em São Paulo, 13  em Mato Grosso, 7 em Minas Gerais, 5 em Santa Catarina e 3 no Rio Grande do Sul.

No episodio de hoje vamos abordar as condições do clima na incidência da doença, quais as outras doenças de final de ciclo estão antecipando sua presença nas lavouras e vamos trazer as recomendações necessárias. Veja:

 

 

Onde ouvir o podcast AgroTalk

 

Todos os conteúdos do podcast AgroTalk também estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Podcasts Connect da Apple. Ao acessar as plataformas é só procurar por AgroTalk. Acompanhe aqui lista de todos os episódios do podcast AgroTalk.

 

Acesse a lista de matérias e vídeos do podcast AgroTalk. Se preferir veja também na playlist do Youtube  

 

 

Veja também: Conexão Agroclima: Chuva acima da média marca fevereiro