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El Niño pode influenciar a chuva no final do ciclo do trigo e na cotação do cereal

Conforme a estimativa da safra 2023, realizada pela Emater/RS-Ascar em 382 municípios do Estado, a área cultivada de trigo é de 1.505.704 hectares, sendo 1,52% inferior à de 2022, que foi de 1.528.992 hectares (IBGE). A produtividade prevista é de 3.021 kg/ha, o que representa uma redução de 12,65%, quando comparada aos 3.459 kg/ha obtidos na safra anterior (IBGE). Com isso, a produção do cereal, na safra 2023, deverá resultar em 4.548.934 toneladas, ou seja, 13,98% menor do que a anterior, que era de 5.288.030 toneladas (IBGE). Neste ano, a área de cultivo é semelhante à safra anterior.

A semelhança na extensão de áreas de cultivo entre 2022 e 2023 pode indicar um equilíbrio dos fatores que influenciaram a safra. Como negativos, tem-se a previsão de ocorrência do fenômeno El Niño, que tende a aumentar o volume de precipitações no final do ciclo da cultura, bem como uma diminuição na cotação do cereal. Como positivos, há os resultados excepcionais da safra anterior e a queda acentuada da cotação, neste ano, dos fertilizantes e insumos necessários ao estabelecimento das lavouras.

Na região da Fronteira Oeste, em Maçambará, as lavouras já estabelecidas apresentam excelente desenvolvimento até o momento. A semeadura já atingiu 26% da área estimada. Em Manoel Viana, 30% da área prevista já foi semeada. Em São Borja, a implantação das lavouras atingiu 40% e, nos próximos dias, espera-se um avanço mais rápido devido ao inicio do período considerado ideal pela maior parte dos produtores.

Foto: arquivo istock

Em Caxias do Sul, a estimativa de cultivo é de 48.589 hectares, representando pequeno avanço de 0,47% nos 48.819 hectares em 2022. A produtividade é estimada em 3.785 kg/ha, e a produção 184.774 toneladas. O município com maior área de cultivo é Muitos Capões, com 15 mil hectares. A semeadura teve início nos municípios de menor altitude, porém, a área semeada é de magnitude reduzida, representando menos de 5% em relação à área total a ser plantada na região. Já nos Campos de Cima da Serra, que abrangem aproximadamente 90% da área da cultura no regional, a semeadura ocorrerá principalmente em julho.

Tendência do Clima

O sistema que atua na sexta-feira (16) é um ciclone extratropical que se aprofundará ao longo da costa da Região Sul, originando uma nova frente fria. Isso resultará em chuvas intensas, volumosas e fortes rajadas de vento no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, influenciadas pelo ciclone. 

Devido à atuação do ciclone extratropical na costa sul do país, são esperadas chuvas fortes e temporais no centro, norte e leste do Rio Grande do Sul e no centro-sudeste de Santa Catarina. Os volumes de água podem ser bastante elevados, ultrapassando facilmente os 150 mm de chuva. Somando-se a chuva de quinta-feira à sexta-feira, os volumes podem variar entre 150 a 350mm, em média, nessas áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Há risco de inundações e deslizamentos de terra, inclusive na Região Metropolitana de Porto Alegre e nas serras gaúcha e catarinense e todo o litoral gaúcho e litoral de Santa Catarina. Também é importante estar atento às fortes rajadas de vento, que podem atingir 100km/h no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, especialmente do centro ao leste desses estados, onde a circulação do ciclone extratropical é maior.

No sábado (17) o tempo já fica firme em boa parte do Rio Grande do Sul, com exceção do nordeste do estado, como no litoral e pontos da serra, que chove no decorrer do dia, com fraca intensidade, mas será mais persistente na primeira metade do dia, tudo por influência do ciclone extratropical na costa da Região Sul. Aliás, devido a esse ciclone a rajada de vento deve passar dos  60km/h ao longo do dia sobre olitoral, serra e nordeste gaúcho. Já na maior parte do RS, o tempo é firme, mas com nebulosidade na primeira metade do dia.

