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Colheita do milho atinge 93% no RS

A colheita do milho no Rio Grande do Sul atinge 93% da área cultivada no Estado. O restante que falta ser colhido ainda não atingiu o grau de maturação nem o teor de umidade necessário para a operação.

Em Bagé, a colheita alcança 87% da área total cultivada. Em Candiota, o excesso de umidade provocou a germinação de grãos na espiga em algumas lavouras. Em Caxias do Sul, restam cerca de 15% a serem colhidos na Serra e Campos de Cima da Serra, o que representa aproximadamente 13 mil hectares. As áreas que ainda não foram colhidas apresentam perdas em volume e qualidade de grãos. O rendimento médio da safra é de 6.590 kg/ha.

Em Erechim, a cultura foi totalmente colhida. Em Ijuí, houve a retomada da colheita, e a cultura se aproxima do final da safra com perdas estimadas entre 20% e 30% por causa da alta umidade do grão.

Em Pelotas, a colheita não avançou, e a área colhida segue em 40% da área cultivada. A expectativa de produtividade reduziu para 2.578 kg/há. Em Santa Rosa, a cultura entra na reta final da safra: 96% da área colhida e 4% em fase de maturação do grão. A produtividade média esperada para o milho era de 8.590 kg/ha, mas as condições climáticas adversas reduziram a média para 5.520 kg/ha, o que representa queda de 35%. Doenças e chuvas intensas na floração também contribuíram para a redução. Iniciou-se o processo de pré-custeio para a safra 2024/2025 e alguns plantios de cobertura.

Em Soledade, o clima dificulta a colheita do milho safrinha, que fica limitada a colheitas manuais em pequenas áreas; nas áreas maiores, aguardam-se melhores condições de umidade para a entrada de máquinas. A umidade elevada dos grãos exige um longo período seco para secagem antes do armazenamento. Atualmente, 12% das lavouras estão em enchimento de grãos, 18% em maturação, e 70% foram colhidas.

Tendência do Clima para Junho

Neste sábado, 01 de Junho, o sol aparece em todo o Rio Grande do Sul. O ar frio de origem polar começa a enfraquecer e as temperaturas têm um ligeiro aumento.

No domingo (02/06), uma nova frente fria avança pela costa da Região provocando chuva isolada e de fraca intensidade no oeste, campanha, sul, centro, vales e Porto Alegre. Nas missões, noroeste, norte, nordeste e serra o predomínio é de tempo firme e sem chuva.

Na segunda-feira (03/06), chove no litoral norte, vales e Região metropolitana de Porto Alegre. Nas missões, noroeste, norte e serra, céu nublado com chuva a qualquer hora do dia. Apesar do retorno da chuva, não tem expectativa de volumes significativos. Na fronteira oeste, campanha e sul o sol aparece entre muitas nuvens e não chove. As temperaturas voltam a cair em todo o Estado. 

Veja aqui a análise para todo o mês de Junho

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Andav vai debater a Agroeconomia brasileira

Na atual conjuntura econômica do país, como fica a distribuição dos insumos agropecuários?

Nos dias 6 a 8 de agosto de 2024 no Transamérica Expo Center, em São Paulo acontece a 13ª edição do Congresso Andav que reúne profissionais e especialistas do setor e do exterior para abordar assuntos estratégicos do setor. Nesta edição de 2024, o evento traz mais espaço para novas tendências, tecnologias e conexões, com a participação de 250 marcas expositoras e expectativa recorde de 13,5 mil participantes.

Foto: Andav – Divulgação

Na programação, os temas em destaque escolhidos para este ano são: os cenários para o agronegócio global e brasileiro em 2024/25, palestra internacional sobre o mercado agro nos Estados Unidos e a distribuição de insumos, a liderança do Brasil na segurança alimentar, mudanças climáticas, ESG, sustentabilidade, inovação, gestão, educação.

