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Excesso de chuva tem dificultado plantio de algodão em MT

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) informou o progresso do plantio da safra 2022/2023 de algodão no Brasil. Os dados são do relatório do dia 26/01.

 

Segundo a Abrapa, já foram semeados 91% da área prevista no estado de São Paulo. Em Goiás, 84%; Mato Grosso, 47%; Mato Grosso do Sul, 98%; Bahia, 82%; Minas Gerais, 85%; Piauí, 100%; Paraná, 100% e Maranhão, 73%. No geral, o Brasil já concluiu aproximadamente 57,31% do plantio em todo o país. 

 

Excesso de chuva dificulta trabalho no MT

 

A quantidade e o excesso de chuva tem dificultado os trabalhos em campo para o cultivo do algodão. O plantio está 19.1% mais lento em Mato Grosso, se comparado com a safra anterior.

 

Tendência do Clima 

 

No decorrer desta segunda metade da semana uma frente fria vai espalhar instabilidades pelos três estados do Sul do País. No entanto, sobre o Rio Grande do Sul a chuva será muito espaçada e não deve atingir todas as áreas produtoras. No meio oeste gaúcho, onde a situação de estiagem é mais crítica, não há condições de chuvas significativas. Os maiores volumes de água devem se concentrar entre o norte de Santa Catarina e do Paraná, com acumulados entre 50 e 70 mm até o próximo final de semana.

 

Mais uma vez, esse sistema deve reforçar as instabilidades sobre interior do Brasil e ao longo dos próximos dias tem previsão para chuvas volumosas entre São Paulo, sul e triângulo mineiro, interior de Mato Grosso do Sul e áreas mais ao sul de Goiás e de Mato Grosso. Nessas áreas, o excesso de chuva previsto para fevereiro deve impactar as atividades de colheita da soja e retardar o processo de plantio do milho segunda safra, assim como os trabalhos de plantio do algodão.

 

São esperadas chuvas expressivas também no extremo norte do país e partes do Matopiba, especialmente no norte do Tocantins e no Maranhão. Já no interior da Bahia, assim como no norte de Minas Gerais, norte do Espírito Santo norte de Goiás, a expectativa é apenas de chuva bastante isolada e com baixo acumulado.

 

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Foto: arquivo Istock

 

Meta: Produtor de algodão quer vender para o Egito  

 

Os produtores brasileiros têm como objetivo responder por 20% da demanda do algodão importado pelo Egito nos próximos dois anos e se organizam para ir em busca dessa fatia ainda no primeiro semestre deste ano. A meta foi estipulada pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) após o mercado egípcio ter sido aberto para o algodão brasileiro.

 

“O Egito é um importante produtor de algodão, mas o país cultiva especialmente o produto de fibra longa e extralonga, que é premium. Já o Brasil produz o algodão de fibra média” explica Alexandre Schenkel,  presidente da Abrapa.

 

Schenkel acredita que a indústria egípcia utilizará o algodão brasileiro, de fibra média, para fazer blend com o seu algodão de fibras mais longas, e pensa que é possível até responder por mais que 20% das compras internacionais egípcias do algodão.

 

“Vai depender de nós, de eles gostarem do nosso produto. Nós podemos atendê-los bem”, afirma o presidente.

 

Vale lembrar que os períodos de colheita no hemisfério norte (onde estão Egito e Estados Unidos, que são produtores) e sul (onde está o Brasil) são diferentes. 

 

BR é o 2º maior exportador de algodão

 

O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o quarto maior produtor mundial. Diferente de outros países, no entanto, o Brasil tem colheita para atender a demanda interna e ainda exportar. Em dezembro, por exemplo, o país exportou 175,7 mil toneladas de algodão. No acumulado do atual ano comercial para o setor, de agosto a dezembro, a exportação somou 952,1 mil toneladas e teve alta de 14,6% em relação ao mesmo período da temporada anterior.

“O Brasil atingiu qualidade tão boa quanto dos seus concorrentes, como os Estados Unidos, e que o País tem a produção em regiões menos suscetíveis a crises hídricas e climáticas do que os norte-americanos”, completa Schenkel.

 

O Brasil produz ao redor de 2,6 milhões de toneladas e tem demanda nacional de cerca de 700 mil toneladas.

 

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