A temperatura fica baixa em todo o RS ao longo do dia.  O domingo terá tempo firme em todo o Rio Grande do Sul, com geada da Campanha à serra e ao norte do estado, e com temperaturas baixas.

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Radar Meteorológico para áreas agrícolas

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Agrotalk: Desafios durante a safra

Os desafios para gerir uma safra inteira são muitos. Ao longo do processo entre estudar e conhecer o perfil do solo até o plantio, passando pelas fases de desenvolvimento de uma cultura até a colheita, são inúmeros os obstáculos onde o produtor rural precisa concentrar seus esforços.

Mesmo em anos atípicos onde o clima, preços e insumos impactam a gestão da planilha do produtor, a trajetória de sucesso da agricultura brasileira é pautada em um esforço conjunto que engloba tecnologia, ciência, suporte técnico, maquinário, a competência e superação do agricultor brasileiro. 

No episódio desta semana, os especialistas irão responder as principais dúvidas recebidas dos produtores e também vamos ver um exemplo de força durante giro no campo. Acompanhe:

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Evolução da colheita do feijão 2ª safra é considerada boa em MG

A colheita do feijão 2ª safra que começou no mês de em maio em Minas Gerais segue com boa evolução, até o momento. Apesar do clima mais seco, registrado no último mês, boa parte das lavouras já se encontrava em fase fenológica avançada, como na maturação, o que minimizou as perdas de potencial.

As lavouras localizadas mais ao sul do estado foram aquelas que enfrentaram um período maior de estiagem e, por consequência, obtiveram maiores restrições. A média estadual para a produtividade ainda estima incremento em comparação à temporada passada, que foi bem afetada por intempéries climáticas.

Outro fator destacável é a boa qualidade do produto colhido até então, reforçando que o clima mais seco na maturação auxilia na secagem e evita danos fisiológicos (ou favorecimento de patologias) relacionados ao excesso de umidade nessa etapa pré-colheita.

Foto: Getty Images

Bahia

A colheita do feijão 2ª safra começou na Bahia, porém a maior parte das lavouras ainda segue na fase de enchimento de grãos e maturação. Não há registro de danos que comprometa o potencial produtivo do feijão-comum cores. Alta luminosidade, redução das temperaturas noturnas e diminuição na incidência de pragas foram alguns dos fatores visualizados sobre o cultivo ao longo desse período de menos precipitações, que favoreceram a cultura.

Tendência do Clima nos próximos dias

Uma frente fria e um ciclone no oceano, próxima costa nas regiões Sul e Sudeste, ainda espalham muitas instabilidades sobre o centro-sul do país e até essa sexta-feira (16/06) tem risco de chuva forte, especialmente entre a Região Sul, São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Em Mato Grosso do Sul as instabilidades tendem a perder força, o tempo falta abrir e as temperaturas entram em declínio, devido ao avanço de uma massa de ar de origem polar.

Durante o final de semana as instabilidades devem ficar mais concentradas entre a zona da mata de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, enquanto no centro-sul do país o tempo ficará mais aberto e frio durante as madrugadas. Há risco para formação de geadas pontuais entre o Rio Grande do Sul e o Planalto paranaense e em algumas áreas produtoras entre o sul e sudoeste de Mato Grosso do Sul. Além dos episódios serem isolados, devem ser de fraca intensidade. Podem trazer danos pontuais para algumas lavouras, mas não há previsão para geadas amplas e fortes. Também pode gear de forma fraca e bastante isolada no sul de Minas Gerais entre domingo e a próxima segunda-feira.

No decorrer da próxima semana tem previsão para o avanço de um novo sistema, que volta a espalhar chuvas pelo centro-sul do Brasil. Entre os dias 20 e 24 de junho são esperados altos volumes de precipitação entre o norte do Rio Grande do Sul e o interior paranaense, onde algumas localidades podem receber mais de 100 mm em 5 dias. Mais uma vez a chuva deve se espalhar sobre partes do Sudeste e do Centro-Oeste no decorrer da segunda metade da próxima semana e apesar dessa chuva manter a umidade no solo elevada, deve paralisar momentaneamente as atividades no campo.

