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Chuvas entre janeiro e março beneficiaram algodão de sequeiro

As chuvas entre janeiro e março favoreceram o cultivo do algodão sequeiro na Bahia, em Mato Grosso e no Paraguai. A colheita das lavouras sem irrigação começa este mês de Julho.   

“Diferentemente do ano passado, o algodão sequeiro vem muito bem, principalmente por causa do melhor regime de chuvas registrado entre janeiro e março, permitindo o melhor estabelecimento da lavoura”, explica Wender Vinhadelli, diretor de operações da BrasilAgro, que produz alimentos, fibras e bioenergia em seis Estados do Brasil, além de Paraguai e Bolívia.  

Pelas análises pluviométricas feitas pela empresa, janeiro registrou chuva ligeiramente superior à média histórica, tanto na Bahia (216mm) quanto no Vale do Araguaia, em Mato Grosso (314mm). Em fevereiro, os volumes registrados superaram o que era esperado para o mês, com 196mm na Bahia e 315mm em Mato Grosso. Já em março, a quantidade de chuva reduziu, mas, ainda assim, ficou perto da média histórica na Bahia, com 109mm, e ligeiramente abaixo em Mato Grosso, 210mm.  

No caso do Paraguai, mesmo com chuva abaixo da média, o volume registrado no primeiro trimestre também permitiu atingir bom desenvolvimento do algodão.   

“Os nossos cultivos, sejam de sequeiro ou irrigados, estão bem desenvolvidos e devem concluir a colheita até setembro dentro do que foi orçado pela companhia”, reforça.  

Pelas projeções da empresa, a área plantada de algodão neste ciclo produtivo será de 7.129 hectares, ante os 7.075 previstos no início da safra 2023/24. Segundo o volume projetado divulgado no último balanço ao mercado, serão 14.069 toneladas na primeira safra da cultura e mais 12.740 toneladas de segunda safra (safrinha). Em comparação com o ano passado, o crescimento da primeira safra está projetado em 2% sobre o volume estimado no início do ciclo produtivo (13.546 t) e a segunda safra deve se manter estável em comparação com o previsto (12.740 t).  

Manejo  

Além da chuva em volumes positivos no começo do ano, o manejo eficiente ajudou as lavouras de algodão a atingirem boa produtividade na Bahia. A BrasilAgro tem recorrido a biotecnologia para monitorar a presença do bicudo do algodoeiro, praga identificada nas lavouras do Estado.   

Com uso de feromônios, os besouros machos da espécie são atraídos para uma armadilha, que captura e mata a praga, permitindo contar quantos exemplares estavam ativos naquela região. “Este monitoramento prévio ajuda a determinar a quantidade necessária de aplicações de agroquímicos para conter o avanço da praga”, explica Vinhadelli.  

Veja também: Clima contribuiu para o aumento de pragas e doenças em 2023

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Estimativa de área plantada aumenta para segunda safra de milho

De acordo com a consultoria Agroconsult, a etapa milho do Rally da Safra, chegou a estimativa de uma área da safra 23/24 em 16,7 milhões de hectares e produtividade em 100,6 sacos por hectare. A produção de 100,5 milhões de toneladas, 10% abaixo da safra anterior.

“Contrariando as expectativas, a queda na área em 23/24, em razão do cenário econômico, não foi tão acentuada. Com a antecipação do ciclo da soja, a janela de plantio do milho acabou sendo muito favorável, em especial nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás, onde o plantio foi o mais adiantado desde 2018/19. Além disso, houve redução dos custos, em especial no período do final do ano passado até março, levando o produtor a plantar mais, explica André Debastiani, coordenador do Rally da Safra.

“O Brasil vai produzir mais de 100 milhões de toneladas de milho segunda safra pela segunda vez em sua história. Ao juntarmos com a safra de verão, a produção total ultrapassa 126,5 milhões de toneladas. Mesmo sendo 15,3 milhões de toneladas menor do que a anterior, ainda é um grande volume e certamente traz desafios para o seu escoamento em num ano em que a comercialização segue atrasada”, acrescenta Debastiani.

Neste ano, o trabalho de campo dos técnicos do Rally observou que todos os estados apresentaram menor população de plantas e número de espigas viáveis, o que pode ser atribuído à redução dos investimentos nessas lavouras, em especial em fertilizantes e sementes e a grande presença de cigarrinha e percevejo. Em contrapartida, a precocidade de implantação e o bom regime de chuvas, que se estendeu ao longo do mês de abril e maio, levaram ao aumento no peso de grãos, especialmente no Médio-norte do Mato Grosso e Sudoeste de Goiás, duas importantes regiões de produção do milho segunda safra.

