Categorias
Noticias Agrícolas

Calor e vento afetaram cultivo da cebola em Santa Rosa

Os cebolicultores de Caxias do Sul estão no campo realizando o tratamento fitossanitários e o controle das plantas. Nas áreas já transplantadas, a cultura apresenta bom desenvolvimento inicial. Apesar das chuvas intensas ocorridas na segunda quinzena de junho, não houve problemas significativos em relação ao transplantio das mudas e à confecção dos canteiros. Até o momento, a estimativa é de redução da área plantada em comparação à safra passada, entre 10 e 15 %, segundo levantamento da Emater/Ascar-RS.

Foto: Getty Images

Em Santa Rosa, os produtores intensificaram o transplante para comercialização direta e para consumo nas propriedades. Foram observados danos na parte aérea das plantas, provavelmente em relação a infestações por botrytis ou a danos físicos causados pelo calor e por ventos observados em junho. A cultura está em desenvolvimento vegetativo nos canteiros e nas áreas já transplantadas.

Leia também: O que fazer para ter o melhor manejo nas culturas de tomate, cebola e batata

Mandioca

A cultura da mandioca apresenta um aspecto de envelhecimento nas folhas baixeiras (normal para a época), mas as folhas do terço superior estão verdes, e as ramas são de boa qualidade. Os produtores seguem a colheita e a comercialização.

Na região de Santa Rosa, continua a colheita de raízes da safra atual de mandioca. A qualidade de algumas variedades está razoável em função do aumento de produto afetado por escurecimento e do sabor amargo. Os produtores observam a previsão de geadas para iniciarem o armazenamento de ramas para manivas da próxima safra.

Tendência do Clima

Na segunda metade da semana uma frente fria vai avançar pelo Sul do Brasil espalhando chuvas entre o interior gaúcho e as áreas mais ao sul do Paraná. No final de semana a chuvas se espalha pelo interior paranaense com moderada intensidade e deve paralisar as atividades no campo especialmente sobre o sul e oeste do estado.

Previsão Climática para Julho de 2023

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Noticias Agrícolas

Levantamento aponta que passagem do ciclone afetou olerícolas no Vale do Paranhana

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, nas áreas e glebas com hortaliças folhosas que não foram atingidas pelo ciclone, no Litoral e encosta do Vale do Paranhana, foi efetuada a colheita durante o período. Essa finalização libera as áreas para novos cultivos. O ritmo de preparo e de novo plantio foi intenso, pois há expectativa de baixa oferta em breve.

Algumas estruturas de tomate e pimentão em produção foram perdidas, o que deve reduzir a oferta de produto para o inverno no estado. O extremo nordeste do Estado, entre Torres e Terra de Areia, não foi tão afetado, e a boa expectativa de produção poderá ser mantida. A produção de cenoura do Litoral e da encosta do Vale do Paranhana foi bastante comprometida pelos altos volumes de chuvas. Entretanto, a maior parte da área está em fase vegetativa mais desenvolvida, mas, ainda assim, haverá redução de oferta.

Em Santa Maria, as olerícolas apresentam bom desenvolvimento, sem maiores problemas fitossanitários.  Em Santa Rosa, devido à ocorrência de geadas pouco intensas, os produtores mantêm o manejo de ervilhas, que estão em início da floração. Os produtores seguem na aplicação de fungicidas e inseticidas nessa cultura, conforme a necessidade.

Batata doce

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Lajeado, em Feliz, a safra da batata doce está em finalização e não houve relatos de problemas fitossanitários. A passagem do ciclone não causou prejuízos para a cultura, mas há algumas lavouras que foram afetadas pelo excesso hídrico, por isso, houve certa dificuldade de mecanização para a colheita devido ao encharcamento do solo.

Alho

Em Passo Fundo, com a umidade do solo favorável os produtores estão intensificando o preparo e a vernalização da semente para iniciarem o plantio.

Beterraba

Na região de Lajeado, em Feliz, a cultura da beterraba encontra-se no período de safra, em distintas fases de desenvolvimento e em colheita, evidenciando plantios escalonados. Algumas lavouras foram inundadas por causa da chuva no final de junho e a estimativa é que 30% da área plantada foi afetada.

Repolho, couve-flor e brócolis se desenvolvem bem na região de Soledade (RS). A produtividade e a qualidade são satisfatórias. Não há pressão de pragas e doenças, mas segue o monitoramento e o manejo.