Leia também: Clima e manejo favorecem produção de urucum no noroeste do Paraná

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Chuva causou perda na qualidade do feijão 2ª safra

No Rio Grande do Sul, a área ocupada pelo cultivo de feijão 2ª safra, corresponde ao total de 20.127 hectares. A produtividade estimada é de 1.376 kg/ha. Em Ijuí, a colheita apresentou avanço limitado, atingindo 65% devido à demora na maturação das lavouras. Em Porto Alegre, a colheita da safrinha foi concluída, porém a recorrência de chuvas em maio causou perda de qualidade dos grãos em parte dos cultivos. Houve relatos de lavouras que apresentaram germinação dos grãos ainda nas vagens, resultando em perdas de até 10% da produção e estimativa de produtividade entre 900 e 1.100kg/ha, segundo dados da Emater RS/Ascar.

Na região de Santa Maria, 23% do feijão 2ª safra está em fase de maturação e 77% já foram colhidos. De maneira geral, as lavouras estão demonstrando desenvolvimento satisfatório, e a produtividade permanece em 1.030 kg/ha. Em Soledade, o desempenho das lavouras é satisfatório tanto em termos de produtividade quanto de qualidade dos grãos. Em relação às fases de desenvolvimento, 15% das lavouras encontram-se em processo de enchimento de grãos, 55% estão em fase de maturação e 30% já foram colhidas.

Paraná

A colheita do feijão 2ªsafra avança e as condições gerais das lavouras são consideradas boas, visto que aquelas que tiveram algum dano significativo estão mais associadas aos períodos de estiagem que foram observadas em parte do ciclo da cultura.

Em Francisco Beltrão (PR), 85% do cultivo está em fase de maturação e 15% em frutificação. Do total de área plantada (63.000 ha) 10% apresenta condições ruins. Em Pato Branco, município paranaense com maior área plantada (90.000 ha), o feijão 2ª safra se encontra 100% na fase de maturação e as condições da cultura são consideradas boas, segundo o último boletim do Departamento de Economia Rural ( Deral).

De acordo com a Conab, em seu último relatório há uma projeção para uma pequena redução no potencial produtivo do feijão 2ª safra em comparação ao levantamento anterior, porém mantendo a perspectiva de produtividade média superior à visualizada em 2022.

Leia também: Área semeada com trigo se aproxima de 50% no país

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Clima e manejo favorecem produção de urucum no noroeste do Paraná

Quem planta urucum em Paranacity e em Cruzeiro do Sul, no noroeste do Paraná, está feliz da vida. As condições climáticas somadas aos cuidados no manejo favoreceram a cultura, que promete safra recorde este ano. Os produtores esperam colher até 1.500 quilos da semente por hectare, produção que nos dois últimos anos girou em torno de 500 quilos.

O urucuzeiro é de origem amazônica e se adaptou bem nos municípios do noroeste do Paraná, onde foi introduzido na década de 1980. Seus frutos são cápsulas de espinhos maleáveis onde ficam as sementes, cujo pigmento avermelhado é usado na culinária como condimento conhecido como colorau e como corante em diversas indústrias, a exemplo das alimentícias, têxteis, cosméticas, químicas e outras.

Atualmente, a maioria dos agricultores planta a variedade piave tradicional, árvore de maior porte, e a piave anão que, por ser mais baixa, facilita a colheita. Jair May, que cultiva o fruto desde 1993, planta os dois tipos em uma área de cerca de sete hectares. Ele começou a colher a piave anão e começará a piave tradicional na metade de julho.

“Este ano está excelente. Vamos colher em torno de 1.500 quilos de semente por hectare. Nos anos anteriores tivemos seca, mas neste ano tudo foi favorável. O preço também está bom, na média de 15 reais o quilo da semente. É uma renda que apoia nossa família o ano todo”, diz May, que também cria vacas de leite.

O urucuzeiro produz uma vez por ano. A colheita começa em março com algumas produções precoces, tem seu auge em junho e julho e termina em setembro.

José Carlos Gusman aprendeu a cultivar o urucum com pai e, hoje, comanda a produção da família, em uma área de cinco hectares. Pela facilidade na hora da colheita, prioriza a variedade piave anão, mas também possui pés de piave tradicional. Ele torce para que o preço se mantenha até o fim da safra.