Foto: Divulgação Rally da Safra

Cenário da colheita nas principais praças produtoras

O Mato Grosso deve colher 118,2 sacas por hectare – ou 1,6% abaixo da safra recorde do ano passado, que foi de 120 sacas. Já a estimativa para Goiás é de 119,4 sacas por hectare (1,9% maior que na safra passada), um novo recorde em produtividade para o estado.

No Mato Grosso do Sul e Paraná, as lavouras sofreram com a estiagem e todos os indicadores de campo apresentam queda. O Sul do Mato Grosso do Sul foi a região mais afetada e apresenta produtividades muito irregulares que variam de 20 a 120 sacas por hectare – diferente do Norte do estado, que apresenta melhores condições, com cenário semelhante, porém em menor intensidade quando comparado ao Sul. A produtividade estimada é de 72,6 sacas por hectare (25,5% inferior à safra passada).

O Norte do Paraná atravessou também um período de forte estiagem que afetou a produtividade. Cenário semelhante ocorre nas regiões de Beira Lago, Medianeira, e as mais próximas do Mato Grosso do Sul. Em contrapartida, as regiões de Campo Mourão e Cascavel, com plantio antecipado, demonstram melhores resultados. A média de produtividade para o estado é projetada em 91,4 sacas por hectare (6,7% menor que na safra passada).

Maranhão, Piauí, Tocantins e Minas Gerais, mesmo registrando plantio mais tardio dos últimos cinco anos, apresentam bons resultados. A projeção para o MAPITO é de 85,7 sacas (0,6% maior que na 22/23) puxada pelo bom desempenho do Tocantins. Minas Gerais deve alcançar 90,6 sacas por hectare (8% inferior à safra passada).

São Paulo sofre com a irregularidade e baixos volumes de chuva desde janeiro. O estado, que já registrou a menor produtividade na safra de soja, agora também tem o menor resultado no milho, com produtividade de 66,8 sacas por hectare (25% menor que na safra anterior).

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Colheita do milho atinge 53% no Paraná

O clima seco tem favorecido a colheita do milho segunda safra no Paraná. Os trabalhos no campo estão adiantados e o estado já colheu 53% do milho segunda safra, segundo o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral).

Ainda de acordo com o órgão, o restante do milho 90% está em fase de maturação e 10% em frutificação. Ao todo, 48% das áreas se encontram em boas condições, 33% médias e 19% ruins. Em relação a produtividade os resultados são satisfatórios no sul e sudoeste do Paraná, mas abaixo da média no noroeste, norte, parte do oeste e centro-oeste do estado.

A estimativa é que o Paraná colha 12,950 milhões de toneladas de milho em uma área de 2,421 milhões de hectares cultivados.

Tendência do Clima no Paraná nos próximos dias

A tendência é que o ar frio perca força nos próximos dias. Na segunda metade da semana uma nova frente fria deve avançar pelo Sul do Brasil e deve propagar chuvas fortes principalmente sobre o Rio Grande do Sul até o final de semana.

Entre o domingo (07/07) e o início da próxima semana a chuva avança um pouco mais e se espalha entre Santa Catarina e áreas mais ao sul do Paraná. Há previsão para uma ligeira mudança novamente sobre partes do Sudeste e do Centro-Oeste, especialmente entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, até meados da próxima semana, mas mais com aumento de nuvens, do que com condições para ocorrência de chuvas.

A tendência é que a primeira quinzena de julho termine com altos volumes de precipitação entre a metade norte do Rio Grande do Sul e áreas mais ao sul e leste do Paraná, enquanto no interior do Brasil, o tempo seco tende a predominar, com temperaturas em elevação novamente.

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Como as alterações climáticas impactam a logística da indústria de alimentos?

Artigo: Por Amauri Garroux

Os impactos das alterações climáticas já são uma realidade, e são sentidos por diversos segmentos da indústria. Um grande exemplo disso pôde ser visto, recentemente, com as enchentes no RS, as quais, segundo um levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), afetaram 94,3% de toda atividade econômica do estado, sendo que três das maiores regiões que foram afetadas contribuem com R$ 220 bilhões para a economia brasileira.

