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Brasil pode liderar agenda climática

Agro poderá ser uma solução para a questão climática. Entenda

O Brasil pode liderar a agenda climática. Deste ponto de vista precisa buscar uma coerência narrativa maior no âmbito interno e construir uma coalizão no mercado externo para levar essas discussões em fóruns internacionais.

“Os parâmetros da agricultura temperada não valem para a agricultura tropical, pois são diferentes, então, precisamos expor esse fato em igualdades de condições com países que lideram essas questões”, avaliou embaixador Roberto Azevêdo, e consultor da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), durante o 23º Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), realizado nesta segunda-feira, dia 5 de agosto, pela ABAG e pela B3, a bolsa do Brasil.

Foto: Divulgação ABAG

Mesmo diante desse cenário, na visão de Azevêdo, há muitas oportunidades para o agronegócio e muitas possibilidades de alianças com países da América Latina, do continente africano, do continente asiático, mas também com os Estados Unidos, por serem produtores globais de alimentos e por terem as mesmas preocupações, mesmo sendo um forte competidor no setor, pois o objetivo é ter um campo para se competir com igualdade, evitando arbitrariedades. “Essa seria uma coalizão de peso para se ter uma conversa sobre como seria uma nova ordem internacional, onde o agro seria colocado como uma solução para a questão climática”, afirmou.

Durante o painel Geopolítica e Sustentabilidade, Ingo Plögler (vice-presidente da ABAG), mencionou como oportunidades para o setor: segurança alimentar, segurança energética, ativos biológicos e o desenvolvimento social. Para ele, o agro brasileiro precisa trabalhar conjugadamente visões onde essas “avenidas” de oportunidades poderão ser exploradas, encontrando, possivelmente, caminhões que não são tão visíveis. “É um trabalho das lideranças privadas, pois onde essa força se direcionar, os governos a seguirão”, pondero

De acordo com Ricardo Santin (presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA), não é possível se ter fronteiras quando se trata de alimentos. “Quando se está se formando uma nova ordem mundial, o governo brasileiro precisa buscar um acordo para expor nossa situação, pois somos competitivos”, enfatizou.

Segundo Santin, o Brasil tem 37% do market share global no frango, e 14% em suínos. Ele lembrou que não é possível exportar terra ou água, somente os produtos. “Esse é o ponto importante para o Brasil. No médio e longo prazos, vamos ser ainda mais importantes no fornecimento de proteínas, que é o que o mundo está pedindo”, pontuou.

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