“Estamos produzindo bastante, choveu na hora certa, não tivemos nem muita chuva nem muito sol. Colhi um pouco em março e nas próximas semanas começo a colheita maior. Esperamos que o preço não siga o embalo das commodities, em queda. De qualquer forma, pela produção que tivemos, este será um ano satisfatório”, comenta Gusman, que também trabalha com pecuária leiteira.

Gusman ressalta que o urucum é uma boa opção para o agricultor familiar a garante a permanência das famílias no campo. “São áreas de no máximo dez hectares. Isso inviabiliza maquinário grande de soja e de milho. Por outro lado, nosso solo é arenoso, temos muita luminosidade, calor adequado para produzir urucum e a colheita é semimecanizada”, detalha Gusman.

A produção geral será estimada pelos municípios em outubro, após o término da safra. “Dependendo dos tratos culturais e das condições do clima, os produtores vão colher de 800 a 1.500 quilos de semente por hectare, o que é bastante. Nos últimos dois anos, tivemos seca e o pessoal não investiu tanto em adubação. Como o preço está atrativo, estão investindo. As lavouras estão bem viçosas”, analisa o agrônomo da prefeitura de Paranacity, André Luiz Moron.

Valorização com a IG

Os produtores têm trabalhado, desde 2022, para conquistar a Indicação Geográfica (IG) para o urucum. Segundo Moron, esse movimento tem provocado melhorias no manejo. “O pessoal está substituindo lavouras antigas por novas, investindo em cultivares mais produtivos, em mais adubação”, observa Moron.

Os produtores de Paranacity, a capital do urucum do Paraná, e de Cruzeiro do Sul, estão mobilizados para conquistar a primeira IG do Brasil para o urucum. A intenção é elevar a competitividade do produto com a obtenção da IG por Indicação de Procedência (IP). Os municípios são conhecidos pelo cultivo do urucum, concentrando 600 hectares de urucuzeiros. Os pés entregam sementes com alto teor de bixina, o pigmento avermelhado das sementes. Produções comuns possuem até 3% de bixina, enquanto na região composta por Paranacity e Cruzeiro do Sul, o teor da substância chega a 6%. 

O trabalho pelo reconhecimento vem sendo realizado pelos produtores junto às prefeituras de Paranacity e de Cruzeiro do Sul, ao Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e ao Sebrae/PR.

Leia também: El Niño está formado. Saiba o impacto para a agricultura

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Lavouras de algodão apresentam bom desenvolvimento

Outra importante cultura de 2ª safra, o algodão tem uma colheita estimada de 2,98 milhões de toneladas apenas da pluma, segundo dados do 9º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

As lavouras apresentam um bom desenvolvimento, e predominam os estádios de formação de maçãs e maturação, com a colheita já iniciada em áreas da Bahia e Mato Grosso do Sul.

Foto: arquivo istock

De acordo com o último boletim (09/06) da Associação Brasileira dos produtores de Algodão (Abrapa), já foram colhidos: BA (3%), GO (9,78%), MG (12%), MS (1,79%); PR (75%), SP (34%). Os estados de MT, MA e PI estão com início de colheita prevista para segunda quinzena de junho.  Total Brasil: 1,58 % colhido.

Tendência do Clima

Uma frente fria espalha muitas instabilidades sobre o Sul do Brasil e estão previstos altos volumes de chuva e risco de ventos fortes entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Algumas localidades entre o nordeste do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina, leste do Paraná e sul de São Paulo podem receber volumes superiores a 100 mm.

Hoje (14/06) episódios mais isolados e com moderada intensidade devem chegar ao interior de Mato Grosso, sul de Goiás, ao sul e Triângulo Mineiro. O frio associado a massa de ar de origem polar deve avançar pelo interior do Brasil e provoca declínio acentuado nas temperaturas, não somente sobre a região Sul, mas também sobre o interior do Sudeste, do Centro-Oeste, inclusive sobre grande parte de Mato Grosso, e até mesmo sobre as áreas mais ao sul da região Norte, fenômeno conhecido como friagem.