A escolha do tema ‘Agroeconomia Brasileira em Primeiro Lugar: Como assegurar o nosso propósito de alimentar o mundo’ para o Congresso Andav 2024 é estratégico, pois coloca em foco o papel fundamental do Brasil como um dos principais produtores de alimentos do mundo e os desafios de garantir a sustentabilidade e a eficiência desse setor. Em paralelo, é uma homenagem aos milhões de profissionais que dedicam as suas vidas ao agro, e colocam o agro brasileiro sempre em primeiro lugar”, afirma Paulo Tiburcio, Presidente Executivo da Andav.

Segundo Tiburcio, a distribuição de insumos agropecuários no Brasil, por essência, é movida por inovação, impulsionada por tecnologias avançadas para atender às demandas crescentes por eficiência, sustentabilidade e produtividade no campo.

Um dos destaques da programação do Congresso Andav é a apresentação dos resultados da Pesquisa Nacional da Distribuiçãoque acontece sempre no terceiro dia de evento. A pesquisa está em sua 9ª edição e é realizada pela Andav com a contribuição de seus mais de 3.300 unidades comerciais que ajudam a gerar informações que são usadas para beneficiar o setor, trazendo uma análise detalhada do mercado atual de distribuição, dados sobre o perfil do distribuidor, tendências de mercado, inovações e tecnologias, sustentabilidade e responsabilidade social, além de dados que ajudam na perspectiva de futuro. “Esperamos coletar um volume ainda maior de informações nesta edição, que ajudará o distribuidor a ter uma visão abrangente do mercado, permitindo uma compreensão mais profunda das dinâmicas e necessidades em constante evolução”, conclui Tibúrcio.

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Algodão apresenta boas condições nas áreas produtoras do Brasil

As lavouras de algodão nas áreas produtoras do Brasil apresentam bom desenvolvimento, com sanidade regular e formação satisfatória de maçãs. A colheita já foi iniciada em alguns estados, com os avanços ligeiramente mais adiantados do que o mesmo período da safra anterior, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Condições das lavouras no Centro-Oeste

Em Goiás, o início da colheita foi registrado, com as lavouras de sequeiro na fase de formação de maçãs e abertura de capulhos. A colheita atingiu 1,0%, um avanço em relação à semana passada (0,0%). Esse valor representa um progresso significativo em comparação ao mesmo período da safra anterior, que estava em 0,0%.

As lavouras irrigadas de Goiás estão no início da floração.

No Mato Grosso do Sul, a colheita também começou, mas com uma observação importante: nas lavouras mais tardias, há uma incidência do bicudo-do-algodoeiro, praga que pode comprometer a qualidade e a quantidade da produção se não for controlada adequadamente. A colheita progrediu para 4,0%, um aumento de 2,0% em relação à semana passada (2,0%). Em comparação à safra anterior, que estava em 3,0% no mesmo período, houve um crescimento.

Em Mato Grosso, as plantações estão apresentando um bom desenvolvimento, com sanidade considerada regular e uma formação satisfatória de maçãs. A colheita ainda

Bahia inicia a colheita. Maranhão e Piauí seguem em desenvolvimento   

Na Bahia, a colheita do algodão já foi iniciada, o que indica que a safra está progredindo conforme o esperado. Os trabalhos já alcançaram 2,9%. Ano passado nesta mesma época o número era de 1%. Isso significa que o ritmo da colheita está mais adiantado em 2024.  

No Maranhão, as lavouras estão em boas condições tanto durante a abertura de capulhos quanto na formação de maçãs. Em algumas áreas desse estado, o processo de desfolha já foi iniciado, o que é um indicativo do avanço das fases fenológicas da planta.

No Piauí, as lavouras de algodão estão se desenvolvendo em boas condições, sem relatos de problemas significativos, o que é um bom indicativo para a expectativa de produção desse estado. A maior parte das lavouras de algodão está na fase de maturação, representando 74,5% do total. Isso indica que a maior parte das plantações está próxima da colheita. A segunda maior fase é a formação de maçãs, com 24,5%. Esta fase é crucial para definir o rendimento final da produção, uma vez que é quando as cápsulas de algodão estão se desenvolvendo.

Minas e São Paulo: colheita em andamento

Em Minas Gerais, a colheita começou nas lavouras de sequeiro, indicando um avanço significativo nas operações de colheita que avançou para 4,0%, um incremento de 4,0% em relação à semana passada (0,0%). No mesmo período da safra anterior, a colheita também estava em 0,0%, indicando um progresso antecipado nesta safra.