Tendência do Clima

Na segunda metade da semana uma frente fria vai avançar pelo Sul do Brasil espalhando chuvas entre o interior gaúcho e as áreas mais ao sul do Paraná. No final de semana a chuvas se espalha pelo interior paranaense com moderada intensidade e deve paralisar as atividades no campo especialmente sobre o sul e oeste do estado.

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Noticias Agrícolas

Clima favorece a germinação do trigo em áreas produtoras do RS e do PR

A área cultivada com trigo na safra 2023 no Rio Grande do Sul está estimada em 1.505.704 hectares, e a produtividade prevista é de 3.021 kg/ha. A cultura encontra-se atualmente em processo de implantação e a semeadura no estado, alcançou 65% da área planejada. A implementação já se aproxima dos 90% na região noroeste e diminui gradualmente em direção ao leste, com aproximadamente 70% no Planalto Médio, 30% no Planalto e menos de 10% no nordeste. Na Região Central, o índice se aproxima de 65%, e no sul do estado atinge 60%.

As lavouras que foram semeadas no final de maio e na primeira quinzena de junho apresentaram emergência altamente satisfatória e rápido desenvolvimento inicial. Algumas lavouras com plantio mais precoce já receberam adubação nitrogenada em cobertura. Até o momento, as condições fitossanitárias são consideradas adequadas.

Previsão climática para o mês de Julho no Sul

Em São Borja, 80% das lavouras já foram implantadas e a colheita do trigo está programada para ser efetuada em outubro. Nos campos de cima da serra, onde cerca de 90% da área total prevista para a região é cultivada, as áreas já foram dessecadas com o objetivo de preparar o solo para a semeadura. Essa etapa deverá iniciar nestes primeiros dias de julho e se estenderá até o final do mês.

Na região de Pelotas, as lavouras apresentam estande de plantas satisfatório e estão em fase de desenvolvimento vegetativo. Em Santa Rosa, a área semeada corresponde a 88% da área total. As condições de clima têm favorecido a germinação, o crescimento inicial e a população adequada de plantas.  Ainda há áreas a serem semeadas devido à umidade excessiva e a pendências de financiamento, o que impede a realização da atividade antes da contratação dos créditos. Em razão da elevação das temperaturas, os produtores intensificam o monitoramento de pragas e doenças, buscando reduzir os danos causados por infestações de pulgões e manchas foliares.

Paraná

A expectativa para a produção de trigo ainda é de safra cheia, apesar de alguns problemas pontuais observados no norte do Paraná. A estimativa de produção é de 4,56 milhões de toneladas, 30% maior do que na safra passada. Já o ganho de área foi de 12%.

De acordo com o Departamento de Economia Agrícola (Deral), até o final de junho, o plantio evoluiu bem com 91% da área de 1,39 milhão de hectares.

Tendência do clima nos próximos dias

Na segunda metade da semana uma frente fria vai avançar pelo Sul do Brasil espalhando chuvas entre o interior gaúcho e as áreas mais ao sul do Paraná. No final de semana a chuvas se espalha pelo interior paranaense com moderada intensidade e deve paralisar as atividades no campo especialmente sobre o sul e oeste do estado.

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Noticias Agrícolas

Colheita do milho safrinha avança em Mato Grosso

A colheita da safrinha de milho está a todo vapor no Mato Grosso. As chuvas ocorridas no mês de Abril favoreceram um estágio importante de desenvolvimento da cultura. O índice de vegetação (NDVI) das lavouras de milho segunda safra mostra evolução, indicando produtividade com bons resultados.

A produtora rural Raquel, de Querência no Mato Grosso, está satisfeita com o desempenho da sua lavoura de milho safrinha. “Na minha área a média é de 100 a 110 sacos por hectare e este ano optamos por uma variedade diferente que costumávamos plantar”, comenta.

Veja o vídeo feito por Raquel

Tendência do clima

Durante a próxima semana o tempo seco vai predominar e as temperaturas tendem a ficar em elevação sobre a maior parte das áreas produtoras do interior do Brasil.

Episódios de chuva mais significativos estão previstos para região Sul a partir da metade da próxima semana, quando áreas de instabilidade devem se tornar mais generalizadas e devem provocar chuvas mais generalizadas e duradouras sobre os estados do Sul do país. Além disso, na segunda semana de julho a passagem de uma frente fria deve propagar alguns episódios de chuva até o estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Esse sistema virá acompanhado por um declínio mais acentuado das temperaturas sobre o extremo Sul do Brasil.