Em Mato Grosso do Sul, sobre o sul e sudoeste do estado, há previsão para temperaturas mínimas próximas a 3 °C na madrugada da quinta-feira (15/06) e há risco para ocorrência de geadas isoladas, que podem atingir áreas produtoras de milho segunda safra. No entanto, além dos episódios serem isolados e fracos, não devem ser persistentes e na madrugada de sexta-feira já reduz o risco de frio extremo sobre áreas produtoras de Mato Grosso do Sul.

Já entre Sul e Sudeste o frio mais intenso está previsto a partir da sexta-feira, já que na quinta-feira ainda há previsão de chuvas e o tempo ficará mais fechado, especialmente na faixa leste das duas regiões.

No Sul o risco para geadas aumenta nas madrugadas do sábado e domingo entre o interior gaúcho e o sul paranaense. Já no Sudeste o risco para geadas é muito baixo. O fenômeno até pode ocorrer nas regiões serranas entre São Paulo e sul de Minas Gerais, mas de uma forma mais isolada e fraca.

Nas áreas mais ao norte do Brasil, a chuva segue intensa sobre o norte do Amazonas e interior de Roraima, onde algumas localidades podem receber mais de 100 mm até o próximo final de semana e a tendência é que ao longo dos próximos dias a chuva se espalhe um pouco mais pelas áreas mais ao sul da região Norte, inclusive atingindo áreas do interior de Rondônia e do Acre. Isso deve ocorrer porque a frente fria, que vai avançar pelo centro-sul do país deve atrair a umidade do Amazônia sobre o interior do Brasil e as instabilidades devem aumentar e se espalhar sobre as áreas mais ao sul da região Norte.

No Nordeste as chuvas devem continuar ocorrendo sobre as áreas litorâneas, ainda com moderada intensidade entre Sergipe e Rio Grande do Norte e de forma mais isolada sobre as demais áreas. No interior nordestino o tempo vai continuar seco e quente.

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Área semeada com trigo se aproxima de 50% no país

A área semeada do trigo já atinge 46,9% no país, o que representa um crescimento de 9,7% na área plantada, com a cultura podendo alcançar 3,4 milhões de hectares, o que resulta em uma produção de 9,8 milhões de toneladas, de acordo com o 9º levantamento da Conab.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, estima-se expansão de área de cultivo com o cereal em relação à safra anterior. Na Fronteira Oeste, o plantio está avançando rapidamente devido às condições climáticas favoráveis. Em Maçambará, os produtores já semearam 15% da área prevista, enquanto em São Borja, 20%. Nesse município, os produtores estão realizando a primeira aplicação nitrogenada em cobertura nas lavouras em fase de perfilhamento. Até o momento, as lavouras apresentam bom estande e excelente sanidade. Em São Gabriel, o plantio já foi efetuado em 10% dos 9 mil hectares previstos.

Em Frederico Westphalen, a tendência é de que a semeadura ocorra em uma área semelhante ao ano anterior, com maior concentração durante o mês de junho. Estima-se que 10% da área já tenha sido semeada, encontrando-se atualmente na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. Em Ijuí, foi intenso o trabalho de semeadura da cultura, atingindo 22% da área estimada. Iniciou-se a semeadura pelas cultivares de ciclo mais longo, e continuou o preparo das áreas para as cultivares de ciclos médio e precoce.

Em Santa Maria  e municípios como Capão do Cipó e Tupanciretã o plantio já alcança 5% da área plantada. No entanto, na região, há a perspectiva de diminuição na área plantada em comparação à safra anterior.

Em Santa Rosa, durante o período intermediário recomendado pelo zoneamento agrícola para a região, que abrange o intervalo entre 11/05 e 20/07, houve acréscimo significativo no percentual de áreas cultivadas, evoluindo de 13% para 34% da área total semeada. A estimativa é de aumento na extensão das áreas cultivadas na safra de 2023 em relação à safra de 2022.

Em Soledade, houve o início da semeadura que se estende até 20/07 na maioria dos municípios. Em municípios de maiores altitudes, o prazo se estende até o final de julho. Até o momento, estima-se que apenas 10% da área destinada ao trigo tenha sido semeada.