No estado de São Paulo, especificamente na região de Riolândia, a colheita também está em andamento, o que mostra a movimentação das atividades agrícolas na região.

Considerando todos os estados monitorados, a colheita atinge 0,7%. Ligeiramente adiantado se comparado com o mesmo período da safra anterior, que estava em 0,3%, houve um crescimento na atividade de colheita.

Junho começa com pouca chuva nas principais áreas produtoras de algodão o que favorece os trabalhos em campo. Mas de uma forma geral, para o mês a expectativa é de chuva dentro da média para áreas do oeste da Bahia, centro-sul do Maranhão, Piauí, parte de Mato Grosso e de Minas Gerais e áreas mais ao norte de São Paulo.

Saiba como fica o tempo em Junho no Brasil

Destaque para a temperatura acima da média para o mês em áreas produtoras de MT, MS. Veja no mapa

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Lavouras de milho apresentam boas condições no norte de MT

O clima seco, sem chuvas frequentes na região norte de Mato Grosso tem favorecido as lavouras de milho que apresentam condições satisfatórias com bom desenvolvimento de espiga. Os grãos estão saudáveis e a expectativa para a produtividade de milho 2ª safra sinaliza boas perspectivas.

De acordo com o levantamento da equipe do Rally da safra, alguns locais iniciaram pontualmente a colheita. Ainda de acordo com o levantamento, foram observados alguns casos de cigarrinha e mancha foliar de diplodia.

Já, na região oeste de Mato Grosso, as lavouras apresentam estágio de milho na maturação fisiológica, mas ainda com umidade alta para ser colhida. O potencial produtivo é considerado bom e os trabalhos em campo devem ganhar um ritmo mais avançado nas próximas semanas. Em relação à pragas e doenças, foram observados alta infestação de cigarrinha e fumagina.

Tendência da previsão do tempo para Mato Grosso

De acordo com os meteorologistas da Climatempo, até o dia 02 de junho não há expectativa de chuva para o estado de Mato Grosso. O sol predomina durante todos os dias.

Saiba como fica o clima em Junho nas áreas agrícolas do Brasil

Alerta: Risco de geada

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Saiba como fica o clima em Junho nas áreas agrícolas do Brasil

Junho vai começar com uma característica importante. É um mês de transição. Afinal, estamos caminhando para o final de Outono e no dia 21 de Junho a nova estação Inverno começa em todo o Brasil. É um mês onde o produtor rural está atento a tendência do clima para preparar a compra dos insumos para a safra verão e de olho no término da colheita do milho segunda safra e outras culturas em campo.

No podcast desta semana, a jornalista Angela Ruiz bate um papo com o meteorologista especialista em clima, Vinicius Lucyrio que traz a tendência do mês para as áreas agrícolas. Veja:

Onde ouvir o podcast AgroTalk 

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Alerta: Risco de geada nas áreas produtoras

A quarta-feira amanheceu fria e com relatos de geada em algumas localidades do centro-sul do Brasil. No início desta semana a Climatempo já previa a ocorrência do fenômeno com alerta em sua página na internet.

Os relatos nos grupos de produtores rurais eram de que a previsão do tempo foi assertiva. A geada chegou em várias localidades. Em Pato Bragado, no oeste do Paraná, houve registro do fenômeno, de acordo com a produtora Aline Alves.

Em Jandaia do Sul, no Paraná, a geada também foi registrada. ” Hoje bem cedinho, o Deca que trabalha aqui na minha propriedade consertando meu aviário tirou uma foto do teto do carro cheio de geada”, contou a produtora Adriana Proença. Observe a foto abaixo:

Fotos: de José Claúdio Sevelhere – “Deca” – Jandaia do Sul – PR

Por volta das 9h00 da manhã, a paisagem na mesma região em Jandaia do Sul já era completamente diferente. Veja a foto de Adriana Proença:

De Maracaí, cidade do interior paulista que faz divisa com o Paraná também houve relato de ocorrência de geada na área rural. Ivã Paiva fotografou a geada no campo. Veja:

Foto: Ivã Paiva – Maracaí – SP

Em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, o ar frio de origem polar também provocou uma madrugada bastante fria com registro de geada nos campos produtores.

