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Brasil Agro tem desafios que irão pautar a biocompetividade do setor

País tem a oportunidade de recuperar áreas degradadas.

O 23º Congresso Brasileiro do Agronegócio trouxe boas reflexões nesta edição de 2024. Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG, destacou a relevância do estado para o Brasil e o agronegócio nacional. Ele também enfatizou a importância do evento para debater os principais temas do setor em um cenário geopolítico fragmentado. “Discutimos a capacidade efetiva do agro em competir em um mundo cada vez mais protecionista, buscando posicionar nosso país diante das oportunidades e como podemos aproveitá-las. É essencial agir de forma integrada em ações público-privadas, questionando medidas unilaterais e corrigindo conceitos errôneos sobre o mundo tropical.”

“A demanda por bioprodutos e biodevirados está presente em todos os setores. Portanto, é necessário um diálogo aberto, já que os produtores agroindustriais podem contribuir significativamente para a agenda climática, a COP 30, o mercado de carbono e a correção de equívocos na mensagem transmitida. A resposta está na produtividade e na inovação, juntamente com uma regulação efetiva. O agro é um formador de alianças para um mundo novo”, afirmou Carvalho.

O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, comentou sobre o que tem sido feito pelo estado para superar desafios da insegurança jurídica, da logística e do financiamento, como a regularização fundiária, investimento em ramais ferroviários e aumento no aporte de recursos em seguro rural, e para combater as mudanças climáticas.

Também trazendo questões ligadas à insegurança jurídica e dificuldades logísticas, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, destacou a necessidade de proteção à propriedade e segurança jurídica para impedir invasões de terra. “Da porteira para dentro tem ganhos de produtividade, mas há dificuldades para escoar a produção. A privatização permite investimentos robusto em infraestrutura”, afirmou. Ele salientou ainda que é preciso avançar cada vez mais em relação a recuperação de áreas degradadas, agricultura de baixo carbono e preservação de biomas, assim como atribuir investimentos em sistemas de alertas de previsão do tempo.

Para Carlos Augustin, assessor Especial do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil se tornou maior exportador de algodão do mundo, porque resolveu certificar o produto, alcançando 80% da produção certificada. Também ressaltou que o país tem a oportunidade de recuperar áreas degradadas. São 160 milhões de hectares que podem ser desenvolvidas com sustentabilidade e com certificação para ter competitividade nos mercados globais. 

Veja também: Brasil pode liderar agenda climática

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