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Greening cresce 56% no cinturão citrícola de SP e MG

Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), no ano passado, a incidência média de laranjeiras com sintomas de greening no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste de Minas Gerais foi de 38,06%, o que corresponde a aproximadamente 77,22 milhões de árvores doentes do total de 202,88 milhões de laranjeiras do cinturão citrícola. Esse índice foi 56% maior do que o de 2022, estimado em 24,42%. Embora seja o sexto ano consecutivo de crescimento da incidência da doença no cinturão citrícola, foi o maior aumento em pontos percentuais de toda a série histórica desde 2008.  

“O HLB é disseminado por um pequeno inseto, o psilídeo asiático Diaphorina citri, e tem sido um desafio para os citricultores em todo o mundo. Ao contrário de muitas outras doenças de plantas, o HLB apresenta uma complexa dinâmica epidemiológica, tornando seu controle ainda mais difícil. Enquanto em culturas anuais existe a possibilidade de reiniciar os cultivos a cada safra, nos citros, uma vez que uma árvore é infectada, pouco pode ser feito para salvá-la”, conta Antonio Coutinho, Diretor de Projetos na Brandt Brasil.

Greening no mundo  

Além do Brasil, há registros em mais 130 países, de várias partes do mundo, com exceção da Europa, onde a enfermidade ainda não se estabeleceu. Para tentar conter seu avanço, o governo norte-americano já desembolsou mais de US$ 2 bilhões.

A Dra. Ute Albrecht, da Universidade da Flórida, tem conduzido testes com injeções no tronco utilizando o antibiótico oxitetraciclina (OTC). Resultados preliminares demonstram melhorias significativas na produtividade e na qualidade dos frutos em árvores tratadas, oferecendo uma esperança tangível na batalha contra o HLB.

Outra frente de batalha é a proteção das plantas por meio de telas IPCs e a aplicação de Brassinosteróides. Pesquisas conduzidas pelo professor Fernando Alferez indicam que o uso de telas antiafídeos resultou em árvores mais saudáveis, com frutos de tamanho e qualidade superiores. Além disso, o Dr. Lukasz Stelinski e sua equipe têm explorado a modificação genética de plantas para controlar o vetor do HLB, apresentando resultados promissores com a introdução de genes específicos em plantas cítricas transgênicas. 

Lucas Manfrin, da Brandt conta que novas abordagens estão sendo exploradas, incluindo o uso de reguladores vegetais e precursores de hormônios vegetais. Essas estratégias, embora promissoras, exigem um posicionamento assertivo e um acompanhamento para garantir resultados sustentáveis a longo prazo.

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EMSEA: Gestão de resíduos no Agronegócio

Com a urgência global das mudanças climáticas se tornando cada vez mais evidente, os setores de energia e agronegócio estão na vanguarda das discussões sobre sustentabilidade e adaptação. No dia 25 de julho, a Climatempo irá realizar o Encontro Nacional aplicado às Mudanças Climáticas para o setor do Agro e de Energia (EMSEA). O objetivo é unir dois setores importantes no país que sofrem com os impactos do clima, mas que possuem diretrizes e caminhos em comum para um futuro mais verde, limpo e sustentável.

O tema desta semana no Agrotalk coincide com a pauta do EMSEA: Gestão de resíduos no agronegócio e geração de energia: o potencial da biomassa e biometano como mercados de carbono. Quais as oportunidades de compensação de emissões e investimentos em sustentabilidade? Para bater um papo o convidado desta semana é José Luiz Tejon. Acompanhe:

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Tangerina apresenta crescimento no PR

Você sabia que o estado do Paraná é o quarto maior produtor de tangerinas?

Em 2022,  dados do Valor Bruto de Produção (VBP), apontaram colheita de 135,2 mil toneladas em 6,9 mil hectares. Principal produtor no Brasil, o município paranaense de Cerro Azul, contribuiu com 77,6 mil toneladas colhidas em pomares que ocuparam 3,9 mil hectares. O VBP das tangerinas no município é de R$ 80,4 milhões. Cerro Azul representa 10% da produção total de tangerinas.

“Observamos que a qualidade do produto tem melhorado. O citricultor tem se esforçado e está conseguindo ofertar ao mercado as frutas com bom padrão de qualidade, de casca e de sabor”, disse o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, analista de fruticultura no Departamento de Economia Rural (Deral).