As temperaturas também devem diminuir no final da primeira quinzena de julho sobre o interior do centro sul, mas por enquanto não há indicativo para frio extremo e nem risco para ocorrência de geadas em áreas produtoras.

Milho safrinha

Sua importância é estratégica no agronegócio brasileiro, pois é o segundo principal produto da safra nacional, perdendo apenas para a soja. Para este ano a expectativa é de um aumento de 11,2% na produção nacional, totalizando um recorde de 122,5 milhões de toneladas, de acordo com o IBGE. Já a Conab e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos preveem números maiores: 123 e 125 milhões de toneladas.

Foto: arquivo istock

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Noticias Agrícolas

SP Coffee Festival uniu a origem do café até o consumidor final

Partiu tomar um cafezinho? Nos dias 23, 24 e 25 de julho, a capital paulista recebeu um dos maiores eventos de café do mundo. O SP Coffee Festival aconteceu no prédio da Bienal de São Paulo, ao lado do parque do Ibirapuera. O piso térreo e primeiro andar da Fundação Bienal São Paulo ficaram repletos de visitantes que se misturavam com produtores rurais, gestores de fazenda de café, especialistas, chefs de cozinha, baristas e marcas conceituadas do mercado.

Fotos e vídeos: Angela Ruiz

A experiência com café especial continua sendo a protagonista do evento. Visitei o estande do famoso café robusta amazônico para entender como os cafeicultores familiares estão usando ciência, tecnologia em pequenas áreas para cultivar um café considerado de aroma e sabor diferenciado. Lá conheci a Liane, proprietária de uma loja conceito em Belém (PA), que explicou sobre o processo de fermentação que dá origem ao aroma e o sabor deste tipo de café.

“Rondônia é o maior produtor de café da Região Norte, quinto maior do país e o segundo da espécie canéfora. Em Belém, na minha loja os turistas querem conhecer o café amazônico e a maior parte da vendas giram em torno deste tipo de café diferenciado”, conta Liane.

Fotos: Angela Ruiz

Ao percorrer o evento, os amantes da segunda bebida mais consumida no mundo também interagiram com os baristas e chefs de cozinha que apresentaram seus quitutes e drinques. Sucesso em Amsterdã, Cidade do Cabo, Londres, Los Angeles, Milão e Nova York, e, agora São Paulo o evento celebrou a cultura do café e proporcionou aos visitantes várias experiências de degustação não só do puro café coado, mas de chocolate com toques cafeínados, bolos, pães, etc.

Para troca de conhecimento havia aulas, workshops e oficinas sensoriais. Destaco aqui a atividade realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), que montou uma sala didática sobre a origem do café, sua torra, moagem, compostos e os processos. O ponto alto era escolher ao final qual café combina com seu paladar e escolher uma porta para entrar em sua própria mini cafeteria. Veja:

Neste segundo ano de SP Coffee Festival o que podemos observar foi uma interação entre o dentro e fora da porteira. Do produtor, passando pela indústria, distribuidores chegando a mão do consumidor. Esse conceito de entender a origem e seus processos é que encanta a todos que admiram e são fãs do bom e velho cafezinho, seja coado, torrado, moído ou na cápsula o que vale é a qualidade, sua origem e sua identidade com sabor brasileiríssimo.

Leia também: O legado de Alysson Paolinelli

Frio e seca podem impactar nas vendas de ovos?

Categorias
Noticias Agrícolas

Frio e seca podem impactar nas vendas de ovos?

Muito tem se falado dos ovos neste ano de 2023, seja sobre a alta dos preços ou da escassez do produto no mercado interno. As exportações brasileiras de ovos somaram 11,950 mil toneladas entre janeiro e maio deste ano, de acordo com dados divulgados na última terça-feira (27/06) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume é 93,1% maior que o registrado nos primeiros cinco meses de 2022 (6,187 mil toneladas) e já supera todo o exportado no ano passado (9,474 mil toneladas).

De acordo com a ABPA, os principais destinos do ovo brasileiro foram Japão e Taiwan, que, juntos, respondem por mais de 70% do total embarcado nos cinco primeiros meses de 2023. De janeiro a maio, os japoneses importaram 4,980 mil toneladas. O volume do mesmo período em 2022 foi de 386 toneladas. Os taiwaneses compraram 3,594 mil toneladas. No ano passado, não houve exportações de ovos brasileiros para o país. O Japão conhecido por sua culinária diversificada e apreciação por alimentos de alta qualidade, importou uma quantidade significativa do produto.