Dentre os setores impactados com essa tragédia climática, está a indústria de alimentos, que, diferentemente de outros segmentos, mais do que produzir, também tem a responsabilidade de executar toda a logística de distribuição. Não à toa, nos últimos meses, presenciamos uma ampla preocupação de uma eventual falta de abastecimento do arroz, tendo em vista que o RS responde por 70% da produção nacional.

A tragédia do Rio Grande Sul nos chama atenção, principalmente, para o seguinte o fato: o quão preparados estamos para o que vem pela frente? A tendência, infelizmente, é que, cada vez mais, as mudanças climáticas façam parte da rotina empresarial, o que exigirá das organizações a adoção de medidas eficazes que ajudem a minimizar os impactos na produção e distribuição de produtos.

Não podemos negar que, atualmente, existe uma gama de recursos tecnológicos que pode ajudar nesse preparo. O agronegócio, como exemplo, sendo um setor que só em 2023, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, correspondeu a 23,8% do PIB do país, já utiliza a tecnologia em campo, desde análises preditivas, controle do solo e, até mesmo, monitoramento do clima.

Foto Getty Images

Porém, um grande ponto de atenção é que essas tecnologias ainda ficam restritas à linha de produção em campo. Como consequência, a catástrofe que assolou as terras gaúchas, por exemplo, impossibilitou o transporte aéreo, visto que inundou o aeroporto com previsão de abertura apenas no fim do ano – e fechou as estradas com as principais vias de acesso, bloqueando as passagens.

Do ponto de vista logístico, tal cenário mostra o quão são sensíveis e expostos estes meios de transportes, tão utilizados e de alto orçamento, podem ser. Não à toa, hoje, no hemisfério norte, já existem países que realizam entregas via drones, bem como se mostram bem-preparados frente a eventuais tragédias climáticas.

Considerando que o Brasil é um país de tamanho continental, o que agrega no grande desafio de logística, é necessário que as indústrias expandam o seu leque de opções. Isso é, mais do que utilizar o transporte rodoviário e aéreo, por que não utilizar outros acessos como o fluvial e ferroviário?

A solução até pode parecer simples, mas, obviamente, para isso, é necessário que haja um investimento governamental nesses acessos, com o intuito de viabilizar sua utilização. Com isso, voltamos ao ponto central dessa questão: a necessidade de haver um alinhamento entre inciativas privadas e públicas frente a atual realidade, visando não apenas atravessá-la, mas também a evitá-la.

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O que devemos aprender com as enchentes do Rio Grande do Sul é a importância de um melhor preparo. E, em se tratando da indústria de alimentos, que corresponde a 10,8% do PIB do país e é responsável por exportar produtos para 190 países, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), essa ação torna-se ainda mais necessária e importante.

Precisamos enfatizar que inovar não se trata apenas de criar algo do zero, mas também de aperfeiçoar e melhorar processos já existentes. Deste modo, esse segmento da indústria, que é extremamente vital para nossa economia, tem a missão de, mais do que produzir, também abrir o leque de opções que garantam sua fluidez e acesso, mesmo diante de situações adversas.

Hoje, sem dúvidas, a tecnologia se torna a maior aliada, pois auxilia tanto do ponto de vista logístico quanto operacional, fornecendo análises que orientam desde a identificação das melhores áreas para plantio até o monitoramento da distribuição. Portanto, implementar esses recursos fora do ambiente interno é uma alternativa eficaz para garantir que a distribuição não seja afetada, mesmo em meio a eventuais crises.

Os danos climáticos tendem a serem cada vez mais recorrentes, com impactos inimagináveis. Desta forma, não há mais espaço para despreparo da indústria, a qual precisa estar atenta em investir tanto em melhorias de processos, quanto em abordagens eficientes. Afinal, o que irá garantir o desempenho de amanhã são ações tomadas desde hoje.

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Cana de açúcar: Clima mais seco prejudica qualidade da matéria prima

Na primeira quinzena de junho, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 49 milhões de toneladas, um aumento de 20,48% em relação às 40,67 milhões de toneladas da safra 2023/2024. No acumulado da safra 2024/2025, até 16 de junho, a moagem alcançou 189,46 milhões de toneladas, comparado aos 167,29 milhões de toneladas no mesmo período do ciclo anterior, representando um crescimento de 13,25%.

O diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, explica que “a variação quinzenal da moagemdeve ser vista com cautela, pois a base de referência do ano passado foi prejudicada pela condição climática que impactou a moagem em junho de 2023”.