Clima para os próximos dias durante a colheita da ponkan

No Sul, o bloqueio atmosférico tem mantido o clima seco e quente, com temperaturas de 3 a 5°C acima da média. Uma mudança significativa no tempo é esperada no próximo fim de semana, com chuvas espalhadas no Rio Grande do Sul a partir de sexta-feira, estendendo-se até o Paraná. Chuvas generalizadas e moderadas estão previstas para o Paraná e Rio Grande do Sul após 20 de junho. O avanço de uma massa de ar polar pode provocar geadas no interior gaúcho e sul paranaense.

Foto: Getty Images

Capital nacional da Ponkan

O município, que é considerado de forma oficial a Capital Nacional da Ponkan, está pleiteando no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) o registro de Indicação Geográfica da Ponkan de Cerro Azul. O pedido foi protocolado em novembro do ano passado.

O IDR-Paraná apresentou variedades de tangerinas desenvolvidas no Polo de Pesquisa de Cerro Azul com objetivo de aumentar o ciclo de produção. Segundo o técnico do Instituto Joel Breine, normalmente a safra tem seu auge entre maio e julho. Com os clones ela pode se estender até setembro, possibilitando maior ganho aos produtores, além de ter início precoce.

O projeto de pesquisa iniciou em 2019. Várias mudas já foram distribuídas a produtores, que estão com os experimentos a campo. “Vamos estender a outros para que iniciem o plantio para ver como será o desenvolvimento precoce, de meia estação e tardio. Com isso podemos estender a safra dando mais condições aos produtores e colocando o produto no mercado por mais tempo”, diz Breine..

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Natalino de Souza, também destacou esse trabalho. Segundo ele, as ponkans de Cerro Azul chegam tudo de uma vez na Ceasa e depois torna-se mais escassa. “Com essa pesquisa buscamos escalonar a entrega dos produtos para o comércio, ao mesmo tempo em que se possibilita renda por mais tempo para os produtores”, disse.

De acordo com dados do Organismo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), em 2022 a produção mundial de tangerinas alcançou 44,2 milhões de toneladas, ocupando área de 3,3 milhões de hectares distribuídos em 68 países. A China lidera, respondendo por cerca de 61,5% da produção.

O Brasil ocupa a quinta posição, tendo colhido naquele ano 1,1 milhão de toneladas em 56,4 mil hectares. Os cultivos estão distribuídos em 21 unidades da Federação, com predominância no Estado de São Paulo.

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Clima favorece início da colheita dos citros na Fronteira Oeste gaúcha

Em Bagé, a colheita de citros segue nos campos. Há boas perspectivas de produtividade e comercialização, principalmente na Fronteira Oeste (Maçambará, São Borja). Em São Gabriel, os produtores colhem as variedades Okitsu e do Céu. Em Alegrete, laranja, bergamota e limão estão em fase de frutificação e em início de colheita. Os produtores realizam os tratamentos fitossanitários, principalmente contra mosca-das-frutas.

A região de Erechim, continua os trabalhos com a colheita de citros. A produção total de laranja deverá ser 30% menor que em anos normais. Em Soledade, a volta do sol favoreceu a maturação de citros e proporciona melhor qualidade aos frutos de bergamota em colheita. A temperatura mais amena promoveu a redução da pressão de mosca-das-frutas.

Foto: Arquivo istock

Em Ijuí, há redução da queda dos citros, mas aumentam os casos de frutos com podridão, causada pelo excesso de umidade e falta de luminosidade. As frutas cítricas apresentam baixa acidez e menor grau Brix.

Em Santa Maria e em Cachoeira do Sul, aumentam os casos de queda de frutos de citros devido ao excesso de precipitações desde o final de abril. Em Santa Rosa, foi realizado o manejo e o desenvolvimento das frutíferas, permitindo a realização das roçadas e pulverizações com bioinsumos para prevenção de doenças e pragas. Os citros estão em plena colheita.

Tendência do clima para os próximos dias no RS

Nesta terça-feira (11/06), o tempo segue um pouco mais fechado no extremo sul do RS (região de Chuí e em Rio Grande) onde há condição de chuva fraca e garoa. Na fronteira oeste gaúcha, norte e noroeste, o sol aparece com poucas nuvens e tempo firme. As rajadas de vento variam entre 40 e 50km/h na campanha, sul e leste do Estado e o mar fica agitado em toda a costa gaúcha.