Tendência do Clima

Na quarta-feira (14/06), a chuva retorna com mais força no noroeste, norte e nordeste do Rio Grande do Sul, inclusive na região Metropolitana de Porto Alegre, no litoral norte e na serra. Destaque para os acumulados mais elevados e o risco de alagamentos no norte e nordeste do RS, inclusive nas áreas de serra. Na quinta-feira (15/06) chove em todo o Rio Grande do Sul com risco de temporais por todo o estado gaúcho, sendo ao longo do dia do centro ao norte e nordeste, com acumulados elevados e risco para alagamentos e transbordamento de córregos e rios. Já nas áreas mais ao sul e oeste do estado, a precipitação também é forte, mas começa a partir da tarde. Na sexta-feira (16/06) as instabilidades se concentram agora do centro ao norte e nordeste do RS, com risco de chuva mais forte e com acumulados ainda elevados na serra, litoral norte e região metropolitana de Porto Alegre, devido ao ciclone extratropical na costa da Região Sul, que dará origem a uma nova frente fria.

Temperatura

Na quarta-feira (14/06), o frio segue sendo também destaque por todo o Rio Grande do Sul, com risco ainda de geada do centro ao oeste e campanha gaúcha. Na quinta-feira (15/06), o frio continua por todo o estado gaúcho. No sábado (17/06), há previsão de geada no centro oeste gaúcho e entre domingo e segunda (19/06) há risco de geada ampla, atingindo também áreas de serra gaúcha. 

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Novo levantamento da Conab aponta produção de grãos de 315,8 milhões de toneladas

Os produtores brasileiros deverão colher 315,8 milhões de toneladas na safra de grãos 2022/2023. O 9º levantamento da safra de grãos, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta terça-feira (13), aponta para novo recorde de produção podendo registrar um crescimento de 15,8%, o que representa um volume 43,2 milhões de toneladas superior ao estimado no ciclo anterior.

De acordo com a nova estimativa, a área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 4,8% em relação ao ciclo 2021/22, sendo estimada em 78,1 milhões de hectares.

“Esta estimativa marca um recorde na produção de grãos no nosso país, reafirmando o campo agrícola como um setor fundamental para o desenvolvimento brasileiro”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto. “Vamos manter e aprimorar o trabalho de inteligência da Conab, focado na agricultura brasileira”, completou.

Foto: arquivo istock

Soja

A soja se destaca com o maior crescimento neste ciclo. Com a colheita praticamente finalizada, chegando a 99,9% da área semeada, a estimativa é de um volume de 155,7 milhões de toneladas. O resultado supera em 24% a produção da temporada passada, ou seja, cerca de 30,2 milhões de toneladas colhidas a mais. Mato Grosso, principal estado produtor, registra um novo recorde para a safra da oleaginosa, com produção estimada em 45,6 milhões de toneladas. Bahia também é um destaque com a maior produtividade do país com 4.020 kg/ha. “Nos dois casos, o resultado é reflexo do bom pacote tecnológico e condições climáticas favoráveis neste ciclo”, ressalta o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos.

Milho

Para o milho, a projeção também é de um novo recorde com produção estimada em 125,7 milhões de toneladas, somando-se as 3 safras do cereal ao longo do ciclo, é 11,1% acima do volume produzido em 2021/22, o que representa 12,6 milhões de toneladas. Na primeira safra do grão, a colheita está quase finalizada com uma produção de 27,1 milhões de toneladas. Já para a segunda safra, em fase inicial de colheita, estima-se uma produção de 96,3 milhões de toneladas. “As condições climáticas têm sido favoráveis para o desenvolvimento da cultura até o momento”, pondera Vasconcellos.

Tendência do Clima

Uma frente fria espalha muitas instabilidades sobre o Sul do País e até a metade da semana áreas de instabilidades vão atuar sobre o centro-sul do país. Estão previstos altos volumes de chuva e risco de ventos fortes entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Algumas localidades entre o nordeste do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina, leste do Paraná e sul de São Paulo podem receber volumes superiores a 100 mm.