Nos primeiros quinze dias de junho, oito unidades deram início à moagem da safra 2024/2025. Ao término da quinzena, permanecem em operação 255 unidades no Centro-Sul, sendo 238 unidades com processamento de cana-de-açúcar, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e oito usinas flex.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de junho atingiu 134,47 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 135,25 kg por tonelada na safra 2023/2024 – variação negativa de 0,58%. No acumulado da safra, o indicador marca 125,38 kg de ATR por tonelada, queda de -1,34%.

“Apesar do clima mais seco neste ano, não se observa um avanço na concentração de ATR. O desenvolvimento fisiológico da lavoura foi comprometido pela condição climática desfavorável, prejudicando também a qualidade da matéria-prima”, acrescenta o executivo.

Tendência do Clima para a cana de açúcar nos próximos dias

Uma frente fria, afastada no Oceano, gera instabilidades e condições para formação de nuvens entre São Paulo e sul de Minas Gerais neste começo de semana. Mas nas áreas do centro-sul do País, o maior destaque é o frio. Uma massa de ar de origem polar, que se intensificou durante o final de semana fez com que a semana começasse gelada sobre as áreas mais ao sul do País e formação de geadas principalmente entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A semana começa fria também em partes do Sudeste e do Centro-Oeste, mas a tendência é que o ar frio perca força nos próximos dias.

Veja também: Clima contribuiu para o aumento de pragas e doenças em 2023

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Café do Brasil: Produção ocupa 1,9 Milhão de hectares em 2024

A safra dos Cafés do Brasil estimada para o presente ano-cafeeiro de 2024 deverá atingir um volume físico equivalente a 58,81 milhões de sacas de 60kg, a qual ocupa uma área total em produção de 1,9 milhão de hectares, cuja produtividade média em nível nacional será de 30,9 sacas por hectare, de acordo com o Observatório do Café.

Se comparada com a safra cafeeira passada, representam um incremento de 6,8% da colheita, que foi de 55,07 milhões de sacas em 2023 e um crescimento de 1,5% da área então ocupada, a qual foi de 1,87 milhão de hectares, e, ainda, um aumento de 5,2% na produtividade registrada de 29,4 sacas por hectare em 2023.

Foto: arquivo istock

Área colhida, produção e produtividade

A Região Sudeste se destaca de forma absoluta como a maior região cafeeira do País, teve sua safra estimada em 51,17 milhões de sacas, em 2024, volume físico que equivalerá a 87% da produção nacional. Essa safra está sendo produzida numa área de 1,69 milhão de hectares, que correspondem a 89% da área total da cafeicultura, além de representar um crescimento de 1,9% em relação à área passada, que foi de 1,66 milhões de hectares.

Na sequência, vem a Região Nordeste, com produção de 3,56 milhões de sacas de café, que correspondem a 6% da safra nacional, a qual está sendo cultivada numa área de 101,37 mil hectares, que representam em torno de 5,4% da área cafeeira em nível nacional, e, além disso, um crescimento de 3,6% em relação aos 97,84 mil hectares empregados na safra nordestina de café anterior de 2023.

E, na terceira posição, figura a Região Norte, cuja safra estimada para 2024 foi de 2,74 milhões de sacas, performance que equivale a 4,6% da produção nacional, a qual está sendo cultivada numa área de 54,35 mil hectares que correspondem a 2,9% da área brasileira produtora de café, além de representar um decréscimo de 11,1% em relação aos 61,16 mil hectares utilizados em 2023.

Com relação à Região Sul, que se coloca em quarto lugar, teve sua safra estimada em 706,3 mil sacas, em 2024, e, caso tal dado se confirme, esse volume físico representará um decréscimo de 1,7% em relação às 718,5 mil sacas efetivamente colhidas em 2023, também está registrando um decréscimo de 0,6% na área de produção, haja vista que a do ano anterior foi de 25,82 mil hectares e a deste ano é de 25,67 mil hectares, que equivalem a 1,4% da área nacional.

Por fim, em quinto, vem a Região Centro-Oeste cuja produção está estimada em 534,3 mil sacas de café, para este ano em curso, safra que, caso se confirme, representará menos de 1% da produção nacional, a despeito de denotar um crescimento expressivo de 15,6% em relação as 462,1 mil sacas colhidas na região em 2023. E, com relação especificamente à área de produção, que nesta safra registrou um crescimento de 3,9%, passando de 16,87 mil hectares para 17,53 mil hectares, que correspondem atualmente a menos de 1% do total nacional.

Veja também: Clima contribuiu para o aumento de pragas e doenças em 2023

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Inverno 2024 com La Niña?