Na quarta-feira (12/06), o tempo fica firme em todo o estado. O padrão é de noites, madrugadas e começos de manhã mais frios e tardes mais quentinhas. Durante as primeiras horas do dia, há chance de névoa/nevoeiro na Grande Porto Alegre e no litoral norte do RS. Os ventos podem se intensificar entre o oeste, missões, campanha e sul do Estado.

Na quinta-feira (13/06), o tempo segue firme e sem chuva em todo o Rio Grande do Sul. O sol aparece entre poucas nuvens em todas as regiões e as temperaturas permanecem mais elevadas durante à tarde. Ainda pode ventar um pouco mais entre o oeste, missões, campanha e sul do Rio Grande do Sul.

Na sexta-feira (14/06), a aproximação de uma nova frente fria provoca chuva nas áreas de fronteira com o Uruguai a partir da tarde. As demais áreas, como missões, noroeste, norte, nordeste, centro, Grande Porto Alegre, serras, vales e litoral norte tem tempo firme e sem chuva.

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Tempo quente e seco pode acentuar déficit hídrico nas lavouras do Centro-Oeste

No Centro-Oeste, o ar seco e quente com temperaturas acima de 30°C em Mato Grosso do Sul e Goiás e alcançando 35ºC nas horas mais quentes do dia no Mato Grosso tem favorecido a colheita e secagem de grãos de café, milho segunda safra e algodão.

Até o dia 06 de junho, em Mato Grosso do Sul, o índice de colheita do algodão alcançava a marca de 5%. Os dados são da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão.

Foto: Getty Images

Clima seco deve acentuar falta de umidade no solo

Se o tempo seco tem colaborado com os trabalhos das máquinas no campo, por outro lado, irá acentuar o déficit hídrico para as lavouras em desenvolvimento.

De acordo com os meteorologistas da Climatempo, episódios isolados de chuvas esparsas são esperados após 20 de junho, beneficiando lavouras mais tardias de milho segunda safra.

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Caxias do Sul dá início ao preparo do solo para a safra de alho

A diminuição da umidade do solo permitiu aos produtores de Caxias do Sul /RS iniciar os trabalhos a campo de preparo do solo para o plantio da próxima safra. Essas atividades devem ganhar ritmo nos próximos dias na região em razão da previsão de dias mais ensolarados. Alho (bulbos-semente) acondicionado nas câmaras frias está se aproximando da fase final do processo de vernalização e deve ser retirado nas próximas semanas para o preparo/tratamento dos bulbos e para posterior plantio.

Semana começa com chuva no extremo sul do RS

Nesta segunda-feira (10/06), uma nova área de alta pressão associado a um ar mais frio se aproxima do Sul transportando um pouco de umidade para áreas do sul e região da Campanha, onde pode chover de forma irregular. Nas demais áreas do Rio Grande do Sul, tempo firme. Em Porto Alegre, a nebulosidade aumenta a tarde e durante à noite, pode garoar. As temperaturas têm uma ligeira queda em relação aos dias anteriores, especialmente na metade sul do estado.

Na terça-feira (11/06), o dia pode começar mais nublado e com garoa na Grande Porto Alegre, no centro e sudoeste do RS. Aos poucos o sol volta aparecer ainda com bastante variação de nebulosidade, mas não deve chover mais. O tempo segue um pouco mais fechado no extremo sul do RS (região do Chuí e em Rio Grande) onde temos condição de chuva fraca e garoa até o período da tarde. Nas demais áreas, sol, poucas nuvens e tempo firme, principalmente norte e noroeste do RS.

Na quarta-feira (12/06), o dia amanhece gelado e a chuva diminui em todo o estado. O padrão será de noites, madrugadas e começos de manhã mais frios e tardes mais quentinhas. Durante as primeiras horas do dia, chance de névoa/nevoeiro na grande Porto Alegre e no litoral norte e no sudoeste do RS. Ao longo do dia, sol com poucas nuvens e tempo firme.

Batata Doce

Na região gaúcha de Feliz, próximo a São Sebastião do Caí, no episódio climático de maio, algumas lavouras de bata doce foram afetadas por estarem em área de várzea. Estima-se que cerca de 75% da área plantada no município foi comprometida. Os produtores relatam que estão providenciando novas ramas para retomar o plantio, assim que possível, nas áreas atingidas.