Para Fábio Pizzamiglio, especialista em comércio exterior, a exportação pode ser beneficiada pela alta do preço. “Com os preços dos ovos em alta durante os últimos meses, os produtores brasileiros podem se beneficiar das exportações para diversificar seus mercados e aumentar suas receitas. Os dados preliminares divulgados pela secretaria de comércio exterior mostram que há espaço para crescer nas exportações de ovos e ovoprodutos”.

O faturamento dos exportadores totalizou US$ 29,670 milhões, mais que o dobro do registrado entre janeiro e maio do ano passado (US$ 11,164 milhões) e também superior ao contabilizado em todo o ano de 2022 (US$ 22,4 milhões).

Esse recorde de exportações reflete não apenas a demanda desses dois países, mas também a eficiência e qualidade da indústria de produção de ovos nos países exportadores. Produtores de ovos têm investido em práticas avançadas de criação, garantindo a segurança alimentar e a qualidade dos ovos.

Apenas no mês de maio, as exportações brasileiras de ovos totalizaram 4,346 mil toneladas, de acordo com a ABPA, quase seis vezes mais que as 628 toneladas embarcadas no mesmo mês de 2022. Em receita, a alta foi de 429,4%, com US$ 10,069 milhões em maio deste ano. Em 2022, foram US$ 1,902 milhão no mês.

Clima frio

Sobre uma possível escassez e o clima frio em determinadas regiões, a produção limitada devido à seca também complica a ampliação das vendas para o mercado externo. “Acredito que a prioridade será o abastecimento do mercado nacional e, como temos uma produção reduzida, mesmo que possamos pensar na exportação, a questão se torna complexa devido à falta de oferta”, completou Pizzamiglio.

Leia também: Produção dos Cafés do Brasil ocupa 1,9 milhão de hectares em 2023

Categorias
Noticias Agrícolas

O legado de Alysson Paolinelli

Faleceu nesta quinta-feira (29/06), o engenheiro agrônomo, ex ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli. Natural de Bambuí, Minas Gerais, foi líder da revolução agrícola tropical sustentável no Brasil promovendo a autossuficiência de alimentos ao país. Ajudou a transformar as terras brasileiras em potência agroalimentar e criou horizontes para a segurança alimentar mundial e o desenvolvimento sustentável de países do cinturão tropical.

Formado em Engenharia Agronômica na Universidade Federal de Lavras especializou-se nos estudos sobre o potencial da região do Cerrado para a produção agrícola. sempre foi incentivador da pesquisa, ciência e tecnologia. Implantou um programa de bolsa de estudos para estudantes brasileiros em diversos centros de pesquisa em agricultura pelo mundo. Atuou como ministro da agricultura de 1974 a 1979 e após deixar o ministério, foi presidente do Banco do Estado de Minas Gerais, deputado constituinte (1987 – 1991) e presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Alysson Paulinelli também atuou como presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (ABRAMILHO).

Em 2006 ganhou o prêmio World Food Prize. O World Food Prize seria o equivalente ao Nobel da alimentação. É um prêmio dado a pessoas, independente de raça e gênero, que ajudaram consideravelmente a população a melhorar a qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo. Em 2021, Paolinelli foi indicado ao Nobel da Paz.

Em entrevista ao podcast AgroTalk na época de sua indicação ao Nobel (2021) contou passagens de sua trajetória a jornalista Angela Ruiz. Acompanhe:

Paolinelli deixa um legado, um marco da sua trajetória na transformação da agricultura brasileira.

Categorias
Noticias Agrícolas

Região gaúcha atingida por ciclone não registrou impacto na área de trigo

A estimativa da safra 2023 aponta que a área cultivada com trigo no Rio Grande do Sul é de 1.505.704 hectares. A produtividade prevista é de 3.021 kg/ha. A cultura encontra-se em fase de implantação. Até o momento, a operação foi realizada em 55% da área planejada. Observa-se um progresso mais significativo na região noroeste do estado, enquanto em parte do nordeste ainda não foi iniciada.

Ciclone

A ocorrência de chuvas não teve impacto negativo nas lavouras implantadas, e os volumes pluviométricos elevados, na região afetada pelo ciclone, não atingiram as áreas de cultivo do cereal. A umidade adequada do solo tem sido favorável para a germinação, fase inicial do desenvolvimento vegetativo, resultando em um estande de plantas apropriado e em aspecto fitossanitário satisfatório.