Imagens cedidas pela TV Morena – MS

Mais geada à vista

Nesta quinta-feira (30/05), feriado de Corpus Christi, os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul enfrentam risco de geada com temperaturas em torno de 3°C. No sul de Minas Gerais, há risco de geada de fraca intensidade na quinta-feira, com temperaturas entre 3°C e 6°C. Produtores dessas áreas devem ficar alertas e considerar ações preventivas para proteger suas plantações.

Na sexta-feira (31/05), o mês de maio termina com risco de geada para as áreas produtoras do nordeste do Rio Grande do Sul, Serra Catarinense e Paraná, com temperaturas previstas em torno de 3°C. Vale lembrar que os produtores dessas regiões devem estar atentos e tomar medidas preventivas para proteger suas plantações.

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Clima beneficia café conilon no Espírito Santo

Os produtores brasileiros de café deverão colher 58,81 milhões de sacas beneficiadas na atual temporada, de acordo com o 2º Levantamento da Safra 2024 de Café da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O resultado, se confirmado, representa o terceiro ano seguido de crescimento no volume total a ser colhido. Se comparado com o ano passado, a alta chega a 6,8%, e em relação a 2022, ano de bienalidade positiva, porém de baixas produtividades devido a condições climáticas adversas, incremento de 15,5%.

Clima beneficia café conilon no Espírito Santo

A Conab também prevê uma alta na colheita do conilon de 3,3%, mesmo com uma leve redução na área. A elevação se justifica pelas melhores condições climáticas, principalmente no Espírito Santo, maior estado produtor da espécie, e pelo bom aporte tecnológico nas lavouras, o que reflete em melhores produtividades. Com isso, a expectativa é que sejam colhidas no Brasil 16,71 milhões de sacas beneficiadas, a segunda maior safra da série histórica da Conab para o conilon. Só o estado capixaba deverá ser responsável pela produção de cerca de 10,81 milhões de sacas.

Outro importante estado produtor de conilon é Rondônia. Estima-se, neste estado, uma safra 2,73 milhões de sacas em 2024, 10,2% abaixo do volume produzido em 2023. Essa redução se deve, sobretudo, ao cultivo menor da área devido à renovação das lavouras, visando maior adensamento das plantas. Mesmo com a segunda maior produtividade do país, as condições climáticas não foram tão favoráveis, principalmente, em agosto e setembro de 2023, com chuvas irregulares e altas temperaturas, fator que reduziu o potencial produtivo das lavouras no estado.

Foto: Getty Images

Geada: Tendência da previsão para os próximos dias

Paraná: Possibilidade de recorde de frio em Curitiba com mínima prevista de 5 °C. Há previsão de geada em alguns pontos da Região Metropolitana de Curitiba nesta madrugada e começo de manhã de quarta (29/05). Ivaí e Campo Morão, com condições para geada, com mínima prevista de 4 °C. As temperaturas mais baixas do estado são previstas para General Carneiro e Inácio Martins, onde tem possibilidade de temperatura negativa com −1 °C.

Imagem: previsão de geada para quarta-feira, 29 de maio – Fonte Climatempo

Santa Catarina: A maioria do interior do estado, terá temperatura mínima abaixo dos 10 °C. As mais baixas vão se concentrar na Serra e no centro-oeste do estado. Nos pontos mais altos da Serra, a temperatura ficará abaixo dos 5 °C – mas, nestas áreas podemos começar o dia com o céu mais nublado e chance de chuviscos; por causa disso, não tem expectativa de geada. O fenômeno fica mais restrito, nesta quarta, as regiões que fazem divisa com o sul do PR, onde a temperatura também pode ficar em torno ou abaixo dos 4 °C. Em Campos Novos, a mínima prevista é de 6 °C e em Chapecó, de 7 °C.

O fenômeno pode ser registrado, também em cidades do sul de Mato Grosso do Sul e do sudoeste e parte do oeste paulista onde o amanhecer pode começar com temperaturas em torno ou abaixo dos 5°C.