Até quarta-feira (14/06) episódios mais isolados e com moderada intensidade devem chegar ao interior de Mato Grosso, sul de Goiás, ao sul e Triângulo Mineiro. Acompanhando o avanço da frente fria, uma massa de ar de origem polar é responsável por temperaturas bastante baixas. O frio deve avançar pelo interior do Brasil entre quarta e a quinta feira, quando as instabilidades vão começar a perder força sobre o centro-sul. A massa de ar de origem polar provoca declínio acentuado nas temperaturas, não somente sobre a região Sul, mas também sobre o interior do Sudeste, do Centro-Oeste, inclusive sobre grande parte de Mato Grosso, e até mesmo sobre as áreas mais ao sul da região Norte, fenômeno conhecido como friagem.

Em Mato Grosso do Sul, sobre o sul e sudoeste do estado, há previsão para temperaturas mínimas próximas a 3 °C na madrugada da quinta-feira (15/06) e há risco para ocorrência de geadas isoladas, que podem atingir áreas produtoras de milho segunda safra. No entanto, além dos episódios serem isolados e fracos, não devem ser persistentes e na madrugada de sexta-feira já reduz o risco de frio extremo sobre áreas produtoras de Mato Grosso do Sul.

Já entre Sul e Sudeste o frio mais intenso está previsto a partir da sexta-feira, já que na quinta-feira ainda há previsão de chuvas e o tempo ficará mais fechado, especialmente na faixa leste das duas regiões.

No Sul o risco para geadas aumenta nas madrugadas do sábado e domingo entre o interior gaúcho e o sul paranaense. Já no Sudeste o risco para geadas é muito baixo. O fenômeno até pode ocorrer nas regiões serranas entre São Paulo e sul de Minas Gerais, mas de uma forma mais isolada e fraca.

Nas áreas mais ao norte do Brasil, a chuva segue intensa sobre o norte do Amazonas e interior de Roraima, onde algumas localidades podem receber mais de 100 mm até o próximo final de semana e a tendência é que ao longo dos próximos dias a chuva se espalhe um pouco mais pelas áreas mais ao sul da região Norte, inclusive atingindo áreas do interior de Rondônia e do Acre. Isso deve ocorrer porque a frente fria, que vai avançar pelo centro-sul do país deve atrair a umidade do Amazônia sobre o interior do Brasil e as instabilidades devem aumentar e se espalhar sobre as áreas mais ao sul da região Norte.

No Nordeste as chuvas devem continuar ocorrendo sobre as áreas litorâneas, ainda com moderada intensidade entre Sergipe e Rio Grande do Norte e de forma mais isolada sobre as demais áreas. No interior nordestino o tempo vai continuar seco e quente.

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Tecnologia facilita o manejo e aumenta a produtividade da mandioca

Pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma tecnologia que busca facilitar o manejo do cultivo da mandioca de mesa no Cerrado ao mesmo tempo em que aumenta a produtividade e a lucratividade da atividade. É a cobertura plástica do solo no cultivo de mandioca de mesa no Cerrado.

“A utilização de cobertura plástica do solo no cultivo de mandioca de mesa é uma boa opção para os produtores. Ela aumenta a produtividade das raízes, com manutenção da umidade, o controle da erosão, promove a melhoria da qualidade biológica do solo, além da diminuição do ciclo da cultura e da mão de obra no controle do mato”, explica o pesquisador da Embrapa Cerrados, Eduardo Alano.

Os estudos, segundo ele, foram no sentido de identificar como a mandioca se comportaria plantada sob a cobertura, com e sem irrigação. “Vimos que o uso da cobertura plástica do solo proporcionou um aumento de pelo menos 13% na produtividade das raízes. E quando a tecnologia é utilizada juntamente com a irrigação, essa produtividade é ampliada em quase 90%”, afirma o estudioso.

De acordo com o pesquisador, é possível a utilização de uma mesma cobertura plástica do solo para mais de um cultivo. “Ela pode servir para a produção de morango e alface, por exemplo, e depois para uma safra de mandioca. Dessa forma, é possível diminuir os custos de implantação da cobertura, inclusive com a utilização da fertilidade residual do primeiro cultivo”, explica.