Cebola

Em são José do Norte, Tavares e Rio Grande, a cultura da cebola está em fase de semeadura para a produção de mudas. Em Rio Grande, alguns produtores estão refazendo os canteiros de semeadura que haviam sido alagados. Já os produtores que eventualmente dispõem de áreas mais elevadas estão efetuando novas semeaduras. A avaliação inicial é que as condições ambientais desfavoráveis possam ocasionar perdas de até 30% na produção e na oferta de mudas, consequentemente podendo afetar negativamente a área a ser transplantada nesses municípios.

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Colheita do arroz está praticamente concluída no RS

Em grande parte do Rio Grande do Sul, a colheita de arroz já foi finalizada. A área estimada de cultivo de arroz irrigado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) é de 900.203 hectares, dos quais 810.272 hectares (90%) foram colhidos, resultando em produção total de 6.824.878,5 toneladas. Restam 89.931 hectares a serem colhidos, sendo que 22.952 hectares estão totalmente perdidos, principalmente na Região Central.

Segundo o IRGA, as áreas parcialmente submersas, que não estão totalmente perdidas, somam 17.876 hectares e abrangem diversas regiões, concentrando-se em especial na Região Central e na Planície Costeira Interna, onde as produtividades estão baixas. Além disso, restam 49.103 hectares não afetados pelas cheias, que estão sendo colhidos, mas apresentam produtividades muito inferiores às obtidas anteriormente devido às condições climáticas adversas, que dificultam a colheita.

Ainda de acordo com o órgão, a safra 23/24 de arroz do Rio Grande do Sul deve ficar em torno de 7.149.691 toneladas, mesmo com as perdas pelas inundações que o Estado sofreu em maio. Isso significa, que o arroz gaúcho é suficiente para abastecer o mercado brasileiro.

“Quando as enchentes ocorreram no Rio Grande do Sul, a safra de arroz já estava 84% colhida, restando 142 mil hectares a colher. Destes, 22 mil hectares foram perdidos e 18 mil ficaram parcialmente submersos. Entre os grãos estocados nos silos, houve comprometimento de 43 mil toneladas”, enumerou o presidente do Irga, Rodrigo Machado.

Foto: Getty Images

Diagnóstico das áreas de arroz afetadas

O IRGA está elaborando um diagnóstico das áreas de arroz afetadas epelas enchentes. O objetivo é estabelecer as diretrizes emergenciais e definir parâmetros para o novo cenário da lavoura da metade sul do Rio Grande do Sul frente às mudanças climáticas. Um grupo técnico esteve em diversas áreas de produtores na busca de visualizar os danos causados pela enchente e definir a forma como serão executadas as 3 fases das ações. 

A primeira será de levantamento dos dados in loco, buscando visitar todas as áreas de lavoura atingidas aplicando questionários que tem como objetivo levantar os danos em relação as estradas, a infraestrutura da propriedade, silos, maquinário, rede elétrica, bombas, danos ao solo, bem como definir as prioridades para a reconstrução da propriedade e arredores. A segunda etapa será de análise de dados e o estabelecimento das ações prioritárias. E a terceira etapa, a execução das prioridades. Cada uma das fases terá um tempo médio de execução de um mês e será coordenada pelo Irga e empresas públicas e privadas que tenham interesse em fazer parte do grupo de trabalho.

De acordo com o grupo técnico, há danos diretos em relação à infraestrutura da propriedade, como casas, silos e também ao maquinário, porém o mais preocupante é em relação ao solo, o qual demandará grande investimento na sua recuperação. O levantamento de dados ficará concentrado nas regiões produtoras de arroz que registraram algum tipo de dano em decorrência das enchentes, sendo as principais a região central do RS e da Planície Costeira Interna. Essas regiões representam 27% da área de produção e caracterizam-se pela maior concentração de produtores de arroz do RS, sendo que somente a região central responde por 33% desses produtores, distribuídos em pequenas propriedades.

Veja no Agrotalk: Tragédia no Sul do BR foi agravada por mudanças climáticas

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Levantamento apurou que 75 municípios produtores de tabaco foram afetados pela chuva no RS

Levantamento realizado pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) junto às empresas associadas mostra que a enchente sem precedentes que afetou o Rio Grande do Sul no início de maio trouxe prejuízos para quase dois mil produtores de tabaco.