A partir de quinta-feira (30), a condição de geada diminui em MS, mas pode ocorrer de forma pontual na Serra da Mantiqueira entre SP e o extremo sul de MG, no Sul, a área fica mais restrita ao sul do PR e ao centro-sul, planalto e serra de SC e aumenta a condição para o registro do fenômeno na Serra e na região dos Vales no Rio Grande do Sul.

Previsão de geada, para quinta-feira, 30 de maio de 2024. Fonte: Climatempo

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Trigo: Incertezas do mercado podem refletir nos preços

Em meio a um cenário atual de incertezas e baixas expectativas para a próxima safra, o Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo) debateu recentemente o panorama do cereal, que tem operado em alta no mercado, gerando o aumento nos custos dos moinhos, que refletirá em um ajuste significativo dos preços da farinha e seus derivados já nos próximos meses.

Como analisou o consultor em Gerenciamento de Riscos de Trigo na StoneX Brasil, Jonathan Pinheiro, o cenário global do trigo enfrenta um dos seus momentos mais emblemáticos que, mesmo com um crescimento de safra de 10 milhões de toneladas anteriormente, os estoques são menores, fazendo com que se vivencie um aperto de oferta na transição de temporadas – com recuos consideráveis nas últimas cinco.  Ao que se refere unicamente a 2024, o setor contabiliza o menor estoque de passagem nos últimos 15 anos, quando comparado ao consumo mundial do cereal.

“Mesmo que a produção global apresente um crescimento gradual, o consumo tem mais que compensado esse movimento, ou seja: há uma demanda muito maior do que a capacidade de crescimento da produção atual”, explicou Pinheiro.

Mercado de trigo europeu enfrenta problemas climáticos

Neste cenário, a América do Norte como um todo apresenta um bom desempenho produtivo nas regiões dos Estados Unidos e do Canadá. Já a Europa enfrenta problemas climáticos que podem ocasionar novos ajustes no montante global, com a Rússia e a Ucrânia resultando em produções menores em decorrência da temporada de chuvas.

 “Ao que diz respeito à Rússia e à Ucrânia, o restante do mundo já olha para as produções menores desses dois países com preocupação, pois há uma dependência de oferta e de preços mais competitivos, que sobem continuamente, fazendo com que todos as outras regiões produtoras tenham que fazer o mesmo”, frisa o profissional.

Já no hemisfério Sul, até o momento, o resultando tende a ser mais positivo que negativo. A Austrália apresenta uma boa safra e a Argentina, apesar de não contar com um crescimento de área, se destaca pelos bons índices de produtividade e um potencial de safra maior, o que beneficiará o consumo interno brasileiro.

Brasil: um cenário incerto

Como também explicou o consultor, espera-se um cenário desafiador para a produção de trigo em território brasileiro, uma vez que, com a pressão do cenário externo, potencializada pela Europa, o país também enfrentará a baixa rentabilidade da última safra, os preços pressionados no momento de decisão, as dificuldades no acesso a oferta de sementes e maior competição com outras culturas de inverno.

Trigo no Sul apresenta cenário incerto

No Rio Grande do Sul, por exemplo, há um cenário muito incerto, fator que pode pressionar ainda mais o mercado, que já se encontra em um momento de atenção. Com um clima considerado arriscado e produtores descapitalizados, o recolhimento da safra de trigo na região apresenta uma tendência de ser mais prejudicado, ao contrário do Paraná, que deve aproveitar a recuperação internacional e se favorecer da situação enfrentada pelo Estado parceiro, se destacando na produção.

“Estamos enfrentando um momento muito delicado para a indústria moageira nacional, que tem assistido um aumento quase que diário de sua principal matéria-prima, evidenciando assim a discrepância entre o preço de compra da commodity, o trigo, e o produto final, a farinha de trigo, que não tem acompanhado o mesmo movimento de subida nos preços”, destaca o diretor de Suprimentos da Correcta e Moinho Cruzeiro do Sul, Maurício Ghiraldelli.