Segundo ele, a mandioca entra nesses sistemas de produção como uma cultura estratégica, que permite a ampliação da rentabilidade da lavoura e, ao mesmo tempo, quebra os ciclos de pragas e doenças por meio da sucessão e/ou rotação de culturas. Outro aspecto destacado por ele é a possibilidade de utilização da consorciação com outras culturas entre as fileiras duplas de mandioca a fim de contribuir para o enriquecimento, a preservação e a intensificação do uso do solo, bem como para o aumento da diversificação da renda familiar.

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Geada será pontual sem danos para lavouras

Uma frente fria já espalha muitas instabilidades sobre o Sul do Brasil e até a metade da semana a intensificação de uma área de baixa pressão atmosférica, entre o Sul e Sudeste, provoca aumento das instabilidades sobre o centro-sul do país.

Altos volumes de chuva

Estão previstos altos volumes de chuva entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Há potencial para transtornos nesses estados, devido ao alto volume de chuva previsto até o dia 15 de junho e o risco para ventos fortes. Algumas localidades entre o nordeste do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina, leste do Paraná e sul de São Paulo podem receber volumes de chuva superiores a 100 mm.

Até quarta-feira (14/06), episódios mais isolados e com moderada intensidade devem chegar ao interior de Mato Grosso, sul de Goiás, ao sul e Triângulo Mineiro.

Geada pontual

Acompanhando o avanço da frente fria, uma massa de ar de origem polar está avançando pelo sul da América do Sul e já é responsável por temperaturas bastante baixas sobre o Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (12/06). O frio deve avançar pelo interior do Brasil entre a próxima quarta (14/06) e a quinta feira (15/06), quando as instabilidades vão começar a perder força sobre o centro-sul.

Milho no RS

De acordo com o último boletim da Emater/RS, para as lavouras de milho safrinha, que estão progredindo nas fases de enchimento de grãos e maturação, o risco de perdas devido a geadas está se tornando cada vez mais reduzido à medida que a fase de maturação avança no campo. Em Pelotas, 10% das lavouras estão na fase de enchimento de grãos; maduras são 28%; e 62% já foram colhidas. Em Santa Maria, mais de 90% da área semeada já foi colhida. Com o progresso da colheita do milho safrinha, observa-se melhora na produtividade média alcançada.

Em Santa Rosa, praticamente a fase agora é de maturação. Já foram colhidas 96% das lavouras. Estima-se que, até o final do mês de junho, toda a área destinada ao cultivo esteja colhida.

Em Soledade, pouco mais de 8% estão de enchimento de grãos; 8% encontram-se em fase de maturação fisiológica; e 84% das lavouras foram colhidas.

Ar frio polar avança para outras regiões

A massa de ar de origem polar deve avançar de forma continental no decorrer da segunda metade da semana, provocando declínio acentuado nas temperaturas, sobre o interior do Sudeste, do Centro-Oeste, inclusive sobre grande parte de Mato Grosso, e até mesmo sobre as áreas mais ao sul da região Norte, fenômeno conhecido como friagem.

Em Mato Grosso do Sul, sobre o sul e sudoeste do Estado, há previsão para temperaturas mínimas próximas a 3 °C na madrugada da quinta-feira e há risco para ocorrência de geadas isoladas, que podem atingir áreas produtoras de milho segunda safra. No entanto, além dos episódios serem isolados e fracos, não devem ser persistentes.

“Há risco de geada fraca e isolada para o sul e sudoeste de Mato Grosso do Sul podendo atingir áreas de cana de açúcar e milho, mas não é persistente e deve ser observada apenas durante a madrugada de quinta-feira (15/06) com possível danos pontuais”, alerta Nadiara Pereira, meteorologista da Climatempo.

Café

O fenômeno da geada até pode ocorrer nas regiões serranas entre São Paulo e sul de Minas Gerais. ” O sul de Minas poderá registrar geada pontual no próximo final de semana em áreas de baixada sem danos severos para o café”, informa Pereira.

Veja o vídeo abaixo com mais detalhes sobre a previsão dos próximos dias:

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