Ao todo, 1.929 propriedades rurais foram atingidas pelas cheias em 75 municípios listados no levantamento. Em termos de produtores afetados se destacam Candelária, onde 214 produtores tiveram prejuízos, seguida de Agudo (136), Barros Cassal (132), Venâncio Aires (116), Arroio do Tigre (101), Gramado Xavier (96), Segredo (89), Boqueirão do Leão (78), Ibarama (71), Passa Sete (69), Sinimbu (67), Fontoura Xavier (63), Lagoão (63), Santa Cruz do Sul (61), Vera Cruz (58) e Paraíso do Sul (50).

10 municípios mais prejudicados

Considerando a valoração estimada das perdas, os dez municípios mais prejudicados foram Venâncio Aires (R$ 18,3 milhões), Candelária (R$ 16,52 milhões), Agudo (R$ 6,35 milhões), Ibarama (R$ 5,96 milhões), Santa Cruz do Sul (R$ 4,57 milhões), Vera Cruz (R$ 3,83 milhões), Paraíso do Sul (R$ 3,36 milhões), Sinimbu (R$ 2,98 milhões), Cruzeiro do Sul (R$ 2,47 milhões) e Arroio do Tigre (R$ 2,45 milhões).

Segundo Iro Schünke, presidente do SindiTabaco, a pesquisa reflete a realidade da segunda quinzena de maio, quando o momento ainda era de algumas dificuldades de acesso e de comunicação em muitas localidades. “A partir das informações, valoramos os prejuízos de forma aproximada, de modo a dimensionar o montante de perdas”, explica o executivo.

O levantamento também demonstrou que 96% dos produtores que foram atingidos pretendem seguir produzindo tabaco. “Precisamos dar condições para que eles possam continuar o trabalho desta próxima safra e, nesse sentido, as empresas associadas já repuseram os insumos necessários para refazer 2.070 canteiros de mudas perdidos, investimento que alcança cerca de R$ 1,6 milhão. Estamos confiantes de que, mesmo diante dessa tragédia, a produção de tabaco nas áreas mais afetadas deverá ficar próxima das estimativas projetadas para a safra 2024/25 que ainda está em fase inicial”, comenta Schünke.

Principais resultados do Levantamento

1.929 produtores atingidos

2.070 canteiros perdidos

1.428 hectares perdidos [terra agricultável]

285 toneladas de fertilizantes perdidos

848 toneladas é a estimativa de perda de produção safra 2024/25

Unidades de cura (estufas)

222 perdas parciais

129 perdas totais

Galpões

178 perdas parciais

87 perdas totais

Danos nos domicílios

140 com perdas de até 30%

126 com perdas entre 30% e 70%

86 com perda total

Segundo o executivo, a indústria e a representação dos produtores estão fazendo o possível para minimizar as perdas, mas políticas públicas serão necessárias para atender emergencialmente os produtores, especialmente no acesso a linhas de crédito para a manutenção e construção de residências, estufas e galpões.

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Colheita da soja está na fase final no RS

A colheita da soja está na reta final no estado do Rio Grande do Sul. Após as chuvas de maio, a medida que os trabalhos estão sendo finalizados as perdas e prejuízos estão surgindo e sendo contabilizadas.

Em Rosário do Sul, a colheita da soja alcançou 95%; em Dom Pedrito, 76%; e em Candiota e Hulha Negra, 70%, de acordo com o último boletim da Emater/RS.

Catástrofe climática: Estudo técnico detalha perdas por culturas no RS

Em Bagé, os produtores de soja ainda enfrentaram imensas dificuldades devido à alta umidade do solo e dos grãos, além da presença de grãos avariados, que causam o embuchamento das máquinas colhedoras. Diversas cerealistas próximas a Bagé estão rejeitando cargas de soja com umidade acima de 25%, deixando os produtores sem opções para o depósito da safra.

Na Fronteira Oeste, em São Borja e Maçambará, a colheita está próxima da conclusão. No entanto, as cargas entregues em unidades de armazenamento apresentam altos percentuais de impurezas, e a porcentagem de grãos avariados cresce a cada semana, considerando que todas as lavouras estão em maturação há algum tempo. A produtividade está bastante variável, oscilando entre perda total e satisfatória, registrada no início da colheita, como observado em São Borja (3.900 kg/ha).