A necessidade por importação pelos moinhos brasileiros nesse cenário é cada vez maior. “O mercado doméstico já não tem uma oferta tão abundante e basicamente o que temos lá fora para comprar está um pouco mais caro, ou seja, o aumento nos custos dos moinhos é real e vai resultar no repasse aos consumidores, com o aumento de preços dos derivados de farinha aos consumidores”, frisou o consultor.

Para o presidente do Sindustrigo, João Carlos Veríssimo, “neste momento de transição entressafras, temos que tomar decisões sobre precificação de produto hoje e expectativa de reposição de produtos para o futuro. Tudo o que enfrentamos hoje e enfrentaremos nos próximos meses não representa uma situação simples para o mercado e as perspectivas são complexas”.

“É preciso cautela, pois o resultado de uma política comercial desajustada ou menos conectada com os custos de reposição pode acarretar prejuízos bastante significativos para o setor”, finalizou ele.

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Greening ameça 50% das áreas do cinturão de SP e MG

Nos últimos anos, o preço baixo praticado para a caixa de laranja de 40,8 kg está entre as causas do avanço do greening no cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais. Baixas cotações da fruta desmotivaram produtores a investir no controle eficaz da doença e muitos deles até mesmo abandonaram pomares. Esse cenário resultou numa explosão do inseto psilídeo-dos-citros (Diaphorina citros), vetor do greening. A análise é do engenheiro agrônomo, entomologista e consultor Gilberto Tozatti.

Tozatti calcula que na safra em andamento o greening deverá avançar de 38% para, possivelmente, mais de 50% dos pomares do cinturão citrícola.

O consultor é coautor, junto aos especialistas Maurício Mendes e Rodolfo Castro, de um modelo matemático desenvolvido com objetivo de antecipar tendências de diminuição de área plantada e produção de laranja no próximo decênio. Atualizado anualmente, o estudo é baseado em dados do PES (Pesquisa de Estimativa de Safras) do Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura. Por meio do modelo, são produzidas informações em apoio a decisões de investimentos da cadeia citrícola, em face do greening e também de outras ocorrências potenciais.

Foto: Arquivo istock

Cenário futuro

Segundo estimativa do Fundecitrus, o greening, que hoje empurra para cima o preço da laranja no país, deverá no ciclo 2024-25 da fruta ocasionar perdas de produção da ordem de 24%, para 232,8 milhões de caixas de laranjas. Confirmada a previsão, será o menor resultado da citricultura das últimas dez safras.

Para Gilberto Tozatti, apesar do registro de danos severos aos pomares nos últimos anos, ante a incidência crescente do greening no cinturão citrícola, a doença não inviabilizará a citricultura nessas regiões no médio e longo prazos.

“Havia um certo receio em setores da cadeia produtiva quanto a discutir a convivência com a doença, mas na prática isso já acontece, sobretudo nas áreas mais afetadas pela contaminação. Controlar o vetor do greening, manejá-lo corretamente, tornou-se importantíssimo para evitar reinfecções e aumento dos sintomas”, observa Tozatti.

O tripé básico das práticas indicadas ao enfrentamento da doença, adianta Tozatti, contempla a erradicação de plantas sintomáticas, o controle do psilídeo-dos-citros e o uso de mudas protegidas. Outras variáveis importantes ao produtor, ele acrescenta, são o local de plantio de pomares, variedades adotadas (porta-enxertos), a boa nutrição das plantas e a fertilidade do solo.

“Há casos em que não erradicamos plantas, dependendo da idade do pomar, a não ser aquelas que não produzem mais. Precisamos fazer nutrição diferenciada, utilizar fertilizante organomineral, microrganismos de solo, irrigação e a ferti-irrigação”, exemplifica o consultor.

Monitoramento do psilídeo, o começo

Gilberto Tozatti ressalta ainda que o manejo adequado para contenção do greening começa pelo monitoramento eficaz do psilídeo-dos-citros, o vetor da doença, por meio de armadilhas, inspeções e direcionado, sobretudo, a brotos mais jovens de plantas, nos quais ocorre a oviposição do inseto. “Trata-se da parte da planta onde devem se concentrar mais esforços”. Após esta etapa, uma vez necessário, ele complementa, entra-se no pomar com os inseticidas.