De acordo com a Emater/Ascar, na região da Campanha, apesar do início recente do período recomendado pelo ZARC, os produtores do município de Bagé estão progredindo rapidamente na implantação das lavouras e já semearam 80% da área prevista. Diferentemente da safra anterior, quando o plantio se estendeu até a segunda quinzena de agosto devido às chuvas excessivas, as condições climáticas atuais têm permitido a realização contínua do trabalho, alinhando-se ao interesse dos produtores de concentrar a semeadura no mês de junho a fim de evitar atrasos na implantação da soja.

Em Hulha Negra, o plantio também apresenta bom rendimento operacional, em especial com a utilização de insumos remanescentes das lavouras de soja. Na Fronteira Oeste, em Manoel Viana, 40% da área foi implantada e, em São Borja, 70%. As lavouras apresentam excelente desenvolvimento, sendo pouco afetadas pelas baixas temperaturas e pela redução da disponibilidade de radiação solar, características predominantes no período.

Foto: arquivo istock

Tendência do Clima

Nesta semana o tempo seco vai favorecer as atividades de colheita nas principais áreas produtoras. Uma intensa massa de ar seco predomina sobre as áreas produtoras do Centro-Oeste, Sudeste e Paraná. Até a primeira semana de julho não tem previsão para ocorrência de chuvas sobre estas áreas.

As chuvas vão continuar concentradas sobre o extremo Sul do País, sobre as áreas litorâneas do Nordeste e no extremo Norte do País. As chuvas retornam de forma mais generalizadas sobre a região Sul, atingindo áreas produtoras do Paraná, na segunda semana de julho.

Quanto as temperaturas, há previsão para um declínio sobre o Sul do País na segunda metade desta semana, que volta a aumentar o risco para geadas sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina entre a quinta-feira(29) e a sexta-feira(30), mas no Paraná o risco para o fenômeno é baixo. As previsões mais estendidas mostram baixo risco para geadas pelo menos até o final da primeira quinzena de julho.

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Noticias Agrícolas

Chuvas irregulares e clima desfavorável afetam o plantio de trigo no estado de São Paulo

O regime de chuvas não favoreceu as lavouras de trigo de São Paulo, afetando a fase que antecedeu e a posterior ao plantio, resultando em uma produtividade menor do que as 550 mil toneladas inicialmente previstas para a safra 2023.

No última quinta-feira (22/06), a Câmara Setorial do Trigo esteve reunida em Capão Bonito, no interior paulista e concluiu que o volume do grão colhido no estado deverá chegar a 400 mil toneladas, o que representa uma redução de cerca de 20% do projetado na última safra.

O presidente da Câmara Setorial, Ruy Zanardi, ressaltou que as perspectivas ficaram aquém do esperado pelo setor. “Nós tivemos alguns problemas de chuvas na fase de plantio e pós, isso fez com que as lavouras tivessem um desenvolvimento irregular. Ainda esperamos um bom volume de produção para esse ano, mas não como foi previsto na primeira reunião da Câmara”.

Zanardi destacou que, infelizmente, as chuvas não chegaram na hora certa. “Isso fez com que houvesse um plantio tardio por parte de alguns produtores, o que acarretará um atraso na colheita, que pode coincidir com o início do período de chuvas, podendo afetar a qualidade dos grãos”, analisa.

Foto: Getty Images

Diante desse cenário, o presidente da Câmara prevê que o número da produção desta safra será menor do que a anterior. “Em 2022 chegamos às 500 mil toneladas, mas esse ano a perspectiva é que percamos cerca de 20% desse volume. Mesmo assim ainda é um bom número para o estado de São Paulo, apesar da esperança, até então, de que cresceríamos pelo menos 10%”, comenta Zanardi.

O valor foi apurado após o reporte das quatro maiores cooperativas do estado e cerealistas paulistas, que apontou a redução da produção por conta do clima desfavorável em momentos cruciais para o desenvolvimento do trigo como um dos fatores que permitiu este resultado.

Brasil acima da média

Apesar da redução no número previsto para a safra de 2023, o consultor de Gestão de Riscos, Jonathan Pinheiro, explica que o Brasil possui uma oferta ainda disponível no mercado interno e uma perspectiva de safra nova muito boa, que pode pressionar um pouco o mercado interno e manter os preços um pouco mais baixos.