Em Ijuí, gradualmente, a colheita está sendo finalizada, restando apenas as lavouras de segundo cultivo, principalmente em Cruz Alta, Salto do Jacuí e Jóia, onde a semeadura foi mais tardia. A qualidade do produto está significativamente inferior, comprometida pelo longo período de alta umidade. A produtividade declina à medida que a colheita avança, mas, devido à pequena área ainda a ser colhida, não deverá interferir na produção total da região. A tendência é que a colheita seja finalizada nos próximos dias.

Em Pelotas, os danos extensivos provocaram perdas significativas nas áreas ainda por colher, ou impossibilitaram a operação. Nas últimas lavouras colhidas, a proporção de grãos aproveitáveis comercialmente tem sido inferior a 15%. Para evitar custos de frete desnecessários até as cerealistas, os produtores estão coletando amostras para análise e classificação, e, se viável, prosseguem com a colheita; caso contrário, as áreas são abandonadas. A produtividade regional está em 1.584 kg/ha. Na região, 71% foram colhidos.

Em Santa Maria, ainda restam algumas lavouras, porém a maioria não poderá ser colhida. A expectativa atual de produtividade é de aproximadamente 2.500 kg/ha. A região apresentará perda superior a 700 mil toneladas nesta safra, de acordo com informações da Emater/RS.

Em Soledade, estima-se que foram colhidas, antes das enchentes, 75% das áreas. Em contrapartida, nas lavouras que ainda não haviam sido colhidas e que foram atingidas pelas chuvas em maio, observou-se a deterioração progressiva na qualidade dos grãos ao longo do tempo. Em determinadas áreas, a colheita foi abandonada. A produtividade regional atual está em 2.830 kg/ha.

Veja quais áreas gaúchas já finalizaram a colheita da soja

Em Caxias do Sul, a colheita foi encerrada, e cerca de 20 mil hectares foram perdidos. O abandono de lavouras representa aproximadamente 10% da área cultivada na região. O rendimento médio está estimado em 3.459 kg/ha, considerando-se as perdas nas lavouras abandonadas. Em  Erechim, a colheita também foi concluída. A produtividade média é considerada muito satisfatória e está estimada em 3.820 kg/ha. As áreas de resteva de soja, que permaneceram desprotegidas durante o período de enxurradas, apresentam elevadas perdas de solo e de fertilidade, exigindo reposição. Nas áreas erodidas, houve a formação de voçorocas, necessitando a utilização de máquinas para a sistematização do solo.

Em Frederico Westphalen, a colheita foi concluída e a produtividade final está estimada em 3.600 kg/ha. Em Passo Fundo, apenas 3% não foram colhidos, pois eram inviáveis economicamente. Mesmo assim, a produtividade regional é considerada excelente, estimada em 4 mil kg/ha.

Em Santa Rosa, foi possível concluir a colheita. Algumas lavouras, no entanto, não serão colhidas por se mostrarem inviáveis. Devido às perdas de produtividade nas últimas áreas colhidas, a produtividade final reduziu 4,4% em relação à produtividade inicial esperada, que era de 3.325 kg/ha, passando para 3.173 kg/ha.

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Sustentabilidade e resiliência climática: Fazenda Estância adere programa global de práticas sustentáveis

O programa global da multinacional alemã Bayer chamado ForwardFarming chegou ao interior paulista. O destino é a Fazenda Estância em Pirassununga, propriedade da família Vick que já possui uma iniciação e entendimento nas práticas sustentáveis e seus benefícios no campo.

A adoção ao programa irá elevar o potencial da fazenda que combina produtividade, regeneração ambiental e resiliência aos desafios climáticos. Além disso, os Vick estão entre os produtores brasileiros que integram o programa PRO Carbono que apoia agricultores para potencializar a produtividade das lavouras junto com sequestro de carbono no solo e redução das emissões.

Clique no link abaixo e conheça de perto o processo de agricultura regenerativa em uma área com 1.100 hectares dedicados às culturas de soja, milho, sorgo, mandioca e cana-de-açúcar.

Veja também: Catástrofe climática: Estudo técnico detalha perdas por culturas no RS

Chuva extrema no RS intensificou perdas na fruticultura

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