Em relação aos agroquímicos, o consultor recomenda o uso dos produtos em sistema de rotação, com objetivo de evitar desenvolvimento de resistência pelo inseto vetor. “Estamos agora em um processo evolutivo, buscando o timing de aplicação de inseticidas conforme a fisiologia da planta, fazendo controle mais adequado, mais eficiente, por meio de produtos que atuam sobre ninfas e quebram o ciclo do psilídeo, por exemplo. Não deixar que a praga multiplique e se alimente de plantas doentes é o nosso grande desafio”, esclarece Tozatti.

Ainda de acordo com o consultor, o valor desembolsado com inseticidas para manejo do psilídeo-dos-citros corresponde, em média, a aproximadamente 13% do custo total de produção, por safra de citros, na contenção da doença.

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Ar frio muda o cenário nas áreas produtoras

Uma massa de ar frio vai mudar os padrões na maioria das áreas produtoras do centro sul do Brasil, incluindo áreas do Sudeste e Centro-Oeste. “Essa entrada deste primeiro pulso de ar frio polar quebra o padrão que vinha se estabelecendo há muitos dias da onda de calor no interior do país. Haverá oscilações de frio/calor/frio ao longo do Outono-Inverno mas dentro do padrão de normalidade para a estação”, explica o meteorologista Vinicius Lucyrio.

Fim de semana gelado no centro-sul do Brasil

Lhays Kamila Langaro é produtora em Catanduvas, Paraná e neste momento vai enfrentar o frio para prosseguir com o plantio de trigo em 144 hectares de sua propriedade. Nesta fase, não há risco para a semente, mas está atenta as previsões futuras. ” Torço para que o frio mais intenso não aconteça na fase principal de espigamento do trigo”, revela a produtora.

Foro: Lhays Kamila Langaro – Catanduva – PR

É importante lembrar que ventos fortes e geadas são extremamente danosos ao trigo e podem causar prejuízos à produtividade da lavoura. A fase de espigamento do trigo é caracterizada pela emergência completa da espiga, floração, frutificação e início do enchimento dos grãos. Essa etapa crucial do ciclo do trigo tem duração média de 12 a 16 dias.

Foro: Lhays Kamila Langaro – Catanduva – PR

Na fase de emergência, a temperatura ideal do solo está em torno de 15ºC, e a umidade deve ser de cerca de 120mm (50 – 200mm). No perfilhamento, por outro lado, a temperatura recomendada é entre 8 e 18ºC, com umidade de 5mm/mês (30 a 80mm). Entre o fim do perfilhamento e início do espigamento, a temperatura deve estar entre 8ºC e 20ºC, com 40mm em chuvas mensais. Já do espigamento à maturação, o ideal é uma temperatura por volta de 18ºC, com chuvas de até 60mm/mês.

Frio entre o Sudeste e Centro-Oeste

O estado de Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso também irão sentir o ar frio. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro registram temperaturas normais para esta época do Outono. “Lá pro final de maio vamos observar um ligeiro aumento da temperatura em São Paulo, Rio e Minas e temperaturas ligeiramente acima da média serão observadas no triângulo mineiro e Goiás, mas sem registrar recordes de temperatura”, prevê Lucyrio.

A última semana de maio, começa com o avanço da massa polar de forma continental. Áreas do oeste, sudoeste, e sul do Paraná tem possibilidade de geada. No noroeste de forma fraca.

Também há previsão de ocorrência do fenômeno de forma fraca e isolada em áreas do centro-sul de Mato Grosso do Sul próximo a divisa com São Paulo entre Presidente Epitácio (SP), Dourados e Aral Moreira, no MS. Em Ponta Porã e Amambaí, a geada pode ocorrer em áreas mais amplas porém sem indicativo de geada forte. A temperatura cai novamente em São Paulo e em Minas na terça-feira (28/05), com pico de frio na quarta (29/05) e quinta-feira (30/05). Áreas da serra da Mantiqueira, sul de Minas, Alta Mogiana e Paranaíba com possibilidade de geada fraca.

No início de Junho, há uma tendência para outra queda de temperatura entre o sul e leste do estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas.

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