Para São Paulo, ele aponta a perspectiva de um crescimento da área de cultivo, o que poderá aumentar a produção. “Ainda depende de um cenário climático, mas no geral a perspectiva é de aumento de produção. E, diante de um cenário internacional com preços um pouco menores, também vemos uma expectativa de crescimento das importações, já que temos grandes moinhos importadores aqui em São Paulo”, detalha o consultor.

Tendência do Clima

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.

Categorias
Noticias Agrícolas

Chuva trouxe dificuldades durante a colheita da segunda safra de feijão

O feijão carioca, o mais querido na mesa dos brasileiros, teve uma queda de 28% no preço das sacas de valor 7 neste primeiro semestre de 2023. Segundo dados do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE), a saca de 60kg do grão estava em R$ 365,00 aos empacotadores na segunda quinzena de janeiro, e, neste mesmo período de junho, a saca custa R$260,00.

A terceira safra do feijão teve início no mês de abril e durará até outubro. A safra de inverno, como é conhecida, corresponde a 20% da produção nacional de feijão e, geralmente, é a safra mais produtiva, devido aos altos investimentos em serviços, insumos e tecnologia. A tendência é que os preços aumentem até o final do ano, devido a qualidade do grão.

Foto: arquivo istock

Chuva causou problemas na 2ª safra

As chuvas observadas durante a colheita da segunda safra de feijão causaram problemas para o produtor. “Quando falamos em exportação, como também no preço para mercado interno, as chuvas dos primeiros meses do ano comprometeram a qualidade do feijão, principalmente na variedade do carioca”, diz o especialista em comércio exterior, Fábio Pizzamiglio.

Para o consumidor final, os preços do feijão carioca e do feijão preto variam em diferentes regiões do Brasil, oscilando entre R$ 6,49 e R$ 11,90 por quilo. A instabilidade no mercado de feijão tem impactado diretamente o consumidor brasileiro, tornando necessária uma gestão equilibrada do setor agrícola e do comércio exterior para garantir o abastecimento interno e a estabilidade dos preços. É esse efeito no almoço diário dos brasileiros que deve ser considerado quando falamos da redução do preço do feijão carioca.

De acordo com um levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nos primeiros quatro meses de 2023, o país exportou mais de 37 mil toneladas de feijão, porém, o carioca foi o de menor expressão e o feijão-fradinho o de maior. O fradinho representou ⅓ das exportações, o equivalente a 13 mil toneladas. No território nacional, esse grão ocupa a quarta posição de consumo pela população.

Já o feijão carioca detém 70% do consumo brasileiro e 53% da área cultivada, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“É muito importante que o país também invista na exportação do grão carioca, o qual é muito popular por aqui, mas não possui volume externo. O Brasil tem a capacidade de produzir diferentes tipos do grão, mas geralmente países asiáticos acabam preferindo o feijão-fradinho por questões culturais”, analisa Pizzamiglio. .

Colheita avança em áreas produtoras

Apesar do clima adverso e da incidência de doenças em algumas plantações ao redor do país, o grão possui um balanço positivo no avanço das colheitas. Em Minas Gerais, se observa uma colheita de 76% da área de plantio. No Paraná, os produtores de feijão já colheram 54% dos 299 mil hectares cultivados. No Rio Grande Do Sul, a colheita está mais prejudicada por conta das chuvas, o que apresentou perda da qualidade do grão.

O Brasil tem o potencial para aumentar a sua produção, principalmente considerando a atual taxa de câmbio e a derrubada dos preços devido a diminuição da inflação.

“Tanto os produtores de feijão, como os de arroz, alimentos indispensáveis na dieta do brasileiro, podem aumentar a sua produção devido a diminuição dos custos de produção, principalmente considerando os valores dos combustíveis e a valorização do real perante ao dólar. Desse modo, poderemos ter um aumento na produção interna, mantendo o preço baixo nas prateleiras. O balanço do feijão tende a continuar o mesmo que o ano passado, mas aumentar a produção é necessário tanto para exportação, quanto para melhores preços aplicados ao mercado interno”, conclui o especialista.

Tendência do Clima

Radar Meteorológico para áreas agrícolas

O Radar Meteorológico é um dos únicos equipamentos utilizados que pode estimar espacialmente a taxa de precipitação baseada em sensoriamento remoto. Clique aqui e saiba mais!

Quer ter acesso a maior comunidade AGRO voltada para o compartilhamento de informações de tempo e Clima para as regiões e culturas agrícolas do Brasil? Então clique aqui para seguir o Instagram Agroclima e ficar bem informado.