O Inverno 2024 começou e no campo os produtores rurais estão de olho nas informações para a possível influência do fenômeno La Niña durante a estação.

Neste momento, os produtores estão planejando a compra dos insumos para o plantio da nova safra 24/25 que começa entre Outubro e Novembro. Para contribuir com essa tomada de decisão o Agrotalk trouxe neste episódio especial dois especialistas da Climatempo.

Vinicius Lucyrio, meteorologista de clima futuro traz uma análise ampliada de como será os três meses do Inverno e a meteorologista Nadiara Pereira, focada em previsão do tempo para a Agricultura. Juntos, compartilharam as mais recentes informações de como o tempo e o clima irá se comportar ao longo da estação mais fria do ano em cada região brasileira. Veja

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Greening: doença deverá chegar a mais de 50% do cinturão citrícola na safra 24/25

A prevalência de preços baixos nos últimos anos, para a caixa de laranja de 40,8 kg, está entre as causas do avanço do greening nos pomares. A afirmação é do especialista Gilberto Tozatti, da Citrus Consulting,

“Baixas cotações da fruta, desmotivaram produtores a investir no controle da doença e muitos deles abandonaram áreas. Esse cenário resultou numa explosão do inseto-vetor,” comenta Tozatti.

O especialista calcula que na safra em andamento o greening deverá avançar de 38% para, possivelmente, mais de 50% dos pomares do cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais.

Dados do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) mostram que os prejuízos são da ordem de R$ 3,5 milhões, em 2023, registrados em virtude da intensidade da doença em determinadas fazendas.

“O greening representa hoje a principal preocupação do citricultor e causa perdas robustas na produtividade, além de empurrar para cima o preço da laranja”, afirma o engenheiro agrônomo Marcelo Palazim.

Foto: arquivo istock

O profissional disse que durante a Expocitros, a principal feita citrícola do país, realizada na cidade paulista de Cordeirópolis, foi apresentado uma nova estratégia para controle do psilídeo-dos-citros. Trata-se do manejo do psilídeo ancorado nos ingredientes ativos buprofezina e fenpiroximato que se mostrou economicamente viável e agronomicamente eficaz, com indicadores de controle de 80% a 100% de populações do inseto.

“A recomendação é fazer duas aplicações com intervalos de sete dias, nos períodos de maior ocorrência de brotações do pomar, quando há pressão intensa da praga”, orienta Marcelo Palazim.

Risco do avanço do greening para outras regiões produtoras

Para o pesquisador do Fundecitrus Renato Bassanezi, o citricultor precisa estar atento a algumas questões importantes quando é migração da citricultura para outras regiões, como olhar para o entorno dela, levando em conta a incidência de greening. “Ele precisa ter em mente também que, se a nova região para onde estiver indo tiver uma baixa incidência de greening, isso não significa que a doença não possa aumentar nos próximos anos. Quando o citricultor se movimentar para uma nova região, ele vai ter que levar consigo o bom manejo do greening”, reforçou Renato.

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GAFFFF neutraliza emissões de carbono com energia renovável

A DATAGRO, consultoria agrícola que atua em mais de 50 países, firmou uma parceria com a Tereos para neutralizar a pegada de carbono da energia elétrica que será consumida pelo Global Agribusiness Festival (GAFFFF), maior festival de cultura agro do mundo. O acordo prevê que as emissões de carbono decorrentes do consumo de energia elétrica do evento sejam compensadas com créditos de energia de fonte sustentável.   

O festival será realizado no Allianz Parque, em São Paulo, nos dias 27 e 28 de junho, e espera reunir 25 mil pessoas.   

“A sustentabilidade é pilar fundamental do GAFFFF. Essa iniciativa reafirma nosso compromisso com a agenda verde e com a construção de um futuro mais sustentável, não só para o agronegócio, mas para o Brasil e o mundo. Acreditamos que eventos dessa magnitude podem ser agentes de mudança e inspirar o setor a adotar práticas mais sustentáveis”, destaca Luiz Felipe Nastari, diretor de comunicação e eventos da DATAGRO.   

Os créditos são gerados pela certificação I-REC (do inglês International REC Standard), um sistema global reconhecido em cerca de 70 países, que comprova a origem renovável da energia utilizada por empresas, indústrias e residências. A certificação foi obtida pela Tereos em 2021 e garante que a energia elétrica gerada é proveniente da biomassa da cana-de-açúcar.  

Foto: Divulgação GAFFFF

Com o objetivo de conectar o campo e a cidade, o GAFFFF foi concebido a partir de quatro pilares: palestras internacionais (Forum), feira de negócios com mais de 100 empresas e startups (Fair), aulas de gastronomia no espaço chamado Arena de Fogo (Food), além dos shows de música sertaneja (Fun).

Climatempo estará no GAFFFF

A Climatempo se juntou a DATAGRO e a XP para levar informação climática ao GAFFFF. No espaço Arena, o público poderá assistir a mais de 30 painéis e entre eles o painel 11B que irá tratar dos Desafios e Oportunidades das Mudanças Climáticas, no dia 28/06, às 08h na arena. Neste mesmo dia, às 10h35, Caio Souza, head de Agro da Climatempo, irá ministrar a palestra Os Impactos das Mudanças Climáticas: como mitigar os eventos extremos, no Global Agribusiness Forum (GAF).

Saiba mais sobre as tecnologias que a Climatempo irá apresentar no GAFFF aqui

Veja também: Clima contribuiu para o aumento de pragas e doenças em 2023

Podcast Agrotalk traz spoiller sobr eo GAFFF. Veja aqui

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Pastagens: Inverno seco e frio força pecuarista colocar gado no cocho

Os preços do milho e do farelo de soja, insumos fundamentais na ração animal, são fatores importantes para o incentivo à adoção do confinamento em 2024. Outra questão é a condição das pastagens, a estação seca e fria obrigam o pecuarista a colocar o gado no cocho.

O primeiro levantamento das intenções de confinamento, realizado em abril, fechou em 724,90 mil animais que estão recebendo alguma intensificação em Mato Grosso, estado com maior rebanho do país. O primeiro levantamento do Instituto mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostra um aumento de 1,09% em relação à projeção inicial em 2023.

“Essa alta nas intenções de confinamento, apesar das incertezas quanto aos preços do boi gordo, se deve ao aumento no poder de compra dos confinadores e melhora na relação de troca, tanto dos insumos quanto do ágio do boi magro”, avalia Alberto Pessina, CEO da Agromove.

De acordo com as análises do Imea, boa parte dos animais confinados neste ano será abatido no segundo semestre, algo em torno de 57,27%. “Vale lembrar que o número de fêmeas enviadas para confinamento começa a reduzir em relação aos machos, o que indica o momento de suave retomada de um ciclo pecuário para o terceiro ou quarto trimestre de 2024. No entanto, ainda se observa pecuaristas abatendo fêmeas, o que ajuda a manter a oferta elevada, contribuindo para uma redução na quantidade de bezerros. Isso dá pouco espaço para uma retomada forte dos preços”, conceitua Pessina.

Foto: Getty Images

Oferta de carne ao mercado

Segundo dados da Agromove, até maio de 2024 a oferta de carne ao mercado cresceu 19.4% sobre o mesmo período de 2023. As exportações cresceram 36.6% no mesmo período, destacando que em 2023 tivemos um caso de vaca louca afetando as exportações. Já o mercado interno recebeu 14.33% de carne a mais que em 2023. Estes dados ressaltam a oferta maior de carne no Brasil, o que vem pressionando as cotações do boi gordo neste primeiro semestre.

“Apesar de haverem vários indícios de final de ciclo de baixa e início de recuperação de preços, o produtor deve trabalhar com cautela e proteger suas negociações, pois em mercados muito ofertados, qualquer alteração na demanda, como uma redução de exportações por um período curto, pode impactar os preços”, comenta Pessina.

Fonte: SIF e Agromove

Oferta reflete no mercado externo

Essa maior oferta de carne reflete no mercado externo. Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que a produção de carne bovina brasileira deve alcançar 11,21 milhões de toneladas em 2024, volume 2,37% superior ao de 2023. Vale destacar que o Brasil deve embarcar pelo menos 2,93 milhões de toneladas, alta de 1,14% no comparativo anual.

“Esse movimento do mercado externo é uma válvula de escape para o Brasil. O excedente de carne nos frigoríficos têm pressionado os preços para baixo. Em Mato Grosso, a retração do valor do boi gordo fez com que a arroba fechasse em maio de 2024 na média de R$ 209,35/@, afetando o mercado por atacado. Por isso, é necessário estratégia para proteger as margens de lucro e passar esta fase do ciclo com tranquilidade”, conclui Pessina. 

Veja também: Clima contribuiu para o aumento de pragas e doenças